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Por Davor Pitrez
Antes é preciso ressaltar que nenhuma dica é suficiente para promover definição muscular. A prática de atividade física orientada por profissional habilitado combinada com a dieta prescrita individualmente pelo nutricionista trarão os resultados.
Quando falamos em dieta para definição, a primeira coisa que pensamos é ''passar fome''.
Não é bem assim que funciona, pois quando ficamos sem comer podemos perder até três vezes mais massa magra do que gordura propriamente dita.
Isso se deve ao fato das gorduras (lipídios) serem macronutrientes de reserva. Como o nosso corpo é “inteligente” estoca essa gordura como um sinal de abstinência de comida. Além disso, na ausência de comida reduzimos drasticamente nosso metabolismo, o que faz com que nosso corpo passe a gastar menos calorias do que de costume.
Agora vem a pergunta: '' Como faço para perder gordura?''
Essa pergunta é muito complexa para ser discutida aqui, mas em resumo digo que a perda de gordura está diretamente ligada à oxidação de lipídios e, para chegar nessa camada adiposa devemos adotar algumas estratégias, dentre elas as seguintes:
1- Manter-se hidratado durante o dia.
Dê preferência à água gelada, pois ela força o organismo a aumentar a temperatura corporal e, consequentemente, faz com que tenhamos perda de calorias extras durante o dia. Além da água ser um diurético natural é fonte de vida, visto que nosso corpo tem mais de 80% de água em sua composição. Outra capacidade que a água possui é de dar saciedade prolongada. O ideal são 3 a 4 litros de água por dia, mas dependerá do gasto diário de cada um e devem ser feitos os devidos ajustes individuais.
2- Não fugir das gorduras.
Cada grama de gordura possui 9 kcal, mas mesmo assim não devemos deixá-las de lado.
Quando falo gorduras não me refiro às provenientes de chesseburguers ou batatas fritas, mas às gorduras insaturadas como linhaça, abacate, salmão, azeite, por exemplo. Devemos consumi-las em quantidades estratégicas, por volta de 30 gramas por dia, pois elas auxiliam na digestão, prolongam a saciedade e são ricas em ômegas, que auxiliam nos sistemas cardiovascular e nervoso central.
3- Diminuir carboidratos à noite.
Diminuir não quer dizer zerar, mas diminuir consideravelmente este macronutriente para evitar flutuações no nível de insulina prejudicando assim a lipólise (perda de gordura). O gasto energético à noite é muito menor que durante o dia. Lembro que todo carboidrato não utilizado pelo nosso organismo se transforma em gordura.
4 -Regrar o consumo de proteínas e consumir proteínas magras em quantidades indicadas pelo nutricionista.
5 -Diminuir o consumo de sal. Dê preferência a temperos naturais.
O consumo excessivo de sal (sódio) pode causar aumento da frequência cardíaca, e também acúmulo excessivo de líquidos no corpo.
6 -Manter hábito de sono regular e contínuo.
Uma boa noite de sono é um dos principais componentes que ajudam na perda de peso. O ideal são 7 a 8 horas de sono por dia. O principal hormônio peptídico envolvido na lipólise (GH) não é produzido de maneira adequada para ajudar no processo da perda de peso, quando o sono não é de qualidade.
7-Ingerir fibras, porém com cautela.
Existem dois tipos de fibras: a solúvel e a insolúvel. Em resumo, a solúvel absorve a água do corpo e em excesso pode causar constipação, por isso a hidratação adequada é fundamental. A insolúvel passa praticamente intacta durante o processo digestivo.
8- Evitar bebidas alcoólicas.
9 -Usar bebidas diuréticas naturais como café e chás.
Além de propriedades antioxidantes, o café e o chá verde são bebidas termogênicas e podem ser grandes aliados nas dietas de perda de peso.
10 -Manter o metabolismo em constante trabalho de digestão.
Esta dica é direcionada aos atletas e indivíduos praticantes de atividades físicas moderadas a intensas, que podem se beneficiar com o pequeno intervalo entre as refeições, já que seu metabolismo é completamente diferente de uma pessoa sedentária.
Repito: Este NÃO é o grande segredo da dieta, mas em casos específicos a periodização na alimentação faz com que sempre estejamos gastando calorias devido à maior atividade digestiva. Também auxilia o maior rendimento durante o dia e, claro, evita a sensação de FOME.
OBS: Quando digo comer de 3 em 3 horas falo em pequenos lanches bem balanceados.
Por Hellen e Monique
Esta variação do Rolldown tem o objetivo de enfatizar a contração dos oblíquos e rotadores de tronco, além de fortalecer os estabilizadores escapulares e braços.
Pode ser feito no Reformer e Cadillac como mostra o vídeo. As instruções são as mesmas, no entanto, o Reformer é mais instável, por isso temos que ter certeza que o aluno possui o controle necessário para fazer sem correr risco de queda.
Seguiremos o exemplo de vídeo para não embolar a descrição. O praticante começa sentado de frente para a barra horizontal do Cadillac ou para a cabeceira do Reformer e, neste aparelho, deve estar com a bacia a um palmo da borda. A perna esquerda cruza por cima da direita que está esticada sobre o apoio. Coluna ereta. Caso o aluno não consiga manter uma boa postura podemos colocar um rolo embaixo do joelho direito para mantê-lo um pouco flexionado e liberar a tensão nos posteriores de coxa. A mão direita segura a alça de mão conectada a uma mola. Quanto maior o peso da mola, mais fácil será para o Power House e mais difícil para a movimentação do braço. A mão esquerda se posiciona na nuca.
O pilateiro deve enrolar em C fazendo o Rolldown ao mesmo tempo que gira o tronco para a esquerda. É importante ficar atento ao crescimento axial, pois tanto o movimento de enrolar quanto a rotação tendem a achatar a coluna. O aluno pode descer até o nível da base da escápula no Cadillac, mas optamos por parar um pouco antes. No Reformer, ele vai até o ponto que consiga manter o equilíbrio. Neste momento ele sustenta a posição e flexiona o cotovelo direito, mantendo-o aberto um pouco abaixo da linha do ombro, que deve estar para trás e para baixo. Este movimento não só deve ser entendido como fortalecimento para o braço, mas como uma oportunidade de enfatizar os estabilizadores da escápula, assim como aprofundar a rotação do tronco pensando na ativação do Centro de Força e no fechamento das costelas. O braço direito então volta a esticar e o aluno desfaz o movimento até sentar. Devemos lembrá-lo que ele não deve se pendurar na mola para descer nem para subir. A sustentação é feita pelo abdômen e a mola só assiste o movimento.
Dominar o corpo é tão difícil quanto dominar a mola, mas se fosse fácil que graça teria?
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Por Hellen e Monique
As pranchas laterais desafiam o pilateiro no quesito força, equilíbrio e alinhamento. São versáteis e podem ser realizadas com vários níveis de dificuldade, mas mesmo nas versões mais simples não são adequadas para alunos iniciantes. Exercícios derivados delas podem ser feitos tanto no solo, como o Mermaid, quanto nos aparelhos, como é o caso do Star no Reformer ou na Cadeira.
O exercício mostrado no vídeo possui o fator facilitador de ter o apoio sobre o antebraço em vez de ser feito sobre a mão, o que gera uma menor instabilidade e é uma opção para os alunos com problemas no punho.
O praticante posiciona-se formando uma reta desde os pés até a cabeça, com o cotovelo apoiado no solo abaixo da linha do ombro e o outro braço estendido no alto. O olhar acompanhará o movimento da mão de cima. O cóccix aponta para o calcanhar para evitar que ocorra uma anteversão pélvica.
O braço de cima é levado para o espaço entre o corpo e o solo e o tronco faz o máximo de torção possível sem que a bacia rode junto. Empurrar o umbigo cada vez mais para dentro, afundar as costelas, expirar todo o ar e não perder o crescimento axial são ações importantes para executar bem o movimento. Depois é feito o retorno à posição inicial, em que o aluno deve imaginar-se preso entre duas paredes de vidro, alinhando o ombro de cima sobre o de baixo e o quadril de cima sobre o de baixo.
Há quem faça cara feia para os exercícios de solo, mas foi ali que o Pilates começou e onde encontramos o grande desafio de não ter aparelhos e nem molas para ajudar na sustentação. Precisamos apenas de um tapetinho para transformar a força de vontade em força muscular.
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Por Hellen e Monique
Muitos alunos implicam com a Ponte principalmente porque acham que não serve para nada. O que eles não sabem é que além de ter uma extensa lista de benefícios ela é um excelente exercício de mobilização de coluna.
Quando se trata das Pontes Unilaterais além do fator mobilidade existe o de estabilidade. Parece controverso, né? Mas não é. Faz-se a articulação da coluna vértebra por vértebra ao mesmo tempo que evita-se os movimentos de rotação ao manter a bacia nivelada no apoio unipodal. É sim um movimento complexo que exige coordenação, controle e força. Por isso, antes de passarmos para este apoio, podemos ter o auxílio da bola para diminuir a carga, o que deixa o exercício mais fácil para quem está iniciando nele e precisa compreender todo o processo.
O aluno começa deitado de barriga para cima com um pé no chão e outro na bola, joelhos flexionados. Sobe na ponte articulando a coluna em flexão dividindo o peso entre as duas pernas, em principio. Ele deve ter cuidado para não rodar a bacia evitando a compensação mais comum, que é o quadril do lado da bola ficar mais baixo. Para isso não acontecer o Power House deve estar acionado e os músculos da Base Pilates também. Após, ele desce articulando vértebra por vértebra. Aos poucos pode diminuir o peso na perna da bola, pensando em não afundar o pé e só encostar. Isso fará ele se organizar melhor para o apoio em uma perna apenas.
Na evolução, pode-se parar em cima e esticar o joelho mantendo um leve contato com a bola até o ponto que a lombar não entre em extensão e que a pélvis não gire e volta a flexionar o joelho e descer suavemente.
No Pilates temos várias formas de introduzir os exercícios. É importante que haja uma evolução para que não só os músculos estejam preparados para o desafio, mas também para que o praticante entenda os comandos que precisa dar para realizar o exercício com qualidade.
Quanto mais qualidade, mais trabalho muscular e menos risco de lesão, por isso devemos prezar por ela.
Por Hellen e Monique
Este exercício de fortalecimento de braços pode ser feito de muitas maneiras e com diferentes graus de dificuldade. A variação mostrada no vídeo trabalha os membros superiores, os glúteos e como sempre, o Power House.
O pilateiro permanece com o tronco sobre o assento da Cadeira de maneira que o peito esteja fora do apoio, mãos no pedal, joelhos estendidos, posiciona um pé no chão prendendo a faixa elástica perto de onde o nó foi dado e o outro tornozelo por dentro dela sem tocar o solo.
Antes de iniciar o movimento é importante verificar se a postura está correta, em que cabeça, ombro e quadril estejam alinhados. O aluno ativa o Centro de Força pensando como se o umbigo fosse fugir do aparelho e ao mesmo tempo em que estica os cotovelos, eleva ainda mais a perna que já estava fora do solo tensionando o elástico enquanto a outra fica fixa no apoio. Os braços só devem descer até o ponto em que não haja a protração dos ombros. O tronco deve permanecer parado. A perna só sobe até o nível em que não ocorra anteversão e rotação da pélvis e hiperlordose lombar. Para isso, o abdômen e o glúteo contraem ainda mais e o pilateiro deve pensar como se estivessem puxando o seu pé para longe. Sustentando a posição, o praticante faz uma abdução da coxa, aduz novamente e então retorna os membros superiores e inferiores para a posição inicial.
Para os iniciantes é interessante passar primeiro por variações mais simples, como executar somente o movimento dos braços mantendo os dois pés apoiados ou não usar a faixa elástica, por exemplo.
Trata-se de um movimento sem grande complexidade, mas somando a criatividade à essa busca incessante pela perfeição que temos no Pilates o resultado são alunos tão ocupados em seguir as nossas orientações que nem terão tempo de reclamar.
Por Hellen e Monique
A Capsulite Adesiva ou Ombro Congelado é uma doença inflamatória da cápsula articular do ombro.
Ainda não se sabe sua causa, o que faz com que seja considerada uma doença autoimune, onde o organismo ataca o próprio corpo a fim de se defender da inflamação. No entanto, é possível associá-la com distúrbios hormonais como Diabetes e hipotireoidismo e outros fatores como hérnia de disco cervical, Parkinson e problemas psicológicos como a depressão. Acredita-se ainda que lesões na articulação como tendinites, rupturas e períodos de imobilização também podem evoluir para o desenvolvimento da doença.
O diagnóstico é clínico já que os por imagem são falhos para detectar o problema. É importante uma boa anamnese com testes ortopédicos e que a história do paciente seja colhida detalhadamente, visto que outras afecções de ombros, como artrose e síndrome do impacto, também causam limitações de movimentos.
Ela possui três estágios:
1 - Inflamatório: Início do processo inflamatório. O paciente começa a sentir uma dor aguda no ombro principalmente no movimento de abdução que vai piorando gradualmente tornando-se intensa e limitante. Esse processo pode levar alguns meses até que o individuo perca amplitude em todos os movimentos do ombro, daí vem o nome Ombro Congelado.
2 - Congelado: É a fase da rigidez na qual os movimentos do ombro estão muito limitados tornando complicadas tarefas simples como colocar o cinto de segurança, dirigir, prender o sutiã, atender o telefone ou cozinhar, por exemplo. Pode durar até um ano e meio.
3 - Descongelamento: Estágio em que os movimentos do ombro vão voltando gradualmente. Em alguns casos existe a melhora total, em outros o paciente fica com algumas limitações principalmente na abdução e flexão, onde para chegar a seu objetivo acaba compensando com a elevação do ombro e abdução da escápula. Esta é a fase em que a fisioterapia e o Pilates podem atuar para que a recuperação transcorra da melhor forma.
No primeiro estágio, quando o paciente tem movimentação dolorosa, o tratamento é feito na tentativa de melhorar a inflamação e manter a movimentação em graus não dolorosos. No segundo, o congelado, deve-se tomar cuidado, não devendo forçar a articulação pois isso pode aumentar o tempo de congelamento. Esta fase é melhor abordada pelo médico. No terceiro estágio é importante relaxar a musculatura em torno do ombro e cervical e reabilitar a articulação, com a preocupação de alinhar a escápula para ganhar lenta e gradualmente o arco de todos os movimentos e nisso o método Pilates pode ser de grande ajuda.
Uma pessoa com Capsulite sofre há muito tempo com dor e incapacidade de realizar suas tarefas diárias com desenvoltura, por isso, normalmente chega ao estúdio cansada, estressada, esgotada emocionalmente. Temos que levar isso também em consideração ao montar a aula e explicar que ainda levará tempo até que ela se veja livre do problema.
Pilates nos proporciona o restaurar dos movimentos e isso é um presente tanto para o aluno como para o instrutor.
Por Hellen e Monique
O Leg Pull Down, também conhecido como Leg Pull Front, faz parte da série avançada do Pilates Original. Seus objetivos são trabalhar o Centro de Força e alongar as panturrilhas. Apesar de ser um dos exercícios clássicos mais fotografados, existe um longo caminho para executá-lo com perfeição. É preciso ter o Power House forte, boa consciência corporal e estabilidade das cinturas escapular e pélvica.
A posição inicial é de prancha, com as mãos na linha dos ombros, cotovelos estendidos, coxas unidas ativando a Base Pilates, pernas esticadas e pés paralelos com os calcanhares sobre as pontas dos pés. O pescoço permanece alongado e as escápulas, encaixadas. O peso do corpo não afunda sobre os ombros, ele é sustentado pelo abdômen. Uma linha deve formar-se desde o calcanhar até a cabeça.
O aluno sobe uma perna com o pé em flexão plantar apenas até a altura em que não ocorra compensação em anteversão ou rotação pélvica, contraindo mais ainda o abdômen e o glúteo. É importante pensar sempre que a perna está sendo puxada para longe, como se o fêmur quisesse sair da articulação do quadril. Mantendo esse membro inferior suspenso, ele empurra o calcanhar do pé que está apoiado para trás alongando a panturrilha e desloca o peso do corpo novamente para frente. Esse movimento é realizado três vezes e só então a perna que estava no alto volta ao apoio e depois troca-se o lado.
É frequente observarmos alguns erros de execução:
- Cabeça anteriorizada ou pescoço em hiperextensão: o correto é levar o queixo levemente para a garganta e o manter o olhar para o chão, não para a parede.
- Cotovelos hiperestendidos: o ideal é que os braços estejam esticados, mas sem travar. Esse pequeno grau de flexão ajuda a evitar sobrecarga sobre os punhos e melhora o alinhamento escapular.
- Hiperlordose lombar: é comum observarmos praticantes que não ativam adequadamente o Centro de Força ou que elevam excessivamente a perna permitindo que a coluna curve-se, perdendo assim completamente o foco do exercício.
Caso o pilateiro relate dor nos ombros, cotovelos, punhos ou coluna, o exercício pode não ser indicado para ele ou então ele ainda não está preparado.
Sempre que for fotografar um Leg Pull Down lembre-se que todos os holofotes devem virar-se para a nossa estrela maior, o Power House.
Por Hellen e Monique
A prancha é um exercício popular utilizado em diferentes métodos e treinamentos físicos para fortalecer o abdômen e estabilizar a coluna. Mas não é só isso, a verdade é que para se obter um alinhamento ideal é necessário que os músculos da cintura escapular, ombros, braços, glúteos, pernas e costas também estejam ativos, ou seja, se sustentar numa linda prancha é uma forma excelente de desafiar o corpo todo.
Comece na posição inicial do perdigueiro com as mãos diretamente abaixo dos ombros e os joelhos, dos quadris. Rode os ombros para trás e para baixo como se eles fossem deslizar em direção ao bumbum. Estique uma perna, contraia o abdômen para dentro e para cima acordando o Power House e estique a outra perna entrando na posição. Segure inicialmente por três respirações e retorne o apoio dos joelhos um de cada vez. Caso haja dor nos punhos (veja aqui como proteje-los) o apoio pode ser feito nos antebraços.
No Pilates elas são base para outros exercícios como o Leg Pull - Front, os Pull Ups feitos no solo com a bola ou TRX, Long Stretch no Reformer e as Flexões de Braço, por exemplo.
Por isso veja a lista que deve ser checada para que a postura se mantenha correta:
Corpo fazendo uma linha reta dos calcanhares até as orelhas, para isso períneo e abdominais são ativados dando sustentação à lombar e à bacia.
Coluna em posição neutra, ou seja, sem compensações em hiperlordose, neste caso é importante pensar nos músculos da Base Pilates que ajudam o abdômen no controle do tronco e ainda garantem a manutenção da coxofemoral aberta, evitando que a bacia vá em anteversão e que os flexores de quadril façam o trabalho do abdômen.
O pescoço deve ser uma longa continuação da coluna.
Ombros encaixados para trás e para baixo, ficando longe das orelhas e mantendo o centro do peito aberto. As mãos empurram o chão como se a força viesse de trás das axilas.
Com a prancha bem organizada os outros exercícios acontecem em um ambiente mais seguro e familiar ao corpo, diminuindo assim as possibilidades de erros.
Esse é um daqueles exercícios Bombril, mil e uma utilidades, que Pilates adorava inserir em seu repertório, por isso, faça bom uso dele.
Por Hellen e Monique
O Table é um clássico do repertório intermediário realizado na Cadeira. Tem como objetivo trabalhar o Power House, a estabilidade do tronco e a musculatura da coxa. A ênfase em cada grupo muscular dependerá do peso das molas. Neste exercício, começamos com molas mais pesadas, esta é a maneira mais fácil de executá-lo, pois gera mais estabilidade para o Centro de Força, foco número um de todo e qualquer exercício, mesmo sendo mais difícil para os membros inferiores empurrarem o pedal. À medida que o praticante for conseguindo executar com qualidade e controle e seu Power House estiver forte e treinado o suficiente, diminuímos a carga gradualmente para dificultar.
Para se posicionar para o exercício o aluno senta na beirada da frente do aparelho e apoia os pés no pedal na largura dos quadris ou em Base Pilates (o que dá maior estabilidade), mantendo-o parado no alto. As mãos seguram a extremidade de trás do assento e os braços esticam fazendo o corpo subir até que o tronco fique quase paralelo ao chão, mas ainda sem movimentar o pedal. Alcançar essa posição de tampo de mesa, que deu origem ao nome do exercício, exige forte acionamento do Centro de Força e contração do glúteo, caso contrário surgirão compensações em anteversão pélvica e extensão lombar. Outro ponto a ser evitado é a sobrecarga sobre pescoço, ombros e cotovelos. Oriente o praticante a manter a cabeça olhando para frente levando o queixo para a garganta pensando em alongar a cervical. O peso do corpo não pode afundar sobre os ombros, assim como os cotovelos não devem hiperestender. Peça ao pilateiro para que faça as mãos empurrarem cada vez mais o aparelho contra o chão.
Vencida essa primeira batalha que é alcançar a posição inicial partimos para o movimento de empurrar o pedal para baixo sem perder a estabilidade e retornar com controle. Quanto maior a amplitude de movimento, maior será o desafio de sustentar o tronco imóvel. Pode-se progredir tirando uma perna do apoio mantendo esticada à frente na linha do quadril ou abduzida.
Se a sua mesa estiver bamba não se preocupe: o melhor marceneiro pode estar em um estúdio de Pilates pertinho de você.
Por Hellen e Monique
O Airplane é um exercício clássico do repertório intermediário do Cadillac. Apesar de ter vários pré-requisitos para a sua perfeita execução, é bem agradável de ser realizado e pode ser usado no final da série. Tem como objetivo fortalecer o Power House, a musculatura das coxas e braços, além de mobilizar a coluna.
O aluno inicia na posição do Frog, em decúbito dorsal, com as alças presas aos pés, que permanecerão em Base Pilates, joelhos dobrados e abertos na largura dos ombros, braços esticados na altura das orelhas e mãos segurando firmemente as barras paralelas. Essa posição dos membros superiores já obriga uma contração do Centro de Força para evitar que ocorra uma compensação em extensão de coluna, além de um acionamento dos estabilizadores da escápula e força constante para empurrar a barra para longe pois isso facilita o encaixe dos ombros e evita tensão em área errada.
O pilateiro aciona o Power House e eleva a pélvis enrolando a coluna até que o peso do corpo fique sobre as escápulas, ao mesmo tempo dobrando os joelhos em direção às orelhas. É necessário tomar bastante cuidado para não elevar tanto o tronco a ponto de sobrecarregar a cervical. Então ele estende o corpo empurrando a bacia para frente e estica as pernas para o alto, pensando em abrir a articulação do quadril contraindo cada vez mais os glúteos. Os membros inferiores estendidos iniciarão a descida enquanto a coluna desenrola e apoia uma vértebra de cada vez. Após o apoio da pélvis, os pés arrastarão no aparelho e os joelhos farão o movimento de flexionar até a posição inicial.
Depois inverte-se o sentido. É essencial manter a fluidez e dinâmica na execução.
As contraindicações são para pessoas que não possam realizar posturas invertidas, que tenham problemas no pescoço e ombro ou restrição à flexão dos joelhos.
O comandante Pilates adverte: saia do piloto automático e decole conscientemente massageando e alongando a coluna e principalmente pouse sem despencar.
Veja mais sobre Pilates Para Mobilidade Articular da Coluna aqui.
Por Hellen e Monique
O Single Leg Kicks é o exercício clássico que introduz a extensão de tronco no repertório do pilateiro a partir da série intermediária. Algumas pessoas podem se perguntar porque um movimento aparentemente simples não é aplicado ao aluno de nível básico. Pois bem, assim como acontece com o fortalecimento dos membros superiores, no Pilates Original procura-se primeiramente um maior fortalecimento e controle do Power House para então iniciar o trabalho de braços, extensão de coluna e posturas invertidas.
O objetivo é fortalecer o Centro de Força e isquiotibiais, alongar a região anterior do quadril e coxa e estabilizar a pélvis.
A posição inicial é em decúbito ventral com a parte de cima do tronco suspensa e apoiada sobre os antebraços. Os braços ficam como se o aluno fosse abraçar uma bola grande, com os cotovelos abertos e abaixo da linha dos ombros e as mãos fechadas e unidas através das falanges proximais. Caso esta posição seja incômoda, pode-se optar por manter os antebraços paralelos e mãos separadas. As coxas ficam sempre unidas, e as pernas iniciam esticadas com os pés paralelos e a Base Pilates ativada. O peso do corpo deve ser sustentado pelo abdômen e jamais sobrecarregar os ombros. As escápulas permanecem alinhadas, o peito aberto e o pescoço alongado mantendo uma curvatura harmônica em relação ao tronco. É comum observarmos erros em que há exagero na extensão cervical ou anteriorização da cabeça.
Antes de iniciar o exercício, o praticante faz o umbigo fugir do chão e pressiona o púbis contra o apoio. A partir daí dobra um dos joelhos fazendo dois movimentos de pequenos chutes sem permitir que a coluna desabe ou que a bacia balance. Enquanto isso, o outro membro inferior alonga no solo como se o pé quisesse escorregar para longe. A mudança das pernas ocorre no ar para então executar-se o mesmo movimento com o outro lado.
Algumas adaptações são possíveis para reduzir a complexidade, como manter os cotovelos um pouco mais à frente para o corpo ficar mais baixo e começar fazendo o movimento das pernas de maneira mais pausada, havendo o encontro das duas no chão.
Devemos tomar cuidado com alunos que tenham patologias e dores na coluna e joelho. Em caso de incômodo não devemos insistir na execução.
Chute para lá o medo das extensões de tronco e execute-as de maneira consciente.
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Por Hellen e Monique
O Tendon Stretch é um exercício clássico intermediário que tem o objetivo de fortalecer os músculos abdominais e fazer o alongamento de toda a cadeia posterior.
O aluno inicia sentado na Cadeira, com as mãos na borda da frente do assento e os arcos plantares sobre o pedal. Como visto na foto, usamos o apoio na ponta dos pés. Essa é uma boa posição para iniciantes, pois ajuda o praticante a ativar o Power House intensamente usando a Base Pilates. Depois podemos solicitar que ele passe para os arcos para proporcionar um melhor alongamento da cadeia posterior.
A forma mais simples de começar é com o enrolamento da coluna em “C” enquanto as pernas esticam levando o pedal para baixo passando o peso do corpo para frente. Isso intensifica a contração dos músculos do Centro de Força e aumenta o alongamento. Podemos pedir que o pilateiro pense que tem um cinto passando pelo abdômen puxando-o para cima e que as vértebras lombares e dorsais querem chegar no teto.
A partir do Core o aluno eleva o quadril e sustenta por três segundos aumentando ainda mais todas as forças (abdômen e músculos da Base Pilates). Note que as molas devem estar pesadas pois do contrário até o praticante entender o movimento ele acaba usando os braços e os ombros demasiadamente, tirando o foco do Power House. Ao retornar a força continua igual, ou seja, deve-se descer o pedal pensando em resistir a volta e não deixando o corpo descer apenas com a gravidade. Então é necessário que se faça força pra subir e mais força para descer.
O praticante deve manter a cabeça baixa, como se quisesse olhar o umbigo, e o pescoço relaxado.
Para aumentar a dificuldade, além de passar o apoio para os arcos dos pés como dito acima, podemos diminuir o peso das molas e pedir que o aluno mantenha o movimento no alto, descendo apenas até a metade do caminho.
Este exercício é bem desafiador, por isso antes de levar o aluno a esse nível passe o Pull Up que é da série básica e tenha a certeza que ele o executa bem. Lembre-se do nosso compromisso Todos Por Uma Evolução Consciente.
Existe a variação do Tendon Stretch no Reformer, mas é recomendado começar pela Cadeira.
Qualquer pilateiro submetido a essa tortura, nunca mais terá dúvidas sobre como Pilates coloca o abdômen para dentro.
Por Hellen e Monique
As rotações de tronco estão presentes em diferentes graus em quase todas as atividades que realizamos em nossa rotina, desde as coisas mais simples como pegar um objeto, tomar banho e entrar e sair do carro. Portanto, trabalhar esses movimentos de maneira consciente no Pilates pode trazer benefícios à saúde da nossa coluna.
Joseph sempre pensava em descomprimir as articulações. Muitos dos exercícios criados por ele trazem no nome a palavra “stretch”, que não se referia apenas aos músculos, mas também a elas. Qualquer movimento feito no tronco deve ser executado de maneira que se pense em aumentar o espaço intervertebral e crescer a coluna, lutando contra a tendência de achatamento. Esse erro é bem visível nos exercícios de fortalecimento dos oblíquos do abdômen mal feitos.
No vídeo mostramos um exemplo usando a Fitball. A posição inicial é com a cintura sobre a bola, pernas esticadas com a de baixo à frente e a de cima atrás da linha do tronco. Os pés estão na parede e o de trás empurra o apoio auxiliando no posicionamento da bacia . As mãos ficam na nuca e ajudam na postura da cabeça e a alongar o pescoço, que não deve começar e nem ajudar no movimento do tronco e sim somente acompanhar. O pilateiro faz a inclinação pensando em crescer e em manter a distância entre as costelas e o quadril de cima. Este não pode compensar caindo para trás. No alto, o praticante roda o tronco de maneira que a força não parta dos braços e sim da musculatura profunda do abdômen. A volta então é feita até a cintura apoiar novamente na bola, quando se desfaz a rotação. Depois é interessante usar o sentido oposto, executando a ida com rotação e o retorno sem. Caso o instrutor queira aumentar a carga (e o grau de maldade), o apoio sobre a bola deve ser mais baixo, deixando o tronco mais livre e com maior amplitude de movimento.
O exercício também pode ser feito no Barril e pode ficar ainda mais desafiador mesmo sem a instabilidade da bola, pois é possível deixar o pé mais firme no aparelho possibilitando um apoio baixo no corpo para aumentar a alavanca e intensificar o trabalho muscular.
Alguns alunos tem medo de mexer a coluna durante as aulas e não se dão conta que fora do estúdio ela é solicitada em todos os planos sem que eles percebam. Cabe ao instrutor o papel de reconciliar o pilateiro com o seu próprio corpo para que ele não tema, e sim ame os movimentos.
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Por Hellen e Monique
Executado na Wunda Chair, o Push Up Sideways II é um clássico avançado de Joe que trabalha o Centro de Força, pois o grande desafio é manter o alinhamento, além de fortalecer os músculos dos braços e ombros.
Oriente o aluno a posicionar uma das mãos no meio do assento enquanto a outra fica no pedal. Este braço deve estar sempre esticado e firme. Passando o peso para os braços ele entra em posição de prancha. Note que o cotovelo do lado do assento já começa fletido, caso contrário o ombro deste lado ficará mais alto que o outro e o tronco fará uma rotação.
Ao colocar o aluno na posição inicial é importante prestar atenção se ele está no alinhamento correto, ou seja, se faz uma diagonal perfeita dos calcanhares até o topo da cabeça. A lombar não deve estar hiperestendida e os ombros ficam na mesma linha e longe das orelhas.
Mantendo essa organização, o praticante dobra o cotovelo do lado do assento até 90 graus. Ele deve retornar mantendo a força no braço de cima, pressionando a mão ainda mais contra o apoio. A volta é somente até o ponto em que não ocorra a rotação do tronco, ou seja, até a posição que os ombros se mantenham na mesma altura.
O instrutor deve ficar de olho na Caixa do aluno durante a execução, pois muitos pontos podem sair do lugar. Use dicas verbais e táteis para ajudá-lo.
Como em muitos outros exercícios, o difícil aqui é controlar o que não se mexe.
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Por Hellen e Monique
A Banda ou Trato Iliotibial é uma estrutura localizada na região lateral da coxa que se origina na pélvis, através dos músculos Glúteo Máximo e Tensor da Fáscia Lata e segue até a perna, onde fixa-se na região lateral da tíbia em sua porção proximal. Tem função importante no controle dos movimentos da pélvis e fêmur sobre a tíbia quando o membro inferior sustenta o peso.
A Síndrome da Banda Iliotibial consiste em uma lesão inflamatória que surge durante a prática de atividades em que ocorram repetidas flexões e extensões do joelho, como a corrida e o ciclismo, já que esses movimentos geram um deslocamento da Banda sobre o Epicôndilo Lateral do Fêmur e consequentemente uma fricção entre eles.
A queixa principal é dor na região lateral do joelho logo acima da linha articular, podendo haver também queimação, edema e crepitação. Em casos mais graves as dores podem irradiar para a coxa e perna. O sintoma surge com o início da atividade e aumenta progressivamente durante a prática.
O diagnóstico é clínico e alguns exames complementares podem ser solicitados para excluir outras patologias.
Entre as causas estão:
- Treinamento inadequado: iniciar atividades ou aumentar a intensidade sem preparo, calçados impróprios, terrenos inclinados, altura incorreta do banco da bicicleta.
- Alterações anatômicas e posturais: membros inferiores com diferença de comprimento, aumento da proeminência óssea do Côndilo Femural, joelho varo, tíbia em rotação interna, pé pronado.
- Alterações musculares: fraqueza dos glúteos e consequente sobrecarga do Tensor da Fáscia Lata ou encurtamento deste gerando tensão na Banda Iliotibial e maior compressão sobre o joelho.
O tratamento é conservador e consiste em aliviar a dor e a inflamação, fazer repouso e principalmente buscar a causa. Raramente a intervenção cirúrgica é necessária.
O Pilates pode ser um grande aliado para os praticantes de esportes, profissionais ou não, tanto na reabilitação quanto no aumento da performance, já que promove fortalecimento muscular, flexibilidade, melhora da postura e propriocepção. O que você está esperando para correr para um estúdio?
Veja mais:
Por Hellen e Monique
Esse é mais um daqueles que enganam à primeira vista. Todos pensam que é um simples fortalecimento de ombros mas o que trabalha de verdade é o Power House.
Para manter a coluna alinhada é necessário se concentrar na contração dos músculos do Core e para isso, como sempre reforçamos, é importante pensar em ativar a Base Pilates.
O aluno senta no topo da bola, vai dando passinhos para frente enquanto enrola a coluna em “C” até que as escápulas e a cabeça estejam apoiadas e os joelhos estejam a 90 graus. Nesta posição entra o trabalho do Centro de Força e para ativá-lo orientamos o praticante com as seguintes regrinhas:
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Períneo: prenda o xixi e aumente a força como se fosse fazê-lo subir;
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Glúteos: leve os ossinhos do bumbum um para o outro e as nádegas uma para outra.
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Transverso: cave o abdômen para dentro pensando que a barriga quer fugir das coxas e faça uma longa expiração até todo o ar sair dos pulmões.
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Oblíquos: leve as costelas (inclusive as posteriores) para a bacia, pense em afinar a cintura.
Nós sabemos que são muitas informações, por isso é importante repeti-las o tempo inteiro em todos os exercícios. Mesmo que o aluno não consiga fazer todas ou esqueça alguma, terá um ganho geral bom.
Depois que o pilateiro entrou na posição e conseguiu segurar bem a postura, ele fará o movimento de abdução horizontal dos braços pensando em abrir o peito e levar o ombro para a bola e para longe das orelhas, mas principalmente ainda estará pensando em manter a estabilidade de todo o corpo.
Sempre dizemos aos nossos alunos primeiro o Centro, depois o resto.
Neste exercício é comum o praticante sentir o Power House muito cansado (incluindo músculos estabilizadores da bacia) durante a execução e os braços só são percebidos ao final, ou seja, objetivo atingido.
Por Hellen e Monique
Manter os ombros alinhados não é tarefa fácil. Não é à toa que Joseph só introduzia exercícios de fortalecimento de membros superiores a partir de suas séries intermediárias. Primeiro ele buscava com os seus praticantes de nível básico um maior controle do Centro de Força, uma conscientização do alinhamento corporal e um fortalecimento da musculatura da escápula para então, depois de tudo isso conquistado, desafiar os membros superiores sem que esses movimentos abalem a estabilidade do corpo.
Quando existe o apoio sobre as mãos, como na flexão de braço ou Leg Pull, o peso do corpo jamais deve afundar sobre os ombros. Em movimentos de enrolar a coluna, há forte tendência deles também enrolarem já que é bem mais fácil enrolá-los do que fazer a curva “C”. Nos exercícios de braços, se deixarmos, os ombros acabam fazendo todo o esforço. Nos abdominais, são eles que querem subir mais do que o tronco.
Alguns comandos são úteis para ajudar o pilateiro, desde o simples e eficiente “mantenha os ombros longe das orelhas”, até “rode as axilas para o chão” ou “pense em guardar as escápulas nos bolsos de trás da calça”.
Uma dúvida que eventualmente surge entre alunos e até instrutores é sobre o posicionamento dos braços em repouso enquanto o praticante está em decúbito dorsal, executando uma Ponte ou um Footwork por exemplo. Alguns referem que sentem os ombros com uma postura melhor com os antebraços supinados, pois nesta posição há um favorecimento à abertura do peito e encaixe das escápulas. De fato isso acontece, porém o que buscamos no Pilates é fortalecer os músculos responsáveis pela postura correta e não alcançá-la momentaneamente e passivamente. Ao manter o antebraço pronado, empurrar ativamente os ombros para baixo e para trás, fazer uma pressão do tríceps contra o apoio e pensar em escorregar as mãos para longe, estamos fortalecendo os estabilizadores escapulares e alongando os músculos que provocam tensão, como as fibras superiores do trapézio, o elevador da escápula e os peitorais.
É importante conectar o corpo todo durante a prática, isto é, manter os membros superiores alinhados e ativos mesmo quando o foco do exercício são os membros inferiores ou o abdômen e também manter ambos os lados trabalhando mesmo quando o movimento é unilateral.
Os problemas nos ombros e pescoço estão intimamente ligados, portanto o instrutor deve ser criterioso ao montar as aulas dos alunos que tenham restrições em uma ou outra região.
Construa um relacionamento saudável com o seu ombro, tenha um ombro amigo e não um ombro inimigo ou rebelde nem muito menos hiperativo. Pilates tem os melhores conselhos para manter essa amizade.
Por Hellen e Monique
Gostaríamos de agradecer a todos vocês por mais esse ano de carinho, trocas e diversão. Que em 2016 todos nós possamos transformar sonhos em realidade, suor em resultados e continuemos compartilhando o nosso amor por nosso corpo através do Pilates! Beijos
Por Hellen e Monique
Todo mundo que malha, seja Pilateiro ou não, ama Pranchas Laterais, não é mesmo? Amamos porque sabemos que elas fortalecem músculos importantes não só para que o corpo se mantenha saudável, mas também bonito. A lista inclui músculos estabilizadores dos ombros, coluna e bacia, por exemplo.
O Mermaid - Side Bends começa com uma dificuldade pequena, o que é ótimo para iniciar os alunos na prancha, e vai evoluindo até um grau bem mais desafiador, sendo isso um fator primordial para mantê-los motivados.
O praticante começa sentado de lado com as pernas dobradas. O joelho de cima fica voltado para o teto e o de baixo apoiado no chão. Os pés permanecem no solo sendo que o de cima se posiciona à frente do de baixo. Esta é a forma mais simples de começar, excelente para alunos iniciantes. Na evolução, podemos pedir para que os joelhos comecem juntos embaixo e os pés também, um sobre o outro.
Uma das mãos fica apoiada no chão um pouco à frente do ombro enquanto a outra é posicionada no joelho que está voltado para cima.
O praticante deve apertar a mão contra o solo, desta forma irá sentir a força contrária como se o chão o estivesse o empurrando para longe e houvesse um ganho de espaço entre as articulações. Mantendo esta força pedimos para que ele estique as duas pernas pensando que alguém está puxando as orelhas para longe para manter o alinhamento axial e o espaço entre as orelhas e os ombros, o braço livre deve abrir levando a mão para longe, alongando toda a lateral de cima, enquanto a de baixo faz toda a força. O instrutor não deve esquecer de pedir para o pilateiro acionar os músculos da Base Pilates tão importantes para a estabilização em qualquer exercício.
Os alunos iniciantes podem sustentar a posição até o final da expiração e descer controladamente dobrando os joelhos e apoiando (não despencando) a bacia no chão e retornando o braço para posição inicial.
Os demais (avançados) seguem para o Side Bend. Então logo após o final da expiração, já na prancha, o braço livre volta para a lateral do corpo enquanto a bacia se aproxima do chão em um movimento de flexão lateral do tronco. O instrutor deve continuar pedindo que o praticante empurre a mão contra o chão para manter o ombro no lugar, com a escápula encaixada.
O pilateiro deve, então, subir a bacia e levar a mão para longe, para, de novo, alongar a lateral superior e em seguida retorna a pélvis para o chão pousando-a suavemente no solo.
É comum o aluno sentir incômodo no pescoço, por isso podemos pedir para que olhe para o chão quando a bacia sobe e por cima do ombro de cima quando a bacia desce. O movimento da cervical ajuda a aliviar a tensão, mas às vezes pode ser um desafio para o equilíbrio, por isso temos que medir o que cabe a cada aluno.
Outra reclamação é dor no punho, veja aqui nossas dicas para aliviar o punho, caso as medidas não resolvam, podemos optar pela variação com apoio nos cotovelos.
No Pilates é assim, para tudo tem uma saída, principalmente quando o assunto é deixar o corpo forte e flexível.
Veja mais exercícios com Pranchas Laterais:
Por Hellen e Monique
Este ano a mensagem de Natal do Papa Francisco está tão maravilhosa que nos rendemos a ela. Que todos possam refletir e tranformar suas vidas com estes sábios conselhos. Desejamos à todos uma noite de muita luz, paz e felicidade. Beijos.
"O Natal costuma ser sempre uma ruidosa festa; entretanto se faz necessário o silêncio, para que se consiga ouvir a voz do Amor.
Natal é você, quando se dispõe, todos os dias, a renascer e deixar que Deus penetre em sua alma.
O pinheiro de Natal é você, quando com sua força, resiste aos ventos e dificuldades da vida.
Você é a decoração de Natal, quando suas virtudes são cores que enfeitam sua vida.
Você é o sino de Natal, quando chama, congrega, reúne.
A luz de Natal é você quando com uma vida de bondade, paciência, alegria e generosidade consegue ser luz a iluminar o caminho dos outros.
Você é o anjo do Natal quando consegue entoar e cantar sua mensagem de paz, justiça e de amor.
A estrela-guia do Natal é você, quando consegue levar alguém, ao encontro do Senhor.
Você será os Reis Magos quando conseguir dar, de presente, o melhor de si, indistintamente a todos.
A música de Natal é você, quando consegue também sua harmonia interior.
O presente de Natal é você, quando consegue comportar-se como verdadeiro amigo e irmão de qualquer ser humano.
O cartão de Natal é você, quando a bondade está escrita no gesto de amor, de suas mãos.
Você será os “votos de Feliz Natal” quando perdoar, restabelecendo de novo, a paz, mesmo a custo de seu próprio sacrifício.
A ceia de Natal é você, quando sacia de pão e esperança, qualquer carente ao seu lado.
Você é a noite de Natal quando consciente, humilde, longe de ruídos e de grandes celebrações, em silêncio recebe o Salvador do Mundo.
Um muito Feliz Natal a todos que procuram assemelhar-se com esse Natal." Papa Francisco.
Por Hellen e Monique
O Long Stretch pertence à série Intermediária do Pilates Clássico executado no Reformer. Tem como objetivo manter a estabilidade do tronco, trabalhar a cintura escapular e, claro, fortalecer o Power House.
A posição inicial é como se o aluno fosse fazer uma prancha sobre o aparelho, posicionando o peito na linha da barra de pés, com as mãos apoiadas sobre ela na largura e dos ombros e as pontas dos pés entre as ombreiras, sobre a dobradiça do apoio da cabeça. O Centro de Força deve se manter ativo o tempo todo para que se forme uma linha desde o calcanhar até a cabeça.
O movimento consiste em empurrar o carrinho o quanto for possível sem permitir compensações. O retorno deve acontecer de maneira controlada, sem puxar pelos braços. Para que tudo seja feito com perfeição é preciso que o praticante preste atenção em alguns pontos:
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Manter o alinhamento da cabeça, pensando em alongar o pescoço e evitar a sua anteriorização;
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Sustentar o encaixe dos ombros, sem permitir que o peso do corpo afunde sobre eles ou que ocorra tensão, principalmente quando empurra-se o carrinho;
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Tomar cuidado para não hiperestender os cotovelos;
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Não deixar a pélvis cair e fazer uma anteversão e consequentemente forçar a lombar;
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Permanecer com toda a musculatura dos membros inferiores ativada em Base Pilates.
Na variação mostrada no vídeo mudamos a posição dos pés, que estão com as solas apoiadas nas ombreiras para dar um conforto maior e adicionamos um movimento de flexão e extensão dos joelhos para desafiar ainda mais o pilateiro, pois ao dobrar a perna perde-se um pouco da ajuda que as molas dão na sustentação do tronco, obrigando o Power House a trabalhar mais intensamente. Ao esticar a perna oriente o aluno que concentre a força nos glúteos. Neste momento a compensação mais comum é a extensão da lombar, fique atento!
A evolução pode ser feita de duas maneiras: aumentando a amplitude de movimento ou reduzindo a ajuda das molas. Sempre temos que respeitar o limite de cada corpo: dê um passo para trás se necessário e jamais pule etapas. A pressa (e o excesso de vaidade) são inimigas da perfeição. Temos um longo caminho até chegar a um belo Long Stretch, portanto, nada de pegar atalhos.
Por Hellen e Monique
O Foam Roller foi criado junto com uma série de exercícios de massagem para serem feitos antes e depois das atividades físicas com o objetivo do usuário fazer uma auto liberação miofascial, liberando os trigger points tendo como objetivo tornar os músculos mais relaxados, flexíveis, prontos para serem exigidos a qualquer momento e menos propensos a lesões durante o treino.
A ideia era transformar uma técnica usada, normalmente, por atletas de alta performance em uma prática cotidiana para ser adotada por esportistas de todos os níveis.
A auto massagem é válida e pode ser feita com uso de outros materiais como bolinhas de tênis, por exemplo, mas vale lembrar que é muito mais eficiente quando realizada por profissionais capacitados.
No entanto, o rolo tem sido usado para finalidades que vão muito além do relaxamento muscular e tem feito parte do treino para torná-lo mais diverso, desafiador e lúdico.
Por ser composto de material ao mesmo tempo resistente e confortável pode ser apoiado em várias partes do corpo como cotovelos, joelhos, ao longo da coluna, pés e mãos gerando instabilidade ideal para treinos funcionais e de propriocepção. Também auxilia nos trabalhos de alongamento e relaxamento dando suporte para a coluna.
É uma boa arma ou um bom amigo no estúdio de Pilates, isso dependerá do instrutor e do aluno. ;)
Veja mais sobre Aparelhos e Acessórios:
Por Vanessa Pacheco
Quem não gosta de ver um filme acompanhado de uma bela pipoca que atire a primeira pedra. Saiba que além de ser um saboroso petisco, ela também é um alimento com bastante benefícios para a saúde.
A pipoca é um alimento originado do milho, rico em carboidratos e fibras. Estudos realizados mostraram que a casca desse grão (aquela que fica presa nos dentes) contém substâncias como polifenóis, que por serem ricos em antioxidantes inibem a ação dos radicais livres no organismo, prevenindo o envelhecimento precoce e doenças cardíacas, como hipertensão arterial e hipercolesterolemia.
A parte branca da pipoca é constituída de amido resistente. Segundo o estudo científico de PEREIRA, Karla Dellanoce, esse elemento é fermentado no intestino grosso principalmente pelas bifidobactérias, sendo um alimento prebiótico, excelente para o funcionamento do nosso organismo. Durante a fermentação ocorre a produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), em especial o butirato, que contribui muito para a saúde do cólon, pois inibe o crescimento de células cancerígenas devido à redução do pH no intestino grosso. Além disso, ajuda na produção da energia difusa progressiva (EDP), que é a energia liberada ao longo do tempo de uma digestão lenta, e para a queda do índice glicêmico dos alimentos, proporcionando uma menor resposta glicêmica e consequentemente, uma resposta insulínica mais adequada. Isto representa um auxílio no tratamento da diabete (principalmente do tipo 2) e na perda de peso, mantendo o indivíduo com sensação de saciedade por um período maior de tempo.
E não se preocupe se a pipoca ficar com cor amarela, isto decorre da concentração de carotenoides. Estes atuam como antioxidantes, sendo essenciais para a saúde dos olhos e para uma boa manutenção do sistema imunológico.
A recomendação é de uma xícara de chá por dia, entre as refeições, como por exemplo no lanche da tarde. Evite pipoca cheia de margarina ou manteiga, óleo e uma quantidade exagerada de sal. Em vez disso, tempere com óleo de coco, sal rosa ou sal de ervas. Fica uma delícia!
Para fazer pipoca saudável, você poderá usar a pipoqueira elétrica ou prepará-la no saco de pão.
Receitas:
Pipoca no saco de pão
Ingredientes:
½ xícara (chá) de milho de pipoca
01 saco de pão vazio
Modo de preparo:
Coloque o milho dentro do saco e feche bem enrolando as pontas. Ponha no micro-ondas por aproximadamente 3 minutos.
Está pronto!
Sal de ervas
Ingredientes:
1 colher de sopa de alecrim
1 colher de sopa de salsinha seca
1 colher de sopa de manjericão
1 colher de sopa de orégano
1/2 xícara de sal light (possui menor teor de sódio e mais potássio)
Modo de preparo:
Adicione todos os ingredientes no liquidificador ou mixer e bata até que fiquem misturados e mais finos.
Conserve em um recipiente de vidro tampado.
Por Hellen e Monique
O Twist é um exercício avançado de grande dificuldade pois envolve força e controle do Power House, flexão e extensão de coluna combinadas à rotação. Nem todo aluno vai chegar a essa etapa. Para torná-lo acessível a um maior número de praticantes e para prepará-los para o Twist, fizemos esta variação, onde excluímos a extensão, tornando o movimento um pouco menor, mas ainda bem desafiador.
O pilateiro deve sentar-se no meio do assento, de costas para o pedal. Como no vídeo, o braço direito vai para trás e a mão segura o pedal, momento em que já é importante acionar o Centro de Força, enquanto o esquerdo fica estendido para frente.
A posição inicial é a da Teaser na Cadeira, portanto a coxofemural estende a 45 graus com pés em Base Pilates.
Algumas pessoas, provavelmente, já estarão sofrendo só de se posicionarem para começar o exercício, por isso, se o instrutor observar que o esforço está além da conta, pode passar o exercício citado acima, com a variação de apoio dos pés (veja no link acima).
Para começar a variação do Twist, o praticante expira acionando todos os músculos de seu core e desce girando o tronco para direita (seguindo o exemplo do vídeo), enquanto as pernas vão baixando até o ponto em que ele não faça uma extensão lombar. É importante focar em:
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Descer articulando a coluna em flexão e de forma controlada;
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Alongamento axial para não achatar a coluna no movimento de rotação;
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Não fazer a força com o braço do pedal, ele está ali apenas para guiar o movimento. A força deve ser feita no abdômen;
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Usar o braço esquerdo, livre, também como guia. Peça para o pilateiro pensar que tem uma mola puxando a mão dele para longe;
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Ativar a Base Pilates para auxiliar na estabilização lombar;
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Aproveitar para abrir o centro do peito;
A volta também deve acontecer de forma lenta, sem desespero. É normal a sensação de queda, por isso, nas primeiras repetições, o instrutor deve estar ao lado do aluno. Para maior segurança pode-se posicionar o praticante na beirada oposta à do pedal, pois assim é oferecido uma maior superfície de contato.
O aluno sobe voltando a girar o tronco para frente sem fechar o centro do peito, subindo as pernas a 45 graus e concentrando nas mesma regras da ida.
Caso o exercício esteja sendo executado de forma pobre, faça uso da Caixa da Cadeira para manter os pés apoiados e os joelhos dobrados. Assim, diminuímos bastante sua intensidade.
Torcer o corpo não é fácil, por isso ficamos na torcida para que esta variação ajude os praticantes a chegarem fortes e preparados para o Twist.
Teaser Yourself: Veja mais da Teaser aqui:
Por Hellen e Monique
O Long Back Stretch faz parte do repertório avançado do Reformer no Pilates Clássico. Trabalha não só a musculatura extensora dos membros superiores, mas também a do quadril, exigindo muita força dos glúteos e isquiotibiais.
A posição inicial é de costas para a barra de pés com as mãos sobre esta na largura dos ombros, braços e pernas esticados, solas dos pés apoiadas nas ombreiras, coluna reta de modo que o tronco e os membros inferiores formem o desenho de um “L”. Mantendo o carrinho fechado, o aluno flexiona os cotovelos como se eles estivessem sendo puxados para trás e desce o máximo possível mantendo o alinhamento escapular, evitando que o peso do corpo afunde sob os ombros, pensando que as mãos querem pressionar o aparelho contra o chão e a coluna quer crescer para o teto. O pilateiro estende os braços completamente empurrando o carrinho para frente e só então inicia o movimento da subida da pélvis sem movimentar o aparelho. O Power House deve estar ativado para manter o cóccix apontando para o calcanhar e evitar que a bacia compense em anteversão, além de garantir que a amplitude seja grande a ponto de uma linha se formar da cabeça até o pé. O retorno do carrinho é feito mantendo-se os cotovelos esticados, trabalhando a abertura do peito e mantendo a distância entre os ombros e as orelhas.
Depois de poucas repetições o praticante realiza no sentido oposto, abrindo o carrinho com os cotovelos em extensão e fechando em flexão.
Originalmente é realizado com as mãos posicionadas de maneira que os dedos apontem para frente, porém no vídeo demonstramos com as mãos viradas para trás apenas por uma questão pessoal de conforto.
Não se engane achando que trata-se apenas de um exercício para o tríceps. Joseph adorava pregar essa pegadinha de fazer com que os seus exercícios pareçam uma coisa, mas na verdade são muito, muito mais.
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Por Hellen e Monique
Nosso corpo é uma máquina perfeita. Tudo tem lugar e função imprescindíveis para que possamos seguir saudáveis.
Assim como as bursas espalhadas em lugares estratégicos e os discos intervertebrais da coluna, os meniscos estão nos joelhos para diminuir o atrito, absorver impacto e aumentar a congruência entre a Tíbia e o Fêmur que sustentam todo nosso peso.
O que acontece é que os côndilos femorais são bem arredondados, convexos, enquanto os da tíbia são côncavos, porém rasos. Os meniscos são anéis fibrocartilaginosos que se encontram entre os dois ossos. Eles são planos na superfície tibial e côncavos na femural o que aumenta o contato articular, gerando mais estabilidade e funcionando como um coxim que dispersa e ameniza forças compressivas, pois distribuem o peso do corpo por uma superfície de contato maior.
Cada joelho possui dois meniscos, um medial e um lateral.
O medial é semicircular e mais aderido a superfície da tíbia, por isso é menos móvel comparado ao lateral sendo mais propenso a lesões. O lateral é quase circular e mais móvel.
As cargas compressivas são distribuídas em função da forma dos meniscos e fazem com que eles se expandam para "fora" da articulação. Quando há o excesso, essas estruturas podem se romper.
As lesões geram dor que podem aliviar e se intensificar dependendo do movimento realizado. Também pode haver edema e bloqueio articular.
O aro periférico dos meniscos é fundamental para a transmissão de cargas pela articulação, ou seja, para amenizar o impacto. Uma vez lesionados perdem essa função, portanto se houver o rompimento do aro, a estrutura está perdida. Neste caso, o procedimento cirúrgico é a meniscectomia total. Caso o aro esteja preservado o cirurgião opta pela parcial, o que é importante para evitar o bloqueio articular e a degeneração da articulação.
Quando o menisco é perdido a área de contato femoro-tibial diminui 75%, o que faz a carga se centralizar em uma pequena região danificando rapidamente a estrutura óssea e levando a artrose.
É preciso entender que a estabilidade articular, independente da articulação em questão, deve ser feita por trabalho muscular. As articulações possuem estruturas que ajudam na estabilidade, mas são secundárias à gerada por ação muscular, assim, para ter articulações saudáveis é importante ter músculos fortes e flexíveis. Por isso a fisioterapia tem um grande papel, já que atua na função muscular e no realinhamento articular.
Mais uma vez reforçamos a importância de manter uma rotina de exercícios sem esquecer que alongar é tão importante quanto fortalecer.
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Por Hellen e Monique
Não é a primeira vez que falamos que quem diz que o diamante é o melhor amigo da mulher é porque não sabe o que um belo agachamento pode fazer por ela. E esse exercício pode e deve também ser um bom companheiro do homem, já que consiste em um excelente trabalho de membros inferiores. Muito antes de pensarmos em estética temos que focar na saúde e músculos fortes fazem parte do pacote.
O vídeo mostra uma variação onde em vez de usarmos o pedal da Cadeira optamos pela Fitball, que além de retirar a assistência dada pelas molas na redução da carga, dará um componente de instabilidade. O aluno sobe no aparelho como se fosse realizar um Going Up, isto é, utilizando o pedal e desta maneira o auxílio das molas. Em cima do aparelho ele vira-se para o lado oposto, mantém um pé todo apoiado no assento (neste caso o esquerdo) e o outro com a ponta (direito) sobre a bola. As mãos usarão as alças para auxiliar no equilíbrio, fazendo o mínimo possível de descarga de peso sobre elas. Antes de iniciar o movimento deve-se verificar se a postura está correta, evitando que a pélvis compense em anteversão e que o lado que está sobre a bola rode para trás e incline para baixo. A perna da frente dobra sem que haja um deslocamento anterior do joelho e a de trás mantém-se esticada e na linha do quadril homolateral, pois há tendência de ocorrer um desvio medial e por isso é tão importante manter esse alinhamento da bacia. Uma linha deve se formar desde o calcanhar direito até a cabeça, portanto, quanto maior a flexão da perna que está sobre o aparelho, mais o tronco precisa inclinar-se para frente. Mantendo a perna esquerda dobrada (a no máximo 90 graus), a direita movimenta a bola fazendo uma flexão e extensão e então o praticante retorna à posição inicial. Como existe esse movimento do tronco, os extensores do quadril são muito solicitados e possivelmente os glúteos e isquiotibiais mandarão lembranças.
Inicialmente o aluno pode realizar amplitudes menores, focando antes de tudo em aprender os alinhamentos. A evolução é feita com movimentos maiores e também deixando de apoiar as mãos. Por medida de segurança as alças da Cadeira devem ser mantidas mesmo que elas não sejam usadas, pois no caso de um eventual desequilíbrio elas poderão evitar uma queda. Em nenhum momento o peso do corpo é descarregado sobre a bola, o pilateiro deve concentrá-lo sobre o pé que está sobre o assento, pensando como se quisesse pressionar o aparelho contra o chão constantemente.
Os agachamentos não devem ser vistos apenas como exercícios de força, quanto mais pensarmos na postura e nos detalhes, mais resultados teremos por conseguirmos atingir o alvo, também conhecido como bumbum.
Veja mais:
Agachamento na Cadeira com a Caixa do Reformer
Por Hellen e Monique
A série Stomach Massage tem 4 etapas: Round, Hands Back, Reach Up e termina com o Twist. Este último é uma variação intermediária com o importante componente de rotação de tronco. Toda série é um grande desafio para mobilidade, flexibilidade e estabilidade principalmente da coluna e cintura escapular e ainda trabalha os membros inferiores.
A posição inicial deve ser com o praticante sentado na borda do Reformer próxima a barra de pés, com a ponta dos pés na barra, pernas em Base Pilates, joelhos dobrados e afastados na largura dos ombros e os braços devem estar esticados à frente também na largura e altura dos ombros.
