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Por Hellen e Monique

Mobilização e Estabilização da Cintura Escapular com a Barra Torre


Ao usar as aulas de Pilates para reabilitar alunos com tendinites no manguito rotador, temos na Barra Torre um excelente recurso para mobilizar a escápula, conscientizar seu melhor posicionamento durante os exercícios e a contração e fortalecimento do Latíssimo Dorsal (Grande Dorsal), ou o músculo conhecido como sendo o da “asa”. Ele é o único depressor do úmero. Qual é a importância disto?

O espaço entre o acrômio (na escápula) e o úmero é pequeno para a quantidade de estruturas que por ele passam. Quando existe um fator que reduz esse espaço como hipercifose ou exercícios mal executados com a cintura escapular pobremente estabilizada, existe a possibilidade da compressão dessas estruturas. A bursa subacromial tem o papel de proteger os tendões do atrito com o acrômio servindo de coxim entre eles, mas quando a compressão é muito grande ou acontece repetidas vezes, a fricção pode inflamar a bursa e até romper os tensões parcialmente ou, se não tratados, totalmente.

reabilitação ombro pilates

A contração do latíssimo dorsal puxa o úmero para baixo aumentando esse espaço. É um ótimo recurso para ajudar no tratamento de tendinites nos músculos do Manguito Rotador. Uma vez que o aluno entende o posicionamento largo dos ombros durante a movimentação e adquire força para sustentá-la, pode-se ir adicionando movimentos como a série de molas para braços deitado no Cadillac.

Os exercícios propostos tem o objetivo conscientizar um melhor posicionamento do ombro e da cintura escapular e o acionamento e o fortalecimento do latíssimo dorsal.

Posição Inicial: Conectar duas molas à Barra Torre vindas de cima. Deitado em DD no Cadillac com o peito abaixo da Barra. Pés apoiados e joelhos dobrados ambos afastados na largura dos quadris. Uma das mãos pega a Barra de forma cruzada, ou seja, alinhada ao ombro oposto.

Movimento: Mantendo os cotovelos esticados, porém destravados, fazer a protração e retração da escápula. Após algumas repetições, trocar a mão e ao final fazer com as duas mãos na Barra alinhadas com os ombros. Aprendido e dominado este movimento podemos ir além fazendo a rotação da cabeça e do tronco para o lado oposto ao braço que está apoiado na Barra e retornar pela cintura escapular para a posição inicial. Assim como podemos, ao usar as duas mãos, após a retração, puxar a Barra para baixo abrindo os cotovelos e passá-la para trás até a amplitude de movimento possível e retorná-la também pela cintura escapular abrindo os cotovelos e com controle.

Pontos Importantes:

  • Este é um pequeno, porém difícil movimento. O aluno normalmente leva algumas repetições para aprender a fazer de forma correta. A dificuldade e a ansiedade por grandes amplitudes de movimento, leva o praticante a usar os cotovelos, por isso é importante enfatizar que o movimento é realmente pequeno.

  • Ao fazer a retração devemos levar os ombros para trás, para baixo e para fora pensando em alargá-lo. Um exemplo de comando é: para trás, para longe das orelhas e do pescoço.

  • O movimento, seja com uma ou duas mãos para cima ou para baixo, sempre acontece através das escápulas.

  • No primeiro momento, quando a cabeça está parada, não deve-se tratar a cervical, ou seja,o movimento não acontece nela, mas ele está livre para pequenos balanços ao longo do exercício. No segundo movimento quando ocorre a rotação da cabeça e tronco, pode-se parar um pouco em rotação e deixar a Barra levar o braço para o teto sem que a cabeça saia do apoio.

  • O último movimento do vídeo acima, pode ser feito até os braços esticarem para após haver a elevação dos ombros, a descida para longe das orelhas para então retornar os braços. Porém lembrar que se o aluno tiver dor deve-se parar antes do sintoma aparecer.

  • Depois de treinada a mobilidade desta região e enfatizado o posicionamento baixo e largo dos ombros pode-se passar para a próxima etapa que é a de estabilização, como nos exercícios mostrados abaixo. Lembrando que o mais importante é que o braço movimente sem que haja elevação nem protração dos ombros. Muitas vezes é necessário baixar a Barra para o aluno. A Barra só deve subir até o ponto que se mantenha a estabilidade das escápulas.

Assim como os melhores perfumes estão nos menores frascos, muitas vezes movimentos valiosos acontecem em menores amplitudes. Não subestime-os e lembre-se: muitas vezes o menos é mais, portanto que você não use essa filosofia para matar repetições, claro! Estamos de olho.

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