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  • Por Hellen e Monique

Hálux Valgo, vulgo Joanete


O Hálux é o primeiro e maior dos dedos do pé, conhecido popularmente como dedão. Um problema já descrito desde o Egito antigo e relativamente comum até os dias de hoje é o Hálux Valgo ou Joanete.

Essa condição é caracterizada por uma proeminência de tamanho variável na articulação metatarsofalangeana (base do dedo) com desvio do primeiro dedo em direção ao segundo, podendo chegar a empurrar ou se posicionar acima ou abaixo deste. Há comprometimento de função, presença de dor, alteração do alinhamento e biomecânica da articulação, além do aspecto estético desagradável.

Suas causas são diversas:

- Fator genético: alterações em diferentes estruturas do pé, como por exemplo pé plano, pé espraiado (antepé largo), primeiro metatarso (osso longo que se estende do meio do pé ao dedo) curto ou com desvio, frouxidão ligamentar e alterações nas superfícies articulares de alguns ossos do pé. Geralmente presencia-se maior incidência da patologia dentro de uma mesma família;

- Doenças reumáticas: artrite reumatóide, gota, lúpus, entre outras;

- Desequilíbrios neuromusculares: decorrentes de paralisia cerebral, acidente vascular cerebral, traumatismo crânio-encefálico e poliomielite;

- Fatores externos: calçados inadequados, como os com bico fino, salto alto ou apertados. A maior prevalência está no sexo feminino e em grupos como bailarinas (sapato de ponta) e operários (biqueira de aço);

A estabilidade da articulação metatarsofalangeana é frágil, pois depende de estruturas flexíveis, como a cápsula articular e tendões. A deformidade inicia-se com o desvio do primeiro metatarso em direção à linha média do corpo e secundariamente ocorre o desvio progressivo do hálux em sentido oposto, agravado pela tensão dos tendões que passam a causar um tracionamento por estarem fora de seu posicionamento correto.

Geralmente além da dor local, que se intensifica ao caminhar ou usar sapatos apertados, existem outras regiões dolorosas já que a distribuição de peso sobre a sola do pé muda, sobrecarregando outros pontos e favorecendo o aparecimento de calosidades. Uma das possíveis consequências é o aparecimento do Neuroma de Morton.

O tratamento conservador consiste em:

- Somente utilizar sapatos adequados, sem saltos ou com altura de até 4 cm, com a ponta larga e confortáveis;

- Utilizar espaçadores e tensores, que não são capazes de corrigir o problema, mas evitam a progressão rápida;

- Quando possível andar descalço para estimular a musculatura intrínseca do pé;

- Fazer uso de palmilha para suporte do arco longitudinal;

- Lançar mão de recursos analgésicos e antiinflamatórios;

- Ter acompanhamento fisioterapêutico. Algumas especialidades, como o RPG, possuem técnicas que visam o reequilíbrio muscular e tem grande valia no tratamento;

O tratamento cirúrgico só é adotado em casos graves e em que o tratamento conservador falhou.

Falando de Pilates, o instrutor deve ter cautela para não agravar o problema ao solicitar apoio sobre a ponta do pé de praticantes que sofrem com a patologia. O método não trata especificamente do Hálux Valgo, mas pode ser útil ao reduzir as compensações que podem surgir devido a alteração da marcha e dor.

Um problema no pé às vezes pode não parecer grave para o paciente, mas a mecânica de todo o corpo pode se alterar pelo fato do modo de pisar mudar, causando sobrecarga em várias articulações, inclusive na coluna.

Cuide-se, um mero joanete pode causar muito mais problemas do que uma pedra no seu sapato.

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