Antes do movimento dos membros inferiores começar, o aluno deve crescer a coluna, com a contração do abdômen. Na inspiração, ele cresce mais, empurra o carrinho e abre um dos braços, fazendo a rotação da coluna a partir da cintura, pensando em abrir cada vez mais o centro do peito e seguindo a mão com o olhar. As EIAS devem apontar sempre para frente. Na expiração, os músculos do Power House devem ser usados para desfazer a rotação priorizando o alongamento axial. Seguindo o abdômen, o braço volta para posição inicial e os joelhos dobram até o ponto que a coluna permaneça ereta, sendo o objetivo final, fechar o carrinho todo.
É importante que o aluno já esteja familiarizado com as outras variações, para que tenha a flexibilidade, força e consciência corporal suficientes para se concentrar no crescimento axial durante a rotação de tronco. Por que estamos batendo na mesma tecla? Porque é fácil perder espaço entre vértebras durantes as mobilizações de coluna, principalmente quando estamos falando em rotações. Assim como torcer uma toalha diminui seu tamanho longitudinal, na coluna acontece a mesma coisa, por isso é importante ensinar o aluno a torcer sem afundar.
Repita o movimento para o outro lado.
Acredite, esse exercício não é fácil para ninguém, nem para os instrutores. Não se desespere. Pratique que você irá conseguir.
Costumamos dizer que no Stomach Massage você faz a série, tudo dói e no final sai se perguntando, cadê a massagem?
Por Hellen e Monique
A Teaser é um dos clássicos mais famosos do Pilates. Pode ser executada no solo, Spine Corrector, Reformer, Cadillac e Cadeira.
Independente do equipamento usado ou de qualquer variação, o principal objetivo sempre é desafiar o Centro de Força.
O corpo tem a tendência de procurar o caminho mais fácil, por isso o pilateiro jamais deve esquecer de guiar-se através dos princípios do Método. Com esta variação da Teaser não é diferente: a mente do praticante precisa comandar com controle e precisão todos os movimentos para o praticante conseguir aproveitar todos os benefícios que o exercício tem a oferecer.
A posição inicial é em decúbito dorsal com a cabeça na beirada do aparelho voltada para o lado da barra torre. Esta está conectada por uma mola vindo de cima. As mãos seguram na barra, os cotovelos permanecem esticados e os ombros sempre longe das orelhas. O quadril e o joelho iniciam flexionados a 90 graus e os pés ficam em Base Pilates. O aluno eleva a pélvis do apoio enrolando a coluna e concentrando todo o esforço no abdômen, enquanto os braços fazem uma leve pressão na barra trabalhando apenas na estabilização das escápulas na intenção de apoiá-las contra o estofado e também como se elas quisessem escorregar em direção aos quadris. O retorno é controlado, sem despencar, e apoiando uma vértebra de cada vez. Após o apoio total da bacia, inicia-se a Teaser com subida da cabeça e tronco, articulando a coluna e com o foco no centro de força. Ao mesmo tempo as pernas esticam e sobem o máximo possível sem que abalem a estabilidade da lombar. É importante que o praticante não use esse movimento dos membros inferiores para pegar impulso para subir o corpo. A lógica é oposta a isso: os membros inferiores devem dar mais trabalho ainda para o Power House. Lá no alto, o pilateiro pensa em crescer, aumentar mais ainda o espaço entre as vértebras, imaginando que uma força puxa a cabeça e os pés para longe do quadril.. Mais uma vez a volta é executada com controle, retornando uma vértebra de cada vez. Depois que a cabeça estiver bem apoiada, pode-se realizar novamente o movimento de elevação da pélvis.
E depois que o instrutor dá milhões de orientações, o aluno sintetiza da seguinte maneira: “se o abdômen estiver doendo, está certo”. Em parte não podemos negar, não é mesmo?
Por Hellen e Monique
Evoluir é preciso sempre, mas em nossa rotina nos estúdios, na prática, o que isso significa?
Muita gente acha que evoluir é virar de cabeça para baixo e se pendurar. Ok, isto também pode acontecer, desde que aconteça com qualidade. É horrível ver fotos e vídeos de pessoas penduradas tortas, com a coluna tão fora de posição que chega a doer a nossa e os ombros lá nas orelhas. Nesse caso, o aluno não está evoluindo, mas retrocedendo.
Se procurarmos um significado para evolução no dicionário encontraremos: "executar evoluções, movimentos, deslocamentos graduais e harmônicos." No Pilates a definição se encaixa perfeitamente.
Cada aluno tem seu tempo e seus limites e vai evoluir de acordo com o que permite o seu corpo e sua mente. Sim, a mente também tem seu tempo para avançar em organização, consciência, coordenação, quebra de padrões, barreiras e até medos, por isso as palavras gradual e harmônico devem ser muito levadas em consideração.
Nem todo mundo pode fazer exercícios avançados (incluindo instrutores), mas isso não significa estacionar. O aluno pode melhorar cada exercício, assim como fazemos nós instrutores e podem perceber que qualquer que seja o exercício, se feito com a mente focada em sua melhor execução, ele é sempre desafiador. Pode também fazer variações avançadas de alguns exercícios ou aumentar e diminuir molas para aumentar a dificuldade, assim como trabalhar para ganhar mais flexibilidade e amplitude de movimento e ainda ser desafiado quanto ao equilíbrio retirando apoios. Há muitas possibilidades e todas são formas de evoluir.
No vídeo damos um exemplo de como evoluir usando exercícios que requerem os mesmos comandos mas com níveis de dificuldade diferentes e mesmo se analisarmos cada exercício separadamente veremos graus diferentes de dificuldade.
Para começar o aluno pode executar o Standing Leg Pump Front (foto abaixo), pois estar de frente para o aparelho garante melhor alinhamento e apoio nas duas mãos. Pode avançar com o aumento das molas, da amplitude de movimento e com a retirada das mãos das alças.
Depois passa para o Standing Leg Pump Side, exercício da instrutora da frente, que estava grávida e como gestantes não fazem exercícios sem as mãos nas alças, ela manteve-se apoiada. Para as gravidinhas, testar o equilíbrio não é uma forma de evolução. Para elas, podemos focar no aumento da amplitude do movimento com a manutenção da bacia e lombar na posição correta evitando a hiperlordose tão característica da gravidez. Isto já é uma super tarefa para qualquer aluno e em especial para as barrigudinhas. Os demais alunos além do mesmo desafio podem evoluir para a retirada da mão da alça.
Do mesmo jeito que o exercício anterior, o Side Lunge deve ser antecedido pelo Foward Lunge, menos complexo, pois é mais fácil de manter o alinhamento de frente para o aparelho e também permite o apoio simétrico das mãos que na evolução pode ser retirado, lembrando que o instrutor deve estar perto do aluno.
Só então, passadas essas três etapas e tendo elas evoluído dentro de suas possibilidades, o aluno passa para o Side Lunge (instrutora do fundo) que também tem como ficar cada vez mais difícil veja aqui.
É bom lembrar que as gestantes não farão exercícios em pé na Chair, pois sempre há o risco de quedas.
Há a possibilidade de dar um passo atrás quando necessário. Não esqueça nossa campanha Todos Por Uma Evolução Consciente, só assim podemos seguir evoluindo com qualidade.
Por Hellen e Monique
O vídeo mostra um exercício em que menos é mais, literalmente: quanto menos molas forem usadas, mais difícil fica. Ele trabalha os glúteos e musculatura posterior da coxa, desafia o alinhamento da pélvis e o equilíbrio.
A posição inicial é com um pé na plataforma e o outro apoiado com a ponta dos pés no carrinho e os calcanhares na caixa do Wall que estará devidamente posicionada contra as ombreiras do aparelho. A perna da frente fica esticada e o apoio do pé inteiro pressiona o aparelho para baixo tanto na ida quanto na volta do movimento. O membro inferior que está atrás permanecerá sempre estendido e com toda a sua musculatura ativada. É importante manter tanto essa pressão do pé quanto a perna de trás trabalhando para ajudar a estabilizar o corpo e a manter o alinhamento correto. O praticante leva o carrinho o máximo possível sem que ocorra uma rotação da bacia. Uma reta desde o calcanhar de trás até a cabeça deve ser formada, evitando que ocorra uma hiperlordose, portanto quanto mais o carrinho abre mais o tronco deve se inclinar para frente. Então o joelho da frente dobra o máximo possível sem que ocorra uma anteversão pélvica e o carrinho é puxado de volta até o seu fechamento completo.
É possível executar o sentido oposto, iniciando pela flexão do joelho da frente até o ponto em que a bacia não compense em anteversão. O carrinho é levado para trás através da extensão a perna da frente sem que haja uma rotação da pélvis e o retorno é feito com os dois joelhos esticados.
Lembrando que, independente do movimento, o joelho não deve ir além do pé do mesmo lado, ou seja, ficará acima do mesmo.
Algumas medidas de segurança são importantes sempre que o aluno faz exercícios de equilíbrio e em pé no Reformer: é recomendável que o praticante tenha um local para apoiar a mão durante a execução e que ele suba e desça pela plataforma, nunca pelo carrinho, pois este é móvel e pode provocar um acidente.
Movimentos aparentemente simples transformam-se em verdadeiros desafios quando todas as regras do Pilates são colocadas em prática. Manter a postura e os alinhamentos representam uma guerra feroz travada com o nosso próprio corpo. Portanto, não perca a batalha para você mesmo, respeite os seus limites e evolua com responsabilidade.
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Estabilizar a Pélvis Durante os Agachamentos Faz Toda a Diferença
12-11-15 - Cisto de Baker
Por Hellen e Monique
O Cisto de Baker ou Cisto Poplíteo é descrito na literatura como um cisto localizado entre a cabeça medial do músculo gastrocnêmio e o tendão do semimembranoso.
Nos adultos esses cistos são relacionados a lesões intra-articulares, como lesões meniscais, Artrose, lesão inflamatória causada pela Artrite Reumatoide ou Gota, por exemplo. O que acontece é que as lesões aumentam o nível do líquido circulante na articulação que acaba migrando para a Bursa Poplítea (veja mais sobre Bursas aqui) pela ação contrátil do gastrocnêmio e semimembranoso, o que acaba gerando um efeito de válvula permitindo o fluxo do líquido para a bursa e impedindo sua volta. Por isso, ele acaba se acumulando, fazendo com que ela se torne um cisto.
Muitas vezes eles são achados radiológicos mas permanecem assintomáticos. No caso de haver sintomas, os mais comuns são: inchaço, dor, pressão e rigidez muscular na região posterior do joelho, sendo aumentados quando a perna está em extensão. Essas sensações também se intensificam durante a realização de atividades físicas.
Normalmente o diagnóstico pode ser feito por observação e palpação da região, mas o mais importante é saber a causa da lesão primária que levou ao edema na articulação.
O tratamento não é direcionado para o cisto e sim para a lesão principal. Uma vez controlado o quadro inflamatório, o líquido circulante no local é drenado e volta ao seu nível normal, fazendo com que o cisto diminua.
Caso ele cresça demasiadamente, o ortopedista pode através de uma artroscopia drená-lo para evitar seu rompimento, mas ele poderá voltar a encher caso a lesão primária do joelho não seja tratada.
A ruptura gera sintomas que podem ser confundidos com Trombose Venosa Profunda, pois ao extravasar pela musculatura o líquido causa dor, vermelhidão e inchaço na região da panturrilha.
É raramente achado em crianças e são observados em exames físicos, mas tem pouca relevância por serem assintomáticos.
Para prevenir o aparecimento do cisto mantenha uma rotina de exercícios que possa fortalecer e alongar os músculos do corpo, o que fará com que os joelhos permaneçam saudáveis. Também deve-se evitar o sedentarismo e exercícios físicos esporádicos.
A melhor forma de prevenir a maior parte das dores e lesões é manter uma boa alimentação, sono, rotina de exercícios e a mente saudável. Cuide-se sempre.
Por Hellen e Monique
Quando pensamos em passar algum exercício na posição ajoelhada sobre o Reformer, temos que descartar a presença de patologias de joelho (como artrose, bursite, tendinite (como a da Pata de Ganso, a Biciptal ou a do tendão Patelar) e Condromalácia e avaliar se o aluno tem equilíbrio e controle suficientes para realizar a tarefa sem riscos de queda. Se, além de usarmos essa posição, solicitamos também o movimento de sentar e levantar, precisamos ponderar ainda mais o custo-benefício, já que a carga sobre a articulação e a instabilidade aumentam ainda mais.
O exercício mostrado no vídeo visa o fortalecimento dos adutores da escápula e extensores de cotovelo, trabalha o equilíbrio e é um desafio para os alunos que fazem movimentos bruscos e acelerados. Portanto, muito cuidado com os apressadinhos.
A posição inicial é de costas para a barra de pés e com os joelhos próximos às ombreiras. Explique ao praticante que por segurança ele não deve querer sair sozinho do aparelho e após terminar o exercício, quando quiser descansar ou realizar qualquer ajuste na posição do corpo, deve primeiro sentar-se sobre os pés. Com os cotovelos esticados ele ao mesmo tempo fará a abdução horizontal dos braços e a elevação do corpo, ativando o Power House para garantir estabilidade e evitar que ocorra hiperlordose e abertura das costelas. Oriente que quanto mais os braços abrem, mais as costelas devem fechar. Erros comuns também são a anteriorização da cabeça e elevação dos ombros. Peça para que o pilateiro leve o queixo para a garganta, alongue o pescoço e encaixe os ombros, como se fosse empurrar as escápulas em direção aos bolsos de trás da calça. Mantendo a posição, o aluno flexiona os cotovelos sem perder a posição dos braços, ou seja, mantendo-os alinhados aos ombros, volta a estende-los para então retornar à posição inicial. Todos os movimentos precisam ser executados de maneira fluida e lenta, pois se o praticante usar impulso as molas responderão jogando-o para frente.
É importante que o instrutor permaneça junto ao aluno nas primeiras vezes que esse tipo de exercício for solicitado para que possa evitar acidentes. Às vezes os pilateiros e até os profissionais subestimam essa posição que remete à penitência, mas que no Pilates gera ótimas recompensas.
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Por Hellen e Monique
Pilates colocou a Scissors em seu repertório de MAT, Ladder Barrel e Spine Corrector porque executado em todos esses aparelhos, o exercício desafia a estabilidade na região do centro do corpo e com isso ativa os músculos do Power House, além de trabalhar a flexibilidade da articulação do quadril.
Já a Scissors no Reformer é uma variação do Pilates Contemporâneo e trabalha as mesmas partes do corpo, mas de forma diferente e ainda fortalece os glúteos e os músculos posteriores da coxa.
Uma das diferenças da execução feita no Reformer é que o praticante estará deitado, com a bacia toda apoiada no carrinho o que facilita a estabilização da pélvis e lombar no plano sagital (flexão e extensão lombar e anteversão e retroversão pélvica). Nos demais aparelhos e solo existe uma briga feroz dos músculos do core para manter a lombar e a bacia paradas durante a execução, já que a pélvis não estará 100% apoiada.
Porém no Reformer existe uma dificuldade que não ocorre nas outras variações que é a sustentação da carga das molas em apenas uma das pernas, o que dificultará o alinhamento da pélvis no plano frontal (ou seja, será difícil conter os desvios laterais).
Dito isso, vamos ao que interessa: ação.
Com o aluno deitado no Reformer, o instrutor pede para que ele empurre o carrinho até esticar as pernas e o ajuda a colocar a alça em um dos pés, enquanto o outro permanece na barra de pés. Esta é uma oportunidade para ensinar o praticante a ter certa autonomia (é importante que o aluno aprenda a entrar e sair dos aparelhos em segurança sozinho, sempre que possível, isto não só garante liberdade caso alguma urgência surja como também poupa o instrutor de um movimento que ele fará mil vezes ao dia – veja mais sobre como proteger o corpo do dia a dia das aulas aqui) Então o pilateiro firma a perna da alça para poder tirar a outra do apoio e junta as duas esticadas a 45 graus em Base Pilates, ao fazer isso, ele sentirá a pélvis desnivelar na hora e a EIAS do lado do peso ficar mais alta que a outra e sentirá na mesma hora o impulso de se corrigir. Este é o momento para explicar como ele deve agir para manter o nivelamento da bacia durante todo o exercício.
Dicas de nivelamento:
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Sendo o peso em uma das pernas apenas, ele achatará este lado, aumentando a curva da cintura homolateral à carga, sinal que a coluna fez uma flexão lateral. Peça para ele não deixar a curva da cintura acentuar, ou seja, ele deverá manter o espaço entre a bacia e as costelas igual dos dois lado do corpo.
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Outra dica é puxar a perna do peso para longe e pedir para que ele sustente essa força de crescer a perna o tempo todo.
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Podemos pedir para que ele mande o ísquio do lado da carga para longe, como se ele quisesse chegar na barra de pés.
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Lembre-se: o ideal é ver movimento apenas nos membros e não na coluna. O tronco deve manter seu alinhamento em Caixa.
Estas dicas podem ser dadas ainda com o carrinho parado e as pernas a 45 graus. A partir daí, pensando em seu alinhamento, o praticante deve subir uma perna e descer a outra no movimento da tesoura. O mais importante da Scissors é o movimento de abertura da coxofemoral, ou seja, é a perna que desce, é ela que deve ser incentivada a chegar no máximo do alongamento. Porém no Reformer, com o peso, é possível sentir um ótimo alongamento dos ísquiotibiais da perna que sobe, e muita força dos glúteos e posteriores de coxa lutando contra a mola na descida do membro.
Independente de ser a perna da carga ou a sem carga, elas irão abrir até o ponto que todo o resto do corpo se mantenha no lugar, sem desvios laterais ou flexão e extensão da lombar. Para isso é importante concentração, controle e ativação do Power House. A ajuda da Base Pilates se faz necessária. Aliás, toda ajuda é bem-vinda na luta para um alinhamento perfeito aos olhos de Joseph. ;)
Veja mais:
Por Hellen e Monique
É unânime o fato da amamentação trazer inúmeros benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê. Já as expectativas sobre como será o ato de amamentar são variadas. Algumas pessoas acham que será automático por ser uma ação instintiva, outras morrem de medo devido as histórias que ouvem sobre dificuldades e dores. A verdade é que cada ser humano é único e sentirá de uma maneira. Mais verdade ainda é que quanto mais informações a mulher tiver, melhor será essa experiência.
Antes da chegada do filho é importante que a futura mamãe já busque orientações com seus profissionais de confiança. O obstetra pode ser a primeira pessoa a iniciar esse aprendizado. Existe também a possibilidade de ter uma consulta pré-natal com o pediatra, que também passará valiosas dicas e esclarecerá dúvidas sobre os cuidados com o bebê.
Os dias de permanência na maternidade devem ser aproveitados ao máximo para a mãe aprender ainda mais e ter ajuda nas dificuldades que forem surgindo nas primeiras mamadas.
Em casa não é preciso comprar mil aparatos, o essencial é ter um lugar confortável e calmo, assim como o ato tem que ser. As dores, rachaduras e sangramentos não devem ser consideradas normais e só ocorrem devido ao posicionamento errado do bebê. A pega correta no seio garante que ele receba a quantidade adequada de leite e estimule a sua produção.
Algumas dicas podem ajudar a guiar a mulher:
- O corpo do bebê fica de frente para o dela, isto é, a barriga dele em contato com a barriga dela.
- Ele abocanha não só o bico do peito, mas também a aréola, com os lábios virados para fora formando a "boquinha de peixe". Isto evita que ele engula ar, machuque o mamilo e além disso é importante para que haja o estímulo dos receptores que enviarão informações para o sistema nervoso central liberar os hormônios responsáveis pela produção e ejeção do leite.
- Caso ela sinta dor ou veja que a pega está errada, é necessário que ela tire o vácuo inserindo a ponta do dedo mínimo no canto da boca do bebê, tire-o do peito e então recomece a mamada.
- Assim como ela não deve sentir dor na mama, também não deve sentir em nenhum outro lugar do corpo. Sendo assim, antes de mais nada ela precisa se posicionar bem evitando incômodos e esforços desnecessários para que não surjam compensações, como dor na coluna, sobrecarga nos punhos e tensões nos ombros e no pescoço.
É aqui que a pilateira ganha uma vantagem, pois a prática do Método faz com que ela tenha maior consciência e controle do corpo e saiba como proteger-se. Além disso, ela sempre lembrará do "chato" do instrutor pedindo para que ela cresça a coluna, mantenha o Power House acionado e empurre os ombros para baixo e para trás.
Como já dissemos, a mãe pode e deve procurar orientações com os profissionais qualificados para isso. A nossa intenção com este texto foi dar dicas e lembrar que tudo que acontece no estúdio, não morre no estúdio. Nós instrutores precisamos frisar que o pilateiro tem que levar o Pilates para casa, para o trabalho, para as férias e até para as mamadas.
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Por Hellen e Monique
A série de abdominal na Short Box é clássica e difícil, no entanto é dada bem cedo para os alunos, com todo o cuidado recomendado para que eles consigam entender que a força vem dos músculos do Power House e para que eles possam fortalecê-los.
Hoje falaremos de uma variação bem forte e desafiadora que trabalha os músculos laterais do tronco tanto anteriores como posteriores.
O instrutor deve posicionar a caixa curta no Reformer e fixar a faixa para os pés em seu devido lugar na estrutura do aparelho. Todas as molas são necessárias para manter o carrinho parado.
O aluno senta de lado na caixa com a perna de baixo dobrada e a de cima esticada com o pé em flexão dorsal fixo na faixa. É importante que este pé esteja ativo o tempo todo para garantir segurança ao aluno.
Ao início o praticante deve estar sentado sobre os ísquios ereto com o topo da cabeça apontando para o teto, as duas mãos na nuca com a pegada Pilates (veja aqui), pensando em crescer o máximo que pode. Desta forma, sempre crescendo, ele começará a inclinar para o lado até o ponto em que consiga manter seu alongamento axial e o equilíbrio. Ainda alongando o corpo voltará a posição inicial. Ele deve pensar que está deslizando entre duas paredes, ou seja, seu corpo não desviará para frente nem para trás. O mais comum é, principalmente, na volta, a bacia rodar para trás, por isso é importante orientá-lo a deixar a EIAS de cima na mesma linha da EIAS de baixo.
Também pode acontecer do aluno levar a pélvis em anteversão na tentativa de ajudar no movimento, devemos pedir para que mande o cóccix para o calcanhar se constatarmos que, com isso, o posicionamento da lombar se perdeu em hiperlordose. Também é comum o aluno ao voltar, fazendo a flexão lateral, achatar a lateral de cima que estará em concavidade. Por isso o comando deve ser dado para que ele não comprima a coluna, mas ganhe espaço entre as vértebras ao fazer o movimento.
À medida que o pilateiro for conseguindo ganhar mais amplitude no movimento, podemos incentivar para que chegue até a inversão, mas sempre de olho no alinhamento e impedindo o achatamento das laterais em concavidade, lembrando que ao inverter a flexão lateral também é necessário manter o crescimento da lateral de baixo.
No vídeo fazemos a variação mais avançada com os braços esticados acima da cabeça o que aumenta a alavanca e consequentemente o peso. Deve ser feita com muito cuidado para evitar lesões.
Veja diferentes formas de trabalhar os oblíquos:
Fortalecimento de Oblíquos no Pilates Acr
Por Hellen e Monique
O exercício proposto trabalha a força dos membros superiores e também desafia o Power House. A posição do corpo inclinado sobre a bola exige um grande controle do tronco e a postura correta é fundamental para se alcançar os objetivos. Uma linha deve se formar desde o calcanhar até a cabeça e só o ato de alcançar esse posicionamento já representa um belo trabalho para o abdômen, glúteos e eretores de coluna. As solas dos pés permanecem apoiadas nas barras verticais do Cadillac ou Wall, joelhos esticados, pélvis apoiada na bola.
É possível realizar vários movimentos de membros superiores, o importante é que o Centro de Força seja capaz de suportar as variações de pressão geradas pelas molas quando os braços se movem. Tomando como exemplo a variação realizada no vídeo, o momento de maior tensão das molas é quando são feitas a adução horizontal dos braços e extensão dos cotovelos, por isso nestas duas fases há uma tendência do tronco de levantar da bola levando a coluna a uma grande extensão. Já no retorno desses movimentos (na abertura dos braços e flexão dos cotovelos) ocorre o oposto, as molas oferecem menos resistência e assim menor sustentação ao tronco, o que favorece que ele pese mais sobre o apoio. O objetivo é impedir oscilações e sustentar o corpo com estabilidade.
Muitos acreditam que exercícios feitos com acessórios que não foram criados por Joseph não são considerados Pilates. Realmente não são parte da linha Original. Mas se fizermos utilizando os princípios, os benefícios virão e esse era o objetivo de Joseph.
Nós, que trabalhamos com a linha Contemporânea, abraçamos a criatividade, mas com responsabilidade. Apreciamos com moderação :)
Por Hellen e Monique
O Dolphin é uma variação do Airplane na qual preza-se pela extensão dos quadris ao invés da flexão. Tem como objetivo a mobilização da coluna, fortalecimento do Power House, isquiotibiais e glúteos, além de trabalhar coordenação e controle motor.
Existem algumas variações de movimentos para a articulação da coluna neste exercício. Optamos apenas pela flexão por ser menos complexa, mas a intenção é passar para a extensão assim que a mobilização em C estiver dominada.
O aluno começa deitado de barriga para cima com as alças de pés. Pernas em Base Pilates, dobradas na posição do frog. Os cotovelos devem estar fletidos a 90 graus acima da cabeça e as mãos nas barras verticais do Cadillac empurrando-as para longe. Esta força das mãos contras as barras é muito importante para manter os ombros longe das orelhas, uma vez que se o aluno faz força para puxar, a tendência é o ombro subir, além disso ele usa a força nos membros superiores o que não convém neste exercício.
Os membros inferiores são estendidos a 45 graus e sobem esticados, sempre mantendo a tensão entre eles criada pela Base Pilates e simultaneamente a coluna articula em flexão levantando a bacia do aparelho e levando com ela vértebra por vértebra até o apoio ficar na altura das escapulas. Nesta hora, a articulação do quadril deve estar aberta. Então os joelhos dobram, mantendo a extensão do quadril e a coluna volta a enrolar para descer. À medida que pélvis vai se aproximando da mesa os joelhos se estendem para longe, a partir daí as pernas voltam a subir e quando atingem 45 graus na coxofemoral o movimento todo recomeça.
Em uma evolução, a coluna articula em extensão na descida da bacia que estará em anteversão, voltando a ficar neutra quando toca a mesa.
É hora de passar para o movimento contrário. As pernas descem esticadas, para a abertura da coxofemoral até o ponto que o praticante consiga manter a coluna imóvel, a partir daí os joelhos dobram enquanto a coluna articula em flexão e sobe até o apoio entre os ombros, mantendo a extensão dos quadris. No alto, as pernas esticam e com elas nesta posição a coluna volta a mobilizar em C para descer.
Na evolução, os joelhos dobram enquanto a coluna articula em extensão e sobe passando para neutra no alto e articulando em flexão na descida da bacia.
O Dolphin é um exercício avançado que requer bastante controle e, por isso, concentração. Ainda pode ser mais simplificado se pensarmos apenas em fazer a elevação da pélvis e coluna e descer sem a flexão dos joelhos, para focar apenas na mobilização das vértebras. É importante que os passos sejam todos dados e dominados antes da mobilização em extensão que é a que requer mais do Power House.
Esse exercício é harmônico, mas é preciso muito treino para alcançar toda a graciosidade dos Golfinhos, por isso treine, treine e treine.
Veja mais sobre mobilização de coluna aqui.
Por Hellen e Monique
Estão abertas as inscrições para os Wrokshop Espaço Fluir de Novembro. Não Perca!!!
Saiba mais e inscreva-se aqui ou pelo e-mail fluirespaco@gmail.com
Por Hellen e Monique
Já conversamos bastante aqui no blog sobre Pilates para gestantes e como é a nossa conduta para montar aulas seguras para essas pilateiras especiais (Veja aqui). Hoje o assunto será o pós-parto. Mais uma vez ressaltamos que é essencial a liberação médica para a mamãe retomar as atividades físicas e esse aval pode vir a partir de 15 dias para as mulheres que tiveram um parto normal e estão saudáveis. Porém sabemos que não é fácil conseguir engrenar novamente nos exercícios, já que agora a rotina da mãe depende do que o seu mestre manda, neste caso, um lindo bebê.
As alterações químicas e físicas sofridas durante a gestação ainda deixam rastros por algum tempo. Por isso, nada de querer ir com sede ao pote, a saúde continua vindo em primeiro lugar. O recomeço deve ser lento e respeitando as mudanças que aconteceram e as que estão acontecendo. O início deve ser semelhante ao trabalho que estava sendo feito durante a gestação, com foco no Power House, muito trabalho de períneo e moderação nos pesos e complexidade dos exercícios.
O períneo sofreu uma sobrecarga, a musculatura abdominal foi distendida ou até cortada nas cesarianas, a pélvis alargou. Atividades como segurar o bebê no colo, amamentar e dar banho propiciam posturas ruins. Por isso tudo e muito mais, o instrutor pode dar orientações posturais à aluna desde antes da chegada do pilateirinho.
É comum vermos as mães jogando a bacia para frente quando estão em pé com o filho no colo na tentativa de reduzir o esforço. O correto é continuar com aquele pensamento de crescimento axial e contração do Power House, desta forma concentrando a carga nos músculos e evitando sobrecarga na coluna. Veja na foto da capa.
A amamentação infelizmente é um grande desafio para muitas mulheres, o que poderia ser evitado com a orientação sobre a correta posição do bebê para evitar dores, rachaduras e até sangramentos nos mamilos. O bebê nasce sabendo sugar, porém é a mãe que deve posicionar a pega no seio. No início não é tão fácil e nem tão automático, mas saber como agir faz toda a diferença. Recomende à sua aluna marcar uma consulta pré-natal com o pediatra e se informe dos cuidados do aleitamento. Neste ato tão bonito também observamos várias compensações, especialmente a tensão e elevação dos ombros da mulher ao sustentar o filho, por isso é importante repetir e repetir durante as aulas das barrigudas e também das mamães que estão voltando à atividade: ombros para baixo e para trás. Não esqueça de orientá-las a fazer o mesmo em casa.
A hora do banho pode ser um momento de relaxamento para muitos bebês, mas nem tanto para as mães, que tem que se curvar sobre a banheira e fazer alguns malabarismos para cumprir a missão. E quando vemos, a pessoa está com o tronco torto e ombros lá nas orelhas. É preciso que a mãe tenha consciência de seu corpo e proteja a sua coluna, fazendo uma leve flexão dos joelhos e inclinando o tronco para frente com o abdômen ativo evitando se curvar demais, jogando assim a força para a musculatura da coxa e glúteos , além de controlar a tensão dos ombros e pescoço. Os pés podem estar paralelos ou um à frente e ir alternando a posição, o importante é que haja segurança.
Não para por ai, em todas essas situações há uma forte tendência de anteriorizar a cabeça para ficar olhando o bebê. Ok, um pouco e de vez em quando é mais que aceitável, mas é bom que as mulheres saibam controlar os excessos para não maltratar tanto assim a cervical e piorar a sua posição que já estava alterada desde a gravidez. Todos esses movimentos faltosos de postura são naturais e automáticos. Nosso papel é justamente repetir incansavelmente as orientações para que se fixem em nossas alunas e para que elas possam assim mudar o padrão.
Pilates é em primeiro lugar saúde, os resultados estéticos são uma (bela) consequência.
Por Hellen e Monique
Este exercício tem como objetivo fortalecer os músculos laterais do tronco tanto anteriores como posteriores. Ele oferece menos dificuldade que o Twist, por isso pode ser um preparatório para o mesmo.
O aluno deve colocar a bacia de lado no assento da cadeira e apoiar uma das mãos no pedal. Com a assistência das molas ele deita até ficar com o corpo todo na horizontal em decúbito lateral formando uma linha reta entre pés e cabeça com o outro braço ao longo do corpo. É importante que ele ache seu equilíbrio antes de começar o exercício, para que consiga manter a concentração nos detalhes que interessam para sua melhor execução.
A cabeça começa voltada para o chão. O pilateiro deve pensar primeiro em crescer melhorando seu alongamento axial, a bacia deve estar neutra, ou seja, o cóccix mirando os calcanhares que estarão juntos em Base Pilates para desta forma ajudar na conexão dos músculos do Centro de Força. Feito o crescimento, o tronco começa a subir em um longo arco para longe e para cima enquanto a mão do pedal exerce leve pressão contra ele, não para ajudar na subida do corpo, mas para manter o ombro baixo, enquanto a outra mão escorrega para longe. Durante a elevação do tronco a cabeça gira para frente e para o outro lado para evitar tensão na cervical.
O objetivo é subir até fechar as molas, mas isto deve ser feito sem que a bacia tombe para trás, o que é muito comum. Podemos orientar o aluno a mandar a EIAS do lado de cima para frente, mantendo-a sempre alinhada com a de baixo. A partir daí o praticante pode descer pensando em resistir a volta e não somente cedendo a força da gravidade. A cabeça volta a mirar o chão.
O aluno que está executando pela primeira vez deve usar o apoio da caixa da cadeira se preciso.
A variação mostrada no vídeo inclui o movimento de abdução da perna e do braço que de ser feito sem que o corpo desabe ou desalinhe, então é necessário pensar ainda mais no crescimento, no posicionamento da bacia a fim de evitar que ela rode para trás ou que a lombar entre em extensão.
Trabalhar os insuportáveis pneuzinhos é ótimo e sentí-los queimando no final dá uma sensação maravilhosa de dever cumprido. Por isso mãos à obra.
Por Vanessa Pacheco
Essa especiaria é muito lembrada em época de festa junina, mas devemos incluí-la em nosso cardápio durante o ano inteiro por apresentar vários benefícios à saúde.
A canela é um alimento bem nutritivo e é uma boa fonte de ferro, cálcio, cromo, manganês, fibras e em compostos fenólicos que atuam na neutralização dos radicais livres, proporcionando vários benefícios à saúde, dentre eles:
• Ação antibacteriana e antifúngica, sendo bastante eficaz contra a candidíase e úlceras.
• Auxílio na redução do colesterol LDL e no controle dos triglicerídeos, diminuindo assim os riscos de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes.
• É termogênica, auxiliando na redução de peso.
• Regulação da glicose, sendo um benefício para pessoas com diabetes tipo 2. Por conter cromo, auxilia também na redução na vontade de ingerir doces.
• Melhora da resistência à insulina em mulheres com Síndrome do Ovário Policístico.
• Ação anti-inflamatória, auxiliando nos casos de artrite e obesidade, por exemplo.
• Prevenção do envelhecimento precoce, doenças degenerativas, como o Alzheimer e tumores.
• Aumento da função cognitiva, memória, vigilância e concentração ao cheirar a canela.
A quantidade recomendada da utilização da canela é de uma colher de chá por dia, porém o ideal é consultar seu nutricionista ou médico sobre a porção adequada para cada caso. O excesso de sua utilização pode levar irritação de mucosas, úlceras e intoxicação.
O consumo não é indicado para as gestantes em qualquer fase da gravidez pois pode ocorrer um aumento das contrações uterinas, elevando o risco de aborto. Também não deve ser utilizada para lactentes e bebês. Pessoas com hipertensão devem consultar o médico sobre o consumo dessa especiaria, assim como as que possuem problemas de fígado e rim, por esta possuir um composto chamado cumarina, que em altas quantidades pode causar lesões nestes órgãos.
A canela pode ser consumida na forma de pau ou em pó. Pode ser acrescentada às frutas, legumes, chás, sucos, café, mingaus e no preparo de sobremesas como curau e arroz doce.
Receitas:
Chá Termogênico de Maçã com Canela:
Ingredientes:
½ xícara de maçã desidratada sem açúcar
1 colher de sobremesa de gengibre ralado
Pitada de canela em pó
Preparo:
Coloque para ferver em 100ml de água a maçã e o gengibre. Depois de pronto acrescente a pitada de canela e adoce a gosto.
Torta Funcional de Banana
(Fonte: Site Funcionali)
Ingredientes:
2 kg de banana d’água
3 colheres de sopa de gergelim branco tostado em frigideira
300 gramas de castanha do pará
5 colheres de sopa de farelo de aveia
6 colheres de sopa de mel
canela a gosto
Preparo:
1. Cortar as bananas longitudinalmente em 2 ou 3 fatias. Forrar um pirex grande.
2. Bater levemente no liquidificador a castanha, só para dar uma quebrada, sem triturar.
3. Misturar o farelo de aveia e o mel.
4. Colocar uma camada de banana bem juntinha, uma da mistura salpicada e polvilhar com gergelim tostado e canela a gosto.
5. Repetir mais uma camada de cada e levar ao forno médio pré-aquecido por 30 a 40 minutos.
Por Hellen e Monique
Os exercícios feitos na posição ajoelhada em que realizamos o movimento de flexionar e estender as articulações do joelho e quadril são daqueles que deixam lembranças nos próximos dias. Não é à toa, pois exploram fortemente o quadríceps, tanto por trabalhar todo o seu arco de movimento quanto por exigir bastante de sua fase excêntrica. Exatamente por terem um nível de dificuldade alto não são indicados para todos. Praticantes com patologias no joelho, como Condromalácia, tendinite, bursite ou artrose, não devem realizá-los, assim como os alunos iniciantes e com pouca resistência.
São possíveis muitas variações: no solo, nos aparelhos, com ou sem acessórios. No vídeo fizemos a combinação do rolo com a resistência das molas no Cadillac, intensificando não só a contração dos músculos da coxa como também do Power House e adicionando trabalho para os membros superiores. Ou seja, o sofrimento é para o corpo todo como Joseph Pilates gostava.
A posição inicial é ajoelhado sobre o rolo de costas para onde as molas estão fixas e sentado sobre os calcanhares. Os cotovelos começam dobrados e juntos ao corpo. O aluno deve subir o tronco até que cabeça, quadril e joelho formem uma reta perpendicular ao chão e simultaneamente esticar os membros superiores até que fiquem paralelos ao solo. Sustentando essa posição, os braços abrem e fecham. Tudo isso sem permitir compensações como a anteversão da pélvis, elevação dos ombros e anteriorização da cabeça. Por isso é essencial organizar o tronco em Caixa e ativar o Centro de Força instantes antes de iniciar os movimentos e aumentar essa contração durante o exercício. A volta é feita de maneira controlada, sem despencar e sem deixar os braços cederem à pressão das molas. Nesse retorno há a tendência de ocorrer uma inclinação do corpo para frente, o que torna tudo muito mais fácil. É essencial manter o alinhamento do tronco de maneira que o topo da cabeça aponte para o teto e o cóccix para o chão durante toda a execução.
Uma opção para os pilateiros que sentem incômodo ao flexionar os joelhos é ficar no alto, mantendo o quadríceps em isometria, e realizar apenas os movimentos dos braços. Essa variação mais simples, pode enganar os desavisados, mas também é um ótimo exercício para as coxas.
Então temos aqui diversas receitas de coxinhas fritas para oferecer aos nossos alunos, escolham as suas preferidas e deliciem-se!
Por Hellen e Monique
O Standing Leg Pump - Side é um exercício clássico de básico para intermediário e fortalece vários grupamentos musculares dos membros inferiores, trabalha a consciência corporal e o equilíbrio. Nele o maior desafio é manter o alinhamento do corpo.
O aluno começa de lado para a cadeira. Para facilitar a explicação começaremos com o lado esquerdo próximo ao pedal. Pernas em Base Pilates. A ponta do pé esquerdo apóia no pedal mantendo a posição da Base.
O praticante deve estar com o corpo todo voltado para a mesma direção, ou seja, bem de lado para a Cadeira. A tendência é a pélvis rodar para o lado do aparelho (no nosso exemplo, para o lado esquerdo). Para isso não ocorrer peça para o aluno ativar os músculos envolvidos na Base Pilates, levando os ossinhos do bumbum um em direção ao outro e o cóccix para o chão. Outra forma de desalinhar é o lado da bacia do pé apoiado no pedal ficar mais alto. Podemos pedir que o aluno leve o ísquio deste lado para o chão. Pode ser que por falta de flexibilidade (o que é muito comum), o aluno não consiga manter sua Caixa, então descemos o pedal e começados o movimento de baixo.
O aluno sobe a barra sem deixar as molas fazerem o trabalho sozinhas, para isso ele deve pensar em subir mantendo a força do pé contra o pedal, subir com a intenção de descer, assim o movimento fica controlado. Ele irá até o ponto em que consiga sustentar o alinhamento da pélvis, pensando nas dicas sugeridas acima. Para descer todas as regras se mantem.
Devemos ficar atentos a alguns pontos:
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É comum que o aluno comece a fechar o joelho, o que pode levar a uma torção na articulação. O joelho dobrado deve estar aberto na linha do pé.
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O alinhamento do tornozelo é um capítulo à parte e é feito de forma que o joelho fique em cima do tornozelo e o tornozelo em cima do antepé. Normalmente o praticante coloca o peso apenas na borda externa do antepé na intenção de manter o joelho aberto e o tornozelo acaba desviando para fora. Orientamos então que ele mantenha o peso na direção do segundo dedo do pé para evitar a posição faltosa. Pode-se também começar com o apoio no calcanhar ao invés da ponta, pois desta maneira é mais fácil manter o tornozelo sob controle.
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A mão na alça pode ser usada para auxiliar no equilíbrio, mas o aluno não pode se pendurar nela, pedimos um leve apoio evitando que o corpo se incline na direção da cadeira e que a bacia caia para o lado de fora, ou seja, para longe da cadeira.
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O pé do chão deve estar ativo e empurrando o chão para baixo, isso levará a uma força de suspensão que manterá o espaço da coxo-femoral, evitando seu achatamento e ajudando a manter a postura ereta. É bom lembrar que o joelho deve estar esticado, mas não travado. Para algumas pessoas (as com hiperextensão de joelho podemos pedir uma pequena flexão deste). Essas duas últimas dicas são formas de se manter o alinhamento axial.
Antes de realizar este exercício o aluno deve praticar o Standing Leg Pump - Front, que fortalece os membros inferiores com um grau menor de complexidade para o alinhamento, assim o aluno ficará familiarizado com o que está sendo exigido dele e seu corpo começa a entender o movimento e os recursos que serão necessários para manter a postura.
Na evolução podemos retirar a mão da alça (como no vídeo) o que exigirá mais dos músculos, que se contrairão mais para manter o equilíbrio e depois passar para exercícios mais avançados como o Front Lunge e o Side Lunge.
04-10-15 - Dia Especial
Por Hellen e Monique
Ontem foi mais um dia em que nos sentimos extremamente privilegiadas por termos conquistado a confiança desse pessoal que tem fome de conhecimento e busca ser cada dia melhor. Somos muito gratas pela oportunidade de participar desse processo e esperamos contribuir um pouquinho no enriquecimento profissional de cada um de vocês!
Por Hellen e Monique
A Tenossinovite Estenosante de De Quervain, ou Tendinite de De Quervain se refere a um acometimento dos tendões do Abdutor Longo e Extensor Curto do Polegar causado por uma inflamação na bainha que os envolve, provocando um maior atrito entre eles e consequentemente levando a lesão. É caracterizada por dor na região radial do punho, principalmente nos movimentos de preensão e pinça dos dedos, desvios laterais e rotações do punho. Em alguns casos há crepitação e gatilho durante o movimento do polegar. Está mais presente no sexo feminino na idade adulta.
A causa principal é o excesso de uso, por isso é comum em pessoas que praticam artesanato, uso abusivo do mouse ou celular e tarefas domésticas que exigem força e movimentos repetitivos das mãos. Há também outras situações que predispõem o aparecimento da patologia, como as doenças reumáticas (Artrite Reumatóide, por exemplo), o período de gestação (devido às alterações hormonais que causam retenção de líquido e inchaço das estruturas) e puerpério (quando a mulher realiza muitas atividades em que deve sustentar o peso do bebê).
O diagnóstico é clínico.
O tratamento conservador consiste em repouso do membro acometido a fim de reduzir os movimentos dos tendões, fisioterapia, uso de anti-inflamatórios e em alguns casos é feita a imobilização. A cirurgia é adotada quando o tratamento conservador não obtém resultados satisfatórios.
No caso do pilateiro que possui essa tendinite é importante evitar descarga de peso sobre a mão em exercícios como a flexão de braço e pranchas e fazer uso das faixas de punho para que não ocorra o desvio da articulação durante os movimentos e impedir que os dedos façam força ao segurar a alça. O instrutor pode adaptar alguns exercícios, como por exemplo fazer o Leg Pull - Front, Pranchas e Pranchas Laterais com o apoio sobre os antebraços como na foto abaixo.
Eventualmente até o instrutor acaba sofrendo com essa patologia devido ao fato de puxar e ajustar molas centenas de vezes por dia, muitas vezes da maneira errada. Por isso, mais uma vez ressaltamos que nós também devemos aplicar à nossa vida o que ensinamos aos alunos. Veja os cuidados que o instrutor deve ter com o próprio corpo aqui.
Por Hellen e Monique
Exercícios que exigem suporte em prancha lateral são de intermediários a avançados e este não é diferente. Exige boa consciência e força da cintura escapular para manter os ombros no lugar sem sobrecarregar os músculos cervicais. Além disso fortalecem toda a cadeia lateral.
A variação mostrada no vídeo pode ser considerada um treinamento para se chegar ao Side Support (foto abaixo) e na evolução ao Star, por ser executado com o apoio do cotovelo, o que diminui a sobrecarga e dá mais segurança.
O aluno começa sentado de lado no Reformer com os pés voltados para a cabeceira. Seguindo o exemplo do vídeo, o antebraço direito deve estar na barra de pés. É importante que o apoio seja feito de forma que o cotovelo fique mais para dentro e a mão mais para fora, ou seja, ombro em leve rotação externa. Isto é essencial para que o braço não escorregue para fora do aparelho e para favorecer o alinhamento do ombro. O braço esquerdo fica ao longo do corpo. O pé direito se posiciona na ombreira de trás enquanto o esquerdo, na da frente.
Ao mesmo tempo em que as pernas esticam levando o carrinho para longe, a bacia sobe até o ponto em que o corpo faça um linha reta dos pés até a cabeça. É muito comum que ao estender os joelhos a lombar entre em extensão e a bacia em anteversão, por isso é necessário orientar seu aluno a contrair seu Power House para evitar movimentos faltosos.
Existem algumas variações como:
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Após alcançada a posição, os joelhos dobram e a bacia desce e volta a apoiar.
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O aluno permanece na prancha por alguns segundos apenas sustentando a posição, pensando principalmente em manter seu alinhamento.
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Ou ainda, como no vídeo, mantendo a prancha e a altura da bacia, o pilateiro dobra e estica os joelhos movimentando o carrinho.
No caso das variações sustentadas é importante lembrar sobre os ombros o tempo todo, pois quanto mais difícil for para manter a posição, mais fácil será para aparecem as compensações.
Veja mais sobre Prancha Lateral aqui.
Por Hellen e Monique
O BOSU foi criado em 2000 por David Weck e logo se transformou em uma febre. É um dos produtos mais inovadores e completos da indústria fitness dos últimos anos.
O nome vem da sigla de Both Sides Up ou Both Sides Utilized, já explicando que pode ser usado tanto o lado da cúpula quanto o da plataforma.
Os benefícios são vários, como melhora do equilíbrio, propriocepção, coordenação e fortalecimento do Centro de Força. Esses fatores favorecem o desenvolvimento do corpo e da mente.
Com o fortalecimento do Power House vem a melhora da estabilidade geral do corpo que aperfeiçoa tanto movimentos mais complexos (como os usados em esportes), como os cotidianos (por exemplo, subir e descer escadas). Ou seja, pode ser usado tanto para treinamento de atletas de alto nível como para reabilitação, mas para isso é preciso que o instrutor, seja ele fisioterapeuta, profissional da dança ou professor de educação física, se envolva e estude, o que significa ler artigos, fazer cursos e praticar para poder extrair todos os grandes benefícios mantendo a segurança do aluno.
Assim como no curso de Pilates, devemos aprender a progredir aos poucos e regredir se for preciso. Por falar em Pilates, podemos fazer variações tanto do repertório Original como do contemporâneo, mas lembre-se: sempre respeite os princípios, porque fazer qualquer coisa só por fazer não é Pilates.
Também é preciso ter o cuidado de não colocar o cliente em posições de risco sem o auxilio necessário, o que muitas vezes significa ter o instrutor ao lado. Portanto nem todo exercício poderá ser feito em aulas em grupos. Apesar de ser utilizado de diversas formas é recomendado que a posição em pé com os dois pés no aparelho seja feita apenas no lado da cúpula por medida de segurança, assim como as posições deitadas, mas estas por questão de conforto.
O BOSU tem o poder de fazer aquele velho exercício ficar totalmente diferente e mais desafiador.
Veja mais sobre as vantagens de fazer uso das bases instáveis aqui e mais sobre Pilates e Equilíbrio aqui.
Por Hellen e Monique
O Hip Opener faz parte da série avançada do repertório do Pilates Original.
Como o nome diz, o objetivo é abrir a articulação do quadril, fortalecendo os rotadores externos e alongando os rotadores internos e adutores de coxa.
Um dos maiores desafios é manter o alinhamento correto da pélvis, sem isso não alcançamos os resultados desejados.
Esse exercício é realizado em decúbito lateral no Cadillac com apoio da ponta do pé na barra torre. Originalmente o praticante deita com a cabeça virada para o lado em que essa barra está fixada exigindo bastante habilidade e flexibilidade do pilateiro, por isso é um avançado.
No vídeo trabalhamos uma variação com a posição oposta, reduzindo a complexidade do movimento. Outra adaptação que ajuda o aluno a manter a postura é manter a perna de baixo flexionada em vez de estendida na linha do tronco.
Portanto, utilizamos como posição inicial os dois membros inferiores dobrados, sendo que o de cima encontra-se no máximo de rotação externa sem compensar rodando a bacia para trás. É importante evitar também a inclinação pélvica, isto é, manter o espaço entre quadril e costelas igual dos dois lados. Como a tendência é a cintura de cima "fechar", o aluno deve pensar em empurrar a crista ilíaca de cima para longe tanto na ida quanto na volta do movimento.
A perna empurra a barra até esticar, como se o pé quisesse ir cada vez mais para longe, e flexiona apenas até o ponto em que a pelve se mantenha alinhada.
É preciso ter cuidado para a perna de baixo não tensionar, como se quisesse empurrar o aparelho para baixo para ajudar a dar estabilidade para o corpo. Como sabemos, isso é função do Power House e ela deve ficar relaxada.
Os cuidados e regrinhas são os mesmo exigidos na versão Original.
O Pilates é considerado por alguns um esporte radical, mas jamais deve ser perigoso. Por isso não podemos esquecer de um importantíssimo item de segurança: o cinto para prender a barra torre sempre que a mola vem de baixo.
Mais uma vez, no mundo de Joseph não interessa apenas a força e sim o pacote completo, incluindo o controle, a consciência corporal e a flexibilidade.
Por Hellen e Monique
Os três são exercícios de mobilização vertebral em flexão, requerem força do Power House e um bom alongamento da cadeia posterior, além de terem o movimento de inversão. Tudo isso significa que eles desafiam bastante o controle e a concentração. Estão intimamente ligados, sendo um para preparar para o outro ou para melhorar a execução do outro.
Além do Short Spine Massage ser um ótimo exercício cheio de objetivos, ele ainda leva o praticante a melhorar seu Roll Over, porque a assistência das molas no suporte ao peso do corpo ajuda a levar as pernas sobre a cabeça, o que para alguns alunos é uma missão impossível no solo. Isto ajuda o corpo a compreender e alcançar o padrão de movimento correto. Com essa interpretação gravada no corpo o pilateiro tende a melhorar sua performance no Roll Over.
Existem casos que o aluno faz o Roll Over no solo mas tem medo de fazer o Short Spine. Em primeiro lugar esteja ao lado do seu cliente para lhe dar segurança. Peça para ele fazer o Roll Over no Reformer sem as alças nos pés. Depois colocamos molas leves, o que fará com que realize o exercício praticamente sozinho, mas devemos orientá-lo a realizar o movimento de forma lenta e controlada tendo, assim, o domínio sobre as cordas e o balanço do carrinho. O apoio dos braços é importante para fazer a base de sustentação. Aos poucos adicione as molas para que o aluno sinta e se acostume com a diferença de peso e consiga tirar proveito do alongamento dos posteriores na descida da bacia, o que é impossível com molas muito leves e cá entre nós é uma sensação ótima que fará ele esquecer o medo de vez.
Uma vez que o Short Spine saia com perfeição e fluidez e o Roll Over tiver sido melhorado, o próximo passo é o Overhead. Assim como o Roll Over não passamos o Overhead para praticantes que não tem capacidade de fazê-lo. Por isso, treine o Roll Over no solo, depois a Short Spine Massage no Reformer. Se ele ainda não estiver preparado volte para a série intermediária, até que ele tenha força, alongamento e mobilidade articular necessárias para realizá-lo.
Três delícias que os alunos tem prazer em tentar fazer e melhorar, porque pilateiros adoram um desafio, certo? Então, vamos dar ferramentas para que, além do sorrisão no abdômen, eles saiam com um no rosto também.
Veja mais:
Por Hellen e Monique
É com muita alegria que estamos abrindo a agenda de Outubro de Workshops!
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Por Hellen e Monique
O side Lunge também é chamado de Going Up - Side. É um exercício clássico de intermediário a avançado dependendo da variação. Fortalece os músculos da coxa, além de fortalecer o Centro de Força ao desafiar o alinhamento, controle e equilíbrio.
Para chegar nele: Antes de passá-lo tenha certeza que o pilateiro já está fera no Standing Leg Pump - Side (Footwork em pé no chão de lado para cadeira), que desafia o corpo do mesmo jeito, pois tem objetivos em comum, mas de forma mais segura e com menos carga, o que fará com que o cliente consiga entender e dominar a dinâmica do exercício. O Foward Lunge (ou Going Up - Front) também deve ser ensinado antes porque é um pouco menos complexo (pois é mais fácil trabalhar o alinhamento da pélvis), mas exige bastante dos membros inferiores. Assim quando chegarmos ao Side Lunge o praticante estará em um ambiente conhecido e terá desenvolvido força e coordenação necessárias para fazê-lo com a qualidade requerida.
Posição inicial: o aluno começa de lado para o aparelho. Para facilitar a descrição vamos ilustrar com o lado esquerdo próximo à cadeira (como no vídeo). O pé esquerdo deve estar apoiado em Base Pilates na quina do assento, enquanto a ponta do pé direito está no pedal também em rotação externa.
O desafio maior deste exercício é manter o alinhamento da bacia, para isso pedimos ao aluno que mande o ossinho do bumbum esquerdo para o chão o tempo todo, o cóccix para o calcanhar e os ísquios um para o outro. Então, mantendo o alinhamento da Caixa, o pé esquerdo posicionado logo abaixo do joelho pressiona a cadeira para baixo e o aluno deve levar o topo de sua cabeça para o teto, subindo a rampa até o final (quando a mola perde toda a tensão) sem deixar o joelho sair de cima do pé, ou seja, nem ir além, nem recuar. Existe uma dica redundante, mas válida que é "suba para cima", pois a tendência do corpo é inclinar para o lado da cadeira (lado esquerdo no nosso exemplo) subindo em diagonal, isto fará com que o joelho avance além da linha do pé, o que é um erro.
A descida é muito importante, pois se não for orientada de forma certa, o cliente se deixará levar pela forma mais fácil que é ceder à lei da gravidade. Sabe aquela máxima "para baixo todo santo ajuda"? Não no Pilates! Peça para o aluno continuar apertando o pé para baixo, como se ainda quisesse subir e ele também precisará manter mais do que nunca o alinhamento da pélvis, entrando na campanha Todos por uma Volta Ativa e Controlada. ;)
De cara, quando o aluno coloca o pé no assento normalmente visualizamos uma inclinação na bacia, com a EIAS deste lado ficando mais alta do que a da perna da rampa. Isto acontece porque o aluno não possui alongamento suficiente para mantê-lo alinhado ou é de baixa estatura. Para solucionar este problema, podemos pedir para que ele comece de cima e quando descer, ir apenas até o ponto que consiga manter o alinhamento e no caso de alunos mais baixos, mesmo que ele tenha flexibilidade é interessante orientá-lo a ir apenas até os 90 graus de flexão de joelho.
A perna do pedal quer crescer, ir para longe, o espaço da coxo-femoral não deve encolher, mas se manter.
Para o pilateiro que está executando o exercício pela primeira vez, é importante deixar as alças de mão altas para auxiliar no equilíbrio, mas ele deve entender que elas serão usadas como um leve apoio para ajudar apenas nesta tarefa e jamais servirá de reboque. Quando notamos que o aluno está subindo com a ajuda do braço, é hora de rever o peso e colocar mais molas. Na evolução podemos pedir que o exercício seja realizado com as mãos livres e às vezes quando passamos para esta etapa temos que aumentar a carga dando mais suporte e depois vamos diminuindo aos poucos.
No vídeo, mostramos uma variação comtemporanea que além de avançada, sem alça de mãos, ainda usamos um elástico no braço, o que aumentará a carga inclusive da perna. De novo, pode ser necessário o uso de mais molas para começar. Vários movimentos de braço podem ser realizados, o que temos que ter na cabeça é passar para o aluno as informações necessárias para que ele mantenha a Caixa. O movimento executado no vídeo, tende a elevar o ombro, por isso toda concentração será necessária para levar os ombros para trás e para baixo, evitando a sobrecarga de músculos errados e também o desvio de todo o corpo para o lado oposto, sem carga.
Enfim, chegou a hora de informar o aluno que temos duas notícias, uma boa e uma "ruim". A boa é que esta etapa acabou e a "ruim" é que começaremos tudo de novo para o outro lado. :)
Veja mais sobre a importância de estabilizar a bacia para atingir o melhor resultado em exercícios de agachamento aqui.
Por Vanessa Pacheco
Quem não deseja ter uma “pele de pêssego” e o corpo bem tonificado?
Para isso temos que ter cuidado com a saúde da nossa pele e músculos. Dieta bem equilibrada, consumo de água em boa quantidade, além de exercícios físicos auxiliam nessa conquista.
Alguns fatores colaboram para que os músculos se tornem flácidos como: gravidez, alimentação inadequada, o famoso efeito "sanfona", genética, e principalmente o sedentarismo. Já a flacidez da pele, ocorre com o envelhecimento principalmente pela perda de água e colágeno deixando a pele mais fina e com menos elasticidade.
A seguir vou listar alguns alimentos que auxiliam na manutenção da elasticidade da pele e no tônus muscular.
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Frutas vermelhas, Folhas verdes escuras e Cacau - Ricos em antioxidantes que dificultam a ação dos radicais livres sobre a pele. Os radicais livres danificam o tecido, prejudicam a elasticidade e causam celulite.
Sugestão: Frutas Vermelhas: Consuma um punhado de uma delas por dia. Pode ser na salada de frutas, em forma de suco, batida com iogurte desnatado; Folhas Verdes: Consumidas como suco e no almoço/jantar; Cacau: Em forma de vitaminas, mousse, batido com iogurte. Lembrando que cacau não é chocolate.
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Abóbora, Cenoura e Manga - A vitamina A presente nesses alimentos auxilia na produção das fibras de colágeno. Você também encontra esta vitamina na gema de ovo, verduras folhosas, tomate, sardinha, abacate, entre outros.
