Síndrome do Túnel do Carpo
Carpo é o nome dado ao conjunto de pequenos ossos que se localizam na região da mão mais próxima ao antebraço. Eles se articulam com a ulna e o rádio formando a articulação do punho e também com os metacarpos, ossos localizados na palma da mão.
Na região do Carpo existe um túnel osteofibroso rígido com, em média, 3cm de largura por onde passam muitas estruturas do antebraço para a mão como: o nervo mediano, oito tendões dos flexores superficiais e profundos dos dedos e o tendão do flexor longo do polegar.
Se alguma situação aumenta a pressão dentro desse túnel, ocorre a compressão dessas estruturas e o nervo mediano quando comprimido deflagra a Síndrome do Túnel do Carpo.
Ele, na região palmar, inerva os músculos oponente do polegar, abdutor e flexor curto do polegar, o primeiro e segundo músculos lumbricais e a pele do primeiro, segundo, terceiro e metade lateral do quarto dedo, por isso os sintomas são: dor, choque, formigamento e diminuição da sensibilidade dos dedos poupando apenas o dedo mínimo. Esses sintomas também acometem a palma da mão e pioram bastante a noite e durante a flexão do punho, fazendo destes, dois importantes critérios de diagnóstico.
Normalmente é causado por movimentos repetitivos, mas também pode ser por trauma, doenças inflamatórias, alterações hormonais e tumores na região.
O tratamento depende do grau e pode variar entre imobilização e recursos antiinflamatórios até cirurgia. Além disso, algumas doenças, como o diabetes, podem gerar sintomas parecidos aos da Síndrome do Túnel do Carpo, por isso é necessária a avaliação de um médico para que o diagnóstico seja feito de forma correta.
No Pilates devemos evitar qualquer exercício com descarga de peso sobre punhos como flexões de braço e pranchas, por exemplo. Também é recomendado evitar as alças de mãos para não sobrecarregar ainda mais os músculos do antebraço, portanto a melhor opção é usar as alças de punho.
Se você trabalha ou tem alguma atividade de movimentos repetitivos é melhor evitar a síndrome tentando reduzir o estresse na área. Aqui vão algumas dicas:
Faça as adaptações ergonômicas necessárias em sua área de trabalho e estudo.
Se possível (se não fizer uso para trabalho) diminua a utilização do celular.
Faça pausas frequentes durante o dia para que seus músculos descansem e aproveite para alongar a região.
Evite pegar pesos desnecessários.
Manter uma atividade física é importante, pois músculos alongados e flexíveis dão suporte ao corpo e ajudam a evitar forças lesivas.
É sempre melhor prevenir do que remediar.