Tendinite de De Quervain
A Tenossinovite Estenosante de De Quervain, ou Tendinite de De Quervain se refere a um acometimento dos tendões do Abdutor Longo e Extensor Curto do Polegar causado por uma inflamação na bainha que os envolve, provocando um maior atrito entre eles e consequentemente levando a lesão. É caracterizada por dor na região radial do punho, principalmente nos movimentos de preensão e pinça dos dedos, desvios laterais e rotações do punho. Em alguns casos há crepitação e gatilho durante o movimento do polegar. Está mais presente no sexo feminino na idade adulta.
A causa principal é o excesso de uso, por isso é comum em pessoas que praticam artesanato, uso abusivo do mouse ou celular e tarefas domésticas que exigem força e movimentos repetitivos das mãos. Há também outras situações que predispõem o aparecimento da patologia, como as doenças reumáticas (Artrite Reumatóide, por exemplo), o período de gestação (devido às alterações hormonais que causam retenção de líquido e inchaço das estruturas) e puerpério (quando a mulher realiza muitas atividades em que deve sustentar o peso do bebê).
O diagnóstico é clínico.
O tratamento conservador consiste em repouso do membro acometido a fim de reduzir os movimentos dos tendões, fisioterapia, uso de anti-inflamatórios e em alguns casos é feita a imobilização. A cirurgia é adotada quando o tratamento conservador não obtém resultados satisfatórios.
No caso do pilateiro que possui essa tendinite é importante evitar descarga de peso sobre a mão em exercícios como a flexão de braço e pranchas e fazer uso das faixas de punho para que não ocorra o desvio da articulação durante os movimentos e impedir que os dedos façam força ao segurar a alça. O instrutor pode adaptar alguns exercícios, como por exemplo fazer o Leg Pull - Front, Pranchas e Pranchas Laterais com o apoio sobre os antebraços como na foto abaixo.
Eventualmente até o instrutor acaba sofrendo com essa patologia devido ao fato de puxar e ajustar molas centenas de vezes por dia, muitas vezes da maneira errada. Por isso, mais uma vez ressaltamos que nós também devemos aplicar à nossa vida o que ensinamos aos alunos. Veja os cuidados que o instrutor deve ter com o próprio corpo aqui.