Sugestão: Consumir pelo menos uma porção de uma dessas fontes todos os dias.
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Abacate e Azeite Extra Virgem - Possuem gorduras monoinsaturadas, que ajudam a preservar a elasticidade e também vitamina A, que auxilia na produção das fibras de colágeno.
Sugestão: Azeite: três colheres de sopa por dia na salada; Abacate: em forma de vitamina ou batido com iogurte desnatado.
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Frutas Cítricas (Laranja, limão, abacaxi, maracujá, acerola, etc.) - Ricas em vitamina C, essencial na formação do colágeno. Além disso, são ricas em antioxidantes.
Sugestão: Uma unidade por dia, como salada de frutas, sucos e vitaminas.
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Cereais integrais, amêndoas, nozes, grão de bico e feijão - Ricos em zinco, mineral essencial para a cicatrização e formação de colágeno. Além disso, possuem magnésio, essencial para elasticidade da pele, pois atuam na síntese de colágeno.
Sugestão: Uma concha de feijão ou um punhado de oleaginosas por dia.
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Aveia - Fonte de silício, fundamental para a produção de colágeno e firmeza da pele.
Sugestão: Duas colheres de sopa por dia em vitaminas, mingaus, sucos.
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Proteínas magras - Essencial para a construção da massa muscular, evitando a flacidez. Não podemos esquecer a clara de ovo, rica em leucina, que reduz a perda de massa muscular.
Sugestão: No mínimo duas porções por dia, principalmente no almoço/ jantar.
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Batata doce e Arroz integral - Ricos em vitaminas do complexo B, que auxiliam a “queima” de gorduras localizadas, assim como a manutenção da firmeza da pele.
Sugestão: No mínimo duas porções por dia.
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Ômega 3 - Presente principalmente nos peixes, auxilia na fluidez do sangue. Sua falta ajuda no aparecimento de gordura localizada e celulite.
Sugestão: Variar nos alimentos que contem ômega 3. Pode-se utilizar a cápsula de óleo de peixe.
Lembre-se que estas são dicas gerais e que é importante sempre consultar um médico ou nutricionista.
Por Hellen e Monique
Quando orientamos os alunos a colocarem a barriga para dentro, nossa intenção é provocar a ativação do transverso e dos oblíquos do abdômen, músculos responsáveis pela estabilização do tronco. No entanto, os extensores de quadril também são muito importante para estabilidade posterior da pélvis. No Pilates, tanto a Ponte como o Leg Pull são bons exercícios para fortalecer esse grupo muscular.
Hoje falaremos da Ponte com apoio unilateral. Esta sustentação causa instabilidade o que favorece o fortalecimento e conscientização dos músculos estabilizadores da coluna tanto anteriores como posteriores, assim como superficiais e profundos. Além disso, a perna de base recebe todo o peso fazendo deste um ótimo exercício para fortalecer posteriores de coxa e glúteos. Enquanto isso a perna livre tem os ísquiostibiais alongados e os flexores de quadril fortalecidos ao travar uma batalha para mantê-la na posição ideal.
O aluno começa deitado de barriga para cima, braços apoiados ao longo do corpo mantendo uma leve pressão no chão, pensando que as mãos querem ir para longe. Esse contato não é usado para sustentar o peso do corpo, mas para organizar a cintura escapular e aumentar a base de sustentação que será nesta região e incentivar a abertura do peito e contração dos eretores da coluna. Uma das pernas deve esticar com o pé apontando para o teto. Para que isso aconteça é necessário que o praticante tenha um bom alongamento dos ísquiostibiais, caso contrário a bacia se elevará do chão antes do tempo e perderá seu alinhamento. Para aquele que não possui tal flexibilidade é necessário baixar um pouco a perna até o ponto em que ele sinta alongar os posteriores mas sem perder seu posicionamento em Caixa.
Orientamos que a mobilização da coluna comece através do acionamento do Power House. A intenção é tirar uma parte de cada vez da coluna do chão, como dizemos todos nós, instrutores, vértebra por vértebra (uma boa dica é pedir para que o praticante pense em mandar o cóccix para o teto levando toda a coluna junto com ele). Acontece que como somente uma perna está apoiada, manter o alinhamento da bacia é o maior desafio e faz toda a diferença no exercício.
Algumas dicas para ajudar o aluno a chegar em seu objetivo:
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Ele terá que ativar os músculos da Base Pilates dos dois lados. Mesmo a perna fora do chão deve ter seus glúteos e adutores contraídos. Para isso, peça para que ele pense em levar a parte posterior das coxas uma para outra.
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Oriente-o que cresça a perna esticada, como se alguém estive puxando o pé para longe. Isto ajudará a evitar que este lado da bacia afunde. Você pode de fato puxar o pé do aluno para longe para que ele sinta o que está sendo pedido.
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O ísquio (ossinho do bumbum) do lado sem apoio também deve ir para longe, evitando que o espaço da cintura homolateral se perca, ou seja, favorecendo o alinhamento entre ísquios.
É muito comum a volta do exercício ser feita meio que "para se livrar" ou mesmo sem devida importância, isto é um erro. Ela acontecerá de forma controlada, ativa, e o pilateiro deve continuar pensando em todas as dicas acima. O ideal é que os dois lados da pélvis toquem ao mesmo tempo no chão.
Podemos começar pedindo apenas que a bacia saia do chão, para que o aluno vá ganhando consciência do movimento. Se ele não conseguir manter o alinhamento uma opção é apoiar a perna esticada na fitball, assim ainda poderá dividir o peso entre as duas pernas, mas terá os mesmo desafios do exercício sem ajuda.
Na foto usamos o balanço como base instável. A elevação da base e a instabilidade fará com que o exercício fique mais difícil. O balanço pode ser substituído por um rolo, overball, BOSU, fitball, mas lembre-se de dar um passo de cada vez. Entre na campanha Todos Por Uma Evolução Consciente que tudo será possível. :)
Veja mais sobre a Ponte aqui.
Por Hellen e Monique
Artrodese é a fixação cirúrgica de uma articulação gerando sua imobilidade. Este recurso é usado para estabilizar quando a instabilidade gera dor e agride a articulação.
Na coluna, pode ser feita em qualquer segmento e só é uma opção quando os tratamentos conservadores fracassam em aliviar os sintomas.
Principais patologias que podem ser tratadas por Artrodese:
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Artroses com grande degeneração articular;
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Grandes escolioses em adultos;
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Colunas que já passaram por cirurgias de Hérnia de Disco e ainda possuem compressão com pinçamento nervoso;
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Fraturas por diversas causas;
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Instabilidades geradas por frouxidão ligamentar;
Nestes casos, a fixação é feita entre um ou mais níveis em sequência anulando a movimentação nos mesmos.
Como a coluna é feita por diversas articulações que trabalham juntas para gerar um grande movimento sua mobilidade geral normalmente não fica prejudicada.
Quando uma região é fixada, para compensar o movimento perdido com a operação outras áreas acabam ficando hiper móveis. Temos que trabalhar para fazer esse aumento da mobilidade ser distribuído por toda a coluna e não aconteça apenas em níveis normalmente mais móveis.
Exemplo: Artrodese de L4-L5. L2-L3 e L3-L4 que já são segmentos de grande mobilidade podem ficar sobrecarregados e isto pode levar a lesões locais como hérnias de disco.
O objetivo é colocar as vértebras para trabalhar de forma harmônica evitando que trabalhem em bloco e fortalecendo e conscientizando os estabilizadores. Veja aqui como trabalhar a mobilidade da coluna de forma saudável.
Alguns exercícios que favorecem a mobilização:
Por Hellen e Monique
Este exercício também é conhecido como Chest Expansion - Triceps Press Sit e trabalha o fortalecimento e alongamento dos músculos dos ombros e das costas, a abertura do peito e os músculos posturais ao desafiar a manutenção do alinhamento axial.
Vamos começar falando sobre o exercício original e ao final falamos da variação demonstrada no vídeo.
O aluno começa sentado no chão de costas para o pedal com as pernas esticadas a frente (instrutora do fundo). Esta posição vai exigir um bom alongamento dos ísquios-tibiais, por isso, se o praticante não possuir flexibilidade suficiente para preservar a postura ereta ou tiver problemas na lombar ou ainda no caso de gestante, deverá usar a caixa do Wall (instrutora da frente) para que possa se manter sentado de forma correta.
As mãos apoiam no pedal com os dedos juntos e orientados para trás. Caso haja desconforto nos punhos pode-se variar voltando os dedos para frente. Veja aqui dicas para não sobrecarregar os punhos. Os cotovelos estarão flexionados e alinhados com os ombros.
O pilateiro deve contrair o Power House para crescer a coluna pensando em levar o topo da cabeça para o teto e o cóccix para o chão. Também deve abrir o peito e pensar que os cotovelos querem ir para dentro do buraco da cadeira, isso gera um grande alongamento de peitorais. Caso o praticante não tenha flexibilidade suficiente para manter os ombros abertos e longe das orelhas, será necessário o uso da caixa do Wall. Uma amplitude exagerada pode levar a queixas de formigamento nos braços e dedos, se isso acontecer eleve ainda mais o cliente com uso de apoios de EVA. Muitas vezes é necessário a diminuição da carga.
No original, o pedal é único e os braços se movem juntos.
Mantendo a posição, o pedal é empurrado para baixo com a intenção de sempre melhorar a postura da coluna e da cintura escapular. A volta deve ser feita de forma controlada sem que a coluna ou os ombros desabem.
Caso o aluno tenha conseguido começar com os dedos voltados para trás, deve fazer algumas repetições e depois repetir com os dedos virados para frente. Se uma das duas posições for incômoda, ele fará só a que não gerar desconforto.
Variação - No vídeo usamos o recurso de separar o pedal para fazer o exercício em alternância.
Os cuidados são os mesmo, mas a atenção deve ser ainda maior. A coluna tende a fazer desvios laterais acompanhando o movimento dos braços e o ombro do braço que flexiona tende a subir enquanto o outro tende a descer. Por isso, oriente o aluno a ter foco no centro de força e na coordenação para que tenha controle do corpo como um todo.
Cuidado: Este exercício exige bastante da articulação do ombro e promove estiramento de músculos e nervos portanto deve ser feito com cautela. Comece com pequenas amplitudes e cresça de acordo com a possibilidade de cada aluno.
Com controle e concentração os tríceps agradecerão e o tchauzinho ficará bem mais feliz. :)
Por Hellen e Monique
Sempre que orientamos a contração do períneo nas aulas de Pilates, os homens arregalam os olhos e fazem uma cara de questionamento, por isso o post de hoje é dedicado à eles.
O períneo é a região do corpo humano que começa, nas mulheres, na parte de baixo da vagina e estende-se até o ânus e, nos homens (SIM, homens também tem), localiza-se entre o saco escrotal e o ânus. Compreende um conjunto de músculos e aponeuroses que fecham a pelve inferiormente.
Sendo atravessado posteriormente pelo reto e na parte anterior pela uretra, tem a função de fechar esses canais, sendo responsável pela continência urinária e fecal.
Também é responsável pelo fechamento da vagina e, nos homens, sua contração favorece a ereção e o controle ejaculatório, portanto uma maior consciência desta região também é importante para a função sexual tanto feminina quanto masculina.
Em mulheres é importante trabalhar essa musculatura principalmente durante e após a gestação e depois da menopausa quando a incontinência urinária se torna um problema frequente.
Em homens, além do conhecimento e controle serem fundamentais para tratar problemas sexuais, podem tratar de incontinência urinária, que pode ser causada, por exemplo, por cirurgia de próstata.
Apesar dos exercícios de Pilates requererem a contração do períneo e ajudarem no ganho de consciência e força nesta região, não são específicos para a reabilitação, portanto nos casos de disfunções, converse com seu fisioterapeuta.
Por Hellen e Monique
O Push Up Sideways I é um exercício avançado clássico de Joe que tem o objetivo de fortalecer Power House, braços, ombros e músculos das costas.
Gostamos sempre de ressaltar que existe um longo caminho para se chegar nos avançados, portanto se seu aluno ainda não faz prancha frontal, por exemplo, ele não está preparado para fazer este exercício. Caso esteja, mãos a obra, bom, nesse caso, mão no pedal.
Vamos começar falando do exercício clássico e depois passaremos para a variação mostrada no vídeo.
O praticante começa em pé, de lado para cadeira, próximo a uma das bordas da frente. Os pés devem estar em Base Pilates. Os braços são estendidos a cima da cabeça e então o aluno faz um Roll Down, pensando em enrolar o queixo sobre o peito, peito sobre as costelas, costelas sobre a bacia, bacia sobre as coxas. Ao chegar em baixo, a mão próxima a cadeira apoia no meio do pedal, com os dedos juntos e apontando para frente. O cotovelo fica dobrado. A outra mão vai até o chão e apoia embaixo do ombro. A partir daí os pés caminham para trás até a posição da prancha onde deve haver um linha reta que vai dos calcanhares até o topo da cabeça.
Usando a força do centro para manter tudo alinhado em Caixa e estável, o aluno empurra o pedal sem deixar o resto do corpo se mover. A volta deve acontecer de forma controlada. Depois de 3 repetições, o aluno caminha com os pés para frente o que o leva a posição final do Roll Down e desenrola a coluna para cima levando o cóccix para o calcanhar, os ossinhos do bumbum (ísquios) um em direção ao outro, contraindo o períneo e cavando o abdômen até voltar a ficar de pé.
Erros comuns:
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Girar o tronco na volta do pedal: É muito comum o pilateiro não isolar o movimento no braço e compensar girando o corpo todo. Peça para que ele contraia ainda mais os músculos abdominais e tente subir o pedal pensando em descer, isso fará com que ele controle melhor a volta.
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Lombar em extensão: Na maioria das vezes o aluno entra bem na posição, mas ao começar a mexer o braço, se concentra nisso e esquece o power house, isso é um grande erro, pois como sabemos o que Joseph queria desafiar o centro do corpo. É comum o bumbum empinar e a barriga pesar para o chão levando a lombar a se arquear, portanto chame atenção o tempo todo para os músculos do core.
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Braço de apoio em hiper extensão de cotovelo: Vigie o braço de sustentação, pois com o aumento da dificuldade de manter o corpo parado o praticante tende a esticar além do necessário o cotovelo. Sim, o braço deve estar esticado, mas não travado.
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Ombros elevados: Também é um forma de "roubar". Muitas vezes o aluno faz a protração e retração do ombro ao invés da extensão e flexão do cotovelo. Na hora de orientar lembre que será difícil estabilizar os dois lados. Muitas vezes é necessário mexer na mola.
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Cabeça desalinhada: a cabeça tende a avançar para o chão. Levar o queixo para garganta é uma boa forma para orientar a correção. É muito comum o aluno levar a lombar em extensão quando corrige a cabeça e vice-versa, por isso, um olho na missa e outro no padre, quer dizer, um na cabeça e outro na lombar.
Como a maioria dos estúdios no Brasil trabalha com alunos fazendo diferentes exercícios em diferentes aparelhos, essa coreografia fica complicada de ser realizada nas aulas nesse formato, por isso preferimos começar no chão com os joelhos apoiados na posição de perdigueiro quando o aluno está fazendo o exercício pela primeira vez, os cuidados são os mesmos.
Depois do exercício já dominado nesta posição, pedimos para o aluno estender as pernas passando para a prancha.
No vídeo, além do movimento do braço, incluímos uma flexão de braço, veja as dicas aqui. Se o aluno não é capaz de fazer a flexão treine fora da cadeira, com os joelhos apoiados ou outras variações mais simples (veja aqui) e evolua aos poucos.
Com conhecimento para achar o nível certo e traçar o treinamento adequado para seu aluno, ele vai longe.
Por Davor Pitrez
Abordo nesta postagem um tema bastante debatido que se refere ao estilo de vida vegetariano e sua influência na atividade física (seja de alto rendimento ou para manutenção de um estilo de vida ativo).
A primeira questão que gostaria de comentar é sobre os tipos de vegetarianos. De forma abrangente podemos citar os seguintes:
1) OVOLACTOVEGETARIANO: possui menor restrição alimentar, consome ovos e derivados lácteos e, dependendo do caso, peixe;
2) LACTOVEGETARIANO: não consome carne e nem ovos;
3) OVOVEGETARIANO: não consome carne e nem derivados lácteos;
4) VEGETARIANO ESTRITO: não consome nenhum tipo de alimento de origem animal;
5) VEGANO: é o vegetariano estrito que adota um estilo de vida que não envolve sofrimento de nenhum tipo de animal (alimentação, vestimentas, cosméticos testados em animais, etc).
Agora vejamos do ponto de vista prático: um cliente vegetariano diz que gostaria de realizar atividades físicas e pergunta se terá algum prejuízo na saúde devido à escolha alimentar.
Minha resposta: Atividades físicas não são todas iguais, assim como não são iguais os vegetarianos.
Se meu cliente é vegetariano estrito e quer começar a correr e se preparar para uma maratona, preciso ter especial atenção à ingestão de Ferro. A primeira característica de uma dieta vegetariana estrita é o baixo teor de FERRO HEME (ferro de origem animal), que é o melhor em termos de biodisponibilidade para o nosso corpo. Esta carência pode influenciar negativamente no rendimento desportivo, devido à baixa concentração de ferro no sangue (baixa concentração plasmática de O², fadiga, falta de ar e incapacidade de realizar atividades físicas) podendo evoluir para uma anemia ferropriva.
Você pode estar se perguntando: Poxa, mas se eu comer vegetais verdes de cor escura não estarei ingerindo ferro?
A resposta para esta pergunta é sim e não.
Sim, porque vegetais com a coloração verde-escura como brócolis, couve, rúcula possuem uma quantidade significativa de ferro.
Não, porque é um ferro não heme (Fe2+) e necessita de uma quantidade equivalente de ácido ascórbico (Vitamina C) para fazer o transporte e permitir a absorção de uma quantidade significativa desse tipo de ferro.
Outro aspecto que devemos levar em consideração é o micronutriente Cálcio. A partir da dieta os ovolactovegetarianos conseguem obter uma grande quantidade de cálcio de ótima biodisponibilidade, pois o consumo de derivados lácteos já dão conta do recado. Mas quando abordamos vegetarianos estritos/veganos normalmente encontramos um déficit em consumo de cálcio e, nesses casos, muitas vezes precisamos suplementar o cálcio com vitamina D3 a fim de evitar microfraturas (em exercícios de alto rendimento).
Quando falamos de exercícios de explosão como musculação, hipertrofia, 100 metros rasos, halterofilismo, por exemplo, temos que ressaltar que ao realizá-los utilizamos uma de nossas fontes energéticas que geram mais potência (ATP) em menor quantidade de tempo. Estamos falando do mecanismo ATP-CP (creatina-fosfato).
Analisamos uma dieta vegana percebemos que não existe consumo direto de Creatina, que é de suma importância para esse mecanismo energético acontecer. Então, se eu tiver um cliente atleta vegano que pratica exercícios de explosão, obviamente irei utilizar um suplemento de Creatina para melhorar seu rendimento. Antes, porém, devem ser realizados exames para verificar os níveis de creatinina e microalbuminúria e evitar lesão renal.
É fácil observar que há uma série de fatores envolvidos: tipo de dieta vegetariana, tipo de exercício, condições pessoais, etc. Os aspectos abordados acima são apenas alguns dentre muitos. Portanto, quem é vegetariano e pretende iniciar uma atividade física deve procurar um NUTRICIONISTA, que irá avaliar a sua condição e elaborar um plano alimentar condizente com as necessidades, para otimizar o treino e evitar problemas futuros de saúde.
Por Hellen e Monique
Poucas pessoas sabem, mas Pilates fez uma serie de solo adaptada dos exercícios do Reformer que também pode ser feita no Spine Corrector e é classificada como intermediária para avançada.
A intenção é fortalecer ainda mais o Power House com um repertório conhecido porém quando levado a um outro ambiente promove um novo desafio.
A série do vídeo é o footwork realizado no Spine Corrector com apenas uma repetição para cada variação (V, arches, heels e tendon stretch) apenas para ilustrar, mas assim como no Reformer são feitas 10 repetições para cada variação, portanto que a qualidade do movimento seja mantida.
Solo:
O aluno começa deitado no chão de barriga para cima com pernas a 90 graus em Base Pilates, pés em ponta e mãos na nuca. Ao fazer o rolamento para subir o tronco, as pernas esticam a frente em uma altura que a lombar não se mova. O centro de força deve estar contraído do início ao fim para garantir a estabilidade da coluna. Pedimos ao aluno para dobrar e esticar os joelhos como no movimento do footwork no Reformer. O tronco superior é mantido no alto e a troca de posição das pernas é feita ao final de 10 repetições. Lembrando que as posições Arches e Heels são feitas sem a rotação externa mas a intenção da contração dos músculos acionados na Base Pilates permanece. A última variação é o Tendon Stretch onde as pernas voltam para a posição V, (peça para que a rotação seja feita pela parte posterior e proximal das coxas, mantendo assim os adutores ativos), permanecem esticadas e só haverá o movimento dos tornozelos realizando a flexão dorsal e plantar.
Spine Corrector:
O praticante senta quase na beirada da rampa acomodando a lombar no arco. O objetivo é contrair o abdômen para manter a coluna em C pensando em apenas tocar o arco e não deixar o corpo descansando sobre ele. O resto é igual ao solo.
No vídeo os braços estão a frente do corpo o que diminui a carga. Para desafiar mais o abdômen as mãos podem estar na nuca.
Deve-se prestar atenção nestes fatores para garantir que a qualidade não saia do padrão Pilates que é ainda mais exigente que o da Fifa:
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Por favor, não deixe seu aluno usar os braços para puxar a cabeça, as mãos estão na nuca para garantir o crescimento axial e a decoaptação da cervical. O que mantém o aluno em cima é o abdômen e os músculos do Core (veja aqui como usar as mãos sem forçar o pescoço).
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De forma alguma a lombar pode entrar em extensão, se isso acontecer, peça para o praticante esticar a perna mais alto e para concentrar-se ao máximo em cavar o abdômen cada vez mais.
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Se o aluno for avançado ele pode sustentar o tronco no alto durante todas as variações, mas se não for é melhor descansar para trocar o posicionamento das pernas, pois como Joseph dizia músculos cansados são como veneno. Na prática comprovamos que ele estava certo, pois quando tentamos fazer algo além de nossas forças, vemos as compensações surgirem.
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Aqui as orientações são as mesmas do Footwork, ou seja, pedidos que a perna avance para longe na ida e volte como se tivesse resistindo o movimento, neste momento o aluno aproveita para contrair ainda mais seu Power House.
O Footwork é apenas o primeiro da sequência que segue com Hundred, Frog, Leg Circles e por aí vai. Isso mesmo, quando você menos espera, o alemão te surpreende com mais uma doce tortura.
Por Hellen e Monique
Como todos sabem o nome escolhido por Pilates para seu método foi Contrologia porque ele queria que seus clientes tivessem o controle da mente sobre o corpo. Esse nome realmente caiu como uma luva, pois Joseph criou diversas regras para levar os alunos a realizar os movimentos da forma correta, com domínio e eficiência, ou seja, o alemão estava no controle. :)
Alguns recursos foram pensados para guiar o praticante a centralizar suas forças no Power House. Joe não costumava dizer "acione transverso", ele levava seu cliente a contrair os músculos do Core mantendo-os alinhados usando o conceitos como o da Caixa (antes mesmo do exercício começar), fazendo com que eles expirassem até o fim (o que leva o transverso a contrair automaticamente), pedindo que mantivessem as pernas ativas em Base Pilates e também ensinando o jeito certo de apoiar a cabeça nas mãos durante os abdominais, o que faz toda a diferença para que este tipo de exercício seja realmente abdominal e não "pescoçal".
Hoje vamos falar um pouquinho sobre como manter as mãos trabalhando em prol do exercício abdominal e não rebocando o aluno para cima, forçando o pescoço e diminuindo a atividade dos abdominais, foco central do método.
Para começar o aluno deve colocar uma das mãos sobre a outra, ou seja, a palma de uma unida ao dorso da outra, e então levá-las a nuca. Os dedos mínimos devem ficar colados na base da cabeça (abaixo da protuberância occipital externa).
Os cotovelos se mantém abertos no plano da escapula (de 30 a 40 graus a frente do plano frontal), ou seja, devemos poder enxergá-los no canto dos olhos. Esta posição traz conforto a articulação dos ombros e evita que o úmero vá de encontro as estruturas coracoacromiais.
Esta é uma posição perfeita para tracionar a cabeça para cima, "como se quisesse arrancá-la". Desta forma evitamos o achatamento do pescoço. Enquanto isso, os ombros querem ir para longe das orelhas.
É comum o aluno fazer a tração cervical os elevando, por isso a orientação deve ser usar a mesma força para girá-los para trás e para baixo. Assim, a cabeça foge dos ombros e vice e versa.
Com a tração sempre em mente, pode-se pedir que o praticante faça uma leve pressão da cabeça contra as mãos, evitando assim que o contrário ocorra.
É claro que não usamos os termos anatômicos para dar as instruções, pois os alunos não são familiarizados com eles, ao invés disto, lançamos mão das dicas verbais como "pense em arrancar a cabeça", "os cotovelos devem ser visto com o canto dos olhos", "ombros fugindo das orelhas"...
Se o instrutor perceber que o pilateiro anda "roubando" demais nos abdominais, deve ficar atento, pois isso pode ser um indicativo que o exercício está além das possibilidades daquele cliente e deverá ser substituído por uma variação mais simples ou deve-se diminuir o número de repetições.
Portanto, avise ao aluno que as mãos são amigas e não fazem serviço de reboque, nem de ladrão.
Ah, vale lembrar que essa mesma posição e intenção serve para todos os exercícios que as mãos vão a nuca.
Por Hellen e Monique
Side Kick Kneeling (variação de instrutora de trás) é um exercício clássico da serie de MAT avançada de Joe. Se o aluno ainda não passou pelo Side Kicks regular (veja aqui), ensine-o e faça-o praticar até ficar fera, antes de partir para um desafio maior, por favor.
Ele trabalha os músculos laterais do abdômen além dos do quadril e ainda fortalece o Power House ao enfatizar equilíbrio, coordenação e estabilidade. Tem um elevado grau de dificuldade e exige boa flexibilidade do praticante.
O aluno começa ajoelhado no chão, com a coluna alinhada. Orientamos a contração do Centro de Força para gerar estabilidade e desta forma a perna direita estica ao lado até apenas o hálux ficar apoiado. Ao mesmo tempo que o corpo inclina para a esquerda e a mão deste lado desce ao chão diretamente abaixo do ombro e na linha do joelho com os dedos virados para o lado oposto ao corpo. A mão deve empurrar o chão para baixo e o braço é rodado para fora na intenção de girar a linha articular do cotovelo para a direção dos dedos. Desta maneira se torna mais fácil manter os ombros longe das orelhas. Então, mão direita é levada a nuca e o cotovelo aponta para o teto.
Peça para o aluno crescer a perna direita até elevá-la do chão. Em princípio ele sobe somente até o ponto em que não haja abalo no resto do corpo. O objetivo final é levá-la a linha do tronco, mas esta meta deve ser alcançada aos poucos de acordo com a capacidade de cada aluno.
Verifique se o aluno está com o alinhamento desejado antes de começar com os chutes. Deve-se fazer um linha reta entre a orelha direita e o pé do mesmo lado e a mão esquerda alinhada aos ombros e ao cotovelo direito, o peito aberto e o cóccix mirado para o calcanhar direito.
Ao chegar na altura máxima conseguida, o aluno avança a perna (flexão de coxofemoral) inspirando até o ponto em que o tronco não vá em flexão e que ele não perca o equilíbrio. Ao chegar ao limite ele faz dois pulsos tentando ir além.
A volta do movimento deve ser controlada. O praticante deve pensar em alongar enquanto faz a extensão da coxofemoral também só até o ponto em que não leve todo o tronco em extensão. Desta vez não há pulsos, mas ele deve crescer a perna o máximo que conseguir para longe e para trás sem que o corpo se mova promovendo uma boa abertura da articulação do quadril.
Como na versão regular, o objetivo é mexer somente a perna de cima o resto do corpo fica estável, sem sofrer abalos.
Os exercícios não são classificados de avançado à toa. Para uma execução perfeita, é
necessário que a mente esteja realmente focada em todos os ajustes. Sim, é uma surra bem dada. :)
Por Hellen e Monique
A Artrite Reumatóide é uma doença idiopática (aparece de forma espontânea e tem causa desconhecida), crônica e sistêmica. Nela o sistema imunológico começa a agir contra o próprio organismo, sendo o principal alvo a membrana sinovial, uma fina película que reveste as articulações. Explicando de maneira simples, é como se de repente, sem motivo, o próprio organismo atacasse uma articulação qualquer do corpo provocando uma inflamação.
Normalmente acomete as articulações das mãos e pés, mas pode acontecer em articulações maiores como tornozelos, joelhos e ombros.
Os sintomas são dor, vermelhidão, inchaço e rigidez. Se não for tratada corretamente , as sucessivas inflamações podem levar a fragilidade, deformidade e ao comprometimento das articulações levando a limitações de movimentos e, com isso, dificuldade na realização de tarefas diárias.
Por ser sistêmica também pode afetar outras áreas como pulmões e olhos, por exemplo, também provocando inflamação.
Pode aparecer em qualquer idade e sexo, mas é mais frequente em mulheres acima dos 40 anos.
Uma vez diagnosticada a doença, é importante que o paciente entenda seu problema e comece a se cuidar seguindo as orientações médicas.
O tratamento é multidisciplinar e envolve:
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Nutrição: uma dieta adequada é importante, pois o sobrepeso maltrata ainda mais as articulações.
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Exercícios físicos: o fortalecimento muscular deve ser feito para que não haja sobrecarga articular, mas só devem ser prescritos exercícios de leves a moderados, pois em demasia, os mesmos podem levar a uma crise, por isso é preciso procurar um profissional que entenda a condição do paciente.
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Repouso: O paciente deve entender que quando inflamada, a articulação precisa descansar para se recuperar mais rápido.
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Medicamentos: Quanto antes a pessoa procurar um médico melhor para o controle da doença. O tratamento é feito de acordo com o paciente. O médico prescreverá de acordo com a resposta de cada um. Normalmente o uso de medicamentos específicos é feito de longo prazo a intermitente. Caso ocorra o processo inflamatório, antiinflamatórios são usados para combater os sintomas.
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Cirurgia: Quando a mesma articulação é atacada várias vezes, suas estruturas ficam fragilizadas e podem ocorrer rupturas de tendão, grande desgaste ósseo ou, em decorrência deste desgaste, uma deformidade que limite sua função, nestes casos, pode existir indicação cirúrgica.
No estúdio de Pilates tanto o instrutor quanto o aluno devem estar cientes que a resistência usada será leve. Temos que ganhar em qualidade de movimento e concentração para potencializar o trabalho muscular de forma segura. A este cliente será contra-indicado saltos, aéreos, avançados, grandes cargas. Devemos ficar atentos também a exercícios com descarga de peso em punhos como pranchas e flexões de braços, o peso pode ser excessivo para a articulação. Dependendo do caso podemos adaptar como na foto abaixo, veja mais aqui.
Muitas vezes, caso haja acometimento nas mãos, será necessário o uso de alças de punho para o fortalecimento dos braços (foto abaixo).
Trabalhar na área de saúde é uma grande responsabilidade, por isso devemos estudar e escutar as queixas de nossos clientes para entender a necessidade de cada um e poder adaptar os exercícios no intuito de melhorar a qualidade de vida de todos eles. É uma tarefa árdua, principalmente quando trabalhamos com grupos, mas sem dúvida é muito gratificante.
Por Hellen e Monique
O Front Splits é um exercício de intermediário para avançado da série Clássica de Pilates. Ele trabalha flexibilidade e força dos músculos da perna, equilíbrio, alinhamento, controle, concentração e por tudo isso é um grande desafio para o Centro de Força.
Como o aluno fica em pé no aparelho é importante que o instrutor esteja ao lado.
O praticante inicia com as mãos na barra de pés, os dedos de um dos pés no carrinho e o calcanhar na ombreira e os dedos do outro pé na barra de pés na largura de seu ombro homolateral, com o calcanhar para baixo (pé flex), ambos em Base Pilates. Flexione o joelho da frente levando o tronco em cima da coxa, enrolado em formato de “C”. Certifique-se de que a bacia esteja alinhada e próxima ao calcanhar da frente. Para facilitar a visualização do posicionamento use o conceito da Caixa.
Lunge
Em um primeiro momento fazemos o alongamento da perna da barra sem tirar as mãos do apoio. Então o aluno estica a perna, sem perder o alinhamento pélvico, cavando seu abdômen e retorna na intenção de sentar no calcanhar. Repita algumas vezes para que o cliente sinta o alongamento tanto quando abre o carrinho como quando fecha na posição inicial.
90 Degrees Progression
O próximo passo é solicitar que o aluno leve o joelho da frente a uma flexão de 90 graus e erga o corpo até o topo da cabeça apontar para o teto, com a coluna neutra, mantendo essa posição. O quadril e o joelho devem estar alinhados, ou seja, a perna da frente fica em posição neutra. As mãos vão à nuca com os cotovelos abertos (foto abaixo). Mantendo o equilíbrio, o pilateiro deve empurrar o carrinho até o ponto que consiga sustentar o alinhamento da bacia (foto da capa). Também não devemos permitir o afundamento da pélvis, por mais alongado que seja o cliente, ele deve manter a bacia acima do joelho, pois o Front Splits não trata apenas do alongamento dos ísquios tibiais. Esta fase é excelente para o alongamento dos posteriores de coxa da perna da barra e para os flexores de quadril da perna de trás, além do fortalecimento dos mesmos e do quadríceps da perna da frente. O retorno acontece com controle. Até este momento a perna de trás está sempre esticada.
Thigh Stretch
O aluno deve fazer uma ponta no pé que está na ombreira, deve rodar a perna, a partir do quadril, a uma posição neutra e, assim, dobrar o joelho e apoiá-lo no carrinho. O calcanhar volta a apoiar na ombreira. Verifique o alinhamento da bacia e ombros. Peça que ele empurre o carrinho com o calcanhar da perna de trás, alongando a coxa. A perna da frente fica dobrada, com a bacia próxima ao calcanhar, que deve estar baixo.
Dicas:
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Este é um ótimo exercício para estabilizar a pélvis e os quadris. Por isso fique sempre de olho no alinhamento de seu aluno e dê dicas para que ele possa se corrigir e manter a "caixa".
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O grande benefício da primeira etapa do Front Splits é quando o carrinho está fechado e o praticante pode sentir o alongamento dos flexores de coxa. Podemos pedir que o aluno sustente a posição por alguns segundos antes de abrir o carrinho de novo.
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Enfatize a fluidez, não deixe o aluno dar trancos, nem fazer movimentos bruscos, isso pode ser determinante para a qualidade do exercício, evita lesões e quedas.
Por Vanessa Pacheco
O matcha é extraído da mesma planta que o chá verde, a Camellia Sinensis, porém com um processo de produção diferente, o que garante a preservação de grande parte de seus nutrientes.
Benefícios do Matcha
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Rico em substâncias antioxidantes, flavonoides, vitaminas A, E e C, taninos e catequinas, dentre outros, podendo auxiliar na prevenção de alguns tipos de câncer.
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Contém fibras solúveis e insolúveis, que ajudam no controle dos níveis de açúcar no sangue, além do equilíbrio da função intestinal.
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Por ter cafeína em sua composição gera aumento de energia e facilita a concentração.
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Auxilia na recuperação muscular, sendo indicado para quem realiza atividade física regularmente.
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Redução do colesterol ruim (LDL).
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Por ser diurético, também auxilia na diminuição de retenção de líquido no organismo, eliminando o inchado em algumas regiões do corpo.
Pode ser usado como chá ou como ingredientes de sucos, vitaminas, smoothies, bolos integrais. No entanto, não devemos exagerar em seu consumo diário. A dose recomendada é de 15 a 20g da erva/dia, pois seu consumo em excesso pode causar dores de cabeça, insônia, irritabilidade, agitação.
Não deve ser consumido nas grandes refeições pois algumas de suas substancias interagem com as dos alimentos dificultando a absorção de alguns nutrientes.
Pessoas que tem sensibilidade à cafeína e gestantes devem evitá-lo.
Forma de Preparo do Chá
Ferva um pouco de água (aproximadamente 50 ml) e espere aproximadamente cinco minutos.
Após misture o matcha (1/2 colher de chá).
Sempre lembrando que para obter os benefícios deste alimento, não podemos deixar de seguir uma alimentação balanceada e hábitos de vida saudáveis!
Suco Verde com Matcha
Ingredientes:
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1 folha de couve orgânica
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½ maçã pequena com casca bem higienizada ou outra fruta de preferência
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Limão a gosto
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1 rodela de gengibre ou 1 col./chá de gengibre em pó
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100 ml de água
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Gelo
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1 colher de chá de matcha
Preparo:
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Beba sem coar.
Por Hellen e Monique
O Overhead é um exercício avançado da série clássica de Pilates. Para realizá-lo é preciso que o aluno já saiba executar o Roll Over na série de solo e o Short Spine Massage no Reformer.
Ele trabalha e desafia o Centro de Força e assim como o Roll Over o pilateiro não deve pensar em jogar as pernas para trás, mas em passá-las por cima da cabeça, ou seja, não é achatando e sim ganhando espaço entre as vértebras quando enrola.
Os exercícios que exploram a mobilização da coluna são extremamente importantes para mantê-la saudável, veja aqui o porquê.
Para iniciar o Overhead descemos tanto a barra de pés como o apoio de cabeça. O praticante deita no Reformer de barriga para cima e pernas esticadas, pés em Base Pilates. Desde o início o Power House permanece acionado para a lombar não ir em extensão. As mãos devem estar nas alças, os braços esticados para o teto com os punhos na linha dos ombros.
Primeiramente deve-se descer os braços até o apoio no carrinho enquanto as pernas sobem retas por cima da cabeça levando a bacia num movimento de Roll Over. Faça com que o aluno utilize seu Power House ao máximo, pedindo para que cave o abdômen e faça um grande movimento como se alguém puxasse seus pés o tempo todo para longe, ou para que pense que quer levar os pés para trás tocando no teto.
Após esta etapa, onde as pernas estão paralelas ao chão, o praticante deve subir os pés em direção ao teto pressionando a pélvis para frente, na posição do Jack Knife.
Então é hora de descer desenrolando a coluna vértebra por vértebra, pensando em resistir o movimento com as pernas, ativando os músculos da cadeia posterior e ajudando nesse desenrolar. O instrutor pode tocar os tornozelos do aluno e pedir para ele fazer força contra sua mão para que entenda este conceito de resistir com as pernas. É importante que ele tenha passado pelo Short Spine para compreender o que deve ser feito.
Assim que toda a coluna estiver apoiada, as pernas voltam a descer para a posição inicial, enquanto os braços sobem a 90 graus na articulação do ombro. Nesta parte também é importante manter o Core trabalhando para evitar a extensão da lombar.
Devemos orientar o pilateiro a nunca perder a tensão nas cordas.
É importante lembrar que em todos os exercícios em que há elevação da pelve o apoio do corpo se mantém sobre as escápulas e jamais deve haver sobrecarga na cervical.
Sempre temos que ficar atentos às condições do aluno, se ele não faz Roll Over no solo, nem o Short Spine Massage no Reformer, ele não está pronto para o Overhead.
A pressa é inimiga da perfeição. Instrutores e praticantes precisam ter em mente que evoluir não significa fazer exercícios cada vez mais avançados de qualquer maneira, e sim realizar o que for possível com qualidade.
Por Hellen e Monique
Nestes nove meses em que acompanhamos a gravidez da professora Hellen, postamos vários exercícios adaptados para gestantes e recebemos algumas perguntas e também contestações. Nós compartilhamos a forma como trabalhamos baseada no que estudamos em livros e artigos científicos.
Para começar, é importante que a cliente tenha a liberação médica e então fazemos a nossa anamnese para ficar a par da história daquela grávida e da barriga. Mesmo depois de tudo isso, não podemos esquecer que cada gestação é única, nem a mesma mulher tem duas gestações iguais, por isso passamos exercícios de leve a moderados e ficamos atentas a toda e qualquer queixa da futura mamãe.
Como sabemos, todo exercício de Pilates se bem feito é super, portanto não precisamos inventar coisas novas e sim adaptar o que já sabemos para que a gravidinha consiga fazer o que for indicado à ela de forma confortável, pois quando o apoio dói ou a variação é forte demais e impossível de ser realizada naquela condição ou ainda existe medo, as compensações aparecem. Não podemos deixar os erros acontecerem com ninguém, principalmente com grupos especiais de alunos onde um erro pode acarretar sérias consequências. Por isso, preferimos trabalhar com total segurança e, para as barrigudinhas, evitamos:
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Exercícios avançados;
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Malabarismos, bases instáveis, exercícios em pé no reformer e qualquer exercício com risco de queda;
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Elevações de quadril;
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Extensões de coluna;
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Decúbito ventral desde o início;
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Fortes cargas e grandes amplitudes para fortalecimento do abdômen;
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Saltos;
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Pranchas tanto frontais quanto as laterais.
Mesmo que a gestante seja pilateira, bailarina, atleta ou trabalhe no Cirque Du Soleil, não a colocamos pendurada, nem de cabeça para baixo, nem faremos nada descrito acima.
Como você pode ver nas fotos, todo exercício pode ser simplificado e ainda assim continuar trabalhando os mesmos músculos com uma boa intensidade, portanto que o aluno seja bem orientado para alcançar os objetivos certos.
Qualquer que seja a especificidade de seu cliente, estude, se informe e planeje uma aula com exercícios que sejam úteis a realidade daquela pessoa, não vemos sentido em trabalhar de outra forma, mas esta é apenas a nossa opinião.
Veja exercícios com adaptações e mais artigos sobre gestantes aqui.
Por Hellen e Monique
Sabemos que a futura mamãe em breve colocará os braços para trabalhar muito. Mas como prepará-los sem exagerar na dose e acabar prejudicando a saúde da gestante e do bebê? A resposta são as adaptações.
Como já foi dito em outras postagens (veja aqui), o instrutor deve ter cuidado e critério ao elaborar as aulas das barrigudas. Ele deve ter perfeita consciência do que está fazendo, ter na ponta da língua o porquê passou cada exercício e quais objetivos quer alcançar. Em hipótese alguma deve colocá-la em posições de risco ou querer lançar desafios.
Um ótimo exercício para preparar os membros superiores para as horas extras que estão por vir são as flexões de braço. Só que obviamente as tradicionais devem ser evitadas, já que o tronco em posição de prancha exige excessivamente do abdômen e também pode sobrecarregar a lombar nessa fase.
A variação mais simples das flexões é usando o auxílio de uma parede como na foto abaixo. A praticante fica de frente para ela, apóia as mãos ligeiramente mais abertas que a largura dos ombros e na altura deles. Quanto mais afastados da parede os pés se posicionarem, maior o grau de dificuldade, tanto em relação à força nos braços quanto para manter o alinhamento do tronco. Manter o apoio nas pontas dos pés também aumenta a carga, mas é preciso ter certeza de que os pés estão bem firmes para que não haja risco de queda.
Uma opção mais complexa é utilizar o Barril como no vídeo. Neste caso é indicado àquela pratica Pilates desde antes de engravidar e também só deve ser realizado enquanto a barriga não está muito grande. O aparelho deve ser colocado em sua regulagem mais aberta (de preferência com o extensor), a pilateira fica de frente para a porção curva do aparelho com as mãos apoiadas em seu topo. As pontas dos pés apoiam no chão e os calcanhares na base do aparelho. O tronco se inclina e deve formar uma linha do pé até a cabeça. Quanto maior a amplitude de movimento, maior é a dificuldade. Portanto é prudente começar com graus menores de flexão de cotovelo. O instrutor deve ficar atento aos erros de execução e compensações na postura que são os mesmo das flexões de braços sem adaptações (veja aqui).
Podemos sim maltratar as gravidinhas, mas sempre com moderação.
Ah, vale lembrar que estas variações podem ser interessantes também para outros grupos de alunos como iniciantes, idosos e com problemas na coluna, por exemplo.
Por Hellen e Monique
O alemão Joseph Pilates era praticante de diversas atividades físicas e estudioso do corpo humano, um auto didata perfeccionista que criou um método onde o objetivo era ensinar as pessoas a se moverem com qualidade dentro e fora dos estúdios.
Um dos discípulos diretos do casal Joseph e Clara Pilates , Jay Grimes uma vez disse: "Chega um ponto em que você se torna Pilates e Pilates se torna você. O grande feito de Joe não era ter pessoas a malhar na academia durante horas todos os dias. Ele queria treinar seu corpo de modo que cada movimento seu seja um exercício construtivo. Quando todo o seu corpo está envolvido e funcionando corretamente, mesmo que você esteja apenas se levantando, andando pela sala ou sentando-se em uma cadeira, estará fazendo um exercício". Esse era o objetivo do criador do método, fazer todos se moverem com facilidade, segurança e habilidade em suas atividades diárias, sejam elas quais forem.
Por isso, o método é cheio de regras e o instrutor irá repeti-las inúmeras vezes, pois isso é Pilates. A começar pela respiração, talvez a parte mais importante e difícil de aprender e controlar. Se a gente parar para pensar, não deveria ser pois como disse Joe "respirar é o primeiro e último ato da vida". Fazemos isso o tempo inteiro desde sempre, então não conseguimos entender quando um aluno interrompe a aula para perguntar se vai ficar somente respirando! Não, não vai, existem muito mais coisas pela frente, mas antes, durante e até depois de todas as outras coisas, vai aprender a respirar direitinho como o método exige porque sem isso não é Pilates.
Inspirar e expirar não é apenas colocar ar para dentro e para fora dos pulmões, mas abastecer seu corpo de energia, levar combustível para suas células e ainda é utilizar músculos fundamentais para manter o corpo firme. Pilates usou este ato para organizar todo o corpo. Na expiração completa, por exemplo, usamos diversos músculos abdominais, músculos estes que se localizam no centro do corpo e são importantes para nos proteger e equilibrar. Então sim, vamos respirar bastante e com qualidade, ativando o abdômen para deixá-lo cada vez mais forte. No entanto, isto será feito junto aos exercícios, enquanto o aluno fortalece braços e pernas, abdômen e os músculos das costas. Por isso tenha paciência, deixe a ansiedade do lado de fora do estúdio e concentre-se para fazer o que seu instrutor pede.
Por falar em concentração, Pilates dizia que seu método começava com o controle da mente sobre o corpo e orientava seus alunos a manter suas mentes concentradas no propósito do exercício, pois os benefícios da técnica dependiam do aluno realizar os exercícios exatamente como as regras eram dadas, então, sim conversar é legal, a "social" faz parte, mas não desperdice sua aula. Concentre-se em seu corpo durante o exercício e lembre-se que se seu instrutor repete aquelas mesmas orientações todo o tempo é porque elas são realmente importantes para que o alinhamento do corpo seja mantido e para que os músculos certos sejam plenamente ativados.
Tenha calma, o método é um aprendizado e vai ficando cada vez mais complexo.
Nem todo mundo fará exercícios avançados, mas isto não é uma derrota, pois mesmo que sejam os mesmos, a forma como o corpo os entende é diferente. Qualquer que seja o exercício de Pilates, se bem executado, é um exercício completo e excelente, portanto, não olhe o colega do lado, não queira fazer o que ele faz, se seu instrutor não passou determinado movimento para você ele deve ter razões para isso e a principal, provavelmente, é proteger seu corpo. O tempo perdido espiando será muito melhor gasto se utilizado para fazer você dominar seu corpo seja qual for o movimento que estiver fazendo.
Então aqui ficam as regras:
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Não reclame da respiração, ao invés disso, concentre-se ao máximo nela.
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Não gaste seu tempo em longas conversas ou em qualquer outra coisa que não seja em seu corpo.
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Deixe a ansiedade de lado. Fazer exercícios rapidamente não fará sua aula mais difícil, pelo contrário, quando o aluno acelerá os erros e compensações acontecem e eles nada mais são do que a forma do corpo de ir pelo caminho mais fácil. Já uma aula feita de forma mais lenta e controlada é 100% aproveitada e os resultados aparecem logo.
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Preste atenção em todas as orientações pois elas são fundamentais. Às vezes, o aluno para de ouvir as dicas dadas, principalmente quando a turma e o instrutor são antigos e ele já está acostumado com a linguagem, isso é um grande erro. Escute e tente passar para seu corpo todos os detalhes que são pedidos, com certeza a aula vai ficar mais desafiadora e interessante.
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Execute os movimentos com atenção e cuidado.
Quando entrar em um estúdio de Pilates, esteja aberto a fazer Pilates, então, como Joseph dizia “siga as regras exatamente como elas são dadas” porque tudo faz diferença no resultado. Proponha-se a fazer a atividade física que você escolheu e não tente mudá-la porque estará jogando seu dinheiro fora. Se o método não te agradar do jeito que é, procure outra atividade física, afinal cada um é de um jeito e uns gostam de Pilates, outros de corrida, musculação, Cross Fit, yoga…
Todo exercício é válido portanto que seja feito com qualidade e regularidade.
Por Hellen e Monique
Não é à toa que os exercícios da serie iniciante de Pilates são deitados em decúbito dorsal ou sentados, Joe sabia que estabilizar o corpo em decúbito lateral e mobilizar a coluna em extensão são tarefas que merecem mais atenção e preparo, ou seja, um Power House mais fortalecido e que já sabe o que fazer, por isso a série de Side Kicks é intermediária.
Na foto está demostrado o Kneeling Side Kicks atrás, e na frente o Side Kicks que será descrito neste post.
Este é um excelente exercício para, principalmente, desafiar o Centro de Força, além de trabalhar o fortalecimento e flexibilidade dos músculos da pélvis, coxa e abdômen e treinar o controle motor.
O segredo para uma linda execução não é novo, porém é uma tarefa difícil: alinhar o corpo e mantê-lo equilibrado.
Por falar em alinhamento, o aluno começa deitado de lado como se estivesse com as costas apoiadas em uma parede as pernas esticadas um pouco a frente do corpo e em Base Pilates. Ele deve flexionar o cotovelo do braço de baixo levando a mão na nuca e apoiando a cabeça nela com a intenção de alongar o pescoço e manter o olhar para frente. O outro braço é posicionado a frente do corpo com a mão apoiada no chão (variação mais simples).
O cuidado principal durante a execução é com a bacia, então devemos já começar a prestar atenção nela desde o início e para isso temos que deixar os quadris alinhados mantendo assim o espaço da cintura (a distancia entre as costelas e as espinhas ilíacas antero-superiores) intacto, desse modo peça ao aluno que mantenha o comprimento das pernas, ou seja, uma não pode parecer menor que a outra. Deve-se manter a Caixa bem alinhada.
Movimento:
1- O aluno pensa em prolongar a perna de cima e levá-la bem para longe até elevá-la ao nível do quadril homolateral mantendo a rotação externa;
2- Partindo do Centro de Força e sem balançar os quadris, a coxofemoral vai em flexão até o ponto do alongamento dos isquiostibiais, com a perna sempre na mesma altura e sem deixar a pélvis fazer retroversão. Faz-se dois pulsos, sendo que no segundo tenta-se ir mais longe.
*Manter a altura é importante para ajudar na estabilidade da bacia.
3- A volta é feita de forma que ao passar pela linha da perna de baixo começa-se a desfazer a rotação externa do membro de cima até a posição neutra do quadril e leva-se a coxa em extensão o mais longe possível sem perder o alinhamento da coluna, ou seja, não deixando o bumbum empinar e a lombar entrar em hiperlordose.
*A movimentação da perna em rotação externa quando é lançada a frente e volta para posição neutra indo para trás é feita para facilitar o alinhamento do corpo.
4- Repete-se este movimento de 5 a 10 vezes sem que a bacia desequilibre para frente ou para trás.
Caso o aluno tenha problema na cervical, ombros, cotovelos ou punhos, ele deve colocar o braço de baixo esticado ou dobrado no chão e repousar a cabeça sobre ele. Ainda pode-se usar um apoio como um travesseiro baixo, contanto que a posição não cause dor.
Já no caso de uma progressão os braços podem ficar na posição da foto a cima (instrutora deitada na frente) o que gera maior instabilidade.
Lembre-se que este é um exercício com a principal função de fortalecimento do Power House que será ativado para estabilizar o tronco durante a movimentação da perna, a única a mexer. Caso o aluno não esteja conseguindo se manter alinhado, orientamos que diminua a amplitude de movimento das pernas.
Quem mais poderia pensar em deixar o abdômen e o bumbum durinho ao mesmo tempo? Só Pilates mesmo. ;)
Por Hellen e Monique
O Neuroma de Morton é uma causa comum de metatarsalgia (dor na ponta do pé), com maior incidência em mulheres de meia idade.
Trata-se de um espessamento de nervos que passam entre os dedos dos pés, principalmente os ramos entre o terceiro e quarto e, menos frequentemente, entre o segundo e terceiro dedos.
Os sintomas geralmente são unilaterais e englobam dor no antepé, que pode irradiar para os dedos e outros sinais de compressão nervosa, como dormência, formigamento, choque e queimação. Há piora do quadro em situações em que realiza-se a hiperextensão dos dedos, como ao apoiar na ponta do pé, correr e subir escadas.
As causas não são bem definidas, sendo as mais comuns a compressão mecânica da região provocada principalmente pelo uso de calçados inadequados (salto alto e bico fino), deformidades do pé (alterações do arco plantar, posicionamento dos dedos e patologias como o Hálux Valgo, por exemplo), impactos repetitivos (como no caso da corrida) e traumas diretos.
O diagnóstico normalmente é clínico, feito através do exame físico e com o auxílio de Ultrassom e Ressonância Magnética para confirmação. A radiografia é útil para descartar outras possíveis causas.
Inicialmente aplica-se o tratamento conservador, com o uso de analgésicos, correção da marcha, uso de calçados adequados e palmilhas específicas. Apenas nos casos em que essa conduta não traz bons resultados é que a cirurgia é indicada.
Dentro do ambiente do Pilates é recomendado não utilizar apoio sobre as pontas dos pés com alunos que possuem o Neuroma de Morton, além do instrutor ter o papel de orientá-lo a tratar o problema, já que essa dor no pé causa compensações na marcha e na distribuição da carga sobre outras articulações.
Cuidado, pois um probleminha no pé pode se tornar uma grande dor de cabeça (e de coluna, e de quadril, e de joelho…).
Por Hellen e Monique
O Spine Stretch Forward fecha a série Original Básica do Pilates feita no solo. Ele foca na mobilização das vértebras e melhora da postura. Além disso alonga os isquiostibiais, trabalha a expiração (do jeito que Joseph dizia: até a última molécula de ar sair dos pulmões) e claro, fortalece o Power House.
Inicia-se sentado com a coluna reta, pernas esticadas (se possível, quando o aluno não tem alongamento suficiente para sentar ereto com as pernas esticadas, permite-se que ele dobre os joelhos para manter a postura) e abertas um pouco além da largura dos quadris. Os braços permanecem esticados para frente mantendo sempre o alinhamento das escápulas.
O aluno deve pensar em crescer ainda mais o tronco como se o topo da cabeça fosse tocar o teto e também fazer uma flexão dorsal no pé como se o calcanhar pudesse escorregar até tocar a parede. Então ele leva o queixo para o peito e enrola a coluna para frente, formando um “C”, fazendo uma expiração completa até esvaziar o peito e contraindo cada vez mais o abdômen para dentro. Peça para o praticante imaginar que tem uma bola grande no colo e que o peito deve passar por cima dela e a parte interna das coxas devem pressioná-la.
Ao retornar desenrolando a coluna, o praticante deve crescer novamente o tronco como se ele fosse se empurrar contra uma parede atrás dele, alongando os braços para frente e encaixando os ombros. Esse retorno é executado pelo Power House e não pela cabeça, ela é a última a voltar para a posição inicial.
Na última repetição o pilateiro pode relaxar o abdômen e levar o tronco para frente para alongar os isquiostibiais.
É preciso tomar cuidado para não ocorrer uma rotação interna dos joelhos ao levar a coluna para frente. Para evitar isso, o aluno deve puxar o dedo mínimo do pé em sua direção. Outro erro é realizar o movimento de enrolar e desenrolar a coluna achatando-a, quando o correto é fazê-lo tentando aumentar o espaço entre as vértebras.
Este é mais um daqueles exercícios que engana os desavisados. Se bem feito, como todo exercício de Pilates tem que ser, faz o pilateiro suar a camisa e traz ótimos resultados.
Por Davor Pitrez
Esse é um tema que é amplamente discutido por todos quando o assunto é dieta. Muitos dizem que é ideal comer de três em três horas para acelerar o metabolismo e ajudar no emagrecimento ou na manutenção do peso corporal, mas será que é REALMENTE VERDADE?
Pois bem, em primeiro lugar vamos esclarecer a frase do porquê comer nesse intervalo de tempo. O real motivo seria para acelerar o trabalho da digestão, assim mantendo o corpo sempre em ''alerta'' digerindo os alimentos e por consequência aumentar o gasto calórico indiretamente pelo aumento da taxa metabólica basal (TMB), mas, como sempre, não podemos tornar esta frase uma realidade.
Tudo irá depender de diversos fatores como: atividade física, tempo disponível para consumir refeições, peso corporal, etc. E também, além desses fatores, cada alimento possui um tempo determinado para a digestão, como por exemplo a carne branca é digerida mais rapidamente que um corte de carne vermelha, um arroz é mais facilmente digerido que um prato de macarrão e etc.
Em geral, nosso corpo leva em média para a digestão total do alimento cerca de 3h30 a 4h, mas o que realmente importa nesse quesito não é o tempo que você demora entre as refeições, mas sim seu consumo calórico total no final do dia.
Vamos aos exemplos:
Caso 1: Supondo que você precise de 2.000 Kcal/dia e distribua estas calorias em 6 refeições de três em três horas.
Caso 2: Supondo que você precise de 2.000 Kcal/dia e distribua estas calorias em 2 refeições de doze em doze horas.
Em ambos os casos iremos ter ao final do dia um processo digestivo quase idêntico, já que a MESMA quantidade calórica foi ingerida.
Ao final do período de 24 h são as CALORIAS DIÁRIAS que realmente contam. Não será o tempo de intervalo ENTRE as refeições que irá ajudar no emagrecimento e/ou acelerar o metabolismo. Pode haver, sim, um maior gasto energético no Caso 1, porém a diferença de gasto energético oriundo da digestão é praticamente nulo em comparação com o Caso 2.
É claro que indivíduos praticantes de atividades físicas moderadas a intensas e atletas podem se beneficiar com o pequeno intervalo entre as refeições, já que seu metabolismo é completamente diferente de uma pessoa sedentária, mas em termos gerais posso afirmar que o intervalo de três em três horas NÃO é o grande segredo da dieta; o segredo está na QUALIDADE NUTRICIONAL e QUANTIDADE DAS PORÇÕES, para que elas estejam dentro de um plano alimentar equilibrado.
Por Hellen e Monique
O Roll Up é o segundo exercício da série clássica criada por Joseph, vindo logo após o Hundred. Além de fortalecer o Centro de Força, trabalha flexibilidade e mobilidade articular da coluna.
A posição inicial é deitado em decúbito dorsal com o corpo todo esticado no solo, membros inferiores estendidos e em Base Pilates, ativando os glúteos e pressionando tanto a parte interna das coxas quanto os calcanhares uns contra os outros, e braços esticados acima da cabeça, o mais próximo possível do chão, mas no limite que não provoque compensações em elevação dos ombros e abertura das costelas abrindo espaço entre a coluna e o solo.
O movimento se inicia pelos braços indo em direção à linha dos ombros e a partir daí a cabeça começa a subir e o tronco a enrolar. O aluno deve pensar em levar o queixo sobre o peito, o peito sobre as costelas, as costelas sobre o abdômen, o abdômen sobre os quadris e pensar em crescer o tronco sobre as coxas. Os membros inferiores permanecem ancorados no chão. Ao mesmo tempo que o pilateiro tenta levar a coluna para frente, deve acionar mais ainda o Power House, pensando em levar o umbigo cada vez mais para dentro como se o abdômen quisesse resistir a esse movimento do tronco formando aquele grande “C”.
A volta também ocorre dessa mesma maneira segmentada e o praticante deve sentir uma vértebra de cada vez apoiando no solo. Quando os ombros chegam ao solo, a cabeça apóia e os baços vão por trás dela esticando o corpo todo, mas sempre evitando compensações.
É preciso tomar cuidado para que o movimento seja fluido, sem usar impulsos, perdendo todo o sentido do exercício. Caso o aluno use força no pescoço ou as pernas não se mantenham grudadas no solo, é possível que ele não esteja preparado para este exercício, ou por falta de força abdominal ou por dificuldade em articular a coluna.
Nesse caso o instrutor deve fazer adaptações e também treinar esse movimento de enrolar com o auxílio dos aparelhos, como no Rolldown Bar.
Dar um passo para trás não significa uma derrota. Buscar a perfeição é a essência desse Método e o treino correto, sem atropelar, etapas é o caminho para alcançá-la.
Por Hellen e Monique
Sempre orientamos os nossos alunos sobre a correta execução dos movimentos dentro e fora do estúdio de Pilates. Mas nós instrutores acabamos pecando com nossos próprios corpos na rotina de trabalho.
O mais comum no Brasil são turmas pequenas (de três ou quatro alunos), mas em que cada cliente está fazendo um exercício diferente em um aparelho diferente. Para manter todos ocupados o instrutor acaba se negligenciando e tende a fazer o que é aparentemente mais rápido, e não o que é certo com as suas articulações. Ele carrega caixas, puxa molas, arrasta aparelhos, pega alças e acessórios no chão sempre correndo contra o tempo. Para piorar, uma boa parte desses profissionais não é praticante do método. Parece contraditório, mas é a realidade.
Nós, instrutores, temos que colocar em prática tudo o que usamos com os alunos. Lembra do famoso Power House? Pois é, você também tem o seu e deve usá-lo. Não são só os seus alunos que devem manter os ombros longe das orelhas, tomar cuidado com o alinhamento dos punhos, dobrar as pernas em vez de flexionar o tronco ao pegar algo no chão e fazer qualquer esforço com o abdômen acionado.
Enquanto estivermos em pé parados devemos nos alinhar, pensando no crescimento axial, acionamento do Core favorecido pela Base Pilates e correto posicionamento da cintura escapular. Manter os braços para trás do tronco com os dedos entrelaçados ajuda a nos lembrar de abrir o peito e encaixar as escápulas.
Outro fator importante é manter a organização do estúdio. As alças, molas e acessórios não devem ficar jogados no chão, senão no fim do dia o instrutor terá agachado centenas de vezes para alcançar esses objetos. Cada aparelho deve ficar com o seu conjunto de molas, isto é, um par de cada cor, senão a todo momento ele terá que perder tempo procurando onde foi parar cada uma e ainda há o risco de se misturar uma mola mais gasta do que a outra.
Em muitos países, o aluno participa ativamente das aulas sendo ele o responsável pela troca das molas e deslocamento de acessórios como a caixa do reformer, por exemplo. O raciocínio é que o praticante fará isso duas ou três vezes por semana, enquanto o instrutor teria que fazer isso muitas vezes por dia. A cultura do brasileiro é de servir o cliente e talvez esse modelo não se adaptaria bem a todos, mas podemos evitar alguns esforços desnecessários, como ensinar o aluno a colocar e tirar as alças de pés sozinhos no Reformer em vez de termos que empurrar o carrinho para conseguir fazer isso.
Outro crime é demonstrarmos exercícios complexos sem termos aquecido devidamente o corpo. O ideal é tentarmos descrever verbalmente os movimentos, dar estímulos táteis e só demonstrar o que seja realmente necessário e com pesos que não desafiem o nosso corpo.
Pequenas mudanças em nossa rotina podem nos trazer enormes benefícios. Ouça o que você fala para os seus alunos e aplique em sua vida. Seja praticante do Método que você usa com os seus clientes. A prática não só leva à perfeição, como te faz entender melhor as compensações e as sensações que cada exercício traz.
Cuide-se! Lembre-se que seu corpo é fundamental para seu trabalho.
Por Hellen e Monique
A forma com que Pilates entendeu como o corpo deveria ser treinado, há alguns bons anos, vem sendo cada vez mais usada por fisioterapeutas e professores de educação física tanto durante as aulas do método como em outras modalidades.
O que Joe percebeu foi a importância de trabalhar o corpo como um todo sim, mas com foco no centro do corpo e chamou essa área de Power House. Se ela não for forte e eficiente compromete o equilíbrio, a estabilidade da coluna e nos leva a movimentos faltosos que além de não ter o efeito esperado do treinamento ainda podem ser lesivos.
Todos os seus exercícios, independente de serem para braços ou pernas tem a finalidade de desafiar o fortalecimento dessa região considerada tão importante. Não existe Pilates sem Power House e também não existe Pilates sem ênfase na Respiração, que é uma grande aliada tanto para ativação do centro do corpo quanto para manter o organismo oxigenado e com energia para a realização de todas as tarefas.
Uma das mais famosas séries de abdominais do método é a dos cinco abdominais em sequência que o aluno aprende nas aulas de MAT Clássico. Existem as variações para iniciantes e aos poucos os exercícios vão ficando mais difíceis até chegarem as formas avançadas.
Aqui vão algumas dicas gerais para uma boa execução da série:
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Ao sustentar o tronco e movimentar as pernas e braços não podemos nos distrair com a dinâmica dos membros e esquecer de trabalhar o abdômen, pois fortalecê-lo é o objetivo final. Por isso devemos pensar em contrair cada vez mais os músculos do Power House ao longo da série. Nossa força vai para onde quisermos focar, então a mente deve estar concentrada no propósito de estabilizar o corpo.
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Só avance nas variações se tiver domínio sobre as iniciantes. Não pode-se perder a qualidade, sem qualidade não é Pilates. Ele era fissurado na perfeição dos movimentos, portanto não podemos sacrificá-la. Além disso, como dito lá em cima, não há benefícios em fazer exercícios errados, por isso volte se for preciso, treine e avance ao seu tempo.
Os 5 são:
Por Hellen e Monique
Devido a grande procura, abrimos novas turmas para os Workshops:
Combinando Acessórios com Aparelhos 2
Um é pouco, dois é bom! Acessórios com Aparelhos é melhor ainda!
Nesta segunda versão do Workshop mantemos a essência de passar um repertório criativo, porém mergulhado nos princípios do Pilates, sempre focando na maneira correta de se executar os movimentos.
Quem já fez o Combinando Acessórios com Aparelhos, também está convidado a fazer este, já que teremos novos exercícios. E quem não fez a primeira edição, pode participar desta, já que são conteúdos independentes. Enfim, todos serão bem-vindos!
Conceitos do Pilates Original
Tem como objetivo elucidar alguns mitos sobre a maneira Clássica do Método. No Brasil a maioria dos cursos de formação possuem uma falha enorme em não ensinar como e porque Joseph criou a Contrologia, abrindo brecha para más interpretações.
Está completamente enganado quem pensa que é ultrapassado ou monótono. Na verdade a certeza maior é que Joseph realmente foi um gênio à frente de seu tempo e que todos os seus ensinamentos são aplicáveis a qualquer tipo de aluno, desde os iniciantes e com restrições até os mais avançados.
Veremos que cada detalhe que ele criou tem um motivo visando um objetivo específico.
Informações: fluirespaco@gmail.com
Por Hellen e Monique
Joseph Pilates prezava pela qualidade do movimento. Seu método é cheio de princípios e diretrizes para facilitar o corpo a achar o caminho certo para realizar cada movimento. Uma das coisas que fazem seu método diferente dos outros foi sua preocupação com o alinhamento do corpo.
Comprovamos todos os dias no estúdio que quanto mais alinhado o aluno está, mais os músculos alvo são recrutados e o objetivo do exercício é atingido, além de evitar os movimentos faltosos.
O Conceito da Caixa (Box) foi usado por Pilates para ajudar no alinhamento do corpo. Consiste em 4 linhas imaginárias sendo duas horizontais que vão de ombro a ombro e quadril a quadril e duas verticais fazendo a ligação de cada ombro com o quadril homolateral.
Visualizar este retângulo no tronco do aluno nos guia a mantê-lo sempre alinhado e torna mais fácil a correção de desvios posturais. Nós devemos prestar atenção no posicionamento do aluno tanto antes do início do exercício, como durante. O exercício se torna bem mais difícil quando é feito corretamente e é exatamente por isso que este conceito é importante, pois o corpo sempre busca a forma mais fácil de realizar tarefas, por isso ele escolhe compensar a manter o alinhamento ideal.
Se o aluno está realizando suas tarefas com os ombros altos, ou um mais baixo do que o outro, com o quadril rodado ou se deita torto, não somente perdemos os benefícios do exercício e deixamos de trabalhar a musculatura correta, como também podemos colocá-lo em risco de lesões. A qualidade exigida pelo Pilates é o que faz a diferença entre ele e as outras atividades físicas, se não focarmos nela, não estaremos sendo fiéis ao método.
Devemos ensinar o aluno sobre a Caixa para que ele também perceba seus desvios e saiba evitá-los. Além disso, existem diversas dicas verbais para fazê-lo entender quais as compensações que o corpo vai buscar em cada exercício e como impedí-las.
Sair da caixa é uma expressão que usamos para estimular alguém a ir além, mas trabalhar a Caixa é importante para entender COMO se ir além.
Por Hellen e Monique
O Double Straight Leg Stretch é o quarto exercício abdominal dos cinco realizados em sequência da serie de MAT Clássica de Pilates. Este é um dos que mais desafia a função estabilizadora dos músculos do Centro de Força pelo fato das pernas se manterem esticadas o tempo todo, aumentando a alavanca e, assim, adicionando uma carga maior. O alvo desta série é o Power House, portanto temos que orientar o aluno de forma a não deixar o movimento das pernas tirar seu foco dos músculos abdominais.
Ele vem depois do Single Straight Leg Stretch onde o praticante já se encontra com o tronco enrolado para cima. O aluno então coloca as mãos unidas na base da cabeça, mas não para puxá-la para cima (o que é muito comum), mas ajudar a manter o pescoço alongado. As pernas devem estar juntas em Base Pilates e esticadas em direção ao teto.
Os músculos do Core são intensamente acionados na intenção de manter lombar e bacia estáveis enquanto as pernas descem unidas até o ponto que se consiga manter o controle de tronco, isto é, não pode ocorrer a anteversão da bacia e extensão na lombar. O objetivo é levar as pernas a 45 graus, mas só deve ser alcançado se a estabilidade for mantida.
Se o pilateiro não tiver alongamento suficiente para manter as pernas esticadas, ele acabará tirando a bacia do chão ao elevar a perna, levando a um erro de execução. Neste caso, permitiremos que ele deixe as duas pernas dobradas e manteremos o ângulo dos joelhos durante todo o exercício, ou seja, o movimento continuará acontecendo na coxofemoral.
É importante pensar na abertura da coxofemoral conforme a perna desce, pois é apenas nela que o movimento acontece.
Agora só falta mais um passo (Crisscross) para completarmos a sequência criada por Pilates com o objetivo de construir abdomens negativos. :)
Veja mais - Os Cinco Abdominais em Sequencia da Serie de MAT de Joe:
Double Straight Leg Stretch
Por Hellen e Monique
Combinando Acessórios com Aparelhos 2
Um é pouco, dois é bom! Acessórios com Aparelhos é melhor ainda!
Nesta segunda versão do Workshop mantemos a essência de passar um repertório criativo, porém mergulhado nos princípios do Pilates, sempre focando na maneira correta de se executar os movimentos.
Quem já fez o Combinando Acessórios com Aparelhos, também está convidado a fazer este, já que teremos novos exercícios. E quem não fez a primeira edição, pode participar desta, já que são conteúdos independentes. Enfim, todos serão bem-vindos!
Conceitos do Pilates Original
Tem como objetivo elucidar alguns mitos sobre a maneira Clássica do Método. No Brasil a maioria dos cursos de formação possuem uma falha enorme em não ensinar como e porque Joseph criou a Contrologia, abrindo brecha para más interpretações.
Está completamente enganado quem pensa que é ultrapassado ou monótono. Na verdade a certeza maior é que Joseph realmente foi um gênio à frente de seu tempo e que todos os seus ensinamentos são aplicáveis a qualquer tipo de aluno, desde os iniciantes e com restrições até os mais avançados.
Veremos que cada detalhe que ele criou tem um motivo visando um objetivo específico.
Informações: fluirespaco@gmail.com
Por Hellen e Monique
Carpo é o nome dado ao conjunto de pequenos ossos que se localizam na região da mão mais próxima ao antebraço. Eles se articulam com a ulna e o rádio formando a articulação do punho e também com os metacarpos, ossos localizados na palma da mão.
Na região do Carpo existe um túnel osteofibroso rígido com, em média, 3cm de largura por onde passam muitas estruturas do antebraço para a mão como: o nervo mediano, oito tendões dos flexores superficiais e profundos dos dedos e o tendão do flexor longo do polegar.
Se alguma situação aumenta a pressão dentro desse túnel, ocorre a compressão dessas estruturas e o nervo mediano quando comprimido deflagra a Síndrome do Túnel do Carpo. Ele, na região palmar, inerva os músculos oponente do polegar, abdutor e flexor curto do polegar, o primeiro e segundo músculos lumbricais e a pele do primeiro, segundo, terceiro e metade lateral do quarto dedo, por isso os sintomas são: dor, choque, formigamento e diminuição da sensibilidade dos dedos poupando apenas o dedo mínimo. Esses sintomas também acometem a palma da mão e pioram bastante a noite e durante a flexão do punho, fazendo destes, dois importantes critérios de diagnóstico.
Normalmente é causado por movimentos repetitivos, mas também pode ser por trauma, doenças inflamatórias, alterações hormonais e tumores na região.
O tratamento depende do grau e pode variar entre imobilização e recursos antiinflamatórios até cirurgia. Além disso, algumas doenças, como o diabetes, podem gerar sintomas parecidos aos da Síndrome do Túnel do Carpo, por isso é necessária a avaliação de um médico para que o diagnóstico seja feito de forma correta.
No Pilates devemos evitar qualquer exercício com descarga de peso sobre punhos como flexões de braço e pranchas, por exemplo. Também é recomendado evitar as alças de mãos para não sobrecarregar ainda mais os músculos do antebraço, portanto a melhor opção é usar as alças de punho.
Se você trabalha ou tem alguma atividade de movimentos repetitivos é melhor evitar a síndrome tentando reduzir o estresse na área. Aqui vão algumas dicas:
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Faça as adaptações ergonômicas necessárias em sua área de trabalho e estudo.
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Se possível (se não fizer uso para trabalho) diminua a utilização do celular.
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Faça pausas frequentes durante o dia para que seus músculos descansem e aproveite para alongar a região.
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Evite pegar pesos desnecessários.
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Manter uma atividade física é importante, pois músculos alongados e flexíveis dão suporte ao corpo e ajudam a evitar forças lesivas.
É sempre melhor prevenir do que remediar.
Por Hellen e Monique
A Tree é um exercício que pode ser feito no Reformer (short box serie) ou Barril. Quando o aluno é iniciante damos preferência à segunda opção. É um exercício que trabalha os músculos do Centro de Força com boa intensidade, principalmente porque adiciona o desafio da assimetria, fazendo o praticante manter a concentração para não desalinhar a bacia. Além disso, trabalha a extensão da coluna, o alongamento da cadeia anterior, isquiotibiais e panturrilha.
Quando é feito no Reformer utiliza-se a caixa sobre o carrinho e a barra de pés deve estar baixa pois o apoio do pé é na alça presa na estrutura do aparelho. Deve-se usar todas as molas para que o carrinho não se mova durante a execução.
No Barril, o apoio é feito com o calcanhar do pé de apoio na segunda trave (de cima para baixo) do espaldar enquanto a ponta, depois de ter passado para o outro lado, apóia na primeira trave. Deve-se manter a flexão dorsal o tempo todo.
O aluno abraça a parte de trás da coxa que está fora do apoio e aciona o Power House crescendo a coluna. O joelho está dobrado e o pé em ponta. Mantendo a coluna ereta, ele estica o joelho até o máximo do alongamento sem deixar a coluna se abalar e volta a dobrar. É importante que a perna só estenda até o ponto em que a coluna fique firme e os ombros encaixados, não tendo a necessidade de exagerar na solicitação dos músculos das costas, mas sim nos envolvidos na Base Pilates. Esse movimento é repetido por três vezes. Na última, o joelho se mantém em extensão. Então, as mãos passam a segurar o tornozelo, como na foto abaixo.
A contração do abdômen se intensifica e o aluno enrola a coluna em um grande “C”, levando a cabeça na direção da perna, ou seja, em princípio, ele não vai para trás, e sim para cima e para frente. A partir daí o praticante começa um roll down mandando o cóccix para o calcanhar e caminhando com as mãos pela perna para baixo. Use a tensão entre o membro inferior e o tronco para aumentar cada vez mais a força do abdômen. Os ombros e a bacia permanecem alinhados.
Deve-se descer o máximo que der mantendo a coluna em “C” e então voltar com o mesmo acionamento dos músculos do Core.
Aos poucos pode-se avançar soltando as mãos e descendo até a extensão do tronco, com controle, desenrolando a coluna vértebra por vértebra e levando as mãos ao chão, como na foto da capa.
A volta deve começar pelos braços, voltando a segurar a coxa e ao mesmo tempo levando o queixo para o peito. Só então, o tronco começa a enrolar em “C”. Também com controle, o aluno vai subindo escalando as mãos pela perna, aproveitando a tensão para acionar ao máximo o centro de força.
Ao final, o praticante cresce a coluna, segura a ponta do pé, fazendo uma flexão dorsal e mantém por alguns segundos para alongar ainda mais os isquiotibiais e a panturrilha, como na foto abaixo.
Lembre-se que a perna do apoio deve estar ativa todo o tempo, ela é tão importante para manter o controle e o alinhamento do corpo quanto a perna abraçada.
Este exercício deve ser repetido poucas vezes. O praticante deve aproveitar as repetições para aperfeiçoar seu alinhamento, controle e fluidez.
Como tudo no Pilates, o exercício tem o objetivo de castigar o Power House. Assim como no Single Straight Leg Stretch, o pilateiro não se pendura na perna e nem usa os braços para se sustentar. Ele deve sim colocar o abdômen para sofrer sem dó nem piedade!
Por Vanessa Pacheco
Originária das montanhas do Tibete, vem conquistando cada vez mais espaço em nosso país.
Mas por que será que ela ficou tão famosa?
Rica em anti-oxidantes como selênio e vitaminas C e E, a fruta ainda contém: zinco, importante mineral que ajuda na regulação da produção de células do sistema imunológico; cálcio, fundamental para saúde dos ossos; fósforo, que atua no equilíbrio hormonal e reparação de células; vitaminas do Complexo B, responsáveis pela liberação de energia para as células e manutenção de estoque de glicogênio; e potássio que auxilia na manutenção do ritmo cardíaco, pressão arterial e contração muscular. Por tudo isso caiu nas graças dos praticantes de atividade física.
Outros benefícios:
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Contém beta-sitosterol que tem ação antiinflamatória e é aliado na saúde cardiovascular, controle do cortisol e prevenção de doenças da próstata..
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Auxilia no equilíbrio dos níveis de colesterol
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Ajuda no fortalecimento do sistema imunológico
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Possui carotenoides antioxidantes (betacaroteno, zeaxantina e luteína), que ajudam a manter a pele mais saudável e ao combate à degeneração macular.
A pergunta que não que calar: O goji berry emagrece?
NÃO! Só um alimento não é capaz de emagrecer se a pessoa não modificar seus hábitos alimentares.
Valores nutricionais: Uma colher de sopa (15g) contém 50 kcal, 11g de carboidratos, 2g de proteína (dentre os 19 aminoácidos, oito deles são essenciais, ou seja, não são fabricados pelo nosso corpo), 0g de gorduras e 1,6g de fibras.
Alguns artigos recomendam a ingestão diária de 1 a 2 colheres de sopa para conseguir os benefícios, porém ainda não há um consenso entre os especialistas.
Gestantes, crianças e mulheres que estão amamentando não devem utilizá-la, devido à ausência de estudos científicos em longo prazo.
É contra indicada para pessoas que fazem uso de anticoagulantes, pois dependendo da dose, pode interagir com o medicamento.
Normalmente encontramos essa frutinha em forma desidratada que pode ser consumida pura ou misturada a frutas, saladas, iogurtes, sucos.
Receitinhas com Goji Berry:
Suco Saúde
Ingredientes:
02 colheres de sopa de beterraba crua
01 porção de fruta cítrica (laranja, tangerina, abacaxi)
01 colher de sopa de goji berry
300mL de água filtrada ou água de coco
Modo de preparo:
Bata tudo no liquidificador e beba sem coar.
Mix de Oleaginosas, Frutas Secas e Goji Berry
Ingredientes:
04 oleaginosas (por exemplo: castanhas, nozes, amêndoas, avelãs), 02 frutas secas (damasco, 01 colher de sopa de uva passa) e 01 colher de sopa de goji berry.
Modo de preparo:
Misturar e comer como colação ou lanche da tarde. Pode ser também adicionada à iogurtes ou saladas.
Por Hellen e Monique
O Crisscross faz parte do repertório clássico do Pilates, sendo o último dos cinco exercícios abdominais realizados sequencialmente em decúbito dorsal, também chamados de Stomach Series. Tem como objetivo trabalhar os oblíquos e como sempre, o Power House.
Na série original vem logo após o Double Straight Leg Stretch. A posição inicial é com o tronco elevado até o ângulo inferior das escápulas, ou como costumamos falar nas aulas, na linha do fecho do sutiã. As mãos apóiam a nuca com os cotovelos abertos e os joelhos começam dobrados com os pés fora do chão. O movimento dos membros inferiores acontece simultaneamente, mas em sentidos opostos. Isto é, enquanto um lado dobra o outro estica.
O aluno fará a extensão da perna direita pensando em levá-la para longe enquanto o tronco faz a rotação em direção ao joelho esquerdo como se fosse fazer o cotovelo direito tocá-lo. Para intensificar ainda mais a contração, o praticante pensa que quer olhar por trás do cotovelo esquerdo, se certificando de que é o abdômen que mantém o tronco no alto e promove a rotação, e não há força nem tensão no pescoço e nem o ombro. Então o pilateiro vira para o outro lado, levando o cotovelo esquerdo em direção ao joelho direito enquanto estende a perna oposta.
A pelve se mantém neutra no solo durante toda a execução, portanto o membro inferior estica em uma altura que não desestabilize a lombar. A altura do tronco deve ser sustentada, evitando que os cotovelos toquem o solo ao se realizar a rotação.
No vídeo demonstramos uma variação para gestantes, em que um pé é mantido sempre apoiado no solo com o intuito de evitar a sobrecarga na coluna. Neste caso não há a alternância dos lados, o movimento do tronco é feito virando para um lado e retornando ao centro.
Como sempre falamos, cada caso é um caso. Nem toda gestante estará apta a fazer o exercício demonstrado. É necessário ter acompanhamento médico e o instrutor deve avaliar os exercícios mais indicados para ela.
Veja mais - Os Cinco Abdominais em Sequencia da Serie de MAT de Joe:
Double Straight Leg Stretch
Crisscross
Por Hellen e Monique
O Hálux é o primeiro e maior dos dedos do pé, conhecido popularmente como dedão. Um problema já descrito desde o Egito antigo e relativamente comum até os dias de hoje é o Hálux Valgo ou Joanete.
Essa condição é caracterizada por uma proeminência de tamanho variável na articulação metatarsofalangeana (base do dedo) com desvio do primeiro dedo em direção ao segundo, podendo chegar a empurrar ou se posicionar acima ou abaixo deste. Há comprometimento de função, presença de dor, alteração do alinhamento e biomecânica da articulação, além do aspecto estético desagradável.
Suas causas são diversas:
- Fator genético: alterações em diferentes estruturas do pé, como por exemplo pé plano, pé espraiado (antepé largo), primeiro metatarso (osso longo que se estende do meio do pé ao dedo) curto ou com desvio, frouxidão ligamentar e alterações nas superfícies articulares de alguns ossos do pé. Geralmente presencia-se maior incidência da patologia dentro de uma mesma família;
- Doenças reumáticas: artrite reumatóide, gota, lúpus, entre outras;
- Desequilíbrios neuromusculares: decorrentes de paralisia cerebral, acidente vascular cerebral, traumatismo crânio-encefálico e poliomielite;
- Fatores externos: calçados inadequados, como os com bico fino, salto alto ou apertados. A maior prevalência está no sexo feminino e em grupos como bailarinas (sapato de ponta) e operários (biqueira de aço);
A estabilidade da articulação metatarsofalangeana é frágil, pois depende de estruturas flexíveis, como a cápsula articular e tendões. A deformidade inicia-se com o desvio do primeiro metatarso em direção à linha média do corpo e secundariamente ocorre o desvio progressivo do hálux em sentido oposto, agravado pela tensão dos tendões que passam a causar um tracionamento por estarem fora de seu posicionamento correto.
Geralmente além da dor local, que se intensifica ao caminhar ou usar sapatos apertados, existem outras regiões dolorosas já que a distribuição de peso sobre a sola do pé muda, sobrecarregando outros pontos e favorecendo o aparecimento de calosidades. Uma das possíveis consequências é o aparecimento do Neuroma de Morton.
O tratamento conservador consiste em:
- Somente utilizar sapatos adequados, sem saltos ou com altura de até 4 cm, com a ponta larga e confortáveis;
- Utilizar espaçadores e tensores, que não são capazes de corrigir o problema, mas evitam a progressão rápida;
- Quando possível andar descalço para estimular a musculatura intrínseca do pé;
- Fazer uso de palmilha para suporte do arco longitudinal;
- Lançar mão de recursos analgésicos e antiinflamatórios;
- Ter acompanhamento fisioterapêutico. Algumas especialidades, como o RPG, possuem técnicas que visam o reequilíbrio muscular e tem grande valia no tratamento;
O tratamento cirúrgico só é adotado em casos graves e em que o tratamento conservador falhou.
Falando de Pilates, o instrutor deve ter cautela para não agravar o problema ao solicitar apoio sobre a ponta do pé de praticantes que sofrem com a patologia. O método não trata especificamente do Hálux Valgo, mas pode ser útil ao reduzir as compensações que podem surgir devido a alteração da marcha e dor.
Um problema no pé às vezes pode não parecer grave para o paciente, mas a mecânica de todo o corpo pode se alterar pelo fato do modo de pisar mudar, causando sobrecarga em várias articulações, inclusive na coluna.
Cuide-se, um mero joanete pode causar muito mais problemas do que uma pedra no seu sapato.
Por Hellen e Monique
No último sábado tivemos o prazer de dar dois workshops: Combinando Acessórios com Aparelhos e Pilates para Gestantes. Estamos adorando conhecer tanta gente legal e empenhada! É muito gratificante ter a presença de pessoas que vem de outras cidades, até estados, que deixam de ficar com a família para investir o tempo ali com a gente.
Foi uma pena não ter dado para fazer uma fotinho com as meninas da parte da tarde, mas torcemos para que possamos nos encontrar de novo!
Obrigada pela confiança e carinho!
Por Hellen e Monique
O Short Spine Massage é um exercício clássico intermediário. Tem o objetivo de articular e massagear a coluna, fortalecer o Centro de Força, as cadeias anterior e posterior além de alongar a cadeia posterior.
É bem divertido e sai bonito na foto, por isso é o sonho de consumo de muitos alunos. Em nosso estúdio temos um poster desse exercício e é comum os alunos apontarem e dizerem, de brincadeira ou não, que querem fazê-lo. No entanto, é difícil de passá-lo pela primeira vez em uma aula em grupo tamanhas são as instruções e as dicas para que os praticantes entendam e executem com perfeição. Além disso alguns alunos tem medo de se machucarem ou, os que nunca fizeram, de virarem cambalhota. Por isso, o ideal é passarmos pela primeira vez em uma aula individual.
Para este exercício devemos descer o apoio da cabeça. As cordas devem estar longas, em um comprimento em que o cliente seja capaz de segurar as alças de pés com as mãos estando os ombros a 90 graus.
O aluno começa deitado de barriga para cima, pés nas alças e braços apoiados no carrinho. Este exercício vem logo após o Frog, então o ponto de partida é com os joelhos dobrados e afastados na largura dos ombros. Os calcanhares devem ficar unidos e os dedos afastados em Base Pilates.
Primeiramente os membros inferiores esticam em um ângulo de 45 graus em relação ao solo e o Power House deve manter a lombar parada, evitando sua extensão. As pernas sobem esticadas a 90 graus de coxofemoral e a partir daí o Centro de Força é ainda mais ativado para fazer a bacia acompanhar o movimento das pernas que se elevam por cima da cabeça até o carrinho se fechar completamente (por isso as cordas devem estar longas, se estiverem curtas o praticante não será capaz de fechar o carrinho). Nesta hora os braços devem estar fazendo pressão contra o apoio, não para sustentar o corpo, mas para aumentar a área de suporte na linha das escápulas. O movimento para neste ponto, evitando a descarga do peso na cervical. Os pés devem pressionar as alças mas sem movimentar o carrinho, na intenção de manter a tensão nas cordas o tempo todo, o que ativará a cadeia posterior e evitará a queda da bacia. Mantendo os pés na linha do olhar, ainda sem perder a tensão nas cordas, os joelhos dobram afastados na largura dos ombros sem deixar a pelve desmoronar.
É a vez de desenrolar a coluna com um maior acionamento do abdômen. Neste momento, os calcanhares ainda permanecem parados na linha da cabeça, o que fará os joelhos irem estendendo lentamente promovendo um bom alongamento dos ísquios-tibiais enquanto a bacia faz o movimento de descida.
Só então, os joelhos voltam a dobrar enquanto o aluno leva os calcanhares em direção ao bumbum com suavidade e estende as pernas fazendo uma angulação 45 graus com o solo para voltar posição inicial sem deixar a lombar arquear.
O aluno iniciante em Short Spine pode desenrolar a coluna ao mesmo tempo que aproxima os calcanhares do bumbum, isto fará com que o peso das molas o ajude no articular da coluna e no controle.
Realmente este exercício é bonito e dá um certo "status" de aluno avançado ao praticante, mas se for feito de forma errada ou se etapas forem queimadas, comprometemos a coluna e a foto no final :)
Por Hellen e Monique
Ao contrário do que muitos pensam Joseph Pilates não definiu diretamente os famosos e tão divulgados (inclusive em cursos) seis princípios do método. Ele determinou muitos fundamentos para que as pessoas pudessem praticar a Contrologia da forma correta, mas não foi ele quem dividiu dessa forma as regras do jogo.
Suas duas obras Return to Life e Your Health são verdadeiros guias de bem-estar com dicas sobre como devemos comer, que roupa devemos usar para fazer atividades físicas, quantas horas devemos dormir, entre outras. Pilates fala sobre a importância da respiração, e da renovação do ar usando os músculos expiratórios para expulsar todas as moléculas existentes nos pulmões e também da importância de ativar a circulação e levar oxigênio aos tecidos. Ele discute sobre o quão necessária é a concentração para o controle de movimento, ter a mente comandando o corpo e envolvê-la durante a atividade física. Além disso, mostra sempre muita preocupação com o alinhamento corporal e dá direcionamentos claros sobre como se posicionar em cada exercício e ainda sobre a continuidade do movimento que envolve ritmo e controle.
No entanto, quem traduziu tudo isso e dividiu o método em seis princípios foram os instrutores Gail Eisen e Philip Friedman no livro The Pilates Method of Physical and Mental Condicioning de 1984. Eles estudaram com Romana Kryzanowska, a discípula direta de Pilates e guardiã do método.
Desta forma, pela primeira vez, o método foi organizado didaticamente em itens que se popularizaram por sua clareza e praticidade. São eles:
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Controle - Os exercícios devem ser feitos sem movimentos compensatórios;
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Concentração - Controle da mente sobre o corpo;
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Centralização - Habilidade de se mover através do centro do corpo, ativando o Power House;
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Precisão - Não fugir às regras, sair do lugar certo e chegar ao lugar determinado pelo caminho indicado pelo mestre;
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Respiração - Questão muito importante para se ter controle, por isso Pilates ditou como a inspiração e a expiração devem ser feitas em todos os exercícios;
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Fluidez de Movimento - Os exercícios devem respeitar um ritmo do início ao fim, sem trancos, sem momentos mais rápidos ou mais lentos. O praticante não deve querer se livrar do movimento, nem pegar atalhos, tudo deve ser feito como manda o script sem improvisos.
Todos eles foram tirados direta ou indiretamente do Return to Life e das aulas com Romana.
Lembre que o método foi nomeado de Contrologia e para fazer jus a ele esses princípios são necessários. Praticar Pilates não é pura e simplesmente se exercitar em um estúdio de Pilates, é seguir todas essas regras.
Por Hellen e Monique
Quando uma mulher decide ser mãe, engravidando ou não, alguma droga é fabricada por seu organismo que faz dela um ser totalmente diferente, capaz de fazer coisas que quem não é, não consegue entender.
Essa nova pessoa é capaz de se doar inteira, tem força e amor infinito. Ela muda seus conceitos, suas atitudes. É capaz de não comer nem beber em prol da prole. É capaz de defender com unhas e dentes, literalmente. Não se importa em perder algum outro momento para ganhar tempo com os filhos, aliás, não acha nada mais importante do que o tempo com os filhos. Não se importa em ver aquele filminho mil vezes e consegue até achar legal. Repete as mesmas respostas quantas vezes forem necessárias. Consegue ficar noites sem dormir e dar colo mesmo com aquela dorzinha nas costas. Sofre, sorri, luta, ama junto. Enfim, coisa de doido mesmo.
Para você que é essa doidinha capaz de abraçar e amar o mundo inteiro, um feliz dia, cheio de sorrisos, alegrias e muita paz.
Por Hellen e Monique
Turma nota mil do nosso Workshop Combinando Acessórios com Aparelhos de hoje.
Obrigada pela confiança e por terem trocado uma linda manhã de sol para estar ali com a gente! Teve mães com bebês pequenos, pessoas que vieram de longe, gente com tendinite, marido tomando chá de cadeira e no final ainda fazendo bico de fotógrafo...
Enfim, agradecemos demais poder ter a presença e colaboração de todos!
No sábado que vem tem maratona: a segunda turma desse tema e o Pilates para Gestantes. Veja mais informações aqui: Workshop Gestante
Por Hellen e Monique
O Footwork é um exercício que agrada desde os praticantes de nível mais básico até aqueles mais avançados. Como o aluno está em uma posição bem estável, é bom para os principiantes treinarem todos os comandos fundamentais do método de uma maneira segura até que estejam prontos para movimentos mais desafiadores e também para os alunos mais cascudos, que já dominam os detalhes que Joseph tanto exigia, podem usar e abusar de cargas maiores e mais variações do movimento. Isto é, gregos e troianos ficam felizes e satisfeitos.
Na série original ele é realizado em três posições: Toes (apoio nas pontas dos pés), Arches (apoio no meio do pé com dedos em garra) e Heels (apoio sobre os calcanhares). Apenas na primeira posição os pés estão em Base Pilates, nas demais permanecem paralelos e unidos, mas a mesma força é usada, o aluno tem que pensar que a parte de trás das coxas querem juntar.
Apesar de muitos acharem que é um exercício simples, devemos lembrar que nada neste Método é fácil. É necessário executar o movimento de estender e flexionar as pernas com atenção em vários pontos:
- Como sempre, não se trata apenas de um fortalecimento de membros inferiores. É preciso acionar corretamente os músculos do Power House.
- Os glúteos contraem vigorosamente não para realizar uma retroversão da pelve e sim para estabilizá-la, impedindo a anteversão e mantendo a coluna neutra.
- Deve haver o cuidado para que não haja um achatamento das articulações. O praticante tem que pensar em abrí-las.
- A volta do movimento não se faz de maneira passiva através da pressão das molas, os músculos trabalham para controlar o retorno do carrinho.
Na quarta posição do Footwork, (Tendon Stretch - apoio nas pontas dos pés), é realizado o fortalecimento das panturrilhas mantendo os joelhos estendidos. Todas as dicas acima continuam valendo aqui.
Agora falando de Pilates Contemporâneo, podemos fazer infinitas variações, utilizando acessórios e diferentes posições dos pés. No vídeo mostramos uma variação com apoio unipodal. É uma posição que exige um cuidado maior para manter o alinhamento pélvico, evitando que haja uma inclinação por conta da carga estar toda sobre uma perna e também uma anteversão quando há a descida da perna contralateral.
Vale sempre lembrar: se é Pilates obrigatoriamente deve seguir os princípios, realizar movimentos de qualquer maneira usando aparelhos de Pilates não significa absolutamente nada.
Por Davor Pitrez
Grão milenar e muito utilizado em preparações nos dias de hoje, a aveia é um cereal barato em comparação aos outros e um dos meus alimentos preferidos. Costumo indicá-la em minhas dietas por ser um grão MUITO rico em proteínas, fibras, carboidratos de lenta digestão, vitaminas e minerais.
Todos podem se beneficiar deste grão, de crianças e idosos até atletas de alto rendimento.
Em 100g possui quase 11g de fibras das quais 4g são de um tipo de fibra solúvel chamada B-Glucana, que auxilia na redução da glicose plasmática sendo ideal para PESSOAS DIABÉTICAS. Também tem a capacidade de reduzir a pressão arterial, o que é ótimo para HIPERTENSOS.
Quando falamos em esporte podemos falar da aveia, sim, pois na região do endosperma da aveia existe uma alta quantidade de aminoácidos e um médio/baixo índice glicêmico na parte energética, assim não causa hipoglicemia de rebote durante o treino (sonolência).
Na hora da compra prefira sempre a apresentação em flocos ou em flocos finos para obter os benefícios do grão.
Caso você tenha triglicerídeos ou colesterol alto opte pelo farelo de aveia, pois possui uma maior quantidade de B-Glucana.
Farinha de aveia não recomendo, pois é muito processada e, muitas vezes, despeliculada o que diminui os benefícios nutricionais.
A única contraindicação são pacientes portadores da doença celíaca ou Crohn, pois ela possui glúten.
Receita Mingau de Cacau
(simples e pode servir como lanche ou café da manhã)
Ingredientes:
- 300 ml de bebida à base de soja zero (original, vitamina de banana ou frapê de coco)
- 60 a 80 g de aveia em flocos (3 colheres de sopa cheias)
- 2 colheres de sopa de cacau em pó sem açúcar
- Canela e adoçante a gosto
Preparo: Em uma caneca grande ou cumbuca despejar os ingredientes secos e misturar vigorosamente. Após essa etapa coloque a bebida de soja zero e mexa devagar até a mistura ficar quase homogênea. Colocar no micro-ondas por 2 minutos.
Retirar e mexer mais um pouco. Repita esta etapa e fique atento(a) para não vazar, porque dependendo da potência do micro-ondas pode ocorrer vazamento.
Quando o mingau já estiver engrossado deixe esfriar e consuma em seguida.
Observa-se nesta receita o cacau e a canela, que são alimentos funcionais e termogênicos.
Por Hellen e Monique
O Workshop Pilates para Gestantes tem como objetivo usar adaptações e opções de exercícios que tragam benefícios à futura mamãe respeitando as suas novas necessidades, de maneira segura e com objetivos específicos. Tudo sem deixar de lado a criatividade que tanto atrai os pilateiros.
Há ainda o bônus de o instrutor poder utilizar esse repertório de exercícios para outros grupos de alunos que também exigem um cuidado especial, como idosos, alunos iniciantes ou com determinadas restrições.
Data: 16/06 de 14h às 17h.
Local: Barra da Tijuca - Rio de Janeiro.
INFORMAÇÕES: fluirespaco@gmail.com
Por Hellen e Monique
Quando Pilates criou seu método fez de forma que um movimento preparasse para o próximo. Suas sequências tem ordem lógica para o desenvolvimento do corpo, fazendo-o capaz de realizar tarefas que ficam gradualmente mais difíceis.
Cada exercício começa básico, passa para intermediário e só então chega na variação avançada e nunca é permitido queimar etapas. Assim, os músculos do centro do corpo, o alvo do método, vão se desenvolvendo e fortalecendo, enquanto ganhamos mobilidade e flexibilidade.
É muito legal ver nosso corpo progredir e então perceber como o mesmo exercício ganha novas nuances conforme nos tornamos mais fortes. Devemos avançar sim, mas com responsabilidade e de acordo com as progressões estabelecidas. Da mesma forma temos que respeitar os limites e possibilidades de nossos alunos.
Nem todo mundo chegará aos avançados. Isto não é uma derrota. O objetivo do método Pilates é ensinar o praticante a se mover melhor para realizar suas tarefas diárias com qualidade e evitar lesões. Se mesmo a série iniciante for feita com qualidade já é possível atingir essas metas, por isso, os avanços devem ser feitos de acordo com as habilidades e necessidades de cada indivíduo. A demanda de um atleta de vôlei difere de uma gestante, de um idoso, de um sedentário, de um bailarino, de um triatleta e assim por diante. Nós, instrutores, temos que ter a sensibilidade e estar muito bem preparados para reconhecer essas diferenças e saber quando avançar e até retroceder caso notemos que fomos longe demais. O método é mais sobre como se chega do que onde se chega.
Toda atenção é pouca para entreter, desafiar e treinar nossos alunos na medida certa. Praticar é necessário a todo profissional de Pilates, sentir faz parte do trabalho. Estude, pratique e conheça seu cliente, esta é a fórmula do sucesso.
Por Hellen e Monique
O Roll Over é um dos exercícios clássicos mais mal entendidos de Pilates. Principalmente por aquelas pessoas flexíveis o suficiente para jogar as pernas para trás e levar os pés ao chão com facilidade. No entanto, ele não se trata de um mero alongamento. Como todo exercício de Joe o foco é o centro do corpo. Claro que ele promove um bom alongamento de toda a cadeia posterior, mas o verdadeiro objetivo é o controle. Ele é muito importante porque preparará o aluno para outros exercícios avançados como o Jack Knife, a variação avançada do Corkscrew e Control Balance, por exemplo.
O praticante começa deitado de costas, membros inferiores estendidos no chão (porque, na série orginal, esse exercício vem logo após ao Roll Up), cabeça e pescoço alinhados, braços ao longo do corpo com uma leve pressão contra o chão que fará o peito abrir. Ele deve levar as pernas juntas, esticadas e em Base Pilates em direção ao teto, acionando o Power House para evitar a extensão lombar. A partir daí, a bacia começa a subir como se quisesse ir para cima e para trás (na direção da cabeça) levando a coluna a enrolar num grande movimento em “C”. Em nenhum momento as pernas são usadas para dar impulso para ajudar a pelve sair do chão. Deve-se pensar em crescer a coluna, no sentido de ganhar espaço entre as vértebras e não em achatá-las.
Controlando o movimento e cavando ainda mais o abdômen, as pernas são levadas para trás até que fiquem paralelas ao solo. Nesta hora pode-se orientar que o cliente aumente a pressão dos braços no chão, não para suportar o peso, mas para aumentar o contato na linha das escápulas e, assim, a base de apoio nesta região. A cervical deve ficar livre de sobrecarga e a cabeça se mantém alinhada.
O aluno afasta as duas pernas na largura dos ombros e flexiona os tornozelos, leva as coxas próximas ao peito e vai desenrolando a coluna controladamente, pensando em levar as escápulas para a bacia e o cóccix para o calcanhar, para desta forma manter seu abdômen ativo. Ao apoiar a pelve no solo, as pernas seguem descendo até 45 graus e o controle sobre o posicionamento da lombar é mantido, evitando a compensação em hiperlordose e anteversão da bacia. Nesta altura as pernas se juntam e o movimento se repete por três vezes.
Ao final devemos fazer mais três repetições indo com as pernas afastadas e retornando com elas unidas. Na última, as pernas descem totalmente ao chão para preparar para o One Leg Circles.
Como o diz o nome do exercício, o aluno deve enrolar por cima e não desabar para baixo.
Por Hellen e Monique
A coluna vertebral é formada por 24 vértebras alinhadas na vertical formando um pilar que suporta o peso corporal e também o canal por onde passa a medula espinhal.
Alguns de seus compontentes são:
Corpo Vertebral - Parte anterior das vértebras composta por uma estrutura óssea esponjosa onde as cargas de peso são sustentadas.
Disco Intervertebral - É um disco cartilaginoso que se encontra sobreposto ao corpo vertebral separando um do outro ajudando a dissipar o peso. Em seu centro existe um núcleo que funciona como um coxim e se desloca de acordo com a direção das forças sofridas.
Forame ou Canal Medular - É um anel ósseo formado pelas estruturas posteriores das vértebras por onde passa a medula e tem a função de protege-la. Da medula saem as raízes nervosas que vão para braços, pernas e dorso através de pequenos canais próximos ao corpo e aos discos.
As cargas que atuam em nosso corpo são bem maiores do que imaginamos. Elas combinam gravidade, peso das estruturas corporais, força muscular e peso de objetos que carregamos durante o dia, fatores estes que combinados fazem surgir vetores de força os quais nossa coluna e discos intervertebrais estão sujeitos. Quando o resultado é maior do que essas estruturas podem aguentar algum dano acontece. O mais comum é a hérnia de disco.
Hérnia é a designação dada ao deslocamento de alguma estrutura de sua posição anatômica. No caso do disco intervertebral, isso pode acontecer quando ao receber grandes cargas de peso o núcleo desvia e invade o espaço por onde passa o tecido nervoso, comprimindo-o.
Pode-se dizer que a hérnia de disco ocorre devido a uma combinação de fatores biomecânicos, alterações degenerativas do disco e situações que levam a um aumento de pressão sobre ele. Os segmentos da coluna com maior mobilidade (C5-C6, terço inferior da torácica e L4-L5 e L5-S1) estão mais suscetíveis a sofrer essa lesão. A incidência é maior entre os 30 e 50 anos de idade, durante o processo de degeneração, quando há desidratação do disco e consequente distribuição desigual da carga. Após essa fase a ocorrência reduz, pois a perda de água é tão grande que há diminuição da capacidade transmissão de pressão.
Falando em pressão, esta é maior em posições em que o tronco está fletido, por isso a posição sentada oferece maior sobrecarga para a lombar do que na posição em pé ou deitada. A combinação da flexão com a rotação é a mais perigosa pois há maior risco de ruptura da estrutura.
Dependendo do nível da compressão os sintomas serão sentidos em braços (cervical), na região das costelas (dorsal) e pernas (lombar). As sensações normalmente são unilaterais e podem ser de dor, queimação, aumento ou redução da sensibilidade, formigamento e perda de força nos membros e podem ser sentidas em algum ponto no trajeto do nervo ou ao longo dele. Muitas vezes a pessoa não sente dor nas costas, o que leva a uma demora na busca pelo diagnóstico.
O tratamento pede ser cirúrgico ou conservador com medicamento e fisioterapia. Assim que o paciente é liberado para fazer fortalecimento e alongamento, está pronto para pilatear com a orientação de um profissional.
O método Pilates foi desenvolvido para fortalecer principalmente o centro do corpo, ou seja, a parte responsável pela estabilização para que possamos nos movimentar de forma segura durante a aula e fora dela e ainda ajuda o praticante a se posicionar melhor, melhorando a postura e diminuindo as tensões musculares e articulares. Esta característica faz dele uma boa opção para pessoas com problemas na coluna. Não é à toa que médicos e fisioterapeutas indicam a prática como parte do tratamento. Por isso, se esse é o seu caso, agende uma aula experimental em um estúdio próximo a você e veja como seu corpo vai se sentir.
Lembre-se de ter cautela e manter seu instrutor informado sobre todas as suas sensações durante a aula, isto o ajudará a respeitar os seus limites e planejar a aula certa para você.
Por Hellen e Monique
As posturas invertidas são um sucesso entre os praticantes de Pilates.
Todo mundo quer fazer, clicar e postar. Falamos sobre os benefícios delas aqui, mas além deles, o que Pilates tinha na cabeça quando inventou exercícios em inversão em todos os aparelhos?
Ele tinha um grande objetivo que era ensinar e preparar as pessoas para terem controle sobre seus corpos e assim se moverem de forma segura e eficiente em todas as suas atividades diárias. Para isso, ele concentrou seus esforços em desenvolver exercícios para o fortalecimento do que ele denominou de Centro de Força (Power House ou Core). Assim, além de todos os benefícios sistêmicos que essas posturas podem gerar, elas ainda são excelentes para desafiar o grupo de músculos que formam o Centro de Força, e quanto maior o desafio, mais fibras musculares são recrutadas e maior é o fortalecimento.
Nós, aprendizes e seguidores do tio Joe, temos que ter responsabilidade ao ensinar essas posturas, ficar atentos às contra indicações e sempre ter em mente todas as propostas do exercício que estamos ensinando. O método é riquíssimo, trabalha múltiplos músculos e tem objetivos diversos, mas o mais importante deles é deixar os músculos do Core fortes e resistentes. No Pilates não existem exercícios de pernas, braços ou invertidos que não comecem nele. Tudo passa pelo Centro.
Não faz sentido se pendurar ou fazer um Roll Over se o movimento é descontrolado, com impulso e compensações. Mais uma vez a dica é: se o aluno faz o movimento sem qualidade é melhor não fazer, voltar ao ponto em que executa as tarefas com perfeição e ir evoluindo aos poucos de acordo com suas capacidades.
Nem todos vão chegar ao ponto de virar de cabeça para baixo e isso não é um problema, problema é ir além do que o corpo permite. O que pode ser considerado MENOS por muitos, para os pilateiros, é MAIS.
Alguns exercícios com inversão:
Por Hellen e Monique
Preparamos este Workshop na intenção de passar informações e exercícios preciosos para que você possa montar aulas de qualidade para suas gestantes. Possui conteúdo teórico e prático composto de exercícios e adaptações que se encaixam nas necessidades das futuras mamães.
Gravidez está longe de ser doença, mas muitas mudanças acontecem no corpo da mulher, tanto mecânicas como sistêmicas e precisamos estar atentos a elas para que a rotina de exercícios seja construtiva e atenda a aluna nesta fase tão especial.
Data: 16/05 de 14h às 17h.
Local: Barra da Tijuca - Rio de Janeiro.
Informações: fluirespaco@gmail.com
Por Hellen e Monique
A Teaser é um exercício muito desafiador para o Power House. Caso o aluno nunca tenha feito, o melhor é que comece no solo (veja aqui). Caso ele já esteja familiarizado, podemos experimentar na Cadeira.
Peça para o praticante sentar na Cadeira de costas para a barra de pés. Se estiver usando a Wunda Chair (mais larga) oriente-o a sentar no meio do assento, caso esteja com a Cadeira Combo (mais estreita), ele senta um pouco mais para a beirada mais afastada o pedal.
O aluno segura a borda do assento, leva os joelhos dobrados ao peito, tirando os pés do chão e estica as pernas na posição da Teaser com os pés em Base Pilates, contraindo o centro de força deixando seu apoio entre os ísquios e o cóccix. Então, ele retira as mãos da borda e estica os braços à frente conectando todo corpo. Após, deve dobrar os cotovelos levando-os em direção a cintura e esticar os braços atrás do corpo levando as mãos em direção ao pedal, onde elas devem apoiar separadas na largura dos ombros. Caso o praticante não tenha flexibilidade para isso, pode deixar os braços mais afastados. Todo esse movimento deve ser feito sem que ele saia da posição.
O aluno empurra o pedal para baixo descendo o tronco pensando em levar seu cóccix para o calcanhar para evitar que o bumbum empine e a coluna vá em extensão ou, simplesmente, que a lombar saia da posição enrolada. Então é feito o retorno do tronco para cima sempre tendo em mente a contração do core.
Ao final de algumas repetições, o praticante retira as mãos do pedal e volta a levá-las à frente na posição da Teaser, conectando pela última vez seu corpo todo, volta a apoiá-las na borda da cadeira e dobra as pernas para descer apoiando os pés no chão.
Devemos ficar atento as compensações como:
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Cabeça avançada - peça para que o aluno imagine um fio puxando as orelhas para longe e também para que leve o queixo para a garganta.
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Cotovelos em hiperextensão - o aluno deve estar com essa articulação desbloqueada, por isso deve dobrá-las ligeiramente.
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Levar a força para os braços - este é um exercício abdominal e não de braços. Eles serão alongados conforme o aluno desce o tronco, mas não agem para facilitar o movimento de volta.
No vídeo mostramos uma variação que pode ser feita com gestantes, onde usamos a caixa da Cadeira para apoiar as pernas. Ao mantê-las dobradas diminuímos muito a alavanca o que faz a carga ficar bem menor. A amplitude do movimento também pode ser diminuída. Lembramos que cada gestante deve ter sua série, portanto, a anamnese é importante para que você desenvolva seu programa de aula. Nem toda grávida estará apta para fazer este exercício.
Por Angélica Prazeres
Abraços Fazem Bem a Saúde, Dependendo de Quem Abraça
O estudo realizado pela Universidade de Viena mostrou que abraçar alguém com quem temos intimidade libera ocitocina em nossa corrente sanguínea, o que reduz a pressão arterial, o estresse e a ansiedade, e pode até mesmo melhorar a memória.
“O efeito positivo só ocorre, no entanto, se as pessoas confiam umas nas outras, se os sentimentos estão presentes mutuamente", explica o pesquisador Sandkühler.
O mesmo aplica-se ao comprimento do abraço. “Abraçar é bom, mas não importa quanto tempo ou quantas vezes você abraça alguém, é a confiança que é mais importante”, afirma o pesquisador.
Uma vez que a confiança exista entre os “abraçadores”, os efeitos positivos sobre o nível de ocitocina podem ser conseguidos simplesmente como resultado do comportamento empático.
“Estudos têm mostrado que crianças cujas mães receberam ocitocina extra têm maiores níveis do hormônio, apenas como resultado do comportamento da mãe”, conta Sandkühler.
“Se as pessoas não se conhecem, ou se o abraço não é desejado por ambas as partes, seus efeitos são perdidos”
Por outro lado, abraços não desejados podem ser percebidos como um fardo emocional. “Todo mundo está familiarizado com tais sentimentos em nossas vidas cotidianas, por exemplo, se alguém que não conhecemos chega muito perto de nós sem motivo aparente. Esta violação do nosso ‘espaço pessoal’ é geralmente percebida como desconcertante ou mesmo ameaçadora”, diz Sandkühler.
Quando recebemos abraços indesejados de estranhos ou mesmo de pessoas que conhecemos, mas não confiamos, o hormônio não é liberado. “Isso pode levar a um estresse puro, porque o nosso comportamento de manutenção de distância normal é desconsiderado. Nestas situações, nós secretamos cortisol, o hormônio do estresse”, conclui.
Outro estudo recente, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), chegou a conclusões parecidas sobre o abraço. A pesquisa descobriu que as mulheres têm maiores reduções na pressão sanguínea do que os homens depois de abraços com seus parceiros. Elas também tinham níveis mais baixos do hormônio do estresse, cortisol.
“O apoio do parceiro está associado a níveis mais altos de ocitocina, tanto para homens quanto para mulheres. No entanto, o efeito potencialmente cardio protetor da ocitocina pode ser maior para as mulheres”, disse a psicóloga e principal autora do estudo, Karen Grewen.
Mais sobre essa tal de ocitocina (ou oxitocina)
Pesquisadores da Universidade da Califórnia estão estudando se a ocitocina, o hormônio cerebral lançado com toques, abraços ou quando uma mãe e seu bebê recém-nascido vínculo pode ajudar pacientes com esquizofrenia, ansiedade social e uma variedade de outras doenças .
A ocitocina é uma substância química do cérebro associada com o par de ligação, incluindo obrigações mãe-bebê e homem-mulher , o aumento do envolvimento do pai com as criança e monogamia em certos roedores, segundo Kai MacDonald, professor e assistente de psiquiatria da Universidade.
Nos seres humanos, a ocitocina é liberada durante abraços e toque físico agradável e desempenha um papel no ciclo da resposta sexual humana. Parece alterar os sinais do cérebro relacionados ao reconhecimento social através de expressões faciais , talvez alterando o disparo da amígdala (parte do cérebro que desempenha um papel fundamental no processamento de estímulos emocionais importantes). Sendo assim , a ocitocina pode ser um mediador potente do comportamento social humano .
" É por isso que a ocitocina é às vezes chamada de "o hormônio do amor '", disse MacDonald.
Por Hellen e Monique
Nós instrutores de Pilates temos o desafio de estimular os alunos com novidades, mas ao mesmo tempo temos a obrigação de manter a qualidade.
Sendo assim, é interessante se manter atualizado, aprender exercícios novos, buscar conhecer as novidades em relação a acessórios e aparelhos, mas mais importante que isso é aprimorar o que já sabemos, melhorar os nossos pontos fracos e assim como o aluno, tentar chegar à perfeição.
O nosso papel vai muito além de apenas dizer o que o praticante deve fazer. Devemos dizer como ele deve fazer, alertá-lo onde poderão vir os erros e estar por perto para corrigir. Instrutor que se preze não dá um comando e vira as costas. Como Joseph dizia: “Não importa o que você faz, e sim como você faz”. E a maneira que o aluno faz é responsabilidade conjunta do professor e do praticante.
Instrutor precisa treinar, não necessariamente para ser capaz de fazer malabarismos, mas para sentir no próprio corpo os movimentos, entender o que acontece, saber onde e como podem acontecer as compensações, dominar os próprios músculos, saber como melhorar cada exercício e aprender comandos verbais e imagens para ajudar o aluno a alcançar os objetivos. Após acumular essa bagagem, deve saber aplicar às aulas explicando com a maior riqueza de detalhes possível o movimento que será feito e estar ao lado pelo menos em suas primeiras repetições para certificar-se de que suas requisições foram entendidas.
Mandar o aluno fazer um exercício e sair andando não é ser instrutor. É indispensável ter uma pessoa que realmente instrua, oriente e se preocupe, e não simplesmente mande.
Somos instrutores ou professores, não ditadores.
Por Hellen e Monique
Como todos os exercícios que mobilizam a coluna, temos que pensar que o essencial é a ativação do Power House. Sim, mais uma vez ele é a chave para a correta execução do movimento. E no caso desta variação do Roll Down Bar que mostramos no vídeo, o praticante deve estar bem atento para fazer o movimento do tronco concentrando toda a força nesses músculos tão importantes e não apenas pegando carona com as molas.
Realizamos o mesmo exercício em dois equipamentos diferentes. O Cadillac possibilita uma variação um pouco mais fácil, pois permite uma maior base de apoio para as pernas e também que o aluno consiga deitar completamente o tronco até apoiar a cabeça. Já no Reformer, o pilateiro mantém as pernas fechadas e cruzadas uma sobre a outra, além de exigir controle e força maiores por não permitir completamente o movimento de descida.
O praticante inicia sentado, com os membros superiores e inferiores estendidos (no Cadillac os pés estão separados na largura do aparelho). A primeira coisa a ser feita é afundar o abdômen como se fosse fazer um “C” com a coluna e só então iniciar o movimento de descer enrolando o tronco. É como se o Power House tivesse que vencer a tensão das molas e forçar essa descida. Em um primeiro momento o instrutor pode orientar o aluno para que faça a força no abdômen na intenção de enrolar a coluna para trás sem mover a barra para que ele aprenda onde deve ocorrer a contração. Depois de ensinado o acionamento dos músculos do Core, o praticante faz o movimento descendo com controle. Ao chegar no apoio (completo no Cadillac e parcial no Reformer) deve puxar a barra em direção ao peito mantendo as escápulas alinhadas, estende novamente os braços e inicia o movimento de volta do tronco. Da mesma maneira, é importante concentrar a força no abdômen para que ele seja o único responsável pelo movimento, sem utilizar a tensão das molas. A subida é feita como se o aluno tivesse uma bola no colo e quisesse enrolar o tronco sobre ela. Assim ele vai à frente o máximo possível, acentuando o arredondamento da coluna. Ao final, a intenção não é simplesmente levar o corpo para frente para alongar, e sim sacrificar ainda mais o core.
Com isso, concluímos mais uma vez que no Pilates se estiver fácil é porque alguma coisa está errada.
A variação no Cadillac é uma ótima opção de exercício para gestantes liberadas para fazerem abdominal, pois elas terão o suporte das molas para manter seus músculos abdominais fortes e saudáveis sem exageros, além de fortalecerem os braços e a cintura escapular, o que é essencial no pós-parto. A posição afastada das pernas deixam o movimento mais confortável pois dão espaço para a barriguinha. Se a gestante não tiver flexibilidade e conforto suficiente e ao deitar com as pernas esticadas a lombar sair do alinhamento, ela pode deixar as pernas flexionadas com os pés apoiados mantendo o espaçamento entre elas. Há também a opção de utilizar o Arc ou Meia Lua para dar apoio à parte superior do tronco, limitando assim a amplitude da descida.
Por Hellen e Monique
Alguns alunos acham que alongamento é a hora de relaxar. Mas não é bem assim. As compensações estão sempre à espreita aguardando uma brecha para entrar em ação e dominar a cena.
Mesmo durante as posições sustentadas o pilateiro deve se manter atento à sua postura, pois o corpo vai dando um jeitinho de escapar do que provoca incômodo, que neste caso é o alongamento. Então a pelve entorta, o tronco relaxa, o ombro sobe… O aluno vai sentir o músculo alongar mesmo estando com a postura errada? Sim, porém isso poderá causar danos às articulações e dará estímulos completamente errados para o corpo.
O ideal é continuar seguindo todas as regras do Pilates durante a aula inteira. E se possível, fora dela também.
Sendo assim é preciso manter o alongamento axial, pensando em aumentar o espaço entre as vértebras, os ombros encaixados e a bacia alinhada.
Escolhemos alguns alongamentos para usar como exemplos:
- Alongamento de Quadríceps no Barril (foto acima):
Certo: A coluna deve permanecer neutra, ambos os joelhos na mesma linha, ou se possível, o dobrado pode ficar mais posteriorizado do que o esticado e as pernas alinhadas na largura da bacia.
Errado: Permitir a anteversão pélvica e a hiperlordose, deixar o joelho flexionar excessivamente, permitir a abdução da perna dobrada ou avançar além do membro de apoio.
- Alongamento de Posteriores de Coxa no Reformer (variação do Front Splits):
Certo: Manter o joelho estendido, a coluna reta formando uma linha desde o calcanhar até a cabeça, ombros longe das orelhas.
Errado: Dobrar o joelho, rodar a bacia, flexionar a coluna e elevar os ombros na tentativa de levar o carrinho mais para trás.
- Alongamento de Glúteos no solo:
Certo: Segurar as pernas fazendo a força nos braços deixando os ombros relaxados (abrir os cotovelos ajuda no alinhamento) e manter a pelve neutra e apoiada no chão.
Errado: Sustentar nos ombros o peso das pernas, querer puxar demais os membros inferiores e acabar levantando a bacia do chão ou fazer uma inclinação lateral dela.
Como já deu para perceber, Pilates não é lugar para relaxar e nem para relaxados ;)
Tenha certeza de que todo o esforço valerá a pena e que se o instrutor e o praticante trabalharem como um time, ambos fazendo a sua parte da melhor maneira possível, os bons resultados virão.
Veja mais em:
Por Hellen e Monique
Se você anda com dificuldade em executar um lindo Leg Pull, não se sinta decepcionado porque este é um exercício bem difícil, não é à toa que está entre os últimos a serem ensinados na série Original. No entanto, não desista e dê um passo para trás para poder, em seguida, dar vários passos para frente.
Nosso conselho é que volte a fazer apenas o suporte (com os dois pés no chão) e se concentre cada vez mais em seu alinhamento.
Algumas dicas são:
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Manter a pressão das mãos contra o chão para que escápulas e ombros fiquem alinhados.
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Pensar que alguém está puxando suas orelhas para longe e levar o queixo na garganta para melhorar o alinhamento da cabeça.
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"Mandar" o cóccix para o calcanhar evitando que a lombar vá em extensão.
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Acionar os músculos necessários para manter uma boa base Pilates (ou seja, os músculos que usamos para fazer uma leve rotação externa nos membros inferiores mais adutores). Esta contração ajudará muito no suporte do corpo quando uma perna estiver fora do chão.
Ainda podemos praticar outros exercícios preparatórios como a ponte com apoio unipodal que além de fortalecer a cadeia posterior ajuda a treinar o alinhamento da bacia e a Tree que tem em seus objetivos alongar os ísquios tibiais (que podem limitar a amplitude de movimento do Leg Pull), trabalhar o fortalecimento do quadríceps para manter os joelhos em extensão e a perna levantada e também estabilizar a bacia.
Quanto mais avançado é o exercício mais conexão entre corpo e mente é preciso, mais concentração e mais preparo, por isso, empenhe-se que os resultados virão.
Veja mais sobre o Leg Pull aqui.
Por Hellen e Monique
Algumas combinações deixam o que já era bom melhor ainda. Goiabada com queijo, cinema com pipoca, fim de semana com sol... E o que dizer dos Aparelhos de Pilates com Acessórios? Usar a criatividade é um dos pontos fortes do Pilates Contemporâneo e os nossos alunos sempre querem novidades. Desafiar os pilateiros a cada aula sem perder os princípios não é tarefa fácil.
Malabarismos, cambalhotas e movimentos sem uma finalidade não fazem sentido para um profissional que estuda e se dedica para ser um instrutor de Pilates, não é?
Pensando nisso, montamos com todo o carinho o Workshop Combinando Acessórios com Aparelhos, onde serão feitas progressões da forma mais básica até a avançada, onde o foco é não só passar o repertório de exercícios como também a melhor forma de execução mostrando a diferença entre apenas fazer um movimento e fazer como o método exige.
Data: 16/05 - De 10h às 12h
Local: Barra da Tijuca - Rio de Janeiro
Mais informações: fluirespaco@gmail.com
Por Hellen e Monique
O Leg Pull é um exercício avançado da série clássica de Mat Pilates. Trabalha o fortalecimento de toda a cadeia posterior, como extensores de quadril e coluna, ombros e cotovelos.
Quando o praticante está chegando ao nível do Leg Pull ensinamos primeiro o suporte.
O aluno senta com as pernas esticadas para frente. Faz o crescimento axial da coluna pensando em, além de ir para a postura ideal, achar espaços entre vértebras.
As mãos se posicionam ao lado da bacia com os dedos virados para frente e as pontas dos pés devem ir em direção ao chão.
Fazendo uma pressão das mãos contra o chão (que deve ser mantida durante todo o tempo), o aluno deve primeiro estabilizar suas escápulas pensando em girar os ombros para trás e para baixo. Após, aciona o centro de força, inclina o corpo levemente para trás e levanta a bacia sem abalar a coluna. As mãos devem se manter na linha dos ombros.
É comum que haja extensão da lombar, então peça para o praticante pensar em levar o cóccix para os calcanhares evitando essa compensação. Deve se formar uma longa linha que vai dos calcanhares às orelhas, o que significa que a cabeça não será jogada para trás. O ideal é que o aluno olhe levemente para frente sem perder o alinhamento do pescoço.
Peça para seu cliente sustentar a posição por alguns segundos melhorando cada vez mais a sua postura, aproveitando a abertura do peito e da coxo femoral.
Na volta, a descida ocorre apenas pela flexão da articulação do quadril.
Assim que este movimento estiver bem treinado passamos para o Leg Pull.
Na expiração, peça para que o aluno acione ainda mais o Power House e pense em crescer uma das pernas levando-a para longe e para cima. É importante que ele mantenha o alinhamento da pelve e da coluna, para isso, oriente-o a apenas levantar o que for possível sem abalar o resto do corpo.
Na volta, o controle deve ser mantido e a perna não deve cair. Então a troca é feita, mas se o praticante precisar ele pode descer a bacia antes de repetir o movimento com o outro membro.
Na foto da capa fizemos uma variação para gestantes onde não executamos o levantamento da bacia. A aluna deve pressionar a perna de apoio no solo para conectar a cadeia posterior. Também é preciso que ela incline um pouco mais para trás (para isso as mãos se orientam com os dedos para trás) para que tenha espaço para a elevação da perna, pois nessa fase a barriguinha limita a amplitude do movimento. Como o volume abdominal pode atrapalhar a execução do exercício, gestações em fases mais avançadas são contra-indicadas. Os objetivos para quem está nesta fase são os mesmos: manter a estabilidade do tronco e cintura escapular e principalmente fortalecer os músculos da cadeia posterior.
Saiba como melhorar o seu Leg Pull aqui.
Por Hellen e Monique
Ao desenvolver seu método Joseph pensou e regrou absolutamente tudo. Todo o posicionamento do corpo é especificado por ele. Uma de suas orientações é a Base Pilates usada em quase todos os seus exercícios nos diversos aparelhos. Ela foi concebida para facilitar e aumentar a ativação dos músculos do power house e fazer a conexão do centro do corpo com os membros inferiores.
As pernas devem estar unidas, pressionadas uma contra a outra e levemente rodadas para fora. Os pés acompanham a rotação externa do fêmur, levando os calcanhares a estarem juntos, também com uma leve pressão entre eles, enquanto os dedos estão afastados a uma angulação aproximada de 30 graus.
Esta é uma posição poderosa porque para mantê-la é preciso ativar os glúteos, assim como outros músculos estabilizadores profundos do quadril como os gêmeos e os obturadores, por exemplo. Cabe ressaltar que a pelve é mantida neutra, os glúteos são ativados em uma intenção de unir os ísquios e não de fazer uma retroversão pélvica. A Base Pilates também age nos músculos do períneo facilitando sua contração, orienta a ativação correta dos músculos abdominais acionando o transverso do abdômen e permite a entrada dos adutores para ajudar na estabilização da bacia. O que acontece é uma organização que chama atenção para o centro do corpo de onde deve partir a força para execução de cada movimento.
A Base Pilates gera o posicionamento correto da pelve, que junto com a leve rotação externa das coxas leva à abertura da coxofemoral e, com isso, a uma diminuição da tensão dos flexores de quadril que erroneamente cismam em se meter na execução dos movimentos, às vezes até roubando a cena do músculo alvo, sendo o caso de exercícios como o Elefante no Reformer, o Pull Up na Cadeira, entre tantos outros. Por isso devemos manter o foco na manutenção constante da base para que o exercício siga de acordo com seu objetivo.
Por esses tantos motivos ela é usada mesmo em exercícios com pernas separadas como é o caso do Single Leg Stretch e Criss Cross da série de Mat e a Short Box Serie no Reformer, por exemplo.
Por Hellen e Monique
O Hundred é um exercício dinâmico de fortalecimento do abdômen, estimula a circulação e respiração e conecta todo o corpo promovendo um bom aquecimento.
Mesmo sendo o primeiro exercício da série clássica de MAT, ele consegue desafiar tanto o iniciante quanto o aluno avançado, nunca deixando o praticante entediado.
Como todos os exercícios de Joseph, quanto mais fazemos e lemos sobre eles, melhores eles ficam, mais o nosso corpo entende e alcança os propósitos e, por incrível que pareça, mais complexos e difíceis eles ficam.
Como dicas nunca são demais, daremos algumas:
Se você nunca fez o Hundred com atenção, volte ao básico e aprenda bem o movimento para sentir a diferença na evolução. O movimento já deve estar fluindo com naturalidade para tentarmos as variações mais difíceis.
Em todo e qualquer exercício de Pilates devemos começar acionando o core antes mesmo de nos movimentarmos, pois no dia a dia é assim que o nosso corpo se prepara para um abalo, como levantar um peso, por exemplo. Por isso comece com as contrações do períneo, transverso e demais músculos estabilizadores e só então comece seu movimento. Sua estabilidade vai aumentar sensivelmente.
Dê muita importância à respiração. Ela dá ritmo ao exercício e como nos concentramos em contrair ainda mais os músculos do Power House quando respiramos, ela conecta o corpo e melhora a estabilidade. O Hundred é um ótimo exercício para treinar os ciclos respiratórios e todas as informações que vão com eles.
Somente suba o corpo até o apoio ficar na base das escápulas. Vemos muita gente subindo além das escápulas, isso não cabe a este exercício.
Nunca ultrapasse seu limite e fique atento para que seu aluno não ultrapasse o dele. Cabeça avançada e extensão lombar são dois indicativos que você foi além de seu limite, então retroceda e treine com qualidade até que seu corpo esteja pronto para evoluir.
Nós, instrutores, também devemos pedir ajuda e fazer aulas supervisionadas para que possamos melhorar nossa prática, por isso não se intimide e experimente fazer essa troca, você vai perceber a diferença.
Veja mais sobre o Hundred e suas variações aqui.
Por Hellen e Monique
O Hundred é o clássico dos clássicos, mesmo aqueles que não estudaram a linha Original (o que é uma falha infelizmente muito comum) conhecem o exercício. Ele é o primeiro da série de Mat e Joseph o colocava nesta posição porque seu objetivo era aquecer os músculos e preparar os pulmões para a vigorosa série que estava por vir.
O aluno iniciante que fará o Hundred pela primeira vez tem um longo caminho pela frente antes de fazer aquela linda pose que não cansamos de ver por aí.
Orientamos para que o praticante deite de barriga para cima, leve os joelhos ao peito e os abrace por alguns segundos. Depois ele apóia os pés no chão alinhados com a bacia. Então, sem que levante o tronco do solo ensinamos a respiração (que deve ser longa com a expiração indo até o final, como Pilates dizia: “até que a última molécula de ar saia dos pulmões”) e o movimentos dos braços, que devem ser como bombeamentos vigorosos para cima e para baixo próximos ao solo. Nesta etapa é preciso ensinar o acionamento do Power House e o posicionamento dos ombros e escápulas.
Com isso treinado, o praticante passa para a segunda etapa que é realizar o abdominal. Ainda com os pés no chão e com os membros superiores ao longo do corpo, o aluno cresce os braços para longe encaixando os ombros, enrola a coluna para cima até a borda inferior das escápulas e olha para os joelhos levando o queixo para a garganta. Aí se iniciam os pulsos dos braços coordenados com a respiração: cinco batidas para inspirar e mais cinco para expirar até que 10 ciclos respiratórios se completem.
Evoluções:
1) Pernas em posição da mesa (tabletop) com os joelhos e coxo-femurais a 90 graus e os pés fora do chão na base Pilates (calcanhares juntos, pontas dos pés separadas e quadris em leve rotação externa).
2) Pernas esticadas para o teto com base Pilates. Nesta posição o instrutor deve estar atento à posição da bacia. Muitas vezes o aluno que não tem os ísquiotibiais devidamente alongados pode cometer o erro de tentar esticar a perna mais do que consegue levando o bumbum a sair do chão. Devemos corrigir pedindo para que ele só estique os joelhos até o ponto que a pélvis fique devidamente posicionada.
3) Pernas esticadas formando um ângulo de 45 graus com o chão. Nesta posição a atenção se concentra na lombar, evitando compensação em extensão ao posicionar as pernas, ou seja, não deve haver abalo nenhum nesta região.
4) Por último, as pernas descem até a linha do olhar.
Em todas as variações o instrutor deve ficar atento ao esforço e compensações na cervical. Caso isso ocorra, orientamos a descida do tronco e a manutenção do movimentos dos braços. A partir da 3º evolução, além de instruirmos a descida do tronco pedimos também que as pernas subam e apontem para o teto, pois mantê-las com inclinação provocaria sobrecarga na lombar.
No vídeo mostramos uma variação para gestantes em que reduzimos a carga sobre o abdômen e lombar mantendo o apoio dos pés no chão. Uma outra opção seria usar o apoio de uma bola, permitindo assim que se posicione as pernas esticadas, mas com esse auxílio. Como mostra a foto abaixo.
Os apaixonados por acessórios podem usá-los também para desafiar ainda mais o pilateiro. Como mostra a praticante do fundo da foto acima que usa o flex ring entre os tornozelos.
Nem todo aluno chegará na variação avançada por diversos motivos, isso não é um fracasso. No Pilates a vitória está em fazer o seu máximo perfeitamente, com a qualidade que Joseph tanto prezava.
Veja Mais do Hundred.
Por Vanessa Pacheco
Junto com toda a felicidade que vem com a gravidez, podem surgir também alguns desconfortos no aparelho digestivo. Seguem abaixo algumas dicas para ajudar as gestantes a contornarem esses fatores indesejados e curtir mais esse momento tão mágico.
PARA PREVENÇÃO/TRATAMENTO DA ANEMIA:
Junto às grandes refeições (almoço e jantar) incluir a ingestão alimentos ricos em Vitamina C e evitar leite e derivados, aveia e cereais integrais, refrigerantes, mate, chá e café.
PARA NÁUSEAS E VÔMITOS:
Não deitar após as grandes refeições;
Não usar condimentos picantes e alimentos gordurosos;
Em caso de enjôo, ao acordar, ingerir alimentos sólidos (biscoitos/torrada) antes do alimento líquido (leite/suco).
PARA AZIA:
Não deitar após as grandes refeições;
Evitar café, chá, mate, álcool, fumo, doces, frituras, pastelarias, chá de hortelã, chocolate e pimenta.
PARA FLATULÊNCIA/CONSTIPAÇÃO:
Evitar alimentos que causam gases como repolho, couve-flor, brócolis, pepino, nabo, pimentão, batata doce, melão, melancia, goiaba, jaca;
Evitar excesso de massas/batata, maisena, banana, maçã, em caso de “prisão de ventre”.
A utilização de probióticos também é aconselhável a fim de auxiliar na absorção de vitaminas e sais minerais, além de evitar alergias.
Seguindo essas dicas as futuras mamães terão suas barriguinhas 100% felizes. :)
Veja mais em:
Por Hellen e Monique
A Cadeira é um dos muitos aparelhos inventados por Joseph e tem esse nome porque a ideia para sua concepção foi realmente tirada de uma poltrona como mostra o vídeo. Pilates tinha o dom de transformar simples objetos em verdadeiras máquinas capazes de trabalhar todo o corpo.
A Wunda chair é tão versátil quanto o Reformer ou Cadillac, permitindo exercícios com o aluno deitado (em vários decúbitos), sentado ou em pé trabalhando todos os grupos musculares. Nela, ele desenvolveu variações para clássicos de Mat como a Teaser e o Spine Stretch Foward, por exemplo. Por ter pequenos pontos de apoio, proporciona certa instabilidade que ao mesmo tempo dá suporte e treina o equilíbrio do praticante que além de melhorar sua flexibilidade e força, ainda trabalha a coordenação motora e o controle e, assim, o aparelho se torna uma boa opção para desafiar o aluno.
Os alunos gentilmente a apelidaram de "Cadeira Elétrica", isso deveria ser classificado como bullying :), mas apenas retrata a dificuldade de seu repertório, o que às vezes levam-nos a executar os exercícios de forma rápida "para se livrar deles". Esse comportamento é muito comum e deixa o movimento pobre e descontrolado. Não podemos deixar isso acontecer, afinal o nome original do método é Contrologia. Por isso, é importante lembrar ao aluno que ainda estamos no Pilates e tudo deverá ser feito conforme as regras. Quanto aos instrutores é importante evoluir o cliente de maneira segura para que esse aumento do desafio seja usado a nosso favor, servindo para desenvolver novas habilidades capazes de faze-lo melhorar sua performance em todos os outros aparelhos.
A melhor dica para que o aluno mantenha o controle, e a calma, é a mesma dada no Reformer: controle a volta do movimento. Devemos ter atenção na ida e redobrar a atenção na volta do pedal, o que no caso da Wunda Chair significa dizer que o pedal não empurra o aluno, o aluno é que empurra o pedal, mesmo em seu fechamento. Parece loucura, né? Mas faz toda a diferença.
Veja exercícios aqui.
Por Hellen e Monique
O Single Straight Leg Stretch é um clássico de Pilates que junto aos outros quatro abdominais feitos em série (Single Leg Stretch, Double Leg Stretch, Double Straight Leg Stretch e Criss Cross) treina a resistência da musculatura do abdômen. Além disso, desafia a consciência corporal, o controle do centro e a flexibilidade.
Ele vem depois do Double Leg Stretch onde o aluno já se encontra com o tronco enrolado para cima. Para treinar apenas este exercício, peça para o aluno deitar no chão em decúbito dorsal com as pernas esticadas para cima em base Pilates (calcanhares juntos e pontas dos pés separadas em uma leve rotação externa).
O tronco deve enrolar para cima em um abdominal mantendo a base das escápulas no chão. O praticante deverá manter-se assim durante todo o exercício, lembrando que os músculos abdominais que sustentam esta posição.
As mãos devem abraçar uma das pernas na altura do tornozelo e gentilmente puxá-la em direção ao tronco pulsando duas vezes enquanto a outra perna vai em direção as chão até a altura do olhar. As duas pernas se mantem esticadas com a bacia e a lombar estáveis e para isso o Power House deve ser acionado. Oriente o aluno a aumentar a força nesta região a cada expiração. Durante as duas batidinhas com a perna ele deve pensar em melhorar a amplitude do movimento. Após, a troca será feita em um movimento de tesoura. Esta forma é a mais avançada, no entanto devemos fazer ajustes ao nível de cada aluno, principalmente para os iniciantes:
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Permitir a flexão dos joelhos ou a pegada da mão na linha dos joelhos caso o praticante não tenha flexibilidade suficiente..
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Diminuir a amplitude do movimento da tesoura. Se seu cliente estiver fazendo uma hiperlordose na lombar ou desnivelando a bacia, peça para ele descer menos a perna.
No vídeo mostramos uma adaptação que pode ser usada para gestantes. Enquanto a praticante da esquerda faz uma variação intermediária com a perna de baixo descendo até 45 graus, a gestante, à direita, mantem uma perna apoiada no chão com o joelho flexionado diminuindo a carga, o que deixa o exercício mais interessante para essa fase da vida.
Lembrando que as adaptações para grávidas variam de acordo com cada uma e antes de passar qualquer exercício deve ser feita uma anamnese para averiguar o que a futura mamãe poderá fazer.
A variação da praticante que está à direita também pode ser usada para alunos com problemas lombares. Também é necessário avaliá-los para ter certeza que estão aptos ao exercício.
Em todas as variações devemos lembrar que o aluno não deve sustentar o tronco no membro inferior, ou seja, ao pegar a perna ele não pode se pendurar nela para manter o tronco elevado. Portanto, as mãos que puxam a perna e não o contrário.
Por Vanessa Pacheco
A gestação é uma etapa muito especial na vida de uma mulher e a alimentação faz parte dos cuidados indispensáveis para que sua evolução aconteça de forma saudável garantindo todos os nutrientes fundamentais para a futura mamãe e o desenvolvimento do seu bebê. Por isso, é importante saber quais alimentos que podem ou não ser consumidos. Veja a tabela geral do que é permitido, proibido e do que deve ser evitado.
PERMITIDO:
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Aumentar a ingestão de líquidos;
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Aumentar o consumo de verduras e legumes, bem higienizados;
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Fazer pelo menos cinco refeições ao dia;
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Seguir um horário certo para as refeições;
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Mastigar bem os alimentos;
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Procurar ingerir suco de fruta natural;
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Consumir alimentos ricos em cálcio como verduras de cor verde escuro, leite e derivados;
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Aumentar o consumo de fibras;
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Usar temperos naturais com alho, cebola, tomate, salsa, coentro, etc.
EVITAR:
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Excesso de cafeína, coca-cola, guaraná, chá preto e chocolate. Se a gestante já tiver o hábito de consumir ou se for moderado, não há riscos de abortos ou partos prematuros. A recomendação máxima de cafeína é de 225 mg/dia (equivalente a três xícaras de café para quem tem o hábito de consumo). É contra indicada para gestantes que possuem sensibilidade à cafeína e/ou doenças cardiovasculares.
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Queijos cremosos como: brie, camembert e roquefort;
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Frituras e alimentos gordurosos embutidos em geral e carne de porco. Além disso, utilizar o mínimo de óleo na preparação dos alimentos;
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Excesso de açúcar e doces em geral;
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O ideal é não utilizar adoçante, no entanto, caso seja recomendado, as melhores opções de adoçantes para gestantes são sucralose e stévia, que só devem ser usados de forma moderada e com orientação nutricional.
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Excesso de sal adicionado na preparação das refeições e consumo de alimentos muito salgados;
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Deitar-se logo após as refeições.
PROIBIDO:
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Fumar, ingerir álcool ou qualquer tipo de droga;
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Tomar ou fazer uso tópico de qualquer medicamento sem prescrição médica.
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Ovos e carnes (tanto branca quanto vermelha) crus;
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Comer legumes e verduras crus em lugares em que você não tenha certeza sobre a higienização dos produtos.
A alimentação adequada garante boa saúde à mãe e ao bebê, ajudando a prevenir problemas como hipertensão, edema e diabetes gestacional, por exemplo. Algumas dicas nutricionais podem ser dadas para as futuras mamães, mas lembrando que o cálculo do consumo de ganho de peso até o parto e das quantidades nutricionais é única para cada pessoa, devendo ser orientada pelo profissional de saúde.
ALGUNS NUTRIENTES IMPORTANTES NA GESTAÇÃO
*Adaptada de uma publicação do American College of Obstetrics and Ginecology e Nutrição Funcional na Gestação
Proteínas – Principais constituintes para a fabricação das células do bebê. Ajudam a produção do sangue adicional necessário e são fontes extras do armazenamento de energia para o parto – Carne, peixes, ovos, feijões.
Carboidratos – Proporcionam energia para a mãe e para o bebê – Pão, cereais, arroz, batatas, massas.
Gorduras – Fornecem energia durante o crescimento. Devem constituir 25% a 30% da dieta – Carnes, laticínios, nozes, óleos vegetais.
Vitamina A – Responsável pela saúde da pele e da visão e auxilia o crescimento dos ossos – Cenoura, vegetais verde, batata doce.
Vitamina B6 – Ajuda na formação de glóbulos vermelhos e na utilização de proteínas, gorduras e carboidratos.
Vitamina B12 – Importante para o sistema nervoso e necessária para a formação de glóbulos vermelhos – Carne, Peixe, Aves, leite.
Vitamina C – Melhora a absorção de ferro e possui ação antioxidante – Frutas e verduras.
Vitamina D – Atua na remodelação óssea e no transporte placentário de cálcio – Leites, ovos, alguns cereais.
Cálcio – Essencial para o desenvolvimento do esqueleto do bebê e para o período da amamentação – Leite e derivados, verduras de cor verde escuro, ervilhas secas, feijões, peixes.
Magnésio – Diminui o risco de pré- eclampsia – Castanhas, soja, leite, peixes, verduras, cereais integrais.
Ferro – Maior necessidade deste mineral pelo aumento do fluxo sanguíneo – Carnes vermelhas, peixes, gema de ovo, cereais e feijões.
Selênio – Possui ação antioxidante protegendo a membrana celular e diminui o risco de contaminação por cadmio e mercúrio – Carnes, peixes, castanha do Pará, cereais integrais.
Ácido Fólico – Auxilia no crescimento celular adequado e desenvolvimento do embrião. Essencial na formação dos tecidos. Estimula a formação dos ácidos digestivos – Vegetais de folhas de cor verde escuro, legumes, frutas cítricas e pão integral.
Ômega 3 – Promove maior resistência às infecções e desenvolvimento fetal adequado – Peixes de água fria, azeite extra virgem, semente de linhaça.
Segundo estudos científicos publicados recentemente, a utilização de ômega 3 na gestação auxilia no aumento da capacidade cognitiva e sensorial do bebê, reduz o número de partos prematuros espontâneos e diminui os riscos de alergias infantis. No entanto, sempre é melhor consultar um médico antes de iniciar qualquer suplementação. Outra dica é somente utilizar peixes pequenos como a sardinha, pois a possibilidade de os peixes grandes estarem contaminados com mercúrio (um metal tóxico) é maior.
Lembre-se que o acompanhamento dos profissionais de saúde é de extrema importância tanto para a sua saúde quanto para a do seu bebê.
Veja mais em:
Por Hellen e Monique
Algumas combinações deixam o que já era bom melhor ainda. Goiabada com queijo, cinema com pipoca, fim de semana com sol... E o que dizer dos Aparelhos de Pilates com Acessórios? Usar a criatividade é um dos pontos fortes do Pilates Contemporâneo e os nossos alunos sempre querem novidades. Desafiar os pilateiros a cada aula sem perder os princípios não é tarefa fácil.
Malabarismos, cambalhotas e movimentos sem uma finalidade não fazem sentido para um profissional que estuda e se dedica para ser um instrutor de Pilates, não é?
Pensando nisso, montamos com todo o carinho o Workshop Combinando Acessórios com Aparelhos, onde serão feitas progressões da forma mais básica até a avançada, onde o foco é não só passar o repertório de exercícios como também a melhor forma de execução mostrando a diferença entre apenas fazer um movimento e fazer como o método exige.
Data: 09/05 - De 10h às 12h
Local: Barra da Tijuca - Rio de Janeiro
Mais informações: fluirespaco@gmail.com
Por Hellen e Monique
O Pilates conta com vários exercícios em decúbito lateral que podem ser feitos no Cadillac ou Wall Unit. Neles podemos fortalecer os glúteos, posteriores de coxa ou adutores dependendo da posição da mola e do tipo de movimento realizado pelos membros inferiores.
No vídeo de hoje o foco é o fortalecimento dos adutores de coxa e a manutenção da estabilidade pélvica.
O praticante permanece deitado de lado na beirada de trás do aparelho, mantendo desde a cabeça até o quadril na mesma linha e as pernas inclinadas um pouco a frente, com os joelhos sempre esticados. A barra de molas é fixada numa posição alta para que a resistência se dê no sentido da descida. Quando o aluno realiza esse movimento, peça para que imagine que o pé de cima está sendo puxado para longe, pois a pressão da mola tende a provocar uma inclinação lateral da pelve, reduzindo o espaço entre as costelas e o quadril de cima, além de haver a tendência da anteversão, que também deve ser neutralizada. Sempre que a perna de cima encontra a de baixo,o praticante deve promover uma pressão entre elas, aumentando ainda mais a contração dos adutores. Quando o membro de baixo sobe, é comum o braço e o pescoço tensionarem, mas a força deve ser concentrada apenas no Power House e nas pernas. O retorno do movimento deve ser controlado e limitado ao ponto que não ocorra inclinação nem rotação.
No caso das gestantes, especialmente a partir do segundo trimestre da gestação, é interessante usar esse repertório, pois o ideal é variar os decúbitos para evitar desconfortos e a Síndrome Hipotensiva Supina.
Os exercícios em que o pilateiro está deitado dão aquela falsa impressão de que tudo será mais fácil, mas em decúbito lateral a instabilidade é maior porque a superfície de contato é menor, por isso, tanto o instrutor quanto o aluno, devem ficar atentos às traiçoeiras compensações que podem aparecer a qualquer momento e em qualquer situação.
Por Hellen e Monique
O complexo do punho não é uma articulação única. É composto pelas articulações intercárpicas e radiocárpica. Funcionalmente os oito ossos do carpo estão dispostos e movem-se como duas fileiras, uma proximal e outra distal. O Rádio articula-se com o Escafóide e Semilunar, enquanto que a Ulna faz o mesmo com o Piramidal, porém a comunicação se dá através de um disco articular entre eles.
Os movimentos realizados são a flexão, extensão, adução (ou desvio ulnar) e abdução (ou desvio radial). Quando combinados à pronação e supinação da articulação radioulnar, a mão consegue uma movimentação triaxial, dando-lhe grande mobilidade.
É muito comum a queixa de incômodos na região dos punhos em exercícios de descarga de peso nos membros superiores como os Originais Leg Pull (Back e Front) e Push-Ups da série de MAT, por exemplo. Por isso separamos algumas dicas que podem ajudar a aliviar esse desconforto:
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Existe um espaço maior entre os ossos na parte ulnar no punho (a borda do dedo mínimo), ou seja, entre o Piramidal e Pisiforme e a Ulna (o processo estilóide radial estende-se mais longe distalmente do que o processo estilóide ulnar), fazendo com que a compressão das estruturas se torne menor e o apoio nesta região mais confortável. Essa diferença de espaço pode ser verificada também ao realizar-se os desvios radial (com amplitude de apenas 7 graus) e ulnar (30 graus). Além de melhorar o conforto, levar o peso levemente para a borda lateral da mão ajuda a acionar os estabilizadores da cintura escapular e a encaixar os ombros.
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Manter as mãos sempre empurrando o chão ajuda na conexão dos músculos de suporte aliviando assim a descarga de peso.
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Utilizar apoios levemente macios.
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Não permitir a hipextensão do cotovelo, pois causa sobrecarga tanto nesta articulação quanto nos punhos. O ideal é mantê-lo destravado, isto é, esticado mas com um pequeno grau de flexão.
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Podemos adicionar um calço nos “calcanhares” das mãos elevando-os, o que aumenta o ângulo da articulação e faz com que o peso não fique todo nesta região gerando alívio. Como mostra a figura acima.
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Em exercícios nos aparelhos temos que tomar cuidado para que o ângulo dos punhos não fique demasiadamente fechado, posicionando corretamente as mãos do aluno.
Se mesmo tomando essas medidas o incômodo continuar, o instrutor deve mudar a estratégia. O bem estar do aluno deve estar em primeiro lugar. As dores articulares durante a execução dos exercícios são sinal de que algo está errado, podendo ser a carga excessiva, algum posicionamento errado do praticante, há ainda a possibilidade de ele ainda não estar preparado para tal movimento ou a existência de alguma lesão o impedir de realizar certas funções.
Costumamos dizer que Pilates causa dor sim, mas nos lugares certos.
Por Hellen e Monique
A melhora do equilíbrio é um dos benefícios da prática do Pilates. Isso pode ser explicado por alguns fatores:
O método possui grande foco no centro de força visando o trabalho da musculatura profunda do tronco, responsável pela estabilização das estruturas da coluna vertebral. Esses músculos entram em ação instantes antes dos grupos musculares maiores, que geram os movimentos propriamente ditos. Os estabilizadores tem a função de manter articulações em posicionamento ideal para receber a carga e também para evitar movimentos compensatórios.
Para melhorar a postura procuramos fortalecer certos músculos que se encontram fracos e alongar os que estão encurtados. Com isso, alcançamos um melhor alinhamento corporal e consequentemente melhoramos o equilíbrio.
Deve-se ficar atento às restrições como gestantes e idosos, por exemplo. Nós contra-indicamos exercícios perigosos para grávidas pelo fato de uma queda ser de alto risco para o bebe e em idosos precisa-se ter o dobro de cuidado porque um tombo pode significar fratura.
Também é preciso prestar atenção aos cuidados com o aluno que está sendo desafiado para que ele tenha total segurança em sua prática, por isso é importante se assegurar de que pontos de apoio sejam colocados a disposição do praticante para acessorá-lo em caso de desequilíbrios e que o instrutor esteja sempre próximo e orientando.
Desequilibrar é uma maneira de treinar o equilíbrio, por isso praticar exercícios com bases instáveis são eficientes para ganhos nesse quesito. Portanto, não caia em uma roubada, venha para o Pilates!
Veja mais sobre o tema:
Por Hellen e Monique
No exercício de hoje a Overball exerce dois papéis: criar instabilidade e limitar a amplitude de movimento, tudo para dar mais trabalho para o Power House.
A bola deve ficar posicionada na linha do ângulo inferior da escápula, ou numa linguagem do dia-a-dia, na altura do fecho do sutiã :). Se ela ficar mais alta que isso, limitará demais a descida do tronco e se ficar mais baixa, causará mais instabilidade e dificultará o alinhamento da lombar.
Caso o aluno nunca tenha feito esse exercício, é indicado que ele comece pela variação mais simples, com os dois pés apoiados no chão para testar seu equilíbrio e encontrar a posição ideal da bola. Assim que ele dominar o exercício poderá evoluir para outras posições como manter um pé no chão e movimentar a outra perna, manter as duas pernas fora do apoio paradas a 90 graus, dobrar e esticar as pernas e assim vai. Ao realizar movimentos com os membros inferiores devemos nos certificar de que o aluno manterá a lombar estável, isto é, não aumentará a lordose durante a extensão da coxo-femoral e nem fará uma cifose na flexão dela.
É preciso tomar cuidado com o alinhamento da cabeça e pescoço na descida do tronco, que deve ser feita até o ponto em que se mantenha a distância entre o queixo e o peito, sem que haja uma extensão da cervical, o que causaria uma sobrecarga na região. Portanto o ideal é voltar a cabeça só até olhar para o teto. Ao limitar essa descida o abdômen é obrigado a trabalhar em tempo integral. Portanto o pilateiro deve ter o centro de força preparado para que não sobrecarregue a lombar.
No vídeo mostramos uma variação mais avançada para alunos sem restrições e outra para gestantes já com certo grau de treinamento ou alunos com pequenas restrições. Manter o apoio de uma das pernas no chão diminui a carga.
Essa bolinha parece até brinquedo de criança, mas na verdade é fonte de diversão para os instrutores de Pilates!
Por Angélica Prazeres
Sentimento é uma coisa interessante... Na verdade, nós somos uma "coisinha" interessante...
Quantas vezes já ouvimos as pessoas se queixando que são ou estão ansiosas? A coitada da ansiedade virou um monstro de 7 cabeças, a razão de todos os problemas, a vilã da história. Mas no fundo, o que a gente ignora no dia a dia é que ela, muitas vezes, é boa e essencial para todos nós.
Peraí, ansiedade é boa? Sim, até que pode ser.
O problema mesmo é que somos uns neuróticos ao acharmos que não devemos sentir nada de desconfortável, que nossos filhos ou os que amamos não podem sofrer em hipótese alguma e que sofrimento é algo terrível que deve ser evitado a todo custo. Aí, realmente, fica difícil.
Primeira coisa a se dizer é: Ansiedade é uma sensação de luta e fuga do nosso corpo. O que, traduz isso?!
Se você não sentisse absolutamente nenhuma ansiedade, você certamente estaria morto. Isso porque sua função no nosso organismo é nos proteger. Seria assim uma sinalização interna que nos avisa dos perigos amarelos (bom ficar atento), vermelhos (opa, é para fugir ou lutar!) e dos verdes (pode relaxar que foi alarme falso!).
Moral da história, melhor reformular suas preces ao pedir que você nunca mais sinta ansiedade em sua vida. ;)
Segunda coisa a se dizer: Muito fácil falar, mas e toda aquela interpretação catastrófica do mundo que fazemos como estamos ansiosos? Onde entra nessa história?
Ih, gente a explicação é longa... Mas vou resumir aqui bem resumidinho.
(Vou postar logo logo um texto mais detalhado falando sobre isso)
Se seu cérebro (lê-se você) interpretou algo como ameaçador ou perigoso, ele vai mandar umas mensagens para que algo seja feito, logo, prá ontem!
Aí a gente cai de novo naquela velha história de como é importante nos conhecermos bem e desenvolvermos nossa auto-estima. (E as pessoas ainda perguntam porque terapia é tão repetitivo, sempre o mesmo blá blá blá...mas tem outro jeito?!)
A verdade é que nos desenvolvermos tem tudo a ver com o jeito que vamos interpretar a vida, as outras pessoas e os nossos próprios sentimentos. Em outras palavras mais complicadas, tem tudo a ver com as mensagens que seu cérebro vai mandar para o tal Sistema Nervoso.
Se mais uma vez, a gente pisar na bola e continuar olhando (quase) tudo como uma coisa enorme, mais uma vez vamos ficar estressados, ansiosos e possivelmente paralisados.... Afinal, é tanta energia que o corpo gasta com tudo isso, que fica difícil reformular tudo e ainda ter motivação para mudar alguma coisa.
Então tá né? O jeito vai ser a gente parar de odiar tanto a ansiedade e ficar mais pertinho dela para começar a conhecer o inimigo de perto, bem de pertinho...
Por Hellen e Monique
O que começou como uma luta por melhores condições de trabalho (para todos) no início do século passado se transformou em uma data que simboliza a luta por igualdade e respeito, por isso vamos fazer com que nossas atitudes nos guiem para um mundo igualitário.
Queremos ser valorizadas, no entanto, esquecemos o nosso valor. Primeiramente devemos achá-lo dentro de nós. Somos que nem polvo, temos alcances numerosos e conseguimos abraçar diversas causas e resolver muitas coisas ao mesmo tempo, por isso, mulheres, valorizem-se. Sim, você é demais, não deixe ninguém te fazer pensar o contrário.
Todos os dias são nossos sim, mas hoje é dia de comemorar! Parabéns à todas nós que temos força para vencer múltiplas jornadas de trabalho e ainda somos consideradas o sexo frágil. Imagina se não fôssemos?
Quando dizem que Pilates é coisa de mulher, logo pensamos: pode até ser, porque tanto no Pilates como na vida, não é qualquer homem que aguenta o tranco!
Feliz Dia.
Por Hellen e Monique
Um desavisado pode olhar para o Ladder Barrel e não conseguir enxergar todo o seu potencial.
Essa composição de uma porção arredondada com uma escada foi muito bem utilizada por Joseph, que em sua série clássica criou exercícios de mobilização de coluna e ainda de alongamento e fortalecimento para todas as partes do corpo. Além disso, os adeptos ao Pilates Contemporâneo não param de criar novidades.
Os movimentos podem ser extremamente desafiadores, já que a superfície do equipamento não oferece grande sustentação ao corpo exigindo um bom controle do pilateiro que pode ficar em diversas posições como em pé, sentado, deitado de barriga para cima ou para baixo, de lado no arco e até de cabeça para baixo.
Não o subestime: estude, treine, teste, invente, mas sem esquecer os fundamentos da técnica e do seu objetivo, e você verá que o Barril do Pilates pode sim ter muita graça, muito mais que um barril de chopp!
Por Davor Pitrez
Olá Pessoal, Hoje vou abordar o tema alimentação antes e após o treino, mas gostaria de deixar claro que as dicas e os parâmetros sobre essas refeições específicas encontram-se aqui generalizados e podem ser seguidos pela maioria das pessoas. Entretanto, é óbvio que devemos individualizar algumas exceções.
ALIMENTAÇÃO ANTES DO TREINO:
Seja ele de força ou resistência é necessário consumir carboidratos observando alguns detalhes. Aqui deve-se ingerir carboidrato de BAIXO ÍNDICE GLICÊMICO (IG) como cereais integrais ou leguminosas (ex.: batata doce ou aipim, cozidos obviamente). Outra alternativa é o pão integral.
O intuito de consumir carboidrato de BAIXO IG é evitar flutuações nos níveis de insulina e o que chamamos de hiperglicemia pós-prandial (que pode causar sonolência durante o treinamento). Exemplo: caso a refeição seja uma banana podemos diminuir o IG da mesma com adição de aveia em flocos finos. Se você optar pelo pão integral pode adicionar uma gordura boa (monoinsaturada), como pasta de amendoim sem adição de açúcar, pois os lipídeos também possuem a função de diminuir o processo digestivo dos carboidratos.
Quando falamos em proteína e pré-treino significa que o nosso corpo precisa de uma proteína de fácil absorção e digestão. Aqui recomendo o suplemento whey protein ou algum iogurte zero (de preferência sem lactose). Ressalto que uma proteína sólida leva de 2 a 4 horas para ser completamente digerida e, se utilizada antes do treino, pode causar desconforto e queda de performance durante o mesmo.
ALIMENTAÇÃO APÓS O TREINO:
Esse momento é um dos mais importantes quando falamos de nutrição esportiva, e é considerado o Santo Graal para quem deseja aumentar a massa muscular ou melhorar e aumentar a velocidade de recuperação muscular devido ao desgaste causado pelo treinamento.
Farei uma abordagem geral, pois diversos fatores devem ser levados em consideração, como peso, objetivo e utilização de recursos ergogênicos, já que estes fazem diferença na hora de porcionar e escolher os alimentos corretos para o sucesso do atleta/cliente em seu rendimento esportivo.
A principal diferença desta para a refeição antes do treino é que aqui devemos optar inicialmente por carboidratos de ALTO ÍNDICE GLICÊMICO, pois o corpo está debilitado em glicose e reservas de glicogênio tanto hepático como muscular.
A intenção do carboidrato de ALTO IG é suprir a demanda de glicose para reestabelecer as suas reservas. Assim, podemos utilizar uvas-passa, banana, arroz branco, dextrose, uvas in natura, etc. E, para a recuperação e aumento de massa muscular, devemos optar por uma proteína de alto valor biológico. Aqui não é obrigatório utilizar suplementos, mas a proteína deve ser completa, com todos os principais aminoácidos que o corpo necessita para sua recuperação. Sugiro claras de ovos, peito de frango, patinho bovino ou, no caso de vegetarianos estritos, a proteína da soja ou tofu.
A utilização de suplementos alimentares nessas duas refeições somente é necessária quando há acompanhamento nutricional adequado e existir realmente uma necessidade específica.
Até o próximo post e bons treinos!
Por Hellen e Monique
Consiste em uma condição degenerativa que atinge um grupo de tendões que trabalham na extensão do punho e dedos. Eles se fixam em um ponto comum chamado Epicôndilo Lateral, uma proeminência óssea localizada na parte lateral do cotovelo. É chamada também de Cotovelo de Tenista, mas na grande maioria dos casos acomete não esportistas e é mais comum na quarta e quinta décadas de vida.
A sua causa é a sobrecarga da musculatura citada que pode acontecer nos gestos esportivos, movimentos repetitivos em atividades manuais, posicionamento errado na musculação (ou até no Pilates) e também no computador (quando o antebraço permanece apoiado sobre a mesa e o punho se dobra para cima para manusear o mouse e o teclado).
A queixa principal do paciente é a dor, geralmente localizada no cotovelo mas que pode se irradiar pelo antebraço. Apesar da localização do sintoma, não há acometimento na articulação do cotovelo já que a origem do problema se encontra no punho.
O tratamento baseia-se em corrigir a causa, o que por si só já será capaz de reduzir o quadro álgico. O uso do gelo, Ultrassom e faixa tensora auxiliam, porém sozinhos não resolvem o problema.
Agora entrando no mundo do Pilates, a conduta do instrutor será fazer uso de alças ajustáveis de punho (aquelas com velcro) em vez das alças de mão tradicionais. Isso evitará qualquer esforço sobre a área acometida. Exercícios em que o punho sustente o peso do corpo estão proibidos nessa fase. E acima de tudo, o feedback do praticante precisa ser levado em conta. Em caso de dor ou desconforto mesmo tomando essas medidas, o melhor caminho é mudar a estratégia.
É importante também orientarmos quanto à postura correta ao computador e outras atividades que possam provocar lesões, indicar pausas periódicas e alongamentos para prevenir a sobrecarga das estruturas. Além disso, pilatear melhora a conscicência corporal, fazendo com que haja maior atenção à organização do corpo e reduzindo a chance de novas lesões.
Uma dor de cotovelo (de qualquer gênero) não é motivo para se afastar do Pilates, ok? ;)
Por Hellen e Monique
Nós, instrutores, ficamos muito preocupados em sair da rotina e movimentar as aulas com novas variações e às vezes até invenções. Com isso, corremos o risco de deixarmos o principal de lado que é estudar Contrologia.
Nunca esqueça de buscar o Original. Pilates fez uma grande série de exercícios cheios de regras fundamentais e fazia os alunos repetirem sempre os mesmos até terem condição de evoluir. Nós temos o dever de estudar e repetí-los para que possamos sentir a evolução e os erros comuns em nosso próprio corpo e dominar o posicionamento de cada um deles que Joseph desenvolveu durante anos, para assim podermos orientar com precisão nossos alunos.
Há quem pense que uma aula de Original é sempre igual, mas se você for um praticante sério, perspicaz e cuidadoso verá que cada vez que executamos aquele mesmo velho exercício ele se torna um novo, porque nosso corpo, mais treinado, forte e flexível, começa a evoluir e temos uma sensação diferente a cada repetição. Um exemplo é o Footwork da série básica para iniciantes. É muito comum ouvir o aluno reclamar somente de dores nos quadríceps quando o real alvo do exercício é o power house.
Aos poucos ele começa a dominar seu centro de força e passar a sentir, além do abdômen, os glúteos e adutores. Se você não fez o curso de Original, compre livros, recicle, estude, tudo vai fazer ainda mais sentido e você vai se apaixonar ainda mais.
Veja mais sobre Pilates Original aqui.
Por Hellen e Monique
Gravidez não é doença, é verdade. Mas é uma fase que inspira muitos cuidados. Não existe consenso de tudo que pode e do que não pode. Mas vale a pena arriscar?
No mundo do Pilates, por exemplo, vemos muitas fotos de grávidas fazendo exercícios avançados. Sempre nos perguntamos: por que? Para que? É claro que muitas passam a gravidez toda fazendo mil estripulias e o bebê vem cheio de saúde, mas e se isso não acontecer?
Nós instrutores de Pilates queremos estimular nossos alunos com aulas criativas e exercícios desafiadores, porém temos sempre que ter em mente o objetivo e ponderar se o risco vale a pena. Qualquer pessoa que realiza um exercício aéreo ou que trabalhe o equilíbrio tem uma chance de sofrer uma queda. No caso da gestante essa probabilidade é maior, já que o seu corpo está sofrendo várias alterações. E um acidente pode significar colocar o bebê em risco. Pilates é um método tão rico e diversificado, podemos facilmente achar outras maneiras de trabalhar com segurança.
Temos a obrigação de saber fazer as adaptações necessárias. Isso não significa tornar a aula monótona e restrita, significa fazer movimentos com mais cuidado, evitando sobrecarga sobre o abdômen e coluna, respeitar as novidades no corpo e seu funcionamento.
Existem alguns parâmetros a serem seguidos, mas não há receita de bolo: exercício "x" pode depois de tantas semanas, exercício "y" não pode a partir de tantos meses. Entram em jogo muitos fatores: a indicação do médico, o fato da grávida já ser ou não praticante do método e principalmente o feedback dela durante e depois de cada aula.
Tendo em mente que nosso papel é prezar pela saúde e bem estar do aluno, ao montar as aulas precisamos ter um objetivo claro e ter certeza de que cada exercício será benéfico a ele. Com a gestante, esse cuidado no mínimo deve redobrar. Sempre temos que nos perguntar o porquê de cada coisa e se realmente a aluna terá benefícios com isso. Ela precisa mesmo fazer exercícios aéreos? Se equilibrar em cima de uma bola ou BOSU? Fazer cambalhotas? Ficar em pé em cima dos aparelhos? Realizar exercícios de grande amplitude de extensão de coluna? Para nós a resposta é não.
No vídeo, a gestante está fazendo um abdominal com o pé no chão para não adicionar uma carga extra ao movimento e também trocamos o Magic Circle pela Overball porque esta oferece uma resistência bem menor, ou seja, ela faz o exercício com o objetivo de se manter forte e não ter dores (como na lombar, por exemplo) com a evolução da gestação. Já um praticante sem restrições pode manter os membros inferiores sem apoio, porém numa altura em que o abdômen consiga manter a lombar alinhada. Em ambos os casos os ombros devem estar estabilizados, evitando as compensações em elevação ou protrusão. E quanto mais força o aluno fizer no braço, mais deve acionar o Power House.
A futura mamãe precisa preparar os músculos e articulações para todas as mudanças que estão por vir de maneira sensata e segura, com exercícios de intensidade leve a moderada apenas. Quem gosta de malabarismos e super desafios terá o resto da vida para se aventurar. Durante esses nove meses a melhor coisa é ter calma e deixar para o bebê o papel de chutar e dar cambalhotas dentro da barriga.
Veja mais sobre Gestantes aqui.
Por Hellen Morita
Já sabemos que Pilates é um método que pode se adequar a todos os tipos de praticantes e nos estúdios podemos encontrar turmas bem heterogêneas. Mas algumas situações podem ser um pouco mais desafiadoras para nós instrutores. Queremos compartilhar algumas experiências que tivemos em nossa prática profissional com essas pessoas tão especiais que aparecem para que possamos ensinar sobre Pilates e temos em troca ensinamentos muito valiosos sobre a vida.
Tive o prazer de dar aula para uma aluna idosa que nasceu com a visão normal, mas por conta de uma infecção por Toxoplasmose já na vida adulta perdeu completamente a visão de um olho e depois de alguns anos, a do outro também. Quando você recebe a notícia de que dará aula para uma pessoa com essa limitação, você se questiona se é boa o suficiente para cumprir a sua missão e bate uma insegurança por ser uma aluna que não havia pensado antes em ter. Ainda mais em uma aula em grupo.
Logo em sua aula experimental ela me surpreendeu: o alto astral toma conta do ambiente. Entrou no estúdio uma pessoa extremamente independente, que de cara mediu todo o espaço contando o número de passos que devem ser dados até cada porta, até cada aparelho, já que ela não quer ser ajudada sem necessidade. Ela cozinha, acompanha novelas, vai ao cinema, teatro (de vez em quando o filho relata algum detalhe), caminha na esteira ergométrica, está sempre com o cabelo arrumado e o rosto maquiado por ela própria.
Surpreendentemente as suas aulas eram muito parecidas com as de pessoas da sua faixa etária, com a diferença de que eu tinha que me policiar para explicar os movimentos com mais detalhes, já que não poderia demonstrá-los. Eu evitava trocá-la muito de equipamentos, utilizando geralmente dois por aula, sempre explicando para qual aparelho ela iria e lembrando de como era cada um. Na Cadeira ela fazia muito bem o Footwork em pé inclusive, mas sempre usando o apoio das mãos nas alças para prevenir um eventual desequilíbrio. E é claro que enquanto ela estava em pé, eu permanecia ao lado dela, o que só era possível quando os seus colegas de turma faltavam.
Nem preciso dizer que sua consciência corporal é invejável, né? Todo comando era prontamente assimilado. Algumas vezes temos dificuldade em fazer os alunos entenderem certos comandos difíceis do Pilates, como fechar as costelas ou evitar algum movimento compensatório no exercício. Porém, para ela era necessário falar uma única vez e por isso a sua aula fluía muito bem.
O que de início parecia um desafio, se tornou um prazer. Cumprir bem o nosso trabalho e ter o reconhecimento dos clientes é a nossa maior recompensa.
Por Hellen e Monique
The Scissor é um exercício avançado porque requer controle de muitas partes do corpo ao mesmo tempo para que seja bem feito e, assim, alcance seus objetivos que são: desafiar o power house e trabalhar principalmente a flexibilidade dos flexores de quadril.
Além disso, requer muita habilidade do praticante para manter a estabilidade da cintura escapular e bacia. Por isso existe todo um repertório de exercícios anteriores a este. Não pule etapas, nem precipite seu aluno.
Independente de suas habilidades, se não se sentir confortável na posição ou tiver problemas cervicais, talvez não valha a pena insistir.
Caso esteja preparado siga em frente pensando que o mais importante é descer a perna de trás tentando levá-la para longe e abrindo a coxofemoral. A perna da frente ajuda a equilibrar e aproveita para alongar a musculatura posterior da coxa.
Sempre que necessário ajuste os ombros e lembre-se que o peso fica nas escápulas e não na cervical. Só deve-se chegar a amplitude que não perturbe a pelve e a lombar, por isso comece pequeno e vá ganhando a abertura aos poucos.
Pilates não é quantidade, mas qualidade, por isso, busque o movimento perfeito.
Por Hellen e Monique
The Scissors é um exercício avançado de solo da série Original de Pilates. Trabalha e exige muita estabilidade pélvica e escapular, flexibilidade dos flexores de quadril e concentração para que a movimentação aconteça sob o controle do power house. O objetivo é mexer apenas as pernas mantendo o tronco e bacia firmes e parados.
Comece deitado de barriga para cima, deixe os seus braços apoiados no chão e sinta seu peso no apoio das escápulas e ombros. Desta forma você começa a sentir a abertura do peito e a estabilidade da cintura escapular.
Leve os joelhos ao peito e suba a bacia enrolando a coluna parando na linha dos ombros.
Dobre os cotovelos, mantendo-os no chão abaixo da bacia e apoie a pélvis com as mãos.
Estique as pernas unidas para o teto fazendo a vela. Nesta posição, mantendo o apoio das mãos, a região lombar não está em flexão, e sim neutra, ou seja, com a pequena lordose fisiológica. Isto provoca uma maior instabilidade e é o que faz o exercício ser avançado e, portanto, você precisará de muita atenção para manter o power house sempre acionado.
Verifique se o seu peso continua na linha dos ombros, se o peito está aberto e se os braços estão firmes no chão dando o suporte ao corpo.
Faça o movimento da tesoura com as pernas. O grande erro deste movimento é levar a perna da frente em uma grande amplitude e não levar a outra perna para trás. O foco deste exercício é a abertura da coxofemoral, portanto leve uma perna para trás o máximo possível sem estender a lombar e a outra vai à frente somente na amplitude que não provoque compensações. Realize o movimento sem dobrar os joelhos, mesmo que para isso a amplitude seja pequena e aos poucos vá avançando.
Faça duas batidinhas com as pernas antes de troca-las e ao inverter a posição mantenha a bacia completamente estável, somente os membros inferiores devem mexer.
Legal é trabalhar a tesoura seguindo todos os princípios, sem cortar o barato de Joseph.
Por Davor Pitrez
Hoje irei falar um pouco sobre o leite e seu macronutriente mais alergênico, a LACTOSE.
Em primeiro lugar, devemos entender o que é a lactose. Ela é o AÇÚCAR do leite, a união dos monossacarídeos (açúcares simples) glicose e a galactose, que resulta em um dissacarídeo que chamamos de lactose. Está presente em todas as versões, seja integral, semidesnatado ou desnatado, e é encontrada em leites (de vaca, de cabra, de humanos ou de outra origem animal).
A questão é: a lactose deve ou não ser consumida?
Vou explicar, resumidamente, os aspectos que envolvem a digestão desse açúcar em nosso organismo. Como qualquer tipo de composto, sejam macro ou micronutrientes, regulação de hormônios, precisamos de ENZIMAS, que são responsáveis por catalisar (quebrar estruturas que precisam ser absorvidas em sua forma mais simples). No caso da lactose existe uma enzima, a LACTASE, responsável por este papel e fica localizada na nossa flora intestinal pronta para a quebra do açúcar do leite.
Ao pensarmos em leite lembramos do começo de nossas vidas, quando éramos bebês e precisávamos do leite materno para desenvolver nosso sistema imunológico e criar anticorpos posteriormente ao longo da vida. Pois bem, quando somos bebês possuímos nossa flora intestinal rica em enzimas lactase, que degradam com facilidade a lactose. Porém, com o passar dos anos vamos perdendo essa grande quantidade de enzimas e isso faz com que não percebamos que pequenas reações podem ou não ser causadas pelo excesso da lactose em nosso organismo.
É preciso observar que somos os ÚNICOS mamíferos que consomem leite ao longo de toda a vida. Não vemos, na natureza, animais adultos bebendo leite em suas mães e o leite não faz parte da dieta desses mamíferos.
Assim, podem ocorrer pequenas reações alérgicas, as vezes não percebidas, como: aumento da espessura do tecido epitelial, oleosidade no rosto, acne, diminuição da capacidade do sistema imunológico, fadiga e problemas digestivos crônicos entre outros.
Outro fator que devemos ter ciência é que, em geral, consumimos leite de vaca. Ocorre que a cadeia de aminoácidos desse leite foi feita para vitelos (bezerros, novilhos) em fase de crescimento. A nossa estrutura de DNA celular possui outro código muitas vezes não aceito por esse tipo de leite (nesse caso falamos de ALERGIA À PROTEÍNA do leite).
É possível observar que não apenas pela lactose, mas em âmbito geral, o leite produz alto nível de intolerância em muitos casos. Além disso, os leites pasteurizados costumam utilizar misturas para aumentar o rendimento industrial e, por consequência, ocorre diminuição do valor nutricional.
Outra curiosidade é que indivíduos afrodescendentes costumam ter maior intolerância à lactose que os caucasianos. Há uma explicação histórica para tal fato: isto se deve ao pequeno consumo de leite e derivados lácteos entre os antecedentes africanos quando comparados aos europeus, que durante longo tempo tiveram alto consumo de leite e criaram uma flora intestinal mais rica na enzima lactase.
Nos dias atuais existem diversas opções que incluem os benefícios do leite (como cálcio e proteínas) e que já contém a enzima lactase no próprio produto. São os denominados LACFREE ou sem lactose.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: o único problema dos LACFREE é que NÃO PODEM SER AQUECIDOS DURANTE LONGO PERÍODO, pois o calor degrada a enzima lactase. Assim, seu uso culinário deve ser evitado a não ser em uma preparação fria.
Em minhas dietas não costumo elaborar cardápios que contenham leite em sua forma pura, apenas em casos isolados. Não condeno o leite, mas como nutricionista esportivo desencorajo o uso do leite diariamente.
Por Hellen e Monique
Como fazer para apresentar um método tão complexo ao candidato a aluno de Pilates?
Há quem diga que a aula deve ser pesada para impressionar o cliente, mostrar que não se trata de exercício de "mulherzinha", nem só de alongamento com bola e que os músculos devem sair tremendo a qualquer custo para mostrar o quanto pode ser eficaz. Outros defendem que deve-se passar a teoria e fazer movimentos simples para que não haja risco de lesão.
Não existe receita de bolo e nem padrão de praticantes. Cada profissional tem a sua opinião de acordo com os seus conhecimentos e com a sua experiência. O que queremos hoje é compartilhar a nossa conduta, sem pretensões de dizer que é a melhor maneira. Estamos simplesmente dividindo o que está dentro da nossa filosofia de trabalho.
Logo de cara damos uma breve explicação sobre o que esperar do Pilates, dizendo por exemplo que trabalha fortalecimento, postura e alongamento. Tem muitos detalhes, portanto exige concentração. Os movimentos são lentos e são coordenados com uma respiração específica, que trabalha a musculatura profunda do abdômen responsável pela estabilização da coluna.
Pedimos para o aluno deitar, orientamos quanto ao posicionamento do corpo corrigindo eventuais erros. Ensinamos então como deve ser a respiração. Observamos como é a consciência corporal dele e quanto melhor for, mais informações podemos passar.
Não adianta bombardear de comandos uma pessoa que não possui controle suficiente para executá-los, pois isso pode causar frustração ou até mesmo entediá-la.
Após treinar um pouco apenas a respiração, solicitamos que coordene agora com o movimento. Explicamos que um movimento de uma parte do corpo não deve causar instabilidade em nenhum outro lugar, assim um movimento de perna não pode levar a uma compensação na pelve e na lombar e um movimento de braço não deve causar deslocamento do ombro nem da cervical.
Ao passar as abdominais é importante ressaltar a ativação do Transverso, não necessariamente dando nome aos bois, mas fazendo o praticante entender como fazer o umbigo ir para dentro quando a tendência é sempre ocorrer o oposto. Aí vale abusar de comandos que facilitem o entendimento e ser bem lúdico.
Nos aparelhos, evitamos malabarismos e posições instáveis. É muito mais eficaz e seguro fazer um movimento simples bem feito do que um altamente desafiante mal feito. Ainda mais quando se trata do primeiro contato com essa pessoa, já que ainda não sabemos como é a reação do seu organismo aos exercícios.
No final explicamos que foi uma apresentação do que é o método e que com a evolução do aluno haverá a evolução das aulas. Com o tempo será possível fazer exercícios mais difíceis e com mais carga.
É gratificante ouvir o aluno dizendo que quando ele via uma aula de Pilates de fora ele achava que era moleza, mas agora que fez, viu que é difícil mesmo sem você ter feito ele dar cambalhotas ou realizar movimentos acrobáticos. Porque o método é isso, tornar movimentos relativamente simples em desafios para os músculos, já que eles devem ser realizados com perfeição. Só depois que isso é conseguido que podemos partir para exercícios mais complexos e cada etapa deve ser alcançada sem pressa, sem pular etapas e respeitando os limites de cada um.
Por Hellen e Monique
Todo mundo deve estudar e estudar e estudar sempre. Livros, cursos, mesas redondas, congressos e conferências são trocas necessárias para nosso crescimento profissional. Temos o costume de orientar as pessoas a procurarem novos pontos de vista para agregar valores, por isso temos uma super dica:
Dia 21 de Março terá Workshop do Tim Fleisher no Brasil. Ele falará sobre Movimentos Funcionais Para Atletas de Resistência. Tim é instrutor da Stott Pilates uma empresa canadense de formação de profissionais em Pilates que possui uma das linhas mais conceituadas no mercado internacional.
O curso será no Espaço T'ai no Rio de Janeiro. Para mais informações vá no Blog do T'ai ou no Facebook .
Nós garantimos nossa vaga e estamos esperando ansiosas por essa oportunidade. Venha se reciclar também.
Por Hellen e Monique
Pilates começou a montar seu método (Contrologia) com uma série de solo e com o tempo criou seu primeiro aparelho, o Universal Reformer. Mais tarde vieram os outros e muitos dos exercícios (como The Hundred, Swan Dive e Teaser, por exemplo) da série de MAT foram adaptados para serem realizados em seus equipamentos.
Hoje em dia com a tecnologia a nosso favor, surgiram diversos acessórios que fazem nossas aulas mais coloridas, diversificadas e divertidas.
Engana-se quem acha que os acessórios apenas dificultam, eles podem também facilitar um exercício, como por exemplo, dando apoio às pernas em diversos tipos de abdominais (que é o caso da foto, em que a gestante ao usar a bola sob os pés, diminui a sobrecarga) e podem ser usados para que o instrutor adapte um exercício ou variação para aqueles alunos que não conseguem fazer o movimento sem ajuda.
É verdade que eles também são usados para aumentar e muito o grau de dificuldade dos exercícios, mas temos que lembrar que o aluno só deve evoluir quanto puder fazer a variação mais simples com segurança e domínio.
Muitas vezes os acessórios são usados para gerar instabilidade e com isso aumentar o recrutamento muscular porque adicionamos mais uma condição ao exercício, mas tenha cuidado ao usá-los desta forma em gestantes e idosos, use com muita cautela ou não use.
Nestes dois casos, simplesmente não vale o risco. O objetivo não é trabalhar o equilíbrio desta maneira, mas sim tentar manter o alinhamento postural.
A terceira idade pode fazer uso de bases instáveis, mas sempre com o instrutor ao lado dando suporte e usando-as de forma consciente, sem exageros desnecessários.
Sempre que passamos um exercício temos que pensar nos seus objetivos para aquele aluno em especial. No que ele pode ser útil na vida do paciente? Com isso na cabeça, faça um bom uso de seus acessórios e divirta-se.
Por Hellen e Monique
Estamos vivendo um momento de graça. Nossa instrutora Hellen Morita resolveu trocar o projeto barriga tanquinho pelo abdômen de melancia. Isso mesmo, tem um baby chegando e com ele virão muitas dicas sobre exercícios e adaptações para as futuras mamães.
Vale lembrar que nossa gravidinha já pratica Pilates há muito tempo, por isso nem tudo que ela pode fazer outras gestantes também poderão. Cada caso é um caso e deve ser avaliado e respeitado por sua individualidade.
Veja nossos textos sobre o assunto em:
Por Hellen e Monique
O Footwork é um clássico que tem o objetivo de desafiar a estabilidade do centro de força e fortalecer as pernas. Hoje falaremos da variação feita com o aluno sentado na Wunda Chair.
No Original, o praticante senta na beirada da cadeira com as pontas dos pés no pedal em Base Pilates (com uma leve rotação externa, calcanhares unidos e pontas separadas e joelhos afastados na largura dos ombros). A barra é empurrada para baixo até o ponto em que os ísquios não saiam do apoio. Neste momento o abdômen é contraído para dentro para estabilizar o tronco que deve ficar imóvel durante a movimentação dos membros inferiores. Temos que observar a lombar do aluno para que esta não vá em extensão, caso isso ocorra oriente-o a mandar o cóccix para o chão. Os ombros e pescoço devem estar relaxados.
Depois de 10 repetições, esse mesmo movimento é repetido com as pernas em paralelo com o apoio dos pés nos arcos plantares e por último nos calcanhares.
No vídeo, optamos em fazer uma variação com as pernas em paralelo e uma overball entre os joelhos e adicionamos o fortalecimento dos membros superiores com a faixa elástica.
Ao descer o pedal pressione a bola, contraindo ainda mais períneo e adutores. Ao mesmo tempo faça a rotação externa dos ombros abrindo o peito. Tome cuidado para a coluna não ir em extensão, uma dica é pedir o fechamento das costelas e o crescimento axial. Também é importante pensar em deixar o peso no segundo dedo do pé para manter o alinhamento dos tornozelos e evitar que eles virem para fora. A volta dos movimentos de pernas e braços é feita de forma controlada.
Pode-se repetir com o apoio do calcanhar e arcos plantares.
No Pilates o importante é manter seu core acionado e também a estabilidade do tronco, por isso pense em contrair seu abdômen através do transverso como se estivesse abrindo um grande sorriso no baixo ventre.
Por Hellen e Monique
O Perdigueiro (ou Quadrúpede) é um ótimo exercício para trabalhar o core de forma geral, pois fortalece não só o abdômen e as costas, como também os glúteos, permite o engajamento das cinturas escapular e pélvica e melhora equilíbrio e estabilidade.
Comece em quatro apoios com os punhos abaixo dos ombros e joelhos na linha dos quadris. As costas em posição neutra, o que significa que suas leves curvas devem estar preservadas. Todo o desafio deste exercício é exatamente manter a postura. Ao retirar os apoios do chão, o pilateiro deve se manter o mais estável possível.
Evoluções e erros:
1- Pedimos ao aluno que retire uma das mãos do chão esticando o braço à frente na expiração para que ele acione os músculos do power house. Nesta etapa devemos ficar atentos aos ombros, pois a tendência é elevá-los. Para garantir um bom posicionamento orientamos para que ele imagine que seus ombros querem escorregar para o bolso de trás da calça.
2- Na segunda variação o praticante deve deslizar um pé pelo chão mantendo somente um leve contato entre eles até esticar o joelho e então volta a dobrá-lo até a posição inicial. Esse movimento é ideal para treinar a estabilidade pélvica, evitando rotações, e para a ativação do core impedindo a compensação em hiperlordose.
Na evolução, além de esticar a perna o aluno deve retirar o pé do chão fazendo a extensão da coxa, mas somente até o ponto que consiga manter todo o posicionamento. Uma boa dica para evitar a extensão da lombar é pedir para que ele mire o cóccix para o calcanhar.
3- O modo avançado é a extensão de um braço mais a perna contralateral. Todas as dicas acima se fazem necessárias. Peça para que o praticante imagine que ele é uma mesa onde copos com água estão apoiados e ele deve realizar o movimento sem deixar a água entornar, ou seja, não permitindo que sua postura se abale. O ideal é que os membros superior e inferior se elevem até a linha do tronco, ou seja, até ficarem paralelos ao solo, mas, de novo, o aluno só deve chegar a essa posição se conseguir manter o tronco estável.
Como muitos exercícios de Pilates parece fácil, mas só parece.
Por Hellen e Monique
Muitos alunos perguntam para que serve a ponte e a shoulder bridge trabalha tanta coisa que é difícil enumerar. Principalmente e o mais bacana de todos seus objetivos é a mobilização da coluna. Ganhar movimentos entre vértebras é uma das coisas que mantém a coluna saudável. Além disso, é um ótimo exercício para treinar a interação entre bacia, costelas e cintura escapular. Para coroar suas vantagens, a ponte é um exercício que fortalece principalmente glúteos e posteriores de coxa.
A forma mais usada é aquela em que o aluno sobe e desce o quadril enrolando a coluna usando dois ciclos respiratórios. Desta maneira encorajamos um pequeno e importante aumento do espaço entre todas as vértebras lombares e dorsais. Essa distribuição mais segmentar do movimento é importante para o ganho de mobilidade torácica, o que diminui a sobrecarga na coluna lombar.
Normalmente instruímos o praticante a exalar em movimento e inspirar parado embaixo e em cima. Isto porque a expiração facilita a descida das costelas e o movimento de flexão da coluna (o enrolar). O uso de dois ciclos respiratórios completos também é um desafio para os alunos mais ansiosos que tendem a fazer o exercício correndo, o que deixa as respirações curtas. É importante instruí-los a gastar o tempo necessário para fazer uma inspiração de qualidade e na expiração soltar todo o ar dos pulmões.
Já está na hora dos alunos pararem de achar a ponte um exercício banal e capricharem na execução para arquiteto nenhum colocar defeito.
Mais da Ponte:
Por Hellen e Monique
Nas aulas de Pilates sempre podemos colocar um elemento diferente nos exercícios tradicionais para criar novos desafios ao corpo. Hoje resolvermos usar a Fit Ball (ou Bola Suíça) para alegrar ainda mais o dia do aluno.
Neste exercício, como em todos que trabalham os membros superiores, o alinhamento escapular merece atenção especial. O praticante deve empurrar os ombros para baixo e abrir o peito, mantendo o pescoço alongado. Uma dica para ajudar nesse alinhamento é pedir para o aluno imaginar que as suas mãos querem empurrar o aparelho contra o chão.
Antes de iniciar os movimentos, é importante certificar que a postura e o alimento estejam corretos para concentrar o peso no lugar certo.
O pilateiro começa com os braços esticados, ombros na linha dos punhos, tronco com uma leve inclinação para frente, abdômen acionado para vencer a tendência da lombar curvar, um pé apoiado na bola e o outro no pedal. Os cotovelos fazem a flexão enquanto o tronco inclina cada vez mais para frente e a bola rola para trás. O aluno só pode descer até o ponto em que os ombros se mantenham alinhados. A posição é mantida e o aluno faz um movimento de flexionar o joelho do lado apoiado no pedal, que fará ele sustentar mais peso à medida que a tensão da mola diminui. Nesta etapa a atenção à posição dos ombros será dobrada. Logo em seguida há a extensão do joelho e então é feito o retorno à posição inicial.
O praticante deve ter o domínio não só da bola, mas do Power House e driblar a rebeldia das escápulas para ganhar pontos com o professor. Então é só correr para o abraço, com os braços um pouco doloridos mas faz parte do jogo!
Por Hellen e Monique
Bursas são pequenas bolsas que existem em pontos onde músculos e tendões roçam com ossos, funcionando como coxins que protegem essas estruturas do atrito entre elas. No entanto se abusarmos delas, elas inflamam. Instabilidade articular, fraqueza da função estabilizadora dos músculos, movimentos faltosos em atividades físicas, movimentos repetitivos e sobrepeso são algumas das causas da bursite.
O que temos que ter sempre em mente é que um corpo equilibrado é saudável, por isso se o trabalho requer movimentos cíclicos, deve-se compensar o estresse de alguma forma, como por exemplo, com alongamentos e massagens. Ao realizar atividade física, o ideal é ter o acompanhamento de um profissional para instruí-lo e assim evitar sobrecarga e erros de execução.
Exercícios de impacto como caminhada e corrida devem ser acompanhados de um tênis próprio e deve-se ficar de olho na validade. Além disso, o importante é ser forte e flexível sempre.
Por Hellen e Monique
O Quadríceps fica na parte anterior da coxa e tem esse nome por ser formado por quatro músculos (reto-femoral, vasto medial, vasto lateral, vasto intermédio) com origens e ventres diferentes que se juntam para formar o tendão patelar que se insere na tíbia e abriga a patela. É tão volumoso e poderoso quanto importante.
Ele é responsável por fazer a flexão do quadril (no movimento de levar o joelho em direção ao peito, por exemplo) e do joelho.
Para se ter uma ideia de tamanha importância, uma das suas funções é deixar a perna esticada quando estamos em pé, além disso, ele é necessário para a realização de vários dos nossos movimentos diários como caminhar, sentar e levantar, subir e descer escada...
Como o resultado estético do fortalecimento do quadríceps é sempre elogiado, as pessoas tendem a fazer apenas esse tipo de treino e esquecem que para um músculo ficar saudável também é fundamental que seja flexível.
A posição sentado é um dos fatores que ajuda a deixar o músculo encurtado e muitos de nós passamos muito tempo nesta posição, seja trabalhando ou em casa vendo TV e ao computador.
Se você tem dificuldade em agachar ou não consegue sentar nos calcanhares (posição da "sementinha" ou "prece") saiba que já passou da hora de alongar.
Muitas das dores anteriores do joelho tem em uma das causas o encurtamento desta musculatura, além disso a falta de flexibilidade pode gerar de fraqueza da mesma, tendinite do tendão patelar, condromalacia, disfunções femuro-patelares.
Ainda o reto-femoral, por fazer a flexão da coxa, quando encurtado é um fator que dificulta o movimento da marcha nos idosos que tendem a ficar com passos ainda mais curtos.
Então, está esperando o que? Saia já do sofá e coloque sua coxa para alongar.
Por Hellen e Monique
Os Side Splits são ótimos exercícios para trabalhar os adutores de coxa quando utilizamos a mola leve, ou nenhuma mola em caso de alunos avançados, ou os abdutores, quando as molas são pesadas (que é o caso do exercício do vídeo).
Apesar de não ser um dos exercícios mais complexos do Pilates, o instrutor precisa ter cautela, pois qualquer exercício em pé sobre o aparelho oferece risco de queda.
Executamos uma variação em que conjugamos o fortalecimento de membros inferiores e superiores, com a ajuda da faixa elásica. O aluno inicia com os joelhos e cotovelos esticados, mas sem travar e tencionar as articulações. Ao mesmo tempo em que realiza a abertura das pernas faz também a abertura dos braços, prestando atenção em todos os alinhamentos: os ombros devem estar baixos, os punhos não podem compensar com desvio lateral ou extensão e o praticante só deve levar o carrinho até o ponto em que consegue manter o topo da cabeça apontando para o teto e a pelve neutra, isto é, mirar o cóccix para o chão. Então o carrinho é mantido na posição enquanto realiza-se a flexão e extensão dos cotovelos sustentando a abdução horizontal do braço, e em seguida é feito o retorno para a posição inicial.
Não podemos em hipótese alguma esquecer de acionar o power house, ele é o seu melhor amigo e você não deve dar um passo sequer sem convidá-lo.
Por Hellen e Monique
Pata de ganso é o nome dado a junção dos tendões de três músculos da coxa (sartório, grácil e semitendinoso) pelo complexo ter essa aparência. Sua principal função é fazer a flexão do joelho, mas também auxilia e ajuda a conter a rotação medial e o estresse em valgo.
A tendinite acontece por diversos motivos como: grau elevado de genuvalgo, pés pronados ou chatos, obesidade, algum problema que deixe o joelho mais instável (como artrose, por exemplo), praticantes de esportes que não fazem preparo físico direcionado, encurtamento severo dos músculos posteriores da coxa. A dor é sentida na parte interna da perna logo abaixo do joelho, principalmente ao flexioná-lo, ao toque do calcanhar no chão durante a marcha e ao subir e descer escada.
O tratamento fisioterápico em fase aguda consiste em controlar a inflamação e diminuir a dor com crioterapia, ultrassom, laser e acupuntura, por exemplo, mas todos esses recursos são paliativos e não solucionam o problema. É essencial tratar a causa mecânica com foco na diminuição da instabilidade e melhora no alinhamento do joelho e reorganização da marcha.
É importante também que o paciente faça o dever de casa que pode implicar em mudança de treino, aplicações de gelo, alongamentos e até alguns exercícios de fortalecimento, para que o tratamento seja eficaz.
Por hellen e Monique
Infelizmente tem instrutor que torce o nariz quando o assunto é Pilates Original ou Clássico, mas se alguém se diz instrutor de Pilates, tem a obrigação de, pelo menos, conhecer como funciona o método da maneira que Joseph criou. Feito isso, aí sim ele terá todo o direito de discordar, criticar e escolher trabalhar ou não dessa maneira.
No Brasil não é a metodologia mais aplicada e cursos de formação deixam a desejar nesse conteúdo. Portando, vamos nos esforçar dentro e fora dos estúdios e ganhar não só força e flexibilidade, mas também conhecimento.
Inovar, variar e ter criatividade é importante para estimular os alunos e a nós mesmos. Porém, temos que tomar cuidado para não só que usar o estúdio de Pilates, mas principalmente para aplicar os princípios do método. E se for possível, levar todos esses ensinamentos para outras atividades.
Então vamos contrair os músculos, alongar os estudos, ganhar conteúdo e flexibilizar as idéias?
Veja mais em:
Por Hellen e Monique
Temos várias maneiras de fortalecer os Oblíquos no Arc (ou no Step Barrel) e todas seguem as mesmas regras: concentrar o trabalho na musculatura alvo, evitar compensações na postura e ativar o Power House.
O praticante deita de lado sobre o aparelho com a perna de baixo dobrada por fora e a de cima esticada no alinhamento do tronco. Forma-se uma linha desde o pé até a cabeça. As mãos apoiam levemente a nuca ajudando na conscientização do crescimento axial, em que o aluno imagina que ele quer alongar a cervical.
Ao realizar a flexão lateral do tronco e elevação da perna não deve ocorrer o "fechamento" dos espaços do lado de cima do corpo, assim, usando o vídeo como exemplo, a cabeça não deve inclinar para a esquerda e nem o quadril esquerdo deve deslocar em direção às costelas, preservando o espaço da cintura. O aluno deve manter a mesma distância entre ombro e orelha dos dois lados e durante o movimento pensar em levar as costelas em direção ao quadril, levar o quadril em direção ao pé e imaginar que este está sendo puxado para longe, com o objetivo de fazer o movimento do tronco e não da pelve.
No movimento de rotação do tronco também há a intenção de isolar o movimento, evitando que a rotação ocorra também no pescoço e na pelve. Como todo trabalho abdominal do método, o ideal é que ocorra a ativação do Transverso e Períneo antes de se iniciar o movimento, pois além de proteger a coluna, o centro de força ajuda na organização do corpo e diminui as chances das compensações aparecerem.
A regra é clara: falta na área é pênalti e abdominal sem a ativação do Power House não é Pilates.
Veja mais sobre os oblíquos em:
Angélica Prazeres
Esse texto eu ganhei de uma paciente, um verdadeiro presente. Eu adoro lê-lo. E adoro compartilhá-lo com outras pessoas. Meu presente para vocês! :)
"O Tibet é cheio de longas e solitárias estradas, especialmente nas montanhas, onde não há muitas cidades e vilas. Viajar é sempre perigoso, porque há quase sempre bandidos escondidos em cavernas ou atrás de rochas ao longo da estrada, esperando para pular e atacar mesmo os mais cuidadosos viajantes.
Mas o que as pessoas podem fazer?
Para ir de um lugar a outro, elas têm que pegar essas estradas.
Eles podem viajar em grupos, é claro, e se os grupos forem grandes o suficiente, talvez os bandidos não ataquem. Mas isso nem sempre funciona, porque os bandidos usualmente verão isso uma oportunidade de roubar de um grupo maior.
Às vezes as pessoas vão tentar se proteger contratando guarda-costas. Mas isso também não funciona. Os bandidos são sempre mais agressivos e têm melhores armas. Além disso, se a luta acontecer, há uma boa chance das pessoas ficarem feridas.
Os viajantes mais espertos, quando atacados por bandidos fazem um acordo com eles.
“Porque não contratamos você para ser nosso guarda-costas? Podemos te pagar algo agora e mais quando chegarmos ao final da viagem. Desta maneira, não haverá luta, ninguém ficará ferido, e você ganhará mais de nós do que simplesmente nos roubando na trilha. Menos perigo para você, porque ninguém virá a sua caça nas montanhas, e menos perigo para nós, porque você é mais forte e tem melhores armas que qualquer guarda-costas poderia ter. E se você nos levar a salvo pelo caminho, podemos recomendá-lo para outras pessoas e logo você estará ganhando mais que jamais esperou ganhar. Poderá ter uma bela casa, um lugar para criar a família. Não precisará mais se esconder em cavernas, congelando no inverno e fervendo no verão. Todos ganham.”
Sua mente é o longo e solitário caminho, e todos os nossos problemas, ansiedades, medos são os bandidos. Sabendo que eles estão lá, você tem medo de viajar. Ou você usa a plena atenção como um guarda-costas, misturando ela com esperança e medo, pensando, “se eu observar meus pensamentos eles irão desaparecer.” De qualquer modo seus problemas têm o controle. Eles sempre parecem maiores e mais fortes que você.
Uma terceira escolha é ser como o viajante esperto e convidar seus problemas para virem com você. Quando você está com medo, não tente lutar contra o medo ou correr dele. Faça um trato com ele: “Ei, medo, fique por perto. Seja meu guarda-costas. Mostre-me o quanto você é grande e forte.” Se você fizer isso frequentemente, aos poucos o medo se tornará apenas outra parte de sua experiência, algo que vem e vai.
Você se torna confortável com ele, talvez até venha a confiar nele como uma oportunidade de apreciar o poder de sua mente. Sua mente deve ser muito poderosa para produzir problemas tão grandes, não é mesmo?
Quando você não mais resiste a uma poderosa emoção como o medo, você está livre para canalizar esta energia em uma direção mais construtiva.
Quando você contrata seus problemas como guarda-costas, eles te mostrarão o quanto a mente é poderosa. Sua agressividade faz você consciente de como você é poderoso."
Saljay Riponche
Por Hellen e Monique
Você já parou para pensar o porquê de quase 100% das pessoas terem uma postura fechada? O que será que isso tem a ver com aquele medo e desconforto de fazer uma extensão?
É claro que esse tipo de postura tem uma razão mecânica, pois nossas atividades diárias, como dirigir e usar o computador, por exemplo, contribuem para adotarmos uma posição em flexão e a falta de atividade física também contribui para a má postura, mas esse fechamento do corpo também reflete nossas emoções.
Dependendo de nossas experiências de vida, o medo, a insegurança, a timidez, a tristeza nos encontram e influenciam diretamente nossa postura. Não é à toa que dizemos estar com um aperto no peito quando nos sentimos angustiados, mas do mesmo jeito que nossas emoções modelam o corpo, o corpo também pode liberar e lapidar as emoções. Por isso, abrir o corpo em extensão, deixando o centro do peito exposto, em princípio, é tão difícil e desafiador. No entanto, ao longo da prática, o efeito se torna gratificante.
Normalmente gostamos de ficar em nossa zona de conforto e exercícios como as pontes completas nos fazem encarar nossos próprios medos ao tirarem o corpo de sua posição habitual. Desta forma vivenciamos uma nova experiência e a quebra de padrão estimula a criatividade e a sensação de liberdade.
Além de todos os fatores emocionais ainda alongamos toda a cadeia anterior e fortalecemos braços, glúteos, costas e abdômen. Então, o que você está esperando? Mas lembre que para chegarmos ao alto da escada primeiro temos que subir o primeiro degrau, portanto, vá devagar e dê um passo de cada vez a caminho da liberdade.
Veja mais sobre extensão em:
Por Hellen e Monique
Salvo algumas reais contra-indicações, é o melhor amigo das suas pernas. Às vezes é injustamente visto como vilão por causar problemas nos joelhos, mas muitas vezes há erros na execução e não no tipo de exercício.
No vídeo a variação realizada é tipo lunge, em que uma perna se posiciona à frente com a sola do pé toda no chão e a perna de trás apóia só o antepé. O uso do apoio da bola ajuda a concentrar mais o trabalho no membro inferior da frente, permitindo que o de trás seja usado apenas para ajudar a equilibrar, portanto quanto menos peso houver sobre o pé de trás, mais força e equilíbrio serão exigidos da perna da frente. Uma dica é pedir para o aluno pressionar o tempo todo o pé da frente contra o chão e deixar o de trás cada vez mais leve.
O praticante inicia com a bola apoiada na região lombar, posiciona os pés como descrito acima, de maneira que ao realizar o movimento de flexão dos joelhos, ambos formem uma angulação de 90 graus. A pelve deve ficar neutra, isto é, o cóccix sempre aponta para o chão, evitando a tendência de ocorrer uma compensação em anteversão ou retroversão pélvica ou alguma rotação. Quando os joelhos dobram, o da frente permanece sobre a linha do calcanhar (tomando cuidado para ele não avançar além dos dedos) e o de trás, abaixo da linha do quadril.
O aluno pode começar fazendo apenas o movimento de flexionar e estender os joelhos e após dominar o exercício, podemos adicionar a elevação do calcanhar da frente para aumentar o desafio.
Agachamento: ame-o, não deixe-o!
Veja mais exercícios de agachamento em:
Por Hellen e Monique
A articulação do ombro se dá pelo deslizamento da grande cabeça do úmero (osso do braço) sobre a pequena fossa glenóidea da escápula. A diferença de tamanho dessas extremidades é necessária para proporcionar uma grande liberdade de movimentos, mas não garante um encaixe ósseo total, portanto a estabilidade dessa articulação é dada principalmente pelo complexo de músculos que a envolve.
Manguito rotador é o nome dado a esse conjunto de músculos estabilizadores. É formado por supraespinhoso, infraespinhoso, redondo menor e subescapular que abraçam a articulação e asseguram sua estabilização dinâmica.
O espaço entre o úmero e o acrômio (na escápula) é pequeno para a quantidade de tendões que passam por ali, por isso um desnível no ombro e má postura misturados as atividades diárias (pegar peso, fechar o sutiã, guardar alguma coisa em um armário alto) ou exercícios de braços mal executados podem gerar a compressão destas estruturas e levar a um quadro de tendinite, bursite e até rompimento de tendão.
Quando o assunto é manguito é importante cuidar da postura, então pare de reclamar quando seu instrutor de Pilates pede para você crescer pelo topo da cabeça, abrir o peito e afastar os ombros das orelhas. Na verdade, o que queremos é fortalecer e dar novas informações ao corpo para que ele entenda o que é a postura ideal. Também levar os ombros para trás e para baixo garante o espaço necessário para que as estruturas não sejam comprimidas.
Nada de preguiça, nem reclamação, bora pilatear!
Por Hellen e Monique
Nesta semana tivemos a primeira segunda-feira do ano, dia oficial de retomar as atividades. E você pilateiro, saiba que escolheu uma ótima modalidade de exercícios para manter as baterias sempre recarregadas.
O Pilates promove uma melhora do condicionamento físico, aumentando a disposição para enfrentar todas as batalhas do dia-a-dia. E não se trata meramente de uma maneira de movimentar o corpo, mas sim um meio de conectá-lo à mente. Durante as aulas o aluno pratica a capacidade de concentração, controle dos movimentos e consciência corporal, tudo isso aliado à respiração.
Portanto temos aqui um pacote completo de bem estar, em que o resultado é um corpo forte, mas ao mesmo tempo relaxado e como (ótima) consequência, mais bonito também.
Por Hellen e Monique
Sabemos que tem muita gente animada com o início de ano, já outras, doidas para prolongarem o recesso... Nada de estender o descanso, vamos fazer hoje um exercício que trabalha a extensão sim, mas do tronco, ombro e cotovelo.
O aluno inicia deitado de barriga para baixo na caixa longa do Reformer, com o peito para fora do apoio, procurando uma posição que não provoque incômodo nas costelas. Algumas pessoas podem sentir tensão na região cervical, por isso é importante o instrutor orientar quanto à postura correta da cabeça e pescoço, pedindo ao aluno que faça o crescimento axial e mantenha o alinhamento dos ombros. Os membros inferiores permanecem esticados durante todo movimento e com base Pilates, em que adutores e glúteos estão contraídos constantemente.
O exercício começa com a ativação do power house, para isso o instrutor deve orientar o aluno a cavar o abdômen como se quisesse tirar o umbigo do apoio antes mesmo da extensão ocorrer, só então, ela se inicia na cervical de maneira suave, com cuidado para que não haja a tendência de dar impulso com a cabeça para trás (o aluno deve pensar em mandar o topo da cabeça para longe, crescendo o pescoço), seguindo em direção à torácica e lombar, com contração cada vez mais forte do abdômen, períneo e glúteos. Simultaneamente o ombro também estende e as escápulas devem ir uma em direção à outra e ambas em direção aos pés. O tronco e o braço são mantidos na posição enquanto realiza-se o movimento de dobrar e esticar o cotovelo, alongando mais ainda os braços. A partir daí o tronco e os membros superiores retornam para a posição inicial.
Devemos perder o medo da extensão de tronco e aproveitar seus benefícios, executando-a de maneira correta. É bom lembrar também que não há apenas a ativação da musculatura extensora do tronco, o abdômen, principalmente o Transverso, deve trabalhar também, afinal ele é a estrela do Pilates e quer sempre estar nas primeiras páginas.
Saiba mais em:
Por Hellen e Monique
Flexões de braço exigem bastante força dos músculos do peito, ombros e braços, assim como do centro de força, que precisa estabilizar o corpo durante o movimento de subida e descida do tronco. Podem ser feitas em qualquer lugar, pois não há a necessidade do uso de aparelhos. Possuem variações desde iniciantes até avançadas e como trabalham diversos grupos musculares são sempre uma boa opção dentro da rotina de treinamento. Exatamente por ser um exercício que envolve grande parte do corpo é fácil cometer erros e consequentemente surge o risco de lesões. Por isso daremos algumas orientações sobre a execução e evolução para que você possa aproveitá-las ao máximo.
Posicionamento
Comece com as mãos espalmadas no chão ligeiramente afastadas da largura do tronco e abaixo da linha dos ombros e com os joelhos apoiados no solo. Estabilize seus ombros mantendo-os bem afastados um do outro e o mais distante possível das orelhas. Uma dica é pensar em rodar as axilas para o chão. A cabeça deve estar alinhada ao corpo e esse é um dos maiores desafios das flexões. Pense em levar seu queixo para garganta, alongando a nuca. Estique as pernas entrando na posição da prancha mantendo uma linha entre o calcanhar e o topo da cabeça. Acione o power house para manter a estabilidade da bacia e pense em levar o cóccix para o calcanhar.
Erros durante a execução
Os erros normalmente acontecem quando a carga do corpo é maior do que o praticante consegue suportar. As compensações surgem principalmente em três pontos:
- Bacia: numa tentativa de diminuir a carga, o aluno tende a deixar a pelve mais alta que os ombros ou desce apenas a bacia além da linha do corpo, ao invés de descer o corpo dobrando o braço.
- Ombros: se elevam em direção as orelhas diminuindo o espaço do pescoço.
- Cabeça e cervical: a cabeça avança além da linha do corpo descendo sozinha projetando o queixo em direção ao chão.
Solução
Se o aluno não está preparado para a carga, temos que fazer uma modificação para que ele consiga fazer o exercício com qualidade. Geralmente isso implica em fazer uma variação mais simples, onde podemos permitir o apoio dos joelhos no chão ou limitar a amplitude de movimento, pois quanto maior ela for, maior será o grau de dificuldade.
Como evoluir
Quando o aluno já atingiu uma grande amplitude sem movimentos faltosos com os joelhos apoiados no chão, intercalar essa variação mais simples com a evolução para a posição da prancha.
Progressões
A partir do momento em que o aluno já adquiriu força e consciência para fazer o exercício com perfeição, podemos desafiá-lo utilizando acessórios, como o Bosu, rolo ou TRX para gerar instabilidade e exigir ainda mais das fibras musculares.
Avançar é importante, mas sempre com responsabilidade.
Por Hellen e Monique
O Semi-Circles é um exercício da série clássica de Pilates que promove a articulação de quase toda a coluna, assim como um grande alongamento do quadríceps e flexores de quadril. Também requer bastante concentração e por isso é muito bom para o treino de consciência corporal.
Inicia-se deitado em supino, com as mãos apoiadas nas ombreiras, as pontas dos pés na barra, membros inferiores em leve rotação externa e base Pilates (calcanhares unidos e antepés afastados formando um ângulo de 30º). O aluno faz uma ponte ficando com o apoio sobre as escápulas e empurra o carrinho para longe escorregando as costas para beirada até que os braços fiquem quase esticados. Os joelhos devem avançar na direção dos pés e a bacia mantém-se encaixada para que ocorra o alongamento do quadríceps e flexores de quadril. Neste momento o instrutor auxilia a intensificar o alongamento.
- A partir desta posição, o aluno empurra a barra mantendo o encaixe da bacia até esticar os joelhos, mas sem travá-los.
- Deve-se fazer a anteversão da pelve levando-a em direção as molas e guiando a coluna em um movimento de extensão.
- Os joelhos dobram levando o carrinho de volta o máximo possível.
- O aluno encaixa a bacia e articula a coluna em flexão no movimento da ponte, sempre tentando levar os joelhos até a linha dos pés, sem perder a retroversão.
Comece com três repetições e peça para o aluno inverter o sentido, ajudando-o a alongar também no final. Para quem está fazendo pela primeira vez a barra de pés deve estar baixa e conforme for avançando, podemos colocar a barra em posições mais altas. Devemos esperar até que o aluno esteja fazendo o exercício correto e com qualidade para evoluir.
O Semi-Circles é um aliado na luta contra o medo de mobilizar as vértebras, trabalhando de forma consciente os movimentos de flexão e extensão da coluna, garantindo assim um futuro melhor para todos.
Por Hellen e Monique
2014 foi um ano pautado por grandes eventos e muito trabalho, mas também foi um ano de crescimento, vitórias e diversão. Nós, do Espaço Fluir, só temos a agradecer a todos pela parceria, pelos contatos, comentários, carinho. À vocês o nosso muito obrigado.
Que 2015 venha com oportunidades e também sabedoria para aproveitá-las, que traga não só sonhos, mas também realizações. Que estejamos não apenas em busca da felicidade como também possamos abraçá-la e não solta-la mais. Que seja repleto de saúde e paz. Que nós possamos realizar tudo que desejamos, dar boas risadas, trabalhar com harmonia e espalhar o amor.
Feliz Ano Novo.
Por Hellen e Monique
2014 voou. Ufa, se fizermos uma retrospectiva fica até difícil acreditar quanta coisa fizemos em um ano. Agora que ele está acabando é hora de relaxar e recarregar a bateria para mais 365 dias novinhos e cheios de desafios e oportunidades.
A maioria de nós guarda as tensões na região do pescoço e ombros e ainda fazemos muitas posturas que sobrecarregam essas mesmas regiões ao longo do dia como dirigir e ficar ao computador. Esse processo de tensões somadas às posturas erradas geralmente nos deixa com dores, queimações e uma sensação geral de mau humor. Vamos ensinar alguns exercícios simples para alongar e relaxar essas musculaturas para aliviar as tensões, acabar com as dores, expulsar o mau humor e partir para as festas.
1- Sente-se no chão com as pernas cruzadas em posição de “Buda”. Se essa posição for desconfortável, use uma almofada. Deixe o braço esquerdo ao longo do corpo e pense em levar o ombro para baixo como se quisesse chegar ao chão mantendo sua coluna ereta, isso fará seu ombro esquerdo descer para longe da orelha. Incline a cabeça para direita e leve a mão direita à cabeça para ajudar no movimento, mas lembre-se de não puxar a cabeça para baixo, pense em crescer o pescoço e inclinar, como se alguém estivesse puxando sua orelha esquerda para o teto. Segure por 30 segundos, volte a cabeça ao centro devagar e troque o lado. (foto acima)
2- Entrelace os dedos das mãos e apóie na parte de trás da cabeça. Leve o queixo ao peito e ajude no alongamento de forma suave, mantenha 30 segundos e volte a cabeça devagar.
3- Faça círculos com a cabeça lentamente. Lembre-se que o pescoço é nosso centro de controle, então aos poucos vá desfazendo as tensões nessa área. Gire cinco vezes para cada lado, sem muitas regras, sem forças desnecessárias, apenas relaxando. Volte a cabeça ao centro.
4- Gire os ombros para trás cinco vezes e depois para frente. Faça os movimentos de forma suave.
5- Deite no chão com os joelhos dobrados, levando-os em direção ao peito, abrace as pernas e permaneça por 30 segundos.
6- Solte as pernas, abra os braços no chão, gire as pernas para a esquerda e a cabeça para a direita. Mantenha por 30 segundos e troque o lado.
7- Ao final, vire todo o corpo para o mesmo lado e levante devagar. Em pé, entrelace os dedos das mãos e leve-as em direção ao teto, esticando os braços aos poucos até o ponto em que não force os ombros. Segure por 10 segundos. Inspire e leve as mãos para direita alongando a lateral esquerda, expire retornando ao centro. Troque o lado e repita três vezes para cada lado.
8- Entrelace os dedos das mãos atrás do corpo e mantendo a coluna ereta e estique os braços como se quisesse chegar com as mãos no chão. Mantenha por 10 segundos, relaxe e repita o movimento.
9- Para terminar, mantenha a postura ereta e volte a fazer círculos com a cabeça. Cinco para cada lado. Lembre-se de fazer o movimento com calma, apenas relaxando essa musculatura.
Independente da época do ano, esses movimentos podem ser feitos sempre que houver necessidade. Sempre que o cansaço chegar. São exercícios simples que podem ser realizados no escritório ou no
quarto antes de dormir, por exemplo.
Agora que estamos todos relaxados e sem tensões, desejamos à vocês um 2015 de muitas realizações. Não esqueçam de colocar nas resoluções: reservar um tempinho no dia para cuidar do corpo e da alma! Saúde e paz a todos.
Por Hellen e Monique
O sábio Joseph em muitos de seus exercícios demonstra preocupação em alongar os flexores de quadril, tão sobrecarregados no dia a dia, e o Knee Stretches é uma prova disso. Além do alongamento do grupo muscular citado a cima, é também excelente para fortalecer glúteos, abdômen e quadríceps. São três as posições: Round Back, Arch Back e Knees Off.
O aluno começa ajoelhado de frente para a barra de pés, com as mãos apoiadas na mesma, afastadas na largura dos ombros. Dedos dos pés apoiados no carrinho e calcanhares nas ombreiras, com as solas dos pés tocando ao máximo esses apoios.
Round Back: Peça ao aluno para que faça um "C" com a coluna (tomando cuidado para a cabeça não compensar e acabar ficando baixa) mantendo os glúteos próximos aos calcanhares e os braços apenas levemente dobrados para não travar os cotovelos. O knee stretches é apenas um movimento de flexão e extensão da articulação do quadril, nada mais deve se mover. Tenha certeza que o aluno está usando o power house para manter a coluna redonda e o abdômen cavado para dentro. Peça para que ele leve o carinho, empurrando com os calcanhares e que pense em fazer uma leve rotação externa das coxas para que concentre a força nos glúteos. Instrua-o a retornar o carrinho até fechar completamente, sempre trabalhando a musculatura também na volta do movimento, isto é, o retorno não se faz de maneira passiva, o aluno deve resistir à tensão das molas.
Arch Back: Esta é a posição mostrada no vídeo. A única mudança é que a coluna fica quase reta, com o peito aberto, caracterizando uma extensão muito leve na dorsal. O power house deve funcionar o tempo todo, mantendo o abdômen para dentro. Assim como na primeira posição nenhuma parte do corpo mexe, exceto os membros inferiores.
Knees Off: Nesta posição, os ombros avançam até ficarem em cima das mãos e os joelhos saem do carrinho e ficam na altura dos tornozelos. A coluna volta a enrolar e se mantém enrolada durante todo o movimento de extensão dos membros inferiores. Manter a posição do tronco é o maior desafio. Devemos ficar atentos às compensações. As mais comuns são a coluna lombar ir em extensão e a bacia em anteversão (bumbum empinado).
Devemos orientar o aluno a empurrar apenas até o ponto em que consiga manter a posição do tronco. Quando o aluno não se concentra em empurrar com os calcanhares nem em pensar na rotação externa das coxas, ele acaba fazendo toda a força nos quadríceps ao invés de usar os glúteos, por isso insista nas instruções corretas.
É como sempre dizemos: se fosse fácil não teria graça, nem muito menos seria Pilates.
Por Hellen e Monique
Independente de nossas crenças, temos que admitir que o dia de hoje explode em energia positiva. No mundo inteiro as pessoas estão celebrando, trocando votos de amor e paz, abraços, beijos... Há generosidade e felicidade no ar. Toda essa vibração nos renova e nos prepara para o ano que está por vir. Nós gostaríamos de desejar que somente bondade, gratidão, gentileza e delicadeza invadam o seu dia, a sua casa, a sua vida. Bom Dia.
Por Hellen e Monique
Chegaram as festas de fim de ano e com elas muitas confraternizações e também muito trabalho! É preciso decorar a casa, carregar sacolas do mercado, comprar presentes, preparar os pratos, entreter as crianças e depois limpar toda a bagunça. Sem dúvida isso tudo é bem recompensador, mas o problema é quando além do presente de Natal você ganha uma dorzinha chata. Para evitar isso, que tal levar o Pilates para fora dos estúdios?
A principal dica é lembrar-se dos comandos que o seu instrutor mais repete durante as aulas, pois eles valem para todos os momentos do dia.
- Concentre a força no power house: sempre acione o abdômen, períneo e glúteos antes de realizar qualquer esforço. Se tiver que pegar algum objeto no chão (como na foto acima) dobre os joelhos e agache em vez de curvar o tronco e firme bem a base ao levantar o corpo. Concentre a força nas pernas e no abdômen e não na coluna, e mantenha esse objeto o mais próximo possível do seu tronco. Essa dica vale também na hora de pegar as crianças no colo.
- Cresça a coluna: ao realizar afazeres domésticos, como lavar louça ou passar roupa, não curve o tronco para frente. Mantenha a coluna reta e ative o power house para não sobrecarregar a lombar. Se necessário use um apoio sob um dos pés e mantenha-o ligeiramente à frente ou lateral ao outro pé, alternando os lados de tempos em tempos. Ao varrer a casa fique com o tronco ereto e se precisar passar a vassoura por baixo de algum móvel, agache o corpo dobrando os joelhos e não a coluna.
- Mantenha os ombros longe das orelhas: vença essa tendência de tensionar a região cervical sempre que precisa fazer trabalhos manuais alinhando corretamente as escápulas, puxando os ombros para baixo e abrindo o peito. Se for necessário pegar algum objeto acima da altura da cabeça suba em um apoio seguro, como um banquinho ou escada. Evite ficar tentando alcançar o alvo esticando os braços para cima, pois há grande risco de machucar estruturas do ombro e pescoço. Ao carregar sacolas, divida o peso igualmente entre os dois braços.
Agora respire fundo e não se esqueça de levar o Pilates para as suas festas!
Por Hellen e Monique
Amigos pilateiros, passamos o ano todo contraindo, contraindo e contraindo um pouco mais. Agora chegou aquela época em que podemos desacelerar um pouco, curtir as festas, dar uma folguinha para a dieta, reunir a família, os amigos, trocar presentes... Enfim, descontrair! Por isso o nosso post é para frisar o que sempre falamos, Pilates é um método sério, mas não podemos negar que às vezes nos dá bons momentos de risadas, cria a oportunidade de conhecer e conviver pessoas incríveis.
Aproveitamos para agradecer pelos nossos 10 mil seguidores no Instagram, marca que nem imaginávamos alcançar quando criamos o Espaço Fluir. Somos gratas também por cada palavra de incentivo que recebemos e pelos amigos virtuais que fizemos. Os nossos dias ficam mais iluminados ao poder conhecer o trabalho de tanta gente criativa, competente e bem humorada.
Muitos estúdios entrarão em recesso nos próximos dias, então desejamos que esse período de descanso sirva para renovar as energias e que 2015 traga muitas realizações!
Por Hellen e Monique
Um dos inúmeros pontos positivos do Pilates é poder realizar exercícios que trabalhem vários grupos musculares ao mesmo tempo. E o escolhido de hoje trabalha a força dos membros superiores, abdômen e ainda a mobilização da coluna.
O praticante inicia sentado no Reformer na beirada do carrinho, com os joelhos dobrados e unidos e pés sobre o apoio da cabeça. Os braços permanecerão altos durante todo o exercício, formando uma angulação próxima de 90° de flexão de ombro, exigindo muita estabilização escapular e atenção para não deixar as compensações acontecerem.
Há uma tendência de emendar as etapas dos movimentos, mas deve-se controlar para realizar cada uma separadamente.
1) Com a coluna reta, flexionar o cotovelo.
2) Sustentando a posição dos braços, acionar o power house e descer o tronco enrolando a coluna como se quisesse formar um "C" com ela, fazendo o cóccix apontar para os calcanhares e empurrando cada vez mais o umbigo para dentro.
3) Retornar o tronco com a coluna enrolada e contraindo ainda mais o abdômen (nós pilateiros sabemos que contração abdominal nunca é demais).
4) Crescer a coluna como se o topo da cabeça fosse alcançar o teto e então estender o cotovelo mantendo ainda o braço no alto.
Ao executarmos os exercícios de mobilização de coluna a cabeça tende a se projetar anteriormente e a torácica a ficar retificada, por isso, é necessário malhar não só os músculos como também os neurônios, fazendo com que a mente se conecte a cada pedacinho do corpo e tenha domínio sobre ele.
Por Vanessa Pacheco
Nessa época do ano temos muitos compromissos que envolvem comida como as festas de final de ano do trabalho e reuniões entre amigos e família. Isso sem contar com as noites de Natal e Ano Novo. Daí não tem como escapar. Sempre acabamos comendo além da conta, principalmente frituras, açúcares e bebidas alcoólicas. Veja aqui algumas dicas para não exagerar e nem ganhar aqueles quilinhos extras:
- Não saia muito da rotina alimentar. Alimente-se de 3 em 3 horas.
- Não fique em jejum no dia seguinte para compensar o exagero do dia anterior. Sempre mantenha o metabolismo em atividade.
- Não vá para os locais de confraternização com fome. Isso fará com que você coma além do necessário, principalmente aqueles alimentos ricos em açúcares e gorduras.
- Evite o excesso de bebida alcoólica, principalmente sem ingerir juntamente algum alimento. Alterne o álcool com a água. Se possível, escolha bebidas com baixo teor calórico como chás, água de coco e suco natural. Há uma diversa variedade de combinações de suco de frutas e chás que ficam uma delícia.
- Na sobremesa, prefira algum item do cardápio que contenha fruta, não coma exageradamente e se possível divida-o com alguém.
Na ceia de Natal e Ano Novo, além das dicas citadas acima, seguem as seguintes recomendações:
- Não belisque. Faça somente um prato, assim a possibilidade de cair em tentação será menor.
- Não fique em jejum durante o dia até a hora da ceia.
- De entrada na ceia, opte por uma salada colorida temperada com limão e vinagre.
- Evite temperos a base de maionese, pois a possibilidade de não estar própria para consumo é maior.
- Escolha carnes magras (frango ou peixe) de preferência grelhadas, assadas ou cozidas.
- Evite preparações à base de creme de leite, maionese ou molhos prontos, assim como frituras e alimentos gordurosos em excesso.
- Não misture fontes de carboidratos no mesmo prato, como arroz e farofa. Opte por apenas um.
- De sobremesa, dê preferência às saladas de frutas ou frutas secas e sementes oleaginosas em pequenas porções.
E a regra ouro do final de ano: Não fique pensando só em comer. O principal é a companhia dos amigos e familiares. Desfrute desses momentos!
É possível passar o final do ano sem acumular aqueles quilos extras. O ideal é prestar atenção no que se está ingerindo e atente-se à quantidade. Boas Festas!!
Receita de Suchá (suco + chá) de Abacaxi com Erva Doce da Chef Bianca Dias
Ingredientes:
- 2 xícaras ou 4 saches de erva doce
- 1 litro de água
- 1 litro de suco do abacaxi
- Cardamomo
Preparo:
Ferva a água e adicione a erva doce (ou os saches) e espere 3 minutos. Misture o suco de abacaxi. Tempere aos poucos com cardamomo até que fique ao seu gosto.
Por Hellen e Monique
Exercícios com pranchas laterais como o Stretch and Bend são normalmente mais difíceis que do que aqueles em que as pranchas são feitas com as duas mãos no chão como o Leg Pull - Front, porque suportar o corpo de lado é muito mais instável e contamos apenas com o apoio de uma das mãos.
A sustentação em posições instáveis é ótima para fortalecer o centro de força, pois é preciso que os músculos estejam bem conectados para que os ajustes necessários para manter estabilidade na postura desejada aconteçam. Todas as pranchas trabalham bastante os músculos do power house, mas para manter-se na lateral é preciso recrutar ainda mais os oblíquos para sustentar a bacia, assim como os estabilizadores do ombro e braço de apoio.
Exercícios como Side kicks com apoio intermediário (apoio do antebraço no chão) e a Prancha Lateral simples são os mais indicados para começar. É preciso manter as laterais fortes para evoluirmos nas séries como, por exemplo, para passar do Side Kicks para o Kneeling Side Kicks, Side Bends and Stretch e Twist.
Veja mais em:
Por Hellen e Monique
Comece sentado de lado com as pernas dobradas ao lado do corpo. O pé da perna que está em cima apoiado no chão à frente do da perna de baixo. A mão de apoio deve estar um pouco à frente do ombro, pois o ideal é que ela fique bem abaixo do ombro quando as pernas esticarem e o quadril subir.
Faça pressão com a mão contra o chão, empurrando ele para baixo. Esta pressão deve durar todo o movimento para garantir que o ombro se mantenha longe da orelha. É muito comum o aluno sentir dor no punho, podemos amenizar pedindo para que o peso seja mantido mais na face externa da mão, pois a lateral do punho tem o espaço articular um pouco maior. Caso o incômodo persista, podemos realizar esse apoio sobre o antebraço, mantendo o cotovelo dobrado.
Antes de subir a bacia, ative o centro de força cavando o abdômen para dentro, leve os seus ombros para baixo e cresça a sua coluna.Estenda os joelhos e eleve a pelve como se tivesse um balão puxando ela para cima, até que o corpo fique inteiro alinhado.
Preste atenção no alinhamento, pois é comum ocorrer inclinação da cabeça e pescoço, elevação do ombro, rotação de tronco e anteversão da pelve. Você deve sentir toda a lateral inferior trabalhando para manter a posição: abdominais com ênfase nos oblíquos sustentando a cintura pélvica e grande dorsal para estabilizar a cintura escapular.
Conforme você for ganhando força e consciência no movimento, pode começar a variar. No vídeo, usamos a faixa elástica para adicionar trabalho no braço de cima (afinal não é justo ele ficar ali, descansando enquanto o outro faz todo o trabalho). No movimento estamos fortalecendo os músculos envolvidos na abdução horizontalde ombro e extensão do cotovelo. Além disso, estamos desafiando ainda mais o centro de força para manter a prancha.
Evolua apenas quando se sentir confortável nas variações mais simples, porque do contrário movimentos compensatórios acabam roubando a cena e os benefícios não aparecem.
Por Hellen e Monique
Conhecer um estúdio de Pilates pode ser um tanto curioso e assustador. Normalmente ouvimos dos marinheiros de primeira viagem: "Nossa, parece que estou em uma sala de torturas medieval", mas não se preocupe, o método é muito profissional e os instrutores dão orientações específicas durante todos os exercícios.
Temos aqui algumas dicas para que os alunos iniciantes possam aproveitar melhor as suas aulas:
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Pilates trabalha o corpo todo, destacando o controle, precisão e concentração, ou seja, envolve o corpo e a mente que deve estar focada em controlá-lo. Os movimentos não são executados rapidamente ou de forma excessiva, o alvo é a qualidade e não a quantidade.
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Os músculos abdominais assim como os das costas, glúteos e os da região do períneo, formam o famoso Power House e servem como o centro de todo o movimento, permitindo que o resto do corpo se mova em segurança e com precisão, por isso fique atento e se esforce ao máximo para, seguindo as regrinhas ditadas pelo seu professor, ativar essa região ao máximo.
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Repare se seu instrutor é preocupado em ensinar os princípios do método. O principal é a respiração que é onde todos os movimentos começam, não subestimem o poder da respiração, ela é a ferramenta usada na organização do corpo para conseguirmos contrair os músculos que nos estabilizam (como os abdominais que fazem parte do, acima citado, Power House) e nos deixam preparados para qualquer movimento. Se feita de forma correta renova e gera mais energia para que possamos nos exercitar melhor mantendo a qualidade durante todo o tempo.
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Para escolher um estúdio para chamar de seu, dê preferência aos que sejam próximos à sua casa ou ao seu trabalho para evitar atrasos e faltas.
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Existem estabelecimentos, como academias, por exemplo, que não possuem equipamentos e trabalham apenas com o Mat Pilates (ou Pilates de Solo). O criador do método começou seu repertorio pelo solo, então sim, existem aulas sem aparelhos que permitem trabalhar todos os grupos musculares. Porém a maioria dos estúdios usa os equipamentos o que possibilita uma gama maior de exercícios e, por isso, são mais interessantes.
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O método é cheio de detalhes que fazem a diferença entre estar fazendo Pilates ou qualquer outro exercício, por isso durante as aulas muitas dicas sobre a execução dos exercícios são dadas para que estes sejam feitos com perfeição. O professor deve repetir o tempo todo as orientações e ficar atento à postura do aluno para fazer todas as correções necessárias. Os termos são meio esquisitos como “prenda o xixi” ou “mantenha os ombros longe das orelhas”, mas, acreditem, se seguirem tudo direitinho terão uma experiência e tanto..
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Muitas vezes por exigência dos alunos e outras por despreparo dos instrutores as aulas começam a ter exercícios de malabarismos. Sim, existe no método alguns exercícios aéreos, outros em que o aluno tem que ficar de cabeça para baixo, por exemplo, mas há um longo caminho para se chegar neste ponto. Não atropele etapas. Tudo tem seu tempo e é necessário que antes sejam desenvolvidos força, controle, flexibilidade, entre outras tantas coisas para se chegar aos exercícios avançados.
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O praticante também tem um papel extremamente importante, pois deve se concentrar nos movimentos e se esforçar em executá-los de maneira lenta, controlada e coordenada com a respiração.
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Cuidado para não cair na tentação de transformar a sua aula em terapia e deixar a conversa rolar solta. Por mais acostumado que você já esteja com as regrinhas, não é possível conversar e fazer exercícios ao mesmo tempo. Todos os movimentos, mesmo os mais fáceis requerem atenção, pois cada vez que os fazemos, conseguimos conectar mais alguma parte do corpo e o exercício se torna um novo desafio.
Não é fácil ser pilateiro de verdade, mas lembre-se que os benefícios do método dependem também de você.
Experimente. Com essas dicas você só corre o risco de se viciar.
Saiba mais sobre o método em:
Por Hellen e Monique
A prática de exercícios regulares de alongamento é necessária para desenvolver flexibilidade.
Os exercícios de alongamento ajudam no relaxamento físico e mental, reduzem as dores nas costas e também as articulares, diminuem a tensão muscular e ajudam no acordar da consciência corporal.
Com a idade alguns fatores prejudicam a flexibilidade, como substituição das fibras musculares por fibras gordurosas e colágenas, maior desidratação dos tecidos conjuntivos, aumento do depósito de cálcio, entre outras. O exercício retarda esses danos e ajuda na manutenção do corpo.
Engana-se quem acha que flexibilidade e força são opostas, pelo contrário, um músculo alongado é maior em comprimento e por isso tem uma amplitude maior para a contração. Alguns estudos mostram que com o treino ocorre o aumento do número em série de sarcômeros (unidades funcionais contráteis das fibras musculares).
No entanto, deve-se cuidar para que os exercícios sejam feitos de forma correta, sem exageros, como sabemos Roma não foi construída em um só dia, por isso, tenha calma e persistência que alcançará seus objetivos com saúde.
Um corpo alongado mexe-se mais precisamente, sem compensações. É mais livre saudável e movimenta-se com mais leveza.
O sábio Joseph Pilates já dizia “Se com 30 anos você é duro e fora de forma, você está velho. Se aos 60 você é flexível e forte, então você é jovem.”
Mais sobre flexibilidade em:
Por Hellen e Monique
A Sereia é bem versátil e suas variações podem ser executadas no solo e nos aparelhos, com ou sem o auxílio de acessórios.
Tem como objetivo o alongamento da musculatura lateral do tronco e a mobilidade da coluna. Pode ser feita de maneira estática, focando mais a flexibilidade, ou dinâmica, visando mais a mobilização articular.
É comum que ao realizar a flexão lateral, o tronco faça também um pouco de flexão, inclinando para frente e fazendo a cabeça olhar para baixo. Podemos dar algumas dicas para que o aluno fuja dessas armadilhas e consiga aquele lindo crescimento axial juntamente com o movimento lateral: peça para que ele aponte o cotovelo de cima para o teto e abra o peito para frente, ou então que imagine que tem uma parede atrás dele e que as costas devem ficar apoiadas nela.
Caso ele esteja na posição sentada, oriente que o peso do corpo permaneça sobre os dois ossinhos do bumbum e que empurre o ísquio do lado da convexidade contra o apoio, sempre mantendo o cóccix apontando para o chão. Mais uma vez a torácica, difícil de mobilizar, tenderá a ir no embalo da lombar, que adora um movimento. Por isso vemos muito a flexão acontecendo na parte baixa da coluna, enquanto a parte mais alta segue reta, apenas caindo para o lado devido à curvatura feita pela lombar. O objetivo é conseguir um arco grande e harmônico que segue por toda a coluna e que o praticante sinta abrir os espaços entre as costelas, alongando os intercostais que ficam ali achatadinhos.
Devemos acordar os multífidos, conseguindo pequenos movimentos entre as vértebras que farão com que as costelas se abram do lado convexo, como se quisesse abrir espaço suficiente para expulsar o pulmão desse lado. Peça também que o aluno expanda mais ainda esses espaços a cada inspiração. O que é bem diferente de quando o quadrado lombar age, comprimindo o lado côncavo e apenas empurrando as costelas contra o quadril.
Assim como a figura mítica, a Sereia do Pilates costuma aplicar alguns truques e se o instrutor não estiver atento os resultados podem ir por água abaixo.
Por Vanessa Pacheco
Muito se tem falado na tapioca como a salvação de qualquer dieta. Mas você sabe realmente se ela é mesmo esse super alimento? Bem, vamos lá!
Segundo dicionário, a palavra tapioca vem do Tupi e significa a fécula da raíz da mandioca, também conhecida como goma da tapioca, tapioca, goma seca, polvilho ou polvilho doce. É uma iguaria tipicamente brasileira, originária do Norte e Nordeste brasileiro, que vem conquistando o restante do nosso país.
Por ser um alimento feito a base de fécula de mandioca e água, é pobre em nutrientes como proteínas, gorduras, vitaminas e minerais. Uma porção de 50 gramas tem cerca de 70 calorias, 14 gramas de carboidratos e 1,6 gramas de proteínas.
A tapioca não tem gordura, sódio (o que faz dela uma excelente escolha para hipertensos) e açúcares adicionados, ao contrário dos pães e biscoitos, sendo uma ótima opção para alimentação. Além de não possui a gliadina, uma proteína presente no glúten, que auxilia no aumento da gordura abdominal e da inflamação do organismo, sendo uma opção para pacientes celíacos, além daqueles que possuem intolerância a lactose.
Para quem faz atividade física, também é uma opção para ser consumida, já que é necessária a liberação de energia no pré e no pós treino para a recuperação da energia utilizada durante o exercício.
No entanto, a tapioca possui um alto índice glicêmico, em que o carboidrato é digerido rapidamente e transformado em açúcar no sangue. Ao consumí-la, a quantidade de açúcar no sangue aumenta rapidamente, sendo necessária a liberação de uma maior quantidade de insulina para normalizar a glicemia. Para diminuir este índice glicêmico, basta adicionar chia ou aveia ao seu preparo, (ótima opção para acrescentar fibras), assim como também recheios saudáveis como vegetais crus, frutas, carnes magras, ovos, etc.
Só não exagere na quantidade e faça combinações saudáveis. Equilíbrio é a palavra chave de qualquer reeducação alimentar.
Por Hellen e Monique
Exercícios de extensão são aqueles que fortalecem os músculos das costas e alongam os músculos abdominais. Eles são muito importantes para contrabalancear toda a flexão que fazemos no dia a dia, como quando dirigimos, assistimos televisão recostados no sofá ou quando estamos ao computador. Assim como abusamos das flexões de tronco também em nossa rotina de exercícios, incluindo os de Pilates, com uma extensa gama de abdominais e alongamentos onde enrolamos a coluna para frente. Por tudo isso é sempre bom ter no repertório alguns exercícios de extensão de coluna para que os extensores não fiquem preguiçosos e para que haja harmonia entre toda a musculatura do tronco.
O método Pilates tem vários níveis de exercícios em extensão como Neck Roll, Single e Double Leg Kick, Swan e Swimming (clique aqui para ver o Swan Dive na Cadeira). Eles devem ser feitos com atenção e muita orientação, pois geram certa insegurança nos alunos.
As retroflexões também são bons exercícios e devem ser feitos em alunos avançados. Saiba mais sobre elas aqui.
De vez em quando é bom deixar de olhar para o próprio umbigo e virar os olhares para fora, literalmente.
Por Hellen e Monique
O Corkscrew é um exercício intermediário da série clássica de MAT. Seu alvo é trabalhar o centro de força, desafiar a estabilidade da cintura escapular, além de ser excelente para o fortalecimento dos oblíquos (veja outro exercício para oblíquos aqui). Na variação avançada, como mostramos no vídeo, ainda alonga os músculos das costas e promove a mobilização da coluna.
Comece deitado em supino (barriga para cima) com as pernas esticadas para cima (como se os pés quisessem tocar o teto) em base pilates (calcanhares juntos e dedos afastados, ou seja, em uma leve rotação externa). Pressione uma perna contra a outra como se a parte de trás das coxas quisessem se tocar, mas sem aumentar a rotação. Os braços permanecem ao longo do corpo fazendo uma leve pressão contra o chão para dar suporte e manter o peito aberto.
Em um primeiro momento, leve as pernas para direita inspirando e mantendo a pressão entre elas sem deixar os calcanhares desalinharem. Volte ao centro usando seu power house. E repita para o outro lado. Depois de sentir a conexão entre os músculos do core, siga para o próximo estágio.
Desta vez comece igual, movendo as pernas para direita, e a partir daí baixe-as circulando para o outro lado e volte a subir pela esquerda até fechar o círculo no centro. Repita o movimento começando pelo outro lado. Faça pequenos círculos e lembre-se de não deixar seu bumbum empinar nem sua lombar ir em extensão abrindo um túnel nesta região.
Depois de adquirido o controle passe a descer a perna um pouco mais, sempre mantendo a estabilização pélvica. Na evolução, ao subir as pernas pelo lado, tire somente sua bacia do chão e desça no centro, repita para o outro lado. Mais adiante é possível emendar o movimento fazendo um círculo completo sem parar no centro.
A variação avançada mistura o corkscrew e o roll over, onde se deve levar as pernas pelo lado, para trás da cabeça mantendo o apoio nas escápulas e trocá-las de lado para descer, como se quisesse desenhar um grande círculo em volta do corpo.
Evolua sem pressa. Domine cada etapa antes de seguir. Pratique com responsabilidade e atenção e logo estará craque.
Por Hellen e Monique
As vértebras possuem pequenos graus de movimento entre si, que somados nos permitem grandes amplitudes de movimento na coluna como um todo. O que ocorre é um trabalho de equipe, onde cada um colabora um pouquinho para se ter um belo resultado no final. O problema é que se um membro da equipe decide não trabalhar, sobrecarrega os outros. Quanto mais unidades sobrecarregadas, mais difícil fica para manter a organização e alcançar os resultados e aí podem surgir diversos problemas.
Os movimentos entre duas vértebras que se articulam são feitos por pequenos músculos profundos (multifidus), que são responsáveis por proporcionar estabilidade à coluna. Eles preparam a estrutura para receber as cargas geradas tanto por movimentos simples quanto por sobrecarga quando executamos os exercícios. Esse preparo é importante para que os discos intervertebrais (estrutura presente entre cada par de vértebras), ligamentos e articulações estejam na melhor posição para amortecer a carga. Os músculos grandes e mais superficiais (quadrado lombar, por exemplo) querem todo o trabalho para eles e acabam contraindo e inibindo a ação dos menores. Sem essa mão de obra especializada dos multífidus, os segmentos mais móveis irão mobilizar exageradamente, enquanto os menos móveis irão ficar cada vez mais estáticos.
Por isso, o grande ditador alemão Pilates entra em cena para forçar a reforma trabalhista e aplicar uma melhor distribuição da carga de trabalho para todos. Desta maneira os músculos pequenos e escondidos não serão oprimidos pelos músculos grandes e superficiais. Além disso, todas as vértebras devem articular entre si em angulações corretas, sem que haja segmentos com hipo ou hipermobilidade.
Queremos mobilidade para todos! É importante esclarecer para o aluno que ele deve ter a coluna estável sim, mas com mobilidade. Mobilidade não significa instabilidade. É comum as pessoas terem medo de fazer essa mobilização, o que acaba fazendo com que os instrutores também tenham medo de lesionar os alunos ao trabalharem esses movimentos. Com as dicas de Joseph, estudo e prática é possível orientar bem o aluno e acabar de vez com esse tabu.
Por Hellen e Monique
Quem nunca sonhou em poder voar quando era criança? E não é que muitas pessoas conseguiram realizar esse sonho no Pilates?
Exercícios aéreos são desafiadores, exigem bastante dos músculos posturais, geram novos estímulos para o corpo e quando executados pelos alunos são quase como um troféu. Sim, pois eles não podem ser feitos por qualquer um, pois além de força é necessário ter boa consciência corporal. O praticante deve ter evoluído bem o suficiente para realizar os movimentos avançados seguindo os princípios de Joseph.
Um erro comum é não conseguir posicionar bem os ombros, pescoço e cabeça, podendo sobrecarregar a região. Como costumamos repetir, respeitem a evolução do seu corpo e não atropelem etapas.
O céu é o limite para os pilateiros, mas façam sempre um vôo seguro.
Por Hellen e Monique
Este exercício faz parte da série avançada de Pilates Original e fortalece abdome e braços, alonga a parte lateral do tronco além de melhorar o equilíbrio e a coordenação.
Nesta variação, o praticante está sentado sobre a lateral do quadril, com joelhos dobrados, pé de cima à frente do de baixo, com o corpo apoiado sobre o braço de baixo esticado com a mão espalmada abaixo da linha do ombro, dedos apontado para fora e braço de cima repousando na linha do tronco. Então o power house é acionado e o quadril deve sair do chão através do movimento de extensão das pernas. Ao mesmo tempo a mão de cima é levada para além da cabeça, mantendo o braço no plano do tronco e pensando sempre como se existisse uma força puxando as pontas dos dedos para longe. O peso ficará equilibrado sobre a mão de baixo e as laterais dos pés com o corpo suspenso fazendo uma linha que vai desde o pé até a cabeça. Deve-se olhar para a mão de baixo sem compensar (ou seja, sem fazer protração) e mantendo o alongamento axial. O praticante deve imaginar como se estivesse usando um cinto e este estivesse sendo puxado para o teto.
Como toda prancha lateral, deve-se tomar cuidado com o alinhamento da pelve, que tenderá a rodar para trás e com a sobrecarga do punho e ombro (quanto melhor estiver o alinhamento da cintura escapular, melhor será a divisão de carga entre as articulações).
O retorno para a posição inicial deve ser lento e controlado.
Na foto, adicionamos a carga da mola para o braço de cima. Porém isso só deve ser feito depois que o praticante já dominar o movimento no solo.
Coloque a musculatura da cintura para trabalhar, use e abuse das variações mas lembre-se Joseph está de olho em você.
Por Hellen e Monique
Todo lixo jogado nas ruas vai parar nos mares. Mesmo que você esteja longe da praia ou de um rio, tudo o que se joga fora do lugar correto sempre vai para a água. Papelzinho de bala, sacola plástica, guimba de cigarro... Esses e outros objetos, quando jogados na rua, além de sujá-la, acabam nas galerias de águas, carregados pelo vento ou pelas chuvas. E terminam, mesmo que em pequenos fragmentos, em rios, lagos e mares.
Nos rios e mares, esses pedaços de lixo são confundidos com comida por aves e peixes que acabam morrendo por asfixia ou inanição. Afetam até os ovos desses animais, por causa dos resíduos tóxicos. Atingem as tartarugas, que comem estes fragmentos ou ficam entaladas em embalagens. A contaminação da água e a morte dos peixes prejudicam quem depende deles para viver, já que a atividade pesqueira no Brasil gera 3,5 milhões de empregados diretos e indiretos, dos quais 1 milhão são pescadores.
A sujeira deixada na areia da praia, seja o coco do cachorro ou o palitinho de sorvete, acaba arrastada pela maré para alto-mar. Parte dela permanece na água e outra parte volta poluindo os mangues e a praia novamente. Guimbas de cigarros são o lixo mais encontrado em praias e cursos d’água. Composta por 4,7 mil substâncias tóxicas, uma única guimba foi capaz de levar à morte metade dos 20 peixes em um aquário teste. A guimba quando se degrada no chão, também contamina a água subterrânea e o solo.
Jamais jogue lixo na rua, na praia ou em qualquer outro local que não seja a lata de lixo. Separe o que for reciclável para que o material possa ser reaproveitado.
Uma pesquisa feita em duas estações na cidade de São Paulo mostrou que mais de 50% dos detritos sólidos retidos nas grades por onde passa a água são formados por cabelos, fiapos e pelos de animais como cachorros e gatos, causando o entupimento e pane. Também são encontrados fibras de tapetes, vassouras e escovas, plástico, preservativos e cápsulas usadas para armazenar drogas.
Os brasileiros produzem diariamente 8,4 bilhões de litros de esgoto, mas nem metade disso é tratada antes de ser devolvido ao ambiente. As estações de tratamento são importantes para que a água que usamos não seja devolvida sem o devido cuidado aos rios e mares.
Também não jogue pelo ralo ou pelo vaso sanitário: óleo de cozinha usado, solventes, lubrificantes e tintas que não sejam à base de água. Eles podem ser levados a pontos de coleta especiais. Jogue fios de cabelo, pelos e resto de varrição – assim como qualquer tipo de detrito – no lixo.
Pequenos atos podem representar grandes consequências. Faça a sua parte e colabore para deixar o planeta mais saudável.
Fonte: Planeta Sustentável
Por Hellen e Monique
Muitos alunos que procuram o Pilates são praticantes de Yoga e vice-versa. Já aqueles que não conhecem as técnicas nos perguntam sobre as diferenças entre elas, meio que colocando tudo em um pacote só e normalmente nesse pacote ainda cabem palavras como relaxamento, exercícios para preguiçosos ou para quem é zen. Por isso decidimos esclarecer algumas diferenças e dizer o que afinal elas trabalham.
É verdade que existem algumas semelhanças, as duas usam exercícios feitos de forma fluida, controlada e com poucas repetições e visam melhorar a concentração, consciência corporal, equilíbrio, flexibilidade e força usando como principal arma a respiração. Engana-se quem acha que são fáceis ou leves, pelo contrário, exigem bastante do corpo e da mente. Usando o peso do próprio corpo os praticantes são levados a posições e movimentos que requerem força, elasticidade e equilíbrio, tudo junto e misturado. No Pilates ainda fazemos uso de aparelhos com molas que adicionam cargas aos exercícios.
Yoga é uma atividade que além do trabalho físico citado acima, também preza pelo equilíbrio mental e espiritual e o auto conhecimento, e para isso o aluno também será levado a realizar práticas de meditação e desintoxicação buscando uma alimentação vegetariana. Também aprenderá a entoar mantras e a filosofia Hindu que faz parte da espiritualidade da prática. Existem várias modalidades de Yoga, umas mais calmas como a Hatha e outras mais "punks" como a Ashtanga, por isso é bom achar a que melhor combina com você.
Já o Pilates é uma técnica muito mais nova, com foco no corpo e usa a concentração para que o exercício seja feito com a melhor qualidade possível, ou seja, o aluno é levado a contrair os músculos certos para cada exercício e aprenderá a melhorar a sua consciência corporal. Joseph Pilates utilizou seus conhecimentos sobre várias outras técnicas e esportes para criar seu método e uma delas foi a Yoga, o que faz com que as pessoas se confundam um pouco. Também existem aulas de Pilates em vários formatos, ache o seu.
Pelos pontos em comum, o canadense Jonathan Urla fundiu as duas atividades em um método que chamou de Yogilates. O Yogilates na verdade é uma aula metade Yoga e metade Pilates, onde as duas práticas foram respeitadas. É um barato, vale a pena experimentar. Seguindo essa ideia, os instrutores que trabalham com Pilates Contemporâneo podem criar seus exercícios baseados na Yoga, mas assim como Jonathan devem prezar pelos fundamentos e princípios. Portanto só devem ter essa liberdade profissionais formados nos dois métodos, para que possam fazer isso com responsabilidade.
Por Hellen e Monique
Jairzinho é um exercício antigo de ginástica localizada famoso por deixar os glúteos e coxas bem bonitos e torneados. Aqui temos uma releitura dele, porque tudo que é bom deve ser prestigiado.
O aluno começa em pé no Reformer de frente para barra de pés. Um pé na plataforma e outro com a ponta na beirada do carrinho e assim enrola a coluna para baixo até tocar a ponta dos dedos na barra de pés. Após ter esse suporte vai crescer a coluna até deixá-la reta. Caso o aluno não consiga fazer esse movimento de descida do tronco com segurança, o professor deve assisti-lo. O ideal é manter as pernas o mais esticadas possível. Não existe peso nas mãos, elas apenas ajudam no equilíbrio e segurança no aparelho.
Numa variação mais simples, o aluno começa a dobrar o joelho da frente sempre mantendo o mesmo em cima do pé, ou seja, não pode deixar o joelho avançar ou recuar da linha do calcanhar. Então, vai descer até formar um ângulo de 90 graus no joelho ou o máximo que conseguir mantendo o alinhamento da bacia que tende a rodar para o lado da perna que está atrás. Para evitar isso existem algumas dicas verbais como “não deixe a sua cintura fechar ou mantenha o espaço entre as costelas e a bacia”. Não devemos deixar o joelho dobrar além do ângulo reto. A perna de trás se mantém esticada. A partir daí ele volta a subir, esticando a perna da frente até o ponto em que sinta alongar os posteriores, a bacia não desalinhe e a coluna se mantenha reta.
A variação que mostramos no vídeo possui um desafio a mais que é dobrar e esticar a perna de trás mantendo o joelho da frente a 90 graus. Esse movimento causa mais instabilidade e localiza ainda mais o peso do corpo na perna da plataforma. Ele pode ser repetido algumas vezes antes do aluno subir e desfazer o movimento.
Esse é um daqueles exercícios que quanto menos molas maior a dificuldade, mas atenção ao nível e capacidade de seu aluno para não pular etapas.
Alguém aí ouviu falar de amnésia glútea? Nós pilateiros não.
Por Angélica Prazeres
Essa palestra da psicóloga social Amy Cuddy é bem interessante ao mostrar como nossa habilidade de mudança está escondidinha em lugares impensáveis dentro da gente!
Sabe aquela história de fingir ser alguém que você gostaria, ter atitudes "forçadas" como fingir que está confortável, que está se sentindo seguro para dar uma opinião ou para se relacionar com alguém e aí você se engaja tanto nisso que acaba um dia se sentindo de fato seguro e comfornável? Então, parece mesmo que funciona.
Temos uma capacidade incrível de aprendizagem, de aprender só por observar, de aprender tentando ser algo que hoje não somos...não se subestime. Tenha foco, se aventure, se exponha e realmente engaje seus pensamentos nessa mudança que... Um dia seu cérebro muda! Incrível e inspirador.
Vamos parar com essa história de "ninguém muda", "homem nunca muda", "mulher é sempre assim", "não tem jeito". Não gente, a gente muda sim, as pessoas mudam sim e eu tenho o privilégio de ver isso de pertinho todos os dias!
Não só finja até que você consiga, finja até que você se torne!
A linguagem corporal afeta a maneira como os outros nos vêem, mas também pode mudar a maneira como nos vemos. A psicóloga social Amy Cuddy nos mostra como “fazer poses de poder” - ficar numa postura confiante, mesmo quando não nos sentimos confiantes - pode afetar os níveis de testosterona e cortisol no cérebro, e pode até ter um impacto nas nossas chances de sucesso.
"Se você não for quem quiser ser, treine para isso. Finja até que se torne verdade." Talita Muniz
Por Hellen e Monique
Hoje estreamos a nossa coluna A Arte de Pilatear na Revista Pilates.
Estaremos quinzenalmente dando ainda mais dicas sobre esse método maravilhoso que tanto amamos.
Convidamos você para dar uma espiadinha na gente lá também. Esperamos que goste.
Por Hellen e Monique
O exercício desta semana foi o Open Leg Rocker, que foi destrinchado aqui.
Está entre os mais escolhidos da série original do Pilates para fazer aquela pose bem bonita para foto. E não é à toa, ele é bonitinho e nem um pouco ordinário. Assim como o Rolling Like a Ball e o Seal, trabalham esse movimento de balanço que exige bastante do nosso power house.
Enquanto nos divertimos, o core está dando muito duro para o movimento sair exatamente como Joseph encomendou. Apesar de parecer uma brincadeira, temos que tomar bastante cuidado e só aplicar esse exercício para praticantes preparados.
É necessário que o aluno tenha controle, força abdominal, flexibilidade e boa mobilidade de coluna. Um ponto importante também é o posicionamento da cabeça para que o pilateiro não use impulso nela para fazer o movimento. Para variar, tudo começa no power house... E assim vivemos felizes para sempre em um caso de amor incondicional com o nosso corpo.
Por Hellen e Monique
O Open Leg Rocker é um exercício clássico da série intermediária de MAT. É excelente para trabalhar toda a região abdominal, colocando em prática a sincronia entre os músculos supra e infra abdominais.
Você precisará manter seu centro de força ativo, mantendo o abdômen sempre para dentro.Sente ereto e dobre os joelhos trazendo os calcanhares para perto do quadril. Afaste os joelhos na linha dos ombros. Segure os calcanhares e enrole a coluna, fazendo um formato de "C", usando o seu power house. Tente manter o equilíbrio.
Quando conseguir manter-se equilibrado entre cóccix e os ísquios, tire os dois pés do chão e estique as duas pernas, fazendo o formato de um "V" entre o tronco e os membros inferiores. Mantenha os pés afastados na largura do tronco, braços esticados e ombros encaixados.
Leve o queixo ao peito, arredonde a coluna e pense em levar os calcanhares para longe, mire o cóccix para o calcanhar e com esse movimento faça o balanço do corpo para trás até o apoio dos ombros. Cave mais ainda o abdômen para fazer o balanço de novo e voltar para a posição inicial.
Os alunos que estão em transição para o nível intermediário, podem segurar atrás dos joelhos e apenas tentar o equilíbrio. Aos poucos podem avançar fazendo o balanço.
Lembrem-se os exercícios de balanço começam com a contração profunda do centro de força e são feitos com controle total do movimento. É importante que a coluna esteja em "C" sempre e o queixo na direção do peito.
Imagine-se em uma cadeira de balanço movida a power house e divirta-se :)
Por Hellen e Monique
Depois do spinning e das bicicletas aquáticas o ciclismo ficou cada vez mais em evidencia. Com a evolução das bicicletas ergométricas os treinos ficaram ainda mais interessantes, com aulas ritmadas, animadas, que promovem um bom gasto calórico e como são feitos indoor, pode-se treinar independentemente das condições climáticas.
O método Pilates pode ajudar na performance dos ciclistas com a melhora da respiração, coordenação e da consciência dos movimentos, fortalecimento do abdômen, músculos das costas e pernas.
Respiração
Normalmente os técnicos de ciclismo pedem para os atletas acalmarem a respiração e tentarem fazê-la de forma mais profunda. Mas aprender a respirar desta forma enquanto se pedala e bem difícil, por isso o ideal é treinar inicialmente sem a bicicleta, tomar consciência das diferentes formas de respirar (apical= pelo peito, abdominal= pela barriga , lateral= pelas costelas) sem estar montado na bike. Nas aulas de Pilates, o atleta aprenderá que uma respiração mais profunda requer tanto uma longa exalação onde o abdômen será ativado, quanto o uso das costelas na inspiração para que os pulmões possam se expandir de maneira mais completa. Desta forma o cansaço é diminuído. O fortalecimento dos músculos posturais também ajuda no mecanismo respiratório, pois os músculos do tronco compartilham as duas funções. A melhora de um leva à melhora do outro, além do fato do corpo mais alinhado permitir melhor movimentação das costelas.
Coordenação e Consciência
Pedalar pode parecer fácil, mas para um desempenho qualitativo e também para evitar lesões é necessário dominar o corpo e conseguir seguir as instruções dadas pelo professor. O método Pilates é sobre controle. Nas aulas o praticante aprende detalhes sobre seus movimentos e os treina para atingir a perfeição. Esse aprendizado é utilizado para facilitar e dominar melhor qualquer atividade física. Para quem frequenta aulas de spinning e spinning aquático a coordenação também é importante pois essas atividades requerem movimento de braços e troca de posições.
Fortalecimento
Os músculos do centro de força são os mais treinados no Pilates e é deles que você vai precisar para sustentar seu corpo durante a pedalada. Esses músculos são impostantes para melhora da postura, respiração e o fortalecimento deles melhora o equilíbrio e faz com que o atleta fique mais estável para executar o movimento dos membros de forma mais precisa. Saiba mais sobre centro de força aqui.
Além do core, o método também fortalece os membros inferiores o que gera mais potencia e previne o atleta de lesões, já que o ciclismo é uma atividade de movimentos repetitivos.
Como podemos ver mais uma vez, o Pilates pode ser um grande aliado de outras atividades. Procure um estúdio e aprecie sem moderação!
Por Hellen e Monique
Sabemos que ainda existe certo preconceito quanto ao assunto, mas podemos afirmar que lugar de homem é no Pilates sim!
A maior parte do público dos estúdios é feminina, mas vemos que em alguns horários eles dominam as turmas. Vale lembrar que o criador do método foi um homem e que, graças a esses exercícios, manteve um físico invejável até o final de sua vida.
Diferente do que os desinformados acham, Pilates não é só para mulheres e nem só para idosos, Pilates é para todos. Como já se sabe, trabalhamos concentração, postura, respiração, flexibilidade e fortalecimento dos músculos (é verdade que o resultado da hipertrofia não é como o da musculação, mas há ganho concreto de definição e massa muscular). Esse belo conjunto reduz dores, evita lesões, diminui o estresse, melhora a disposição e o bem estar. É super indicado para quem pratica esportes e está sendo cada vez mais incorporado ao treinamento de atletas, como lutadores de MMA e jogadores de futebol.
As aulas são montadas de acordo com as necessidades de cada aluno e existe uma infinidade de exercícios, inclusive com alto grau de dificuldade. Portanto, é bem possível o praticante sair da aula tão ou mais cansado do que quando pratica outras atividades pesadas. Há ainda a vantagem do treino ser desafiante e nunca cair na monotonia, pois sempre surgem novidades no Pilates. O trabalho da musculatura abdominal é intenso já que ela é solicitada em todos os movimentos, mesmo quando o exercício foca braços ou pernas e até em alongamentos.
Você pode ter todos esses benefícios e ainda trocar essa máquina de lavar que você carrega por um belo tanquinho! Vem já pro Pilates.
Por Hellen e Monique
Vem chegando o verão... Com ele, aquele famoso projeto para entrar em forma e fazer bonito na praia. Quem faz Pilates pensa muito além. Pilateiros que se prezam querem manter o corpo bonito e, principalmente, saudável.
O exercício de hoje trabalha os glúteos. Vamos seguir as dicas para ficar com o bumbum durinho, mas se movimentando com qualidade para não prejudicar a lombar, e ainda protegê-la.
Posicione a caixa do Reformer atrás da Cadeira e por segurança mantenha as alças para que o aluno possa apoiar as mãos, de preferência com leveza, pois quanto mais força ele usar nos braços, menos ele usará nas pernas. Ajuste as molas de maneira que elas não ajudem muito, mas o suficiente para que o movimento seja feito com qualidade.
A posição inicial é com um pé todo apoiado na caixa e o outro em ponta na rampa da Cadeira. O tronco já inicia com uma leve inclinação para frente, para que se consiga manter o alinhamento da pelve e haja uma linha reta que segue desde a cabeça até o pé de trás. O praticante começa a dobrar o joelho da perna que está apoiada na caixa, mantendo o da rampa sempre esticado, e o tronco deve acompanhar esse movimento inclinando ainda mais para evitar que se perca essa linha. A descida deve ser feita sem que haja descarga do peso no chão e sem que o quadril entorte. Na volta do movimento o aluno estica a perna da frente retornando o tronco à posição inicial.
Uma dica para este exercício é pedir ao aluno que faça força para empurrar a sola do pé inteira contra a caixa, tanto na subida quanto na descida do exercício, ajudando-o a concentrar todo o esforço nesta perna. O power house e principalmente os glúteos devem trabalhar o tempo todo, em regime de escravidão cruel, para manter o alinhamento da pelve tanto no eixo horizontal (evitando compensações em lordose) quanto no eixo vertical (evitando compensações em rotação). A execução deve ser lenta e suave, sem o uso de impulso ou ajuda de força dos braços.
Mais uma vez, um movimento aparentemente simples mas bem feito pode nos trazer grandes resultados.
Por Hellen e Monique
Quem gosta de correr levanta a mão! Se preparar para corrida é fundamental. Evita que você tenha que interromper os treinos para tratar aquelas dores chatas que aparecem de repente para frear o desempenho e fazer com que a gente tenha que começar tudo de novo. Então fique de olho na dica.
A corrida é uma atividade intensa e, por isso, tanto iniciantes como atletas precisam preparar o corpo de forma adequada para que possam se manter saudáveis em seus treinamentos. Para melhor desempenho, os corredores precisam ter domínio sobre a respiração, concentração e controle de tronco, por isso, o método Pilates pode ser um grande aliado.
O treino do centro de força melhora a estabilidade dinâmica de tronco e fortalece e educa os músculos respiratórios. Além disso, a corrida é uma atividade cíclica, então exercícios de fortalecimento, alongamento e propriocepção são necessários para evitar lesões por repetição. Também, a melhora na postura e no alinhamento do corpo ajuda a distribuir melhor o impacto evitando a sobrecarga em um ponto específico.
Não é raro vermos pessoas interrompendo seus treinos com dores e lesões, previna-se! Para realizar qualquer atividade devemos estar preparados para elas, por isso venha pilatear!
Por Hellen e Monique
Adoramos essa época do ano em que temos o sol até de noite. Dá uma preguiça na hora de acordar, mas podemos sair do trabalho e treinar aproveitando essa claridade linda e ainda ver o sol se pôr, ou como diria Maria Gadú, "vendo o sol beijando o mar, toda vez que ele vai repousar".
No entanto a razão do horário de verão é ainda mais nobre, ele foi criado como uma tentativa de economizar energia aproveitando a luz natural. Deu certo. Por isso, todos os anos ajustamos nossos relógios para garantir uma média de 4% a menos no gasto de luz no horário de pico que é entre 18 e 21 horas. Gente, parece pouco, né? Mas, esse ano, estamos falando de uma estimativa de economia de R$ 278 milhões em termos de geração de energia segundo o site da Agência Brasil. Em outros termos, segundo a mesma fonte, a economia gerada pelo horário de verão equivale a 2 mil megawatts, ou seja, a produção de 3 turbinas de Itaipu. É bom ou não é?
Além disso, podemos fazer nossa parte trocando, dentro do possível, nossas lâmpadas para LED, que consomem menos, evitar luzes acessas sem necessidade e não deixar os carregadores de celulares e eletrônicos nas tomadas quando eles não estiverem carregando, por exemplo.
Vamos fazer nossa parte, entre você também na campanha: Gastar energia, só se for no pilates.
Por Hellen e Monique
O Control Balance é um exercício avançado da série de MAT original de Pilates. Não satisfeito em fazer exercícios como o Roll Over, Jack Knife e Scissors, Joe integrou os três e o resultado só poderia ser maravilhoso. Antes de partir para o Control Balance tenha certeza de que você domina os outros.
Esse exercício não é indicado para quem tem problemas cervicais.
Comece deitado em decúbito dorsal com os braços ao longo do corpo e as pernas esticadas e juntas, em uma angulação de 45 graus com o solo. Faça o Roll Over concentrando a força no power house, movimentando vértebra por vértebra, empurrando o umbigo cada vez mais para dentro e mantendo os braços alongados. Fique atento para rolar apenas até a linha dos ombros, mantendo o peso do corpo sobre as escápulas e não sobre o pescoço.
Circule os braços e leve as mãos até os pés. Esta parte é importante para o sucesso do exercício. Não deixe seus ombros subirem enquanto as mãos vão ao encontro dos pés, pense em deslizar as escapulas para baixo assim você terá um melhor apoio no chão para executar o exercício mantendo o equilíbrio.
Mantenha suas pernas esticadas, os pés em ponta, segure o pé direito e leve o pé esquerdo para o teto mantendo o equilíbrio. Desça a perna esquerda e troque as mãos. Segurando firmemente o pé esquerdo eleve a perna direita. Você não pode cair e precisa se manter no roll over com a coluna enrolada e imóvel enquanto faz o movimento das pernas. Para isso mantenha seu power house funcionando o tempo todo para manter a pelve estável.
Repita de 3 a 4 vezes, volte a juntar as duas pontas dos pés ao chão, circule os braços de volta a linha do corpo e desenrole a coluna devagar e sem desabar.
Por Vanessa Pacheco
A beterraba (género Beta L.) é uma planta herbácea da família das Quenopodiáceas, por Cronquist, ou das Amarantáceas, pela APG. Nome derivado do substantivo francês betterave (sendo bette a acelga, e rave nabo).
Cada 100 gramas de beterraba contém:
Calorias - 49kcal
Proteínas – 1,9g
Gorduras – 0,1g
Vitamina A - 2 U.l.
Vitamina B1 (Tiamina) - 50 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) - 50 mcg
Vitamina B5 (Niacina) - 0,600 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) - 35,2 mg
Potássio - 350 mg
Sódio - 95 mg
Fósforo - 40 mg
Cálcio - 25 mg
Zinco - 0 mg
Ferro - 2,50 mg
Manganês - 0,5 mg
A beterraba é fonte de vitaminas A e C, ácido fólico, fósforo, potássio, manganês, magnésio, além de ser rica em fibras. Muito se fala no benefício da ingestão deste tipo de alimento para praticantes de atividade física, além da contribuição da melhora a concentração e do sistema imunológico, antioxidante e atividade antiinflamatória.
De acordo com um estudo publicado no “Jounal of Applied Physiology” beber suco de beterraba pode aumentar a resistência física e ajuda a prolongar o tempo de exercício em mais de 16%. O nitrato presente no suco desse vegetal reduz a necessidade de consumo de oxigênio, diminuindo a sensação de cansaço, além de auxiliar no controle da pressão arterial. Eles acreditam que isso ocorre na transformação do nitrato em óxido nítrico, que é vasodilatador com capacidade de reduzir a quantidade de oxigênio exigida pelo organismo durante a prática do exercício.
Lembrando que o seu consumo excessivo pode causar diarreia, dores abdominais e náuseas.
Receita de Suco de Beterraba:
01 cenoura picada
½ beterraba em cubos
½ litro de água
Modo de preparo: Bater no liquidificador e beber sem coar.
Por Hellen e Monique
Deite de barriga para cima com as duas pernas esticadas para o teto e com os pés em rotação externa (base Pilates ou Pilates stance). Os membros superiores iniciam ao longo do corpo.
Expirando suba os braços para o teto e continue levando-os para trás até a linha da cabeça. Nesta primeira expiração é necessário que se comece a ativar o centro de força, contraindo o períneo e ao sentir a barriga indo para dentro aproveite para cavar ainda mais o abdômen. Pressione um calcanhar contra o outro, leve o cóccix em direção aos calcanhares (se você tem a lombar retificada, não exagere no encaixe da pelve, lembre-se que ela deve estar neutra) e contraia os glúteos na intenção de aproximar os ísquios. Os braços vão até o ponto que as costas não saiam do chão, e para isso pense em afunilar as costelas como se quisesse diminuir a cintura. Nesta posição comece a descer a perna a um ângulo de 45 graus. Este movimento é muito desafiador para a coluna e requer muita força no power house. Portanto quanto mais a perna desce, maior a contração nesta região e mais a barriga tem que ir para dentro. Pense que as pernas querem ir para longe. Não deixe acontecer nenhum movimento em sua lombar. Leve os braços para frente na direção de suas pernas e suba o tronco levando o queixo em direção ao peito e ativando ainda mais seu centro. Lembre-se de ir mais para o alto do que para frente. Suba até que braços e pernas fiquem paralelos, mantenha seus ombros baixos e peito aberto, segure por três segundos e desça o tronco enrolando a coluna. Para isso, expire e comece mandando o cóccix para os calcanhares, continue pressionando uma perna contra a outra e mantendo a contração dos glúteos. Cave o abdômen e apoie uma parte da coluna de cada vez no chão.
A Teaser é o exercício favorito dos praticantes de Pilates porque testa ao máximo o controle do centro e é uma ótima maneira de monitorar o seu progresso.
Saiba como se preparar para esta etapa em:
Por Hellen e Monique
The Teaser é um exercício intermediário para avançado da série Original de Joe. É extremamente desafiador, portanto se você o acha difícil, saiba que não está só. Não é para iniciantes porque requer força, flexibilidade, mobilidade da coluna, controle e equilibro. No entanto, não se desespere, existe um passo a passo para se chegar aquela tão sonhada pose final. Decidimos então fazer dois posts, um explicando o preparo e outro falando sobre a execução da Teaser.
As orientações são dadas para que os instrutores façam o exercício e sintam todas as dificuldades e como as informações podem ajudá-los a organizar melhor o corpo e assim melhor orientar seus clientes.
Preparação I – Deite de barriga para cima, com os joelhos flexionados e juntos. Os pés ficam apoiados no chão com os calcanhares unidos e pontas dos pés separadas formando entre si um ângulo de 30 graus (base Pilates ou Pilates stance). Os membros superiores iniciam esticados para o teto.
Comece levando os braços para trás, expirando e contraindo o períneo, aproveitando esta força para sentir seu abdômen indo para dentro e cave cada vez mais. Pressione uma perna contra a outra, mire o cóccix para os calcanhares para estabilizar a pelve. Enquanto os braços vão para trás a tendência é as costas levantarem do chão arqueando a coluna em extensão, mas não podemos permitir essa compensação, por isso, na hora de ativar seu power house pense em afunilar as costelas, só leve os braços até o ponto em que você não afaste a coluna do chão.
Volte os braços inspirando e quando chegar à altura dos ombros suba a cabeça mirando o olhar nos joelhos. Continue subindo mantendo a força no core e pensando mais em ir para cima do que para frente. Suba até o ponto em que consiga concentrar a força apenas no seu abdômen mantendo os ombros longe das orelhas e o peito aberto. Sustente por três segundos e desça enrolando a coluna, sempre mirando o cóccix para os calcanhares e cavando seu abdômen. Quando a cabeça tocar o solo os braços devem ir para trás começando o movimento outra vez.
Esta variação prepara e testa o power house para o Full Teaser.
Preparação II: A única diferença da preparação I é que um dos membros inferiores deve permanecer esticado, com a coxa grudada na outra perna, que ficará dobrada com o pé no chão. Comece o exercício exatamente como explicado acima e lembre-se de sempre crescer como se quisesse separar o tronco na linha da cintura.
Esta variação estabiliza a parte inferior do corpo enquanto aumenta a força do core.
No preparo para a Teaser é importante também treinar outros exercícios que trabalham a mobilidade da coluna como o Roll Up, Rolling Back (Rolling Like a Ball), Spine Stretch (Spine Strech Foward), por exemplo.
Quando tudo estiver sobre controle, é hora de tentar a Teaser I. Treine firme e boa sorte.
Saiba como evoluir em:
Por Hellen e Monique
A Fibromialgia é uma síndrome reumática crônica, ou seja, existe o controle, mas ainda não há cura definitiva. Porém não é uma doença progressiva e nem fatal. Manifesta-se por dor no corpo todo e essa costuma ser a queixa principal dos pacientes que muitas vezes não conseguem definir onde dói. É caracterizada por dores musculares difusas, dor sob pressão em diversos pontos específicos (tender-points, tendões e articulações), fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, alterações gastrintestinais e depressão.
É uma doença não inflamatória, por isso não gera deformidade física nem sequelas, mas seus sintomas são incômodos a ponto de diminuir o rendimento profissional e prejudicar a qualidade de vida.
A causa é desconhecida, mas acredita-se estar relacionada a fatores emocionais, como o estresse, e hormonais, como o baixo nível de serotonina. Acomete de 2 a 8% da população sendo 90% mulheres entre 30 e 50 anos. Estudos mostram que pessoas com fibromialgia têm um limiar menor para dor e que ela é diferente, pois mesmo que não existam lesões a sensação dolorosa está presente.
Não há nenhum exame que faça o diagnóstico da doença, ele é inteiramente clínico onde o médico mapeia os pontos dolorosos e cruza com o relato de outros sintomas. Todas as queixas devem ser levadas em consideração para se traçar um tratamento adequado, por isso, normalmente além dos medicamentos é recomendada atividade física regular, terapia, acupuntura e massagem.
Os exercícios são um grande aliado na melhora da dor e do humor, mas deve-se tomar cuidado com o excesso de esforço físico, pois é um dos fatores que pode aumentar as dores. Portanto as atividades devem ser de leve a moderadas como yoga, caminhada, hidroginástica e Pilates, onde o instrutor pode planejar a aula de acordo com as necessidades do aluno.
Entender que o tratamento é multidisciplinar, envolvendo mente e corpo é fundamental para o controle e melhora dos sintomas. Faça os ajustes necessários em sua vida, não arraste problemas, resolva-os, diga não sempre que for preciso, saia de férias, almoce com amigos, divirta-se mais, tome seus medicamentos, ache uma atividade física que lhe dê prazer para que possa realizá-la com regularidade.
Cuide-se, sua melhora depende mais de você do que de qualquer outra coisa.
Hellen e Monique
Perto do dia das crianças viemos alertar os pais para a falta de atividade física na infância.
Os problemas posturais estão aparecendo cada vez mais cedo, já que os baixinhos estão deixando de brincar na rua, fazer esportes e se exercitar e ficam em casa em seus computadores, celulares e vídeo games. Além de não se movimentarem mais, eles permanecem horas a fio sentados ou deitados de qualquer jeito enquanto mergulham no mundo virtual.
O nosso corpo já tende a trabalhar de maneira assimétrica devido a dominância de um lado sobre outro. Ao iniciar a vida escolar, essa diferença aumenta, pelo tempo que é gasto mal sentado em sala de aula, normalmente de cabeça baixa escrevendo. Fora o peso absurdo das mochilas que fazem com que a coluna fique curvada e os ombros tensos. Para melhorar tudo isso é essencial que a criança tenha o momento da brincadeira na rua ou parquinho e que também faça um esporte.
Nos estúdios de Pilates existem muitos pais que curtem o método e querem colocar os filhos para pilatear também, mas como adaptar essa atividade para o mundo infantil?
Para isso é necessário usar uma linguagem mais lúdica e imagens para que a criança entenda melhor o que ela deve fazer e se interesse mais na atividade. Usar acessórios e exercícios que simulem brincadeiras também ajuda. Para os pais que procuram Pilates para seus filhos é importante saber que o ideal é não misturar crianças e adultos na mesma aula, porque ficaria chato para os pequenos e bagunçado para os mais velhos. É indicado que o profissional tenha experiência e formação adequada para trabalhar com a criançada, assim conseguirá ter a dose certa de seriedade e brincadeira para administrar a aula de forma segura, produtiva e ao mesmo tempo divertida e interessante.
Tire seus filhos do sofá, isso fará
com que eles construam corpos mais saudáveis.
Por Hellen e Monique
O Single Leg Stretch é o primeiro da sequência de cinco abdominais da série original do Pilates, em que o foco sempre é dar aquela surra no abdômen e ainda de quebra trabalhar o alinhamento pélvico e o alongamento das pernas. Quando falamos em alongamento significa não só sentir aquele estiramento nos músculos, mas também pensar em abrir espaço dentro das articulações na intenção de decoaptá-las.
O aluno inicia deitado com as pernas fazendo ângulo reto no quadril e joelhos, pés em base Pilates com calcanhares sendo pressionados um contra o outro e antepés com angulação de 30º, abdômen, períneo e glúteos ativados, mantendo uma força como se houvesse a intenção de abrir a pelve e unir os ísquios. Com os braços sempre alongados como se as mãos estivessem sendo puxadas para longe, ele deve subir o tronco até a altura em que as escápulas levantem deixando apenas suas bases tocarem o chão e deve sustentá-lo no alto até o final do exercício. O movimento consiste em dobrar uma perna em direção ao peito com a mão contra-lateral tocando o joelho e a mão do mesmo lado o tornozelo, enquanto a outra perna estica em direção ao teto, de maneira fluida e alternada, isto é, enquanto uma perna está dobrando a outra está esticando. Essa posição das mãos evita que o joelho desvie para dentro, ou seja, evita a rotação interna.
À medida que o aluno evolui, essa extensão da perna pode ser feita em uma altura cada vez mais baixa, até que chegue a linha do olhar, mas sempre tomando o cuidado para que não haja compensações na pelve e na lombar. Joseph não curtia zumba, pelves soltas e rebolantes! Pilates tinha fixação por pelves neutras, estáveis e abdômens negativos. Portanto, faça tudo que seu mestre mandar!
PS: Na série original o aluno sai do Rolling Back para o Single Leg, portanto ainda sentado sem os pés no chão, abraça uma perna, mãos posicionadas da maneira explicada acima, e enquanto rola para trás até o ponto em que as bases das escapulas toquem no chão, vai esticando a outra perna para longe.
07-10-14 - Workshop com Tim Fleisher
Por Hellen e Monique
Oi Gente, Vocês não podem perder o Workshop: Posicionamento Muscular e Dinâmicas de Força do instrutor internacional da Stott Pilates Tim Fleiser no Espaço T'ai - Pilates, Yoga e Dança, no Clube Marapendi no Rio de Janeiro. Restam poucas vagas e já é na segunda 13/10/14, corram. Nós já garantimos nossa presença.
Quem estiver interessado mande e-mail para: inscricao@espacotai.com.br ou vai lá no Facebook do T'ai.
Por Hellen e Monique
Querida por nós, mulheres, a drenagem linfática nunca sai de moda, mas será que você sabe tudo que precisa para contratar um bom profissional?
Frequentemente nos perguntam sobre a massagem, então resolvemos esclarecer alguns pontos importantes sobre o assunto e antes de qualquer coisa, precisamos entender um pouco sobre como funciona o nosso corpo.
O responsável pela oxigenação e nutrição de todas as estruturas do corpo é o sangue. O sangue viaja nas artérias de onde o plasma extravasa para os tecidos nutrindo-os e depois das trocas metabólicas o líquido deve retornar ao coração através dos vasos e gânglios linfáticos. Uma vez dentro dos vasos o líquido passa a ser chamado de linfa.
A linfa contém, além de outras substâncias, resíduos e toxinas, restos do processo metabólico. Quando o sistema de drenagem não funciona direito ocorrem os edemas, inchaços.
A drenagem linfática manual é uma técnica de massagem que tem como função ajudar o resgate deste líquido, estimulando o linfático a trabalhar de forma mais rápida e eficiente. Esse processo elimina toxinas e fortalece o sistema imunológico, pois o sistema linfático produz células de defesa como linfócitos, monócitos e plasmócitos que ajudam no combate à vírus e bactérias.
Atenção na escolha do profissional e da técnica de massagem, pois para funcionar a drenagem deve ser feita com destreza. Aqui vão algumas dicas:
- O sistema linfático é muito superficial, para alcançá-lo não é necessária força alguma de modo que a mão do profissional deve tocar a pele de forma muito leve. Por esse mesmo motivo prefira a drenagem manual, que é a mais eficiente, pois as máquinas têm toques pesados.
- Esse sistema não tem uma bomba central, o que faz a linfa “viajar” dentro dos vasos de forma lenta e sob baixa pressão, por isso a massagem deve ser feita dessa forma, ou seja, lentamente.
- O profissional deve “grudar” a mão na pele do paciente para direcionar a linfa suavemente seguindo o caminho dos vasos em direção aos gânglios linfáticos, por este motivo não deve ser feito uso de cremes, pois estes tornam impossível a aderência da mão na pele.
Então, nada de cremes, força, pressa, máquinas, dor ou manchas roxas na sua sessão de drenagem. Fique de olho para aproveitar todos os benefícios da técnica.
Por Hellen e Monique
A Fitball, também conhecida como Bola Suíça ou Bola de Pilates é um dos instrumentos de tortura mais utilizados em academias e estúdios de Pilates.
Domar essa fera não é fácil. A instabilidade gerada pela bola obriga o corpo do praticante a recrutar um maior número de músculos e de maneira coordenada, principalmente a musculatura estabilizadora do tronco. Esses músculos estão localizados em camadas mais profundas tendo ligação direta com a coluna e são essenciais para sua proteção, pois antes de começarmos qualquer movimento, eles entram em ação preparando o tronco para o que quer que esteja por vir, seja um exercício super difícil ou mesmo um movimento do dia a dia. Portanto fortalecer esses anjos da guarda da coluna é de extrema importância.
Como Pilates era fissurado nessa musculatura, por que não unir o útil ao agradável?
Mais sobre bases instáveis aqui.
02-10-14 - Outubro Rosa
Por Hellen e Monique
Gente, outubro é o mês da campanha contra o câncer de mama.
Queremos todas com telefone na mão agendando suas mamografias. Esse exame deve ser feito anualmente e é de extrema importância para o diagnóstico precoce e para o sucesso do tratamento.
Avisem as amigas e marquem em cima!!!
Nada de desculpa, arrume um tempo para você. Quem se ama se cuida.
Por Hellen e Monique
As flexões de braço fortalecem não só os membros superiores, como também exige grande esforço do core.
Em muitos casos, o praticante não consegue realizá-las adequadamente não por falta de força nos braços, mas por fraqueza da musculatura abdominal. O ideal é que o tronco faça uma linha reta desde o calcanhar até a cabeça, mantendo a posição de prancha, sem que o praticante jogue o quadril para o alto e desça só com os ombros ou o contrário, que jogue os ombros para o alto e desça só com a bacia.
Por isso, o Power House deve se manter ativado durante o movimento e os glúteos contraídos para ajudar na estabilização da pelve. A cintura escapular deve estar estável, evitando que os ombros subam para as orelhas e que a cabeça se projete. As mãos devem se posicionar abaixo da linha dos ombros e ligeiramente afastadas da largura do tronco.Para evitar sobrecarga nos punhos, o peso deve ser deslocado mais para a base da mão (calcanhar na mão) em sua região ulnar (lado em que se encontra o dedo mínimo), onde há maior espaço dentro da articulação.
No Pilates, podemos realizar as flexões de braço em todos os aparelhos e ainda utilizar acessórios para facilitar ou dificultar o movimento. No vídeo, realizamos uma variação em que exigimos um trabalho ainda maior do abdômen e dos estabilizadores da cintura escapular, em uma posição facilitada (com os joelhos apoiados no Reformer) e uma mais desafiadora (sem o apoio dos joelhos). Quanto maior a flexão do cotovelo, maior é o grau de dificuldade do exercício, portanto aluno e instrutor devem estar atentos para que o exercício seja realizado em uma amplitude que não cause as compensações.
Fazer as flexões de braço corretamente não é tarefa fácil. Não é por acaso que elas são usadas como punição nos quartéis e como rotina no Pilates. ;)
30-09-14 - Pilates, Boa Companhia e Roupas Lindas, Quem Consegue Resistir?
Por Hellen e Monique
Fomos nos exercitar na Lagoa e além da super paisagem, já nossa velha conhecida e parceira de atividades, nos deparamos com uma linda Arara, fazendo uma algazarra na árvore. A visitante inusitada, a temperatura agradável e a leve brisa nos lembraram de como é gratificante pilatear ao ar livre e em boa companhia.
Às vezes, é bom separar um exercício e suas variações para estudar, tirar todas as dúvidas e praticar bastante. Desta vez, escolhemos a prancha lateral, em breve faremos o post aqui. Enquanto isso sugiro que leiam o post sobre Exercícios Isométricos. Sabemos que Pilates fazia bom uso deles ;)
Ah, e não podemos deixar de falar sobre o nosso look da Bro Fitwear que é o máximo. Quer ver mais looks da Bro da uma passadinha lá no facebook.
Por Angelica Prazeres
Melhor fazer Yoga, Pilates ou um esporte do que ir a um psicólogo. Pode ser. Pode ser mesmo.
Uma das atividades mais estudadas, atualmente, dentro da Psicologia é a meditação. Os psicólogos do mundo inteiro estão fascinados com os efeitos benéficos do controle da nossa mente através da respiração e da interação mente e corpo. Os orientais já sabem disso há séculos, né? E agora os ocidentais estão tentando trazer a meditação para nosso estilo de vida, pois acho pouco provável que alguém que trabalhe 10hs por dia, ainda tenha gás para chegar em casa e fazer todo aquele passo a passo da meditação. Mas funciona, pode crer! Para os mais céticos, já há pesquisas científicas demonstrando os benefícios. Para os mais abertos, basta se inscrever num curso de meditação (no Rio tem vários) e você vai sentir na pele, ou na cabeça ;).
Então, eu concordo sim, que fazer meditação pode acrescentar muito no seu dia a dia. E o bom é que depois que você aprende, passa a fazer sozinho (ah, a Terapia Cognitivo-Comportamental também tem esse objetivo: que a pessoa seja seu próprio terapeuta). Se você curte esse tipo de coisa, acho que deveria tentar!
E a atividade física? Alguém tem alguma dúvida que faz bem para o corpo e para alma? Atividade física diária é uma das melhores coisas que podemos fazer por nós. Sabe aquele caminho de 20 minutos que você faz de carro para o trabalho, se você conseguisse transformar em 40/50 min de bike, seria perfeito. Mas esse é o problema da atividade física, requer persistência, organização, motivação. Mas não há dúvida alguma que regula nosso corpo, ajuda MUITO na ansiedade, melhora o sono, a libido e o desempenho sexual (traz mais disposição, né?), influencia na escolha de alimentos mais saudáveis, ajuda a parar de fumar, etc etc etc. São mil os benefícios. E, pelo que andam mostrando vários estudos, ainda nos deixa mais longe do famoso alemão, aquele que traz esquecimento.
Então, ótimo! Acho que se você é uma pessoa que consegue incluir na sua vida uma atividade que conecta seu corpo e mente e ao mesmo tempo te dá mais controle emocional, faz atividade física regularmente e está satisfeito com sua vida, muito provavelmente você não precisará sentar num divã... Acho bem possível que consiga desenvolver, gradualmente (vivendo!), as estratégias emocionais que nos protegem e nos guiam para uma vida equilibrada.
Agora se está difícil até mesmo visualizar qual o melhor caminho para você seguir, se é muito ansioso, se é daquele tipo reclamão (que eu chamo carinhosamente de "chatinho"), se tem uma dificuldade em fazer suas próprias escolhas, se é mega desorganizado a ponto disso afetar sua vida, se tem dilemas existenciais que te sufocam, talvez além da meditação e do exercício valha procurar um terapeuta.
Quando você vai a um terapeuta, você não faz um contrato de tempo. Você vai enquanto você quiser ir. Não esqueça que apesar de todo o assunto envolvido, a terapia é um serviço que um profissional está prestando e que você está contratando. Se você não estiver interessado ou sentir que outras coisas te beneficiariam mais, basta você sair da terapia (é de bom tom, comunicar ao terapeuta que você vai dar um tempo ou que não vai mais a terapia).
Eu tenho a impressão que existe um momento para fazer terapia. Não estou falando das pessoas que claramente estão passando por uma situação mais severa (uma depressão, ou que tem algum transtorno mental), essas eu defendo muito que a TCC pode ajudá-las, e possivelmente um médico psiquiatra também.
Estou falando das pessoas que sentem uma insatisfação ou uma desorientação e já tentaram vários caminhos e nada, continuam naquele marasmo, naquela mesma impersistência, naquela espécie de infelicidade que não tem motivo para ser, e que não é bem uma infelicidade, mas também não é felicidade, sabe? Então, de repente chega um momento que estamos mais abertos a receber de uma outra pessoa alguma orientação que pode nos ajudar a buscar essa mudança...
O fato é o que já dizia o poeta: "Tudo vale a pena, se a alma não é pequena."
Fernando Pessoa
Por Hellen e Monique
A prática regular de exercícios físicos libera endorfina (saiba mais aqui), melhorando assim o humor e a auto-estima. Também ajuda a combater e até prevenir o estresse e depressão. Alguns estudos mostram que se feitos ao ar livre são ainda mais eficazes aos fatores psicológicos.
Se você é fissurado em resultados, saiba que variações de temperatura, resistência do vento e terrenos diferentes (que geram instabilidade) podem deixar o treino mais extenuante, despender mais energia e, como ambientes externos são normalmente mais motivadores, seu treino pode acabar durando mais do que o planejado.
Joseph Pilates, lá em 1945, também tinha sua opinião em relação a isso e escreveu em seu livro Retorno a Vida Através da Contrologia: “Nunca deixe de pegar sol e todo o ar fresco que você puder. Lembre-se que o seu corpo também "respira" através dos poros de sua pele. Os poros da pele limpos e abertos permitem a transpiração para eliminar ininterruptamente os venenos de seu corpo.” Sábio alemão.
Independente da sua atividade, praticar junto à natureza trará bons resultados, mas não esqueça de seguir os conselhos de um profissional, de evitar os horários mais quentes, usar roupas adequadas e ter sempre a mão o filtro solar e uma garrafa de água.
Por Hellen e Monique
Swan Dive é um exercício da série Original de Pilates, classificado como intermediário para avançado. Assim como todos os exercícios, Joseph o desenvolveu no solo e depois o adaptou para os aparelhos. Além de trabalhar a mobilidade em extensão da coluna vertebral, fortalece os músculos do dorso, da cintura escapular, abdominais, glúteos, ísquios tibiais e adutores da coxa, e alonga abdominais, flexores de coxa e quadríceps, mas não é um exercícios para todos. Se o aluno é iniciante deve começar com o Swan e se tiver alguma patologia na coluna talvez não consiga fazer esse exercício. É importante respeitar os limites de cada um.
Iniciaremos com o Swan.
O aluno começa deitado em decúbito ventral (de barriga para baixo), coloca as palmas das mãos apoiadas no chão logo abaixo dos ombros com os cotovelos fechados. Os ombros devem ficar longe das orelhas do início ao fim do exercício. No início é permitido que as pernas fiquem afastadas na largura dos ombros com uma leve rotação externa, mas com a evolução elas devem ficar unidas com os calcanhares pressionando um contra o outro. Comece ativando o abdômen, contraindo para dentro como se quisesse tirar o umbigo do chão e essa contração deve permanecer durante todo o exercício.
Na inspiração inicie a extensão ao mesmo tempo em que os braços são acionados pressionando as palmas das mãos contra o chão. A intenção é que a extensão aconteça ao longo de toda a coluna e não somente na lombar. Os cotovelos ficam fechados, a cabeça alinhada a coluna e os quadris apoiados no chão. Proteja a lombar ativando o power house e mandando o cóccix para o chão e progrida aos poucos na extensão.
A segunda evolução é o Swan With Neck Roll e só então devemos evoluir para o Swan Dive.
Na evolução para Swan Dive, continue a extensão até esticar os cotovelos e solte as mãos do chão levando os braços esticados até que fiquem na linha das orelhas. Mantenha a extensão da coluna, os abdominais acionados, glúteos e adutores contraídos e ombros longe das orelhas enquanto o corpo balança para frente em direção ao chão. Conforme o corpo balança, mantenha um longo arco, isso fará as pernas elevarem quando o tronco baixa e vise-versa. Tendo esse movimento dominado. Pode-se levar o aluno para a cadeira.
O mesmo movimento é feito na cadeira. Posicione o aluno em decúbito ventral com a bacia apoiada na cadeira pernas estendidas, unidas e com leve rotação externa, os calcanhares devem estar juntos e um deve pressionar o outro. As mãos devem estar apoiadas na rampa e os cotovelos estendidos. Com os glúteos, adutores já ativados, acione o assoalho pélvico e o core, como se fosse prender o xixi e levando o umbigo para dentro e só então comece a extensão que deve acontecer ao longo de toda coluna. Mantenha a cabeça no alinhamento da coluna. Então comece o movimento de volta e continue descendo até apoiar a rampa no chão, nesse momento os cotovelos flexionam e se mantém fechados. Conforme o tronco desce as pernas sobem até o ponto em que não haja sobrecarga na lombar. Então o exercício continua com o balanço do corpo.
Lembre-se que esse exercício é avançado. Como todos os movimentos do Pilates são executados com fluidez e controle, o exercício pode passar a impressão de ser mais fácil do que realmente é.
Por Hellen e Monique
Existem vários mitos e dúvidas quanto a esse assunto e hoje tentaremos esclarecer resumidamente alguns pontos. Mesmo em repouso, o corpo necessita de energia para manter as funções fisiológicas básicas, como a respiração e o funcionamento dos órgãos. O armazenamento e liberação de energia ocorrem por meio de diferentes reações químicas. Durante a atividade muscular esses processos acontecem por três vias, dependendo da intensidade e duração dos exercícios.
- Via anaeróbica alática: É um processo que requer poucas reações químicas e fornece energia de forma rápida através de uma molécula presente no músculo, a Creatina-Fosfato, proporcionando potência muscular máxima por um período de até 8 a 10 segundos. É utilizada em movimentos de duração bem curta, como pegar um objeto no chão, subir poucos degraus de uma escada ou chutar uma bola.
- Via anaeróbica lática: Utiliza a quebra da glicose (presente no sangue e também armazenada na forma de uma molécula mais complexa no fígado e músculos) como fonte de energia, é uma via mais potente, mas possui a desvantagem de produzir ácido lático, que causa dor e queimação durante a atividade muscular. Esse ácido inibe o próprio mecanismo de contração após alguns segundos de trabalho do músculo (vale lembrar que aquela dor muscular tardia, sentida horas após o exercício, nada tem a ver com esse ácido, e sim com o processo inflamatório que ocorre para o reparo das fibras musculares (leia mais sobre isso aqui). Tem duração intermediária, entre 10 segundos e 2 minutos. Subir um lance maior de escadas ou fazer séries de musculação e Pilates fazem uso dessa via.
- Via aeróbica: Utiliza a glicose e a gordura e em menor proporção, a proteína. É a única das vias que envolve o oxigênio em suas reações. Demora de 1 a 2 minutos para funcionar efetivamente, pois depende de muitas enzimas e processos mais complexos. É ativada em atividades de longa duração e intensidade moderada, como caminhadas, corridas e pedaladas em grandes distâncias.
O que acontece na prática é que a ação dessas vias ocorre simultaneamente, embora exista a predominância de uma determinada via sobre a(s) outra(s), dependendo de fatores como a intensidade e a duração do exercício, a quantidade de reservas disponíveis em cada processo para produção ou utilização imediata. Assim, quanto mais longa for a atividade, maior será a participação da via aeróbica e portanto, da queima de gordura. E quando se fala que um exercício aeróbico deve ter duração mínima de 30 minutos, a intenção é ocorrer um gasto energético considerável e o condicionamento dos sistemas respiratório e cardíaco.
Agora ficou claro que a afirmação de que o exercício é aeróbico sempre que há aumento da frequência cardíaca é totalmente infundada. Qualquer esforço leva a um aumento dos batimentos, mas nem todo esforço caracteriza uma atividade aeróbica.
Por Hellen e Monique
Quando pequeno, Joseph Pilates foi diagnosticado com asma e raquitismo, então começou a fazer exercícios, o que o fez forte e o livrou das crises. Por isso, criou o seu método tendo como missão construir corpos equilibrados e saudáveis, mantendo-os mais resistentes às enfermidades. Durante sua vida estudou os movimentos do corpo e chegou à conclusão de que o homem não pode parar de se mexer e deve fazê-lo de forma correta, senão perde esta capacidade progressivamente, assim planejou seus equipamentos com a intenção de garantir que as pessoas pudessem se exercitar e, ao mesmo tempo, manter a postura.
O primeiro de seus equipamentos a ser criado foi Universal Reformer (nome original do Reformer). O aparelho assim foi chamado porque “reforma” o corpo como um todo. Permite exercícios em todos os planos de movimento e faz com que as pessoas se mexam de forma completa.
Seu sucesso veio porque mesmo sendo pequeno e de fácil construção é extremamente versátil. Em princípio foi construído utilizando uma cama e molas de colchões para reabilitar soldados feridos na Primeira Guerra Mundial. Sendo assim, o aparelho data desta época.
Segundo Pilates, começar a exercitar-se em decúbito dorsal aliviaria as cargas nas articulações, além de permitir o alinhamento correto do corpo com mais facilidade. Foi então que usando os mesmos princípios da série de Mat, Pilates criou mais de 100 exercícios no aparelho, divididos em três níveis: básico, intermediário e avançado. Todos os exercícios evoluem de forma gradual e precisa, como não poderia deixar de ser já que Joseph era alemão.
O Reformer permite múltiplas possibilidades de movimentos que trabalham força, flexibilidade, coordenação motora, postura, estabilização e mobilização articular, por isso é um aparelho completo e o queridinho entre os alunos.
Por Hellen e Monique
O posicionamento da pelve está intimamente ligado ao da coluna lombar, por isso é importante prestar atenção na sua estabilização durante os exercícios. Quando o aluno bobeia na execução, acaba usando outra musculatura ao invés dos músculos alvo, o que não é interessante para o fortalecimento e ainda pode ser perigoso.
Movimentos de flexão da articulação do quadril tendem a gerar uma retroversão da bacia (bacia encaixada) e os de extensão, uma anteversão (bumbum empinado). Neste exercício, o ideal é que os movimentos ocorram isoladamente nos membros inferiores, sem que haja compensações na pelve e consequentemente na lombar. Sendo assim, mais uma vez entra em cena o nosso herói, o Power House, que com a sua super contração permitirá movimentos na perna mantendo a estabilidade na coluna.
Ao realizar movimentos unilaterais (quando um lado faz o movimento enquanto o outro fica parado) ou assimétricos (quando um lado faz um movimento diferente do outro) de membros inferiores há uma tendência em ocorrer um desequilíbrio na bacia e ela sofrer uma inclinação ou uma rotação. Por isso comandos aparentemente doidos como: "empurre o ossinho do bumbum esquerdo em direção ao calcanhar direito" ou "faça esse ossinho do quadril (espinha ilíaca ântero-superior) olhar para frente", são extremamente úteis, pois ajudam a evitar o desnivelamento horizontal da pelve e a rotação, respectivamente.
Antes de achar que a sua professora de Pilates é louca, pare um pouquinho, sinta o próprio corpo e então você verá que tudo faz sentido e que ela é a coisa mais importante da sua vida (pelo menos naqueles seus 60 minutos de aula).
Por Hellen e Monique
A procura por atividades físicas pelas gestantes vem crescendo, mas será que todos estão aptos a trabalhar com mulheres nesta fase tão linda e especial da vida?
Pare para pensar se tem todas as informações necessárias para atender bem a sua cliente. Aqui vão algumas orientações sobre cuidados ao se trabalhar com esse público:
- Não colocar a grávida sob o risco de quedas: evite bases instáveis, exercícios em pé no Reformer e exercícios de equilíbrio. Se certifique que a cliente esteja segura nos aparelhos. Lembre-se que ela está passando por várias mudanças em seu corpo e seu centro de gravidade está alterado.
- Fique longe de exercícios em que haja elevação do quadril, como por exemplo: pontes e variações, velas, Dolphin, exercícios aéreos tanto no Cadillac como no Columpio. Eles representam riscos, podem provocar problemas como o descolamento da placenta e ainda podem gerar quedas mesmo que a gestante esteja acostumada com eles.
- A partir do quarto mês de gestação, mas mais frequentemente no último trimestre, é importante que a cliente não permaneça muito tempo na mesma posição. Algumas gestantes podem desenvolver a Síndrome de Hipotensão Supina, que consiste em uma queda progressiva da pressão arterial e taquicardia, algumas vezes seguida por bradicardia e sintomas como dispnéia, palidez, sudorese, desconforto e náuseas ao permanecerem em supino por alguns minutos. A pressão arterial, o pulso e os outros sintomas se normalizam com a mudança do decúbito dorsal para o decúbito lateral, de preferência esquerdo. Como, na maioria dos casos, não sabemos se a gestante tem ou não a síndrome, o ideal é evitar o aparecimento desses sintomas variando com freqüência o decúbito durante a aula. Fique sempre atento às queixas de sua cliente.
- Com o aumento da barriga, os músculos abdominais ficam estirados, às vezes tão intensamente que a grávida fica com a região adormecida. Além disso, o peso da barriga aumenta a lordose lombar, portanto, não há necessidade de exercícios de extensão de tronco. Ao dobrar para trás estiramos ainda mais os músculos e forçamos a curvatura lombar não tendo benefício que justifique a sobrecarga dessas estruturas.
- Mulheres sedentárias devem evitar exercícios nos três primeiros meses de gestação. Se houver a liberação e indicação médica, comece o treinamento bem devagar, com orientações sobre respiração, consciência corporal, contração do períneo e exercícios em ambiente bastante estável, além de suaves alongamentos.
Mais sobre atividade físicia na gestação aqui.
Por Hellen e Monique
As posturas invertidas são aquelas que posicionam a cabeça abaixo do coração tão conhecidas e adoradas pelos praticantes de yoga. Proporcionam benefícios como a redução do esforço circulatório atenuando varizes e inchaço nas pernas. Levam mais oxigênio para todas as regiões do corpo, mas principalmente para o cérebro (o que ajuda a equilibrar o sistema nervoso combatendo o estresse e a insônia), coração, bacia (melhorando a prisão de ventre) e coluna vertebral. Além de tantos outros benefícios também exigem mais dos músculos pois essas posições estimulam novos ajustes posturais. Por conta de tudo isso e ainda porque são bem legais e desafiantes, tanto Joseph Pilates quanto seus seguidores aderiram a elas. Hoje temos uma gama de exercícios invertidos, mas vale lembrar as contra-indicações e cuidados ao ficar de cabeça para baixo:
- Hipertensão Arterial Sistêmica
- Cardiopatias
- Glaucoma
- Epilepsia
- Resfriados e Congestão das Vias Nasais
- Gestação
- Problemas Cervicais
Tenha certeza que seu aluno está preparado para inverter. Essas posturas são evolutivas, não devemos dar um passo maior que a perna. Mais vale um aluno em pé do que dois mancando. :)
PS: Para foto ficar mais bacana, estamos usando as meias confortáveis da Pila Tees Wear
Por Hellen e Monique
Os músculos Oblíquos do abdome participam dos movimentos de flexão do tronco quando agem bilateralmente, das inclinações e rotações, quando agem unilateralmente, além de aumentar a pressão intra-abdominal, participando de ações como tosse, espirro, micção, defecação, vômito e parto. E juntamente com o Diafragma e a camada mais profunda do abdome, o famoso Transverso, produzem um "colete muscular" que mantém as vísceras no lugar e protegem a coluna lombar. Portanto, o papel dos oblíquos é bem mais importante do que melhorar a aparência da cintura. Então, vamos caprichar nas abdominais!
O instrutor deve ficar atento, pois algumas compensações chamam a atenção durante a execução dos exercícios, como usar a musculatura do pescoço para fazer um impulso no sentido de ajudar o movimento do tronco (isto é, fazer uma inclinação de pescoço para ajudar na inclinação do tronco ou uma rotação de pescoço para ajudar na rotação do tronco) e manter a bacia instável permitindo que a rotação chegue até a bacia levando-a junto. O movimento de rotação deve acontecer somente da cintura para cima.
No caso do exercício da foto, é frequente observar praticantes deixando a bacia rodar para trás. Mais uma vez reafirmamos a importância da correta orientação do instrutor, que pode usar diversos comandos verbais e imagens para ajudar o aluno a entender o alinhamento correto do corpo. Simples frases como "mantenha a mesma distância entre orelha e ombro dos dois lados", "mantenha a distância entre o queixo e o peito como se estivesse prendendo uma maçã" e "não deixe o quadril virar junto" são de grande valia. Quase tão benéficas quanto "nossa, como você emagreceu"!
Brincadeiras à parte, use e abuse do método, faça variações, use diferentes equipamentos e acessórios, mas tome cuidado para não se perder no meio do caminho e acabar fazendo tudo menos Pilates.
Por Vanessa Pacheco
Todo mundo já ouviu falar em Whey Protein ou porque frequenta a academia ou pelo produto estar presente quase sempre mídia. Agora vem as dúvidas... O que é? Quais são os tipos? Quanto usar? Pode ser usado por qualquer pessoa? Para qual finalidade? Então vamos às respostas:
O que é?
Whey protein é uma proteína com alto valor biológico proveniente do soro do leite, de rápida absorção e que necessita de menos tempo e gasto energético do sistema digestório para quebrar as moléculas em partes menores a fim de facilitar a absorção.
Quais são os tipos?
Atualmente existem três tipos, que são determinados pelo seu processo de filtração: concentrado (WPC), isolado (WPI) e hidrolisado (WPH). Além disso, você pode encontrar os blends proteicos, que são uma mistura de tipos e frações de diversas proteínas.
WHEY PROTEIN CONCENTRADO (WPC)
Possui a estrutura da proteína intacta, não sendo totalmente isento de gorduras e açúcar (lactose). É a mais tradicional e consumida. Pessoas que possuem alergia a proteína do leite e intolerância a lactose não devem utilizar esse tipo de whey protein.
WHEY PROTEIN ISOLADO (WPI)
Como seu nome já indica, é a forma mais isolada de gorduras e praticamente isenta de lactose. É uma proteína mais rápida de absorver. Indicada para pessoas que possuem dificuldade na digestibilidade da lactose.
WHEY PROTEIN HIDROLIZADO (WPH)
É a proteína de mais rápida absorção e digestão, possuindo maior custo de compra. Passa por um processo em que suas moléculas são quebradas em partículas menores, como se fosse um processo de digestão, resultando em praticamente aminoácidos livres. Para os intolerantes a lactose ou alergia a proteína do leite, esta é uma boa alternativa de utilização.
BLENDS PROTEICOS
Esse é uma mistura de diferentes frações de proteínas, com o objetivo de ter diferentes velocidades de absorção. Alguns são mistura dos três tipos (concentrado, isolado e hidrolisado) e outros ainda contam com a mistura de outras proteínas, como a soja, caseína (uma proteína do leite) ou albumina (do ovo).
Efeitos da utilização:
- Aumento da massa magra
- Controle da inflamação
- Diminuição da gordura corporal
- Recuperação e reparo acelerado dos músculos
- Redução da ruptura muscular pós treino
- Aumento da taxa metabólica
- Fortalecimento do sistema imunológico
- Controle do apetite
Quanto usar?
Cada pessoa tem sua quantidade ideal, apesar de cada marca ter sua dosagem prescrita na embalagem. Consulte um profissional apto para que este indique a dose de acordo com a finalidade de uso e tipo de organismo.
Para que serve?
O Whey Protein é usado tanto para dietas de ganhos musculares quanto para quem quer emagrecer, sem perder massa magra (músculo). Este suplemento ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue, saciando a fome mais rapidamente do que outras proteínas. Mas cuidado, se utilizado sem um acompanhamento dietético e atividade física, o suplemento pode fazer você ganhar peso, sendo a gordura acumulada na região abdominal. É necessária uma dieta balanceada e um programa de exercícios que atenda o seu objetivo.
Pode ser usado por qualquer pessoa?
O ideal é que as pessoas que desejam utilizar esse tipo de suplemento procurem um profissional especializado em alimentação, para que seja avaliada a necessidade de acrescentar esse suplemento ao seu planejamento alimentar, evitando intolerâncias. São diversos casos em que o whey protein pode ser incluído, mas irá depender de diversos fatores como idade, gênero, peso, objetivo e nível de atividade física, além da utilização em alguns procedimentos cirúrgicos, onde há dificuldade na absorção de proteínas.
Efeitos adversos:
De acordo com pesquisas científicas sobre o efeito de sua utilização prolongada, não existem resultados negativos para sua utilização, porém é sabido que é prejudicial em alguns casos. Uma dieta hiperproteica sem acompanhamento pode sobrecarregar os rins e/ou lesionar o órgão de pessoas que tem doenças renais.
É também é necessário observar alguns itens:
Verifique o rótulo. Pela legislação vigente, os ingredientes são colocados em ordem decrescente. Deve-se também ter atenção para evitar aqueles que tem a presença de corantes e adoçantes à base de aspartame.
Seguindo essas dicas, o whey protein poderá ser um aliado em seu planejamento alimentar e você conseguirá alcançar seus objetivos. Lembre-se que é importante sempre ter o acompanhamento de um profissional especializado.
Por Hellen e Monique
Como dizia Tom Jobim: "é impossível ser feliz sozinho", por isso resolvemos falar sobre as atividades físicas em grupo.
Fazer exercícios bem acompanhado pode ser um estímulo a mais, ser desafiante e com certeza é bem divertido. Algumas pesquisas afirmam que quem se exercita em grupo consegue mais benefício da atividade física pelo fator motivacional, além de conseguirem maior freqüência na atividade e adesão.
Com essa onda de acrobacias (acroyoga e acropilates, por exemplo) muita gente está se aventurando em executar posturas de yoga em que uma pessoa se equilibra sobre a outra ou no Pilates, onde dois alunos interagem de alguma maneira enquanto realizam os exercícios. Isso é muito legal, mas temos que lembrar que nesses casos a responsabilidade do instrutor dobra. A chance de dar alguma coisa errada aumenta, portanto vamos usar a criatividade, desafiar e estimular nossos alunos, mas sempre com muita responsabilidade.
Sorria e contraia o abdome, Joseph Pilates está te filmando.
Ah, Recebemos de presente da
Pilatees Wear as fofas meias que estamos usando na foto. Além de lindas são bem aderentes o que as tornam mais seguras. ;)
Por Hellen e Monique
A série original de Joseph, chamada Contrologia, tem a famosa sequência de 5 abdominais (do Single Leg Stretch ao Criss Cross). Todos eles mostram a preocupação de Pilates em ter um corpo forte e flexível.
No Double Leg, partimos da posição em que as mãos abraçam os tornozelos e puxam as pernas contra o corpo, alongando a lombar. Na seqüência, pernas e braços são, em princípio, esticados para cima, em direção ao teto na expiração enquanto o períneo deve ser contraído (como se fosse prender o xixi), assim como o abdome que deve ir para dentro. Os calcanhares devem ficar unidos e pressionados um contra o outro o tempo todo e as pernas em leve em rotação externa.
À medida que o aluno vai evoluindo e ganhando força, deve levar os braços até a linha das orelhas e esticar as pernas mais para baixo (em um ângulo de 45 graus). No entanto, a evolução é feita aos poucos e o aluno só pode descer ao ponto em que consiga manter pelve e bacia estáveis, ou seja, sem empinar o quadril arqueando a lombar. A evolução mais avançada é esticando as pernas na altura em que os pés fiquem na linha do olhar, mas deve-se lembrar que o mais importante é evoluir com qualidade, por isso, não tenha pressa, com trabalho regular se chega lá.
Os membros inferiores e superiores esticam para longe como se fossem maiores do que realmente são e logo após os joelhos dobram em direção ao peito enquanto os braços tornam a abraços os tornozelos fazendo um leve estiramento dos músculos lombares sem levantar o bumbum do chão.
Durante toda a sequência dos 5 abdominais deve-se manter a coluna lombar e bacia neutras, assim o foco fica no lugar certo que é o tanquinho. ;)
Por Hellen e Monique
Hoje em dia ouve-se falar de muitas variações do método: Pilates Aéreo, Neopilates, Pilates Funcional e por aí vai. Essas variações surgiram devido à indiscutível eficácia do método, mas também porque o nome Pilates passou a ter um peso grande no quesito propaganda, já que inúmeras celebridades são praticantes e todos os dias vemos matérias sobre o tema nos diversos meios de comunicação.
Existem duas vertentes do Pilates: o Original e o Contemporâneo.
O que chamamos de Original segue fielmente o repertório de exercícios criados por Joseph e chamado de Contrologia, trabalha com séries fixas, em que à medida que o aluno evolui, sua série vai ganhando maior complexidade através da adição de mais exercícios e do aumento da dificuldade dos que ele já fazia, com aumento da carga ou da amplitude do movimento. Mesmo aqueles alunos que possuem restrições farão esses exercícios, trabalhando com adaptações e com movimentos que o preparem para a execução da série Original. Não há uso de acessórios e nem equipamentos que não tenham sido criados por Joseph. Alguns que não conhecem essa maneira de trabalho podem ter a ilusão de que é monótono, mas na realidade não é. O aluno é sempre desafiado a chegar à perfeição em cada exercício.
O Pilates Contemporâneo usa os mesmos equipamentos do Original, além de diversos acessórios como a Fit Ball ou Bola Suíça, Overball, TRX, faixas elásticas, entre outros. Não faz uso de séries fixas e tem uma variedade maior de exercícios. No Brasil é a metodologia mais utilizada. Todas as outras variações do Pilates também usam os princípios criados por Joseph, isto é, trabalha postura, respiração, Centro de Força (Power House), controle, precisão e fluidez dos movimentos, mas utilizam equipamentos e acessórios diferenciados.
No caso do Pilates Aéreo, utiliza-se o Columpio, um equipamento de tecido onde o aluno faz grande parte dos exercícios suspenso. Para saber mais, clique aqui.
O Pilates Funcional tem um foco em trabalhar equilíbrio, agachamentos e saltos, simulando atividades que realizamos no dia-a-dia e esportes.
O Neopilates utiliza equipamentos bem diferentes dos originais é uma mistura de Pilates, Treinamento Funcional e acrobacias.
Sempre há uma discussão de qual é o melhor método e nunca chegaremos a um consenso. A verdade é que mais importante do que o tipo de Pilates, é seguir os princípios e realizar todos os movimentos com qualidade.
Como já falamos, a responsabilidade é tanto do instrutor quanto do aluno. O instrutor deve, primeiramente, conhecer o Original, pois foi com Joseph que tudo começou. Também deve ser praticante para sentir os exercícios, saber onde ocorrem os erros, as compensações e ter noção de qual carga utilizar, além de estar atento para dar comandos e correções ao aluno. Este deve se esforçar em seguir as orientações do seu instrutor, desta maneira obtendo os melhores resultados do Pilates. Portanto aluno, o seu instrutor é autoridade dentro do estúdio e jamais ouse desacatá-lo! Ele sabe o que é melhor para você. :)
No entanto, seja do jeito que for, se não tiver ênfase na respiração e nos comandos detalhados do movimento que levam a qualidade de execução, se a contração do abdômen e o controle não forem (irritantemente) exigidos o tempo todo, a propaganda é enganosa e você está apenas fazendo acrobacias ou musculação num estúdio de Pilates.
Por Hellen e Monique
- Algumas pessoas fazem aquele alongamento rapidinho antes do treino acreditando que vai se proteger de lesão, mas na verdade essa prática nem protege, nem aquece, nem alonga. O ideal para se manter saudável e alongado é fazer treinos de alongamentos. Assim como reservamos um tempo para o fortalecimento ou para aquela corridinha, também é importante designar alguns minutos para esticar o corpo.
- De preferência a séries de alongamentos sustentados por pelo menos 30 segundos. Dessa forma garantimos o ganho do comprimento muscular.
- Lembre que o importante do alongamento são os ganhos a longo prazo. Deve-se ter persistência e paciência. Pressa pra que? Você esperou nove meses para nascer, passou anos sem dar bola para o alongamento, agora respire fundo e curta o exercício que logo os benefícios virão.
Quer saber mais? Clique aqui.
Por Hellen e Monique
Hoje vamos falar de um dos grupos musculares que mais nos preocupa quando a gravidade começa a agir: o tríceps, vulgo músculo do tchau.
Para esse exercício, sente na barra de pés e posicione-os na beirada do carrinho, na largura dos quadris e as mãos firmes na barra, na largura dos ombros. O antebraço pode ficar pronado ou supinado dependendo de como os punhos reagem, então deve-se achar a posição mais confortável. Na primeira vez, no entanto, é melhor deixá-los pronados (isto é, com os dedos apontando para frente) pois é uma posição mais segura.
Estabilize os ombros. Eles devem ficar para trás e para baixo do início ao fim do exercício. Só então deve-se esticar as pernas e levar a bacia um pouco à frente até que ela saia completamente do apoio. A partir daí, os cotovelos vão dobrando se mantendo em cima do punho e a bacia desce em direção ao chão até no máximo a linha dos calcanhares. Como devemos prezar pela qualidade e é ela que faz toda a diferença no treinamento, em principio, os cotovelos dobram até o ponto em que se mantenha o alinhamento dos ombros, sem deixá-los subir, nem enrolar fechando o peito. Isso é importante para evitar lesões na articulação e concentrar a força na musculatura alvo. Deve-se também ter cuidado com o alinhamento da cabeça, a compensação mais normal é o queixo avançar. O aluno pode fazer uma pequena amplitude com qualidade e quando estiver pronto pode ser orientado a descer mais.
Numa evolução ainda maior, coloque as pernas juntas com uma pequena rotação externa (base Pilates) faça o movimento do tríceps, volte esticando os braços e continue no Tendon Stretch. Lembre-se: antes da evolução, o aluno também deve estar craque no segundo exercício.
Por Hellen e Monique
Chegou às nossas mãos, através do amigo e biólogo Raul Lins, um panfleto do Planeta Sustentável com informações e dicas sobre os cuidados com a água que reproduziremos aqui. Só somos capazes de mudar através do conhecimento e, para isso, é importante procurarmos dados relevantes e passarmos a todos para que juntos possamos fazer a diferença.
“Apenas 2,5% da água no mundo é doce e boa parte dela (2%) está congelada nos pólos. Sobra 0,5% para o consumo, mas consegui-la não é fácil. E há cada vez mais pessoas no planeta. É preciso mudar hábitos para reduzir o nosso impacto sobre o planeta. A poluição atinge rios, lençóis freáticos e litoral, espalhando-se pelo bairro vizinho, cidade vizinha, país vizinho... E é dessas fontes que precisamos obter novamente água.”
Pratique escolhas sustentáveis em seu dia-a-dia:
“- A melhor maneira de economizar água é comendo melhor. Usamos 70% da água disponível no mundo para produzir comida. Por isso, ao evitar o desperdício, você poupa esse recurso natural. Um terço dos alimentos se perde na produção, na estocagem, na distribuição e em casa. Para se ter uma idéia, para cada quilo de carne bovina são gastos quinze mil litros de água, desde o plantio do alimento para o gado até a limpeza de seus dejetos. Seguindo a mesma lógica: um quilo de frango, quatro mil litros, um quilo de ovos, três mil litros, pó para uma xícara de café, cento e quarenta litros, barra de chocolate, mil e setecentos litros.
- Antes do mercado ou da feira, faça uma lista do que realmente precisa. Depois, guarde tudo corretamente. Assim você não compra nem gasta sem necessidade. De preferência a frutas e verduras da época, pois estas exigem menos água em seu cultivo.
- A água que não vemos, mas que é usada em tudo que é produzido, é chamada de pegada hidrológica, e precisa ser levada em conta para se fazer melhor uso deste recurso. A indústria consome 20% da água disponível para produzir vários objetos, por exemplo, calça jeans, mil litros, um carro, quatrocentos mil litros. Sejam roupas, artigos de decoração ou eletrodomésticos, opte por produtos duradouros e eficientes.
- De cada 10 litros de água tratada quase 4 se perdem por vazamentos e fraudes. De toda água tratada no Brasil 40% nunca chegam a seu destino. Em 17 das 100 maiores cidades do Brasil, esse índice alcança 60%. Canos rompidos ou furados são os principais responsáveis por essa perda. Quanto maior a rede de distribuição, maior o desafio de encontrar esses pontos. Outras causas de perda são os “gatos”, ligações clandestinas que desviam a água. Avise a companhia de abastecimento de água e exija o conserto de vazamentos na rua. Se sua conta de água subir sem justificativa, procure por vazamentos em casa. Se tudo estiver normal, suspeite de “gatos”.”
Fonte: Planeta Sustentável.
Então, não conviva com vazamentos, conserto-os assim que os identificar. Aquela aguinha que corre no vaso sanitário, ou a goteirinha na pia, não são inofensivas, são um “luxo” que nenhum de nós pode pagar.
Por Hellen e Monique
Os exercícios de extensão de coluna são tão importantes quanto os de flexão, desde que bem executados. O ideal é que ela aconteça harmonicamente ao longo de toda a coluna e não apenas na lombar ou cervical que são regiões mais móveis. Uma dica é nunca deixar o aluno passar do ponto, para isso, peça para que ele faça o movimento de forma lenta e consciente e fique de olho para que não haja sobrecarga em um ponto específico. Faça evoluções de forma gradual.
O tempo nos transforma num casulo, onde ficamos encolhidos e guardamos muitas emoções e sensações, ao abrir o corpo e o centro do peito com uma retroflexão, nos abrimos para o mundo novamente.
Veja mais em:
Por Hellen e Monique
Cada indivíduo é único e reage de maneiras diferentes a estímulos.
O Método Pilates respeita essa individualidade. Por isso durante a prática fazemos uso de adaptações quando o aluno possui alguma restrição ou dificuldade e fazemos evoluções quando ele se torna apto a progredir. Essa progressão deve ocorrer apenas quando o praticante dominar a execução do exercício, pois não há porque aumentar a complexidade se ocorrerem compensações, como instabilidade na coluna, desequilíbrios na cintura pélvica e escapular ou contração de músculos que não deveriam participar do movimento.
Preze pela qualidade sempre. Não hesite em dar um passo para trás quando for preciso, um exercício simples e bem feito traz mais benefícios do que um exercício complexo mal feito. Tenha calma e espere o corpo estar preparado para executar bem cada tarefa. Aluno e instrutor devem ser conscientes, trabalhar em conjunto e saber que ambos têm responsabilidade sobre o que é realizado dentro do estúdio.
Ser pilateiro não é fácil. Realizar os movimentos com fluidez, manter a postura correta, trabalhar o períneo e a musculatura profunda do abdome durante a respiração já são uma tarefa difícil, portanto não se sinta obrigado a fazer acrobacias. Como já dissemos algumas vezes, o diferencial do Pilates está nos detalhe.
Por Hellen e Monique
A Gota é uma condição de origem genética caracterizada pela presença de cristais de ácido úrico dentro das articulações, que causam surtos de artrite aguda e acomete homens, principalmente, adultos. Há um aumento dos níveis desse ácido no sangue (hiperuricemia) geralmente causado por falha congênita de uma enzima responsável por sua eliminação nos rins. Causas menos frequentes são o excesso de produção de ácido úrico também por defeito enzimático, ou uso de alguns medicamentos, como diuréticos e ácido acetilsalicilico. Ser hiperuricêmico não significa ter Gota, apenas 20% dos que possuem essa alteração apresentam a doença. Porém, mesmo que não haja a patologia é importante buscar tratamento, pois existe maior chance desses indivíduos possuírem hipertensão arterial, diabetes, aumento de gordura no sangue, cálculos e doenças renais.
Comumente a primeira crise ocorre no dedão do pé, com inchaço, vermelhidão e fortes dores, geralmente noturnas, que permanecem de 3 a 10 dias e desaparecem completamente. A segunda crise pode surgir em meses ou anos, podendo acometer a mesma ou outras articulações de qualquer região do corpo, mas é mais comum nos membros inferiores. Caso o paciente não procure tratamento adequado as crises se tornam mais frequentes e mais fortes, a ponto da articulação ficar permanentemente com sintomas.
Não existe cura para a Gota, a conduta é evitar a hiperuricemia com dieta e medicamentos e na presença de artrite, fazer uso de antiinflamatórios. Como o ácido úrico é um produto resultante do metabolismo das proteínas, a dieta consiste em restringir alimentos que contenham purina (composto abundantemente presente em carnes, embutidos, miúdos, frutos do mar, alguns grãos, molhos prontos, fermento de pães, etc) e restringir a ingestão de álcool (pois o mesmo aumenta a concentração de ácido úrico no sangue e facilita a formação dos cristais) principalmente no período da crise. Fora dela, a ingestão deve ser moderada. Deve-se fazer várias refeições ao dia, pois quando há jejum prolongado ocorre degeneração da proteína muscular para produção de energia e o subproduto dessa quebra é a ureia. Beber água abundantemente é importante para evitar a formação de cálculos renais. Praticar atividades físicas e fazer tratamento fisioterápico são necessários para o controle da dor, melhora da postura e manutenção da mobilidade das articulações.
Se você sofre com Gota, procure uma nutricionista e informe-se sobre a melhor dieta a seguir. Cuide-se.
15-08-14 - Invertendo as Possibilidades
Por Hellen e Monique
Abrir a mente e sair do convencional pode nos ajudar a enxergar um sentido novo para uma questão antiga. Quando nos sentimos bloqueados, mudar de perspectiva pode fazer toda a diferença.
Por Hellen e Monique
Os Leg Pulls (The Leg Pull e The Leg Pull Front) são exercícios que trabalham a estabilidade de tronco desde a cintura escapular até a pélvica além de serem excelentes para treinar a consciência corporal e fortalecer o transverso do abdome. Como todos os exercícios de Joseph, começa básico para alunos iniciantes e chega até a variação avançada como essa da foto. O importante é não ultrapassar o limite do aluno e fazer com perfeição a variação na qual o corpo dele está apto e aos poucos ir evoluindo.
De início pode-se começar treinando com o exercício Perdigueiro, ou quadrúpede, onde o aluno está em quatro apoios com as mãos abaixo dos ombros, peito aberto e ombros para longe das orelhas, os joelhos na linha dos quadris e a cabeça no alinhamento da coluna. Aos poucos, estica-se uma perna atrás com apoio do pé no chão mantendo a posição do tronco estável. Evoluindo para sem o apoio do pé no chão, pensando não só em subir, mas em crescer a perna para longe, elevando-a o quanto for possível sem que faça uma hiperlordose na lombar (lembre-se que isso depende de diversos fatores, não só de força, mas consciência corporal e alongamento do ílio-psoas, por exemplo). A partir daí, passamos para a posição da prancha. Do mesmo jeito as mãos devem estar no chão alinhadas com os ombros tanto na largura quanto na altura, as pernas juntas e o corpo faz uma linha reta do calcanhar até o topo da cabeça. Nesta posição o aluno começa a subir a perna até o limite que não compense com o tronco fazendo uma hiperlordose. Este movimento é facilitado se for executado durante a expiração onde a contração do abdome acontece de forma mais precisa.
Na versão mais avançada a perna deve subir até alinhar ao corpo sem que se perca a estabilidade. Para dificultar ainda mais, podemos fazer uso de bases instáveis como a bola, o BOSU ou os discos de equilibrio. De novo, o mais importante é a qualidade da execução e não o exibicionismo.
Pratique, avance sempre que possível. Estamos torcendo por você, mostre-nos sua evolução marcando #espacofluir no instragram.
Por Hellen e Monique
Alguns praticantes comentam que na academia faziam séries extensas de abdominais, com centenas de repetições, mas que foi no Pilates que começaram a sentir o abdome de verdade.
O segredo? Vamos ser repetitivas, mas é a pura verdade: Pilates preza a qualidade e não a quantidade. Nós, pilateiros, fazemos o exercício devagar e com controle, o que faz com que haja o recrutamento de um maior número de fibras musculares. Executar numa velocidade mais lenta também evita que o movimento seja feito com impulso e o peso seja levado no embalo. Trabalhamos a postura e a concentração, direcionando o trabalho apenas para a musculatura abdominal, sem compensar fazendo força na musculatura do pescoço e sem ajudar com os braços e de quebra, devido à todas as regras que usamos na respiração, ao fazer a força para fechar as costelas, empurrar o umbigo para dentro e contrair o períneo, conseguimos acordar aquela região inferior do abdome que geralmente é mais difícil de trabalhar. Além disso, em todos os outros exercícios, seja para membro superior ou inferior e até em alguns alongamentos, continuamos a exigir uma contração abdominal.
Temos que ter sempre em mente que estamos fazendo Pilates, e não qualquer exercício dentro de um estúdio de Pilates. O que determina a pratica do método é seguir os princípios e não o tipo de aparelho que você está usando. É importante ter um bom profissional orientando e tão importante quanto, é ser um aluno de Pilates de verdade. Se a sua proposta é essa, siga as regras que seu instrutor passar exatamente como são dadas, extraia o melhor da prática e sinta a diferença na musculatura. Você só tem a ganhar.
Por Hellen e Monique
Nesta semana escolhemos um exercício da série Original do solo: One Leg Circles. Seus principais objetivos são trabalhar a mobilidade da coxo-femural, fortalecer os músculos nela envolvidos, alongar a banda iliotibial e, claro, trabalhar o power house.
O aluno permanece deitado em decúbito dorsal, a cabeça alinhada e sempre apoiada no solo, os braços estendidos ao lado do corpo, mãos apoiadas e mantendo uma leve pressão para baixo na intenção de levar os ombros para longe das orelhas e para trás abrindo o peito. As coxas devem estar em ligeira rotação externa para ajudar a manter a estabilidade da pelve e também para tirar a tensão do quadríceps e trabalhar os glúteos. Inicia-se o exercício com uma perna estendida em direção ao teto, em angulação mais próxima possível a 90º com o solo, sem perder o alinhamento da bacia ou tirá-la do chão. Então o movimento é realizado como se o pé desenhasse círculos no teto (pensando em levar a perna como se alguém a estivesse puxando para longe) em uma amplitude que não provoque instabilidade, isto é, o movimento é isolado no membro inferior sem que haja compensações no restante do corpo. A perna oposta permanece estendida, apoiada e centralizada. Caso o aluno não consiga manter o alinhamento da coluna, esse joelho pode permanecer levemente flexionado. Se mesmo assim a lombar fizer um arco e ficar muito afastada do chão, a perna de apoio deve dobrar. À medida que haja evolução, pode-se aumentar a amplitude do movimento, mas sempre tendo em mente que o foco é manter a estabilidade da pelve e lombar.
Devemos lembrar que apesar do movimento ser da perna, o mais importante é trabalhar o centro de força.
06-08-14 - Olhar Para Dentro
Por Hellen e Monique
Desacelerar também é importante. Não esvazie a mente, complete-a com você mesmo. Concentre-se em cada pedaço do seu corpo e tenha total domínio sobre ele. Olhar para dentro é importante para o auto-conhecimento tanto do ser quanto do corpo. Reserve um tempo na sua semana para dedicar somente a você.
Por Angélica Prazeres
Agora, no blog, teremos posts sobre saúde e bem-estar formulados, tambem, por nossos colaboradores e parceiros.
Hoje o texto e a dica são da Psicóloga Angélica Prazeres.
"Esse vídeo é ótimo para aqueles que são acelerados, ansiosos, que estão com aquele vazio no peito que a gente nem sabe da onde vem, sabe?
Não é invenção, nem dica de guru zen na internet...é na verdade algo muito simples, uma estrategia natural do nosso corpo que parece que desaprendemos ou ignoramos.
Eu uso frequentemente. Acho que além de diminuir o mal estar físico que vem junto com a ansiedade, a respiração me ajuda a entender que eu estou no controle e que tenho alternativas (minhas! sem precisar de nada nem ninguém alem de mim mesma) para resolver a tal situação que está incomodando.
A dica é treinar bastante, diariamente. Pois só assim você vai conseguir se lembrar de usar este tal jeito de respirar quando precisar. Normalmente não lembramos disso na hora do "vamos ver", estamos tão chateados ou com medo que nem lembramos que tem essa estratégia super fácil para voltar ao controle e então poder pensar melhor em como resolver o problema.
E não é só uma questão de respirar desse jeito [respiração diafragmática] como um "remédio", assim pós-problema...se estiver mesmo interessado/a, tente treinar diariamente.
Uma boa ideia é começar treinando todos os dias no banho, algo que você faz todos os dias e pode usar esses minutos do seu dia para relaxar e aprender algo fácil e super valioso para sua saúde! :)
Respire..."
Por Hellen e Monique
Pilateiros de plantão, resolvemos fazer um post aqui no blog sobre o vídeo porque esse é do grupo de exercícios que parecem fáceis, mas tem alto grau de dificuldade.
O Step Barrel pode ser posicionado no Cadilac ou no Wall Unit. Apenas uma mola longa amarela está sendo usada e as duas mãos seguram a alça de pés.
O aluno permanece na posição sentada, os dois pés ficam apoiados, a lombar apenas encosta (e não recosta) leve no equipamento e é importante que a postura fique assim por toda a execução. Durante o movimento de subida e descida dos braços, o centro de força deve estar ativado para que o tronco não curve quando o braço vai a frente e para que o peso dele não despenque sobre o aparelho quando o braço volta para linha da cabeça. Caso contrário, poderá ocorrer sobrecarga na lombar. Então, o desafio é manter o tronco estável apenas tocando o barril, ativando assim o core. Atenção também a postura da cabeça e ombros.
Pode-se criar variações de movimentos dos braços, afinal o Pilates sempre nos dá essa liberdade. Também existe a possibilidade de entrar no Teaser, mas somente se sentir que seu corpo está preparado para realizar o movimento com segurança e qualidade. Exercícios sem qualidade, além de quebrarem as regras de Joseph, são inúteis e geram lesões.
Experimentem o exercício. Quem gostar faz um vídeo, posta e marca #espacofluir. É ou não é uma oportunidade de estrearmos nossa hashtag?
Por Hellen e Monique
Exercícios de quatro apoios são excelentes para trabalhar os glúteos, mas levam a fama de vilões quando se trata de lombar. Na maioria dos casos o problema está na execução.
Devemos ficar atentos a carga e a estabilização da região durante o movimento. Quando o assunto é Pilates, antes de mais nada, temos que pensar em centro de força, ele é o primeiro a entrar em ação qualquer que seja o exercício.
Neste tipo de exercício deve-se manter a coluna neutra, ou seja, sem antero, nem retro versão da bacia. O principal movimento trabalhado é a extensão da coxa, então, quanto mais isolado ele for, mais fica localizado no glúteo.
Primeiro vamos à respiração. Para facilitar a estabilização lombar e pélvica, é recomendado que a expiração aconteça na extensão. Ao soltar o ar, comece contraindo o períneo e ao sentir a região inferior do abdome murchando aproveite para contrair ainda mais para dentro e só então comece o movimento do membro inferior.
Leve a perna para trás somente até o ponto em que a coluna se mantenha estática, não deixando acontecer a extensão lombar na ida. A volta deve acontecer de forma controlada e sem que a coluna enrole. Portanto, a única coisa que move é a coxa, enquanto o resto do corpo contrai para estabilizar o tronco.
Para alunos iniciantes pode ser usado a caixa do reformer para apoiar o tronco ou um feijão pequeno embaixo da pelve, isso ajuda na estabilidade da bacia e da lombar.
Atenção também a postura dos ombros e da cabeça.
Concentre-se e comande seu corpo para obter o melhor resultado e evitar lesões e sobrecarga.
Por Hellen e Monique
As séries que Pilates criou são ricas em exercícios de sustentação como o Hundred e outros abdominais da série de MAT, do Single Leg Stretch até o Double Straight Leg Stretch, por exemplo. Eles entram na classe de exercícios isométricos, assim como as pranchas, que tanto adoramos porque além de deixar o corpo forte e ajudar a manter a postura, conseguem deixar as aulas ainda mais divertidas. Então, hoje falaremos deste tipo de contração que Joseph fez questão de incluir em seu repertório.
O treino de isometria é um treino estático, ou seja, o músculo contrai, mas não produz movimento articular.
São utilizados para definir a musculatura e também para ganho força muscular, mas isto acontece apenas no ângulo ou posição trabalhados, então, para garantir melhores resultados, é ideal variar os dois.
Este tipo de exercício é muito utilizado na reabilitação porque ajuda na estabilização das articulações prevenindo lesões e melhorando a postura. No entanto, contrações isométricas não proporcionam hipertrofia muscular, para tal objetivo exercícios isotônicos (aqueles que a ativação da musculatura gera movimento, ou seja, são dinâmicos) são mais indicados.
A principal contra-indicação é pressão alta não controlada. A isometria aumenta a pressão subitamente e pode ser perigosa para pessoas sem tratamento da hipertensão arterial ou aquelas que ainda estão se adaptando ao medicamento. É importante que durante a execução do exercício a respiração não seja bloqueada para que o aumento da pressão ocorra mais suavemente.
Lembre-se: Devemos trabalhar todos os tipos de contração, para formar um corpo forte é indicado usar de todas as possibilidades e abusar das variações.
Por Hellen e Monique
Hoje em dia, temos pilates de todas as formas, mas é importante lembrar que tudo começou com Joseph. É nossa responsabilidade, como instrutores, buscar a essência do método que fala de controle, de centro de força, de colocar a mente em sintonia com o movimento e, não somente fazê-lo, mas dominá-lo e executa-lo com perfeição. Nós só podemos passar o que conseguimos sentir em nós mesmos. As instruções corretas de cada exercício clássico de mat estão em Return To Life Through Contrology, então vá lá e busque o início de tudo. Você e seus clientes só têm a ganhar.
J. H. Pilates criou seu método, originalmente chamado Contrologia, baseado em suas experiências como atleta e também no tempo em que passou reabilitando e fortalecendo os feridos na Primeira Guerra Mundial. Para isso, instituiu séries fixas que começam pequenas e com um grau de dificuldade menor e aos poucos ficam maiores e mais complexas. Em suas séries, os exercícios são emendados como em uma coreografia que os alunos aprendem e com a repetição chegam à perfeição, ou seja, a execução de forma fluida (sem intervalo e suave e lentamente) e sem erros. Quando o objetivo é atingido, os exercícios se tornam mais difíceis e a série maior.
Existem inúmeros exercícios feitos em aparelhos próprios do método e também no solo.
"Eu inventei todas as máquinas. Em 1925 eu as usei para exercitar pacientes reumáticos. Veja, você vê a máquina resistir seus movimentos de modo certo, então seus músculos internos terão que trabalhar contra a resistência, dessa maneira, você se concentra no movimento. Você deve executá-lo sempre suave e lento e então seu corpo inteiro trabalha e está presente." Joseph Pilates.
Os exercícios originais de Pilates são realizados sistematicamente com poucas repetições e muitas variações. O foco deve ser a qualidade da execução e não a quantidade.
“Poucos movimentos bem feitos realizados de forma correta e equilibrada valem por muitas horas de ginástica... Nem muito pouco, nem em excesso.” J. H.Pilates
Após sua morte seus alunos passaram a divulgar seu método e algumas correntes apareceram e o modificaram baseados em novos estudos e a fim de abranger um grupo maior, pois seus exercícios são bastante vigorosos.
Por Hellen e Monique
Depois que Joseph criou a Contrologia e comprovou sua excelência para a organização corporal, aumento da estabilidade do corpo, diminuição de dores e sintomas de problemas articulares, dentre outras tantas vantagens, outros métodos apareceram com novos aparelhos utilizando seus princípios, como é o caso do TRX, Sling e agora o Pilates Aéreo. Já é o seguimento que mais cresce no mercado, portanto fique por dentro desta novidade.
O Pilates Aéreo é um método criado na Espanha que segue os mesmos princípios do Pilates tradicional, porém em vez de utilizar os aparelhos criados por Joseph, faz uso do Columpio (em português: balanço). Este é composto por um tecido leve e resistente e é formado pelo corpo do balanço e duas alças de mãos e pés. É preso ao teto por duas cordas onde os outros componentes se fixam.
O equipamento pode auxiliar ou dificultar a execução dos exercícios e permite muitas variações, por isso o instrutor pode adaptar a aula para todos os tipos de alunos de variadas faixas etárias, exceto os que possuem contra-indicações (descolamento de retina, hipertensão arterial não controlada, gravidez e labirintite).
Os exercícios podem ser feitos com o corpo apoiado no chão ou totalmente suspenso, neste caso exigindo muito equilíbrio de quem os executa. Existem algumas variações em que o aluno fica de cabeça para baixo e essa posição invertida promove descompressão das articulações e um intenso trabalho muscular para que o corpo se reorganize. Essas posições mais desafiadoras costumam servir como estímulo para os praticantes que gostam de novidades.
Este seguimento vem crescendo bastante e ganhando novos adeptos a cada dia, mas lembre-se: Se é Pilates, não importa o aparelho que você está usando, mas sim a preocupação com a qualidade da execução dos movimentos. Poe isso, devemos ficar atentos às regrinhas da Contrologia e não somente fazer malabarismos no aparelho. O importante é seguir colocando a barriga para dentro, mantendo o alinhamento do corpo e os ombros encaixados.
Por Hellen e Monique
Pilates desenvolveu seu método chamado Contrologia mantendo a ênfase no centro de força do corpo. A partir do fortalecimento desta região é que conseguimos a estabilidade para realizar qualquer desafio. Durante as aulas é importante estar concentrado para manter os músculos do core em atividade. Siga a risca as orientações do seu instrutor.
Centro de Força (power house ou músculos do core), é a área que vai da base da caixa torácica até o púbis. É a região que sustenta os órgãos internos e as estruturas da coluna importantes para a postura, sendo também, a região que gera a estabilidade necessária para que todos os movimentos aconteçam de forma segura e controlada.
O conceito do power house é atingir a estabilidade ativa da coluna através da coordenação mecânica de todos os estabilizadores (músculos respiratórios, abdominais, multifidus, períneo, glúteos, adutores) fazendo-os trabalhar em sinergia.
Trabalhando em conjunto, esses músculos tornam a região forte e resistente, nos possibilitando a melhor organização das demais áreas do corpo para realizar atividades diárias e exercícios com menor risco de lesões.
Foco no centro, gente!
Por Hellen e Monique
Quem não gosta de ter um desafio maior e de quebra ficar ainda mais forte? As bases instáveis estimulam os músculos estabilizadores mais profundos e melhoram o equilíbrio. Quando usamos bola, rolo, disco, BOSU, TRX ou Columpio (aparelho do Pilates Aéreo) para realizar um exercício, recrutamos mais fibras musculares, porque submetemos nosso corpo a dois trabalhos distintos: o movimento executado e o desafio de vencer a instabilidade. Então, não pense duas vezes, saia da monotonia e turbine seu treino.
Quando usamos bases instáveis temos que ter em mente que o foco é o core. As oscilações e a busca pelo equilíbrio aumentam o recrutamento dos músculos do abdome e das costas que tem a função de estabilizar o corpo, por isso são mais sensíveis a esse tipo de treino. A combinação de estímulos (exercício + instabilidade) ativa mais fibras dessa região. Segundo estudos recentes, o mesmo não acontece com grupos musculares que não tem essa função, ou seja, os efeitos se restringem aos músculos estabilizadores. Esse trabalho também é importante para o ganho da propriocepção que o torna interessante tanto para pessoas comuns como para atletas.
Lembrem-se: como nosso corpo é versátil e multifuncional, treinos variados oferecem diferentes estímulos ao organismo e exigem novas adaptações, resultando em maior fortalecimento. Portanto não caia na rotina!
Por Hellen e Monique
Um corpo perfeito, assim como tudo na vida, é equilibrado. Às vezes, por vaidade, as pessoas fazem treinos de força e resistência para modelar seus corpos e esquecem de como é importante ser flexível. Existe muito bla bla bla a respeito do alongamento, então aqui vai uma dica: O importante é fazer treinos de alongamento e não alongar-se um pouquinho antes e depois das outras atividades físicas. Por isso, procura as aulas voltadas para ele como aulas próprias em academias, yoga, Pilates, dança, ballet, luta... As possibilidades são muitas, praticar só depende de você.
Alongamento é um tema, como muitos outros relacionados à saúde e corpo humano, um tantocontroverso. Até algum tempo atrás, era visto praticamente como um remédio para curar dores e problemas ortopédicos. Atualmente nem todos estudos comprovam a redução na incidência de lesões.
A prática de se alongar é necessária para que se mantenha uma amplitude articular que permita que todas as atividades diárias sejam realizadas corretamente, portanto aquela pessoa que não tem flexibilidade suficiente para amarrar um sapato, cortar as unhas dos pés ou sentar com a coluna reta, por exemplo, certamente precisa trabalhar seu alongamento.
Músculos encurtados provocam sobrecarga sobre as articulações e causam alterações posturais. Se você não pretende ganhar a vida como contorcionista, você não precisa ter uma flexibilidade absurda nem fazer uma abertura total.
O essencial é ter uma amplitude articular saudável.Manter a musculatura alongada ajuda a melhorar a performance muscular, alivia dores e reduz a incidência de cãimbras. Porém, deve-se ter em mente que os benefícios são decorrentes da prática a longo prazo, e não de um efeito imediato por alongar logo após uma atividade.
Alguns cuidados devem ser tomados para um melhor resultado, como não exagerar na dose (a sensação deve ser de incômodo, não de que vai acontecer uma ruptura), não realizar logo após uma atividade extrema como corridas longas, quando os receptores sensoriais estão sobrecarregados e há risco da percepção da dor falhar e ocorrer uma lesão (nesses casos um intervalo é necessário) e em casos de músculos estirados ou fadigados, o alongamento deve ser bem leve pois as fibras musculares estão inflamadas e mais suscetíveis a ruptura.
Pratique. Inclua o alongamento na sua rotina.
Por Hellen e Monique
O ambiente de um estúdio é tão rico que a nossa criatividade rola solta. No entanto, temos que ficar atentos aos princípios de Joseph. Sim, vamos nos pendurar, ficar de cabeça para baixo, pular, mas sempre de olho no alinhamento do corpo, nos ombros encaixados, abdome contraído para dentro, postura correta, bacia nivelada, cotovelos e joelhos destravados, respiração fluindo, controle.
O método Pilates é sobre detalhe. Joseph Pilates dizia aos instrutores: “Estude cuidadosamente. Não sacrifique o conhecimento para acelerar a construção das rotinas de exercício.” Para os praticantes: “Siga as instruções exatamente como são indicadas. EXISTE uma razão.”. Escrito em seu livro, assim mesmo, em caixa alta, tamanha a importância que ele dava a qualidade do movimento.
Os praticantes de Pilates acabam se acostumando com termos estranhos como: cresça pelo topo da cabeça, imagine que alguém está puxando suas orelhas para o teto, desenterre o pescoço dos ombros, mande o cóccix para o calcanhar, "bumbum direito” indo em direção ao calcanhar esquerdo, feche as costelas (já digo, sim, elas realmente fecham :)), sente nos ossinhos do bumbum, vértebra por vértebra, ombros para longe das orelhas, prenda o xixi e aproveite a força para colocar seu umbigo ainda mais para dentro (e às vezes vamos além – “faça” o xixi subir até sair pelo topo da cabeça)...
Pilates também é sobre concentração, controle, ele também dizia: “Concentre-se no movimento correto CADA VEZ QUE VOCÊ SE EXERCITAR, para que não o faça de forma inadequada perdendo, assim, todo o valor de seus benefícios.”.
Portanto, se você não é instruído a pensar na contração do seu abdome, na posição dos seus ombros, no crescimento da sua coluna, no alinhamento do seu corpo, no controle na ida e na volta do movimento e se nunca ouviu nada parecido com os termos acima, mesmo que você esteja se exercitando no Reformer, Cadeira, Cadillac, Barril e companhia, desculpe, mas você está fazendo qualquer coisa na sala, menos Pilates.
Por Hellen e Monique
No método Pilates a respiração é feita de forma controlada e consciente porque o objetivo não é somente oxigenar o corpo, mas trabalhar os músculos respiratórios que também fazem parte do core e são posturais e estabilizadores. O fortalecimento dos músculos do tronco, principalmente os abdominais, é essencial para proteger as articulações lombares durante nossa movimentação e, principalmente, para realizar exercícios mais desafiadores. Por isso, para evoluirmos em nossa aula, vamos manter o foco na respiração.
O papel da respiração no método Pilates vai muito além de somente oxigenar as células. Durante as aulas, aproveitamos o processo para reeducarmos os músculos que agem no fluxo de entrada e de saída do ar e para fortalecermos a musculatura profunda do abdome, responsável pela estabilização da coluna lombar.
A inspiração deve ser lenta e suave, pois ao realizá-la de maneira forçada ocorre a contração de músculos localizados no pescoço gerando uma tensão na região, que pode resultar em dor e alterações posturais. O trabalho aqui deve ser do diafragma, músculo primário da respiração, que promove a expansão da caixa torácica para os lados e para baixo gerando a entrada do ar nos pulmões.
A expiração também é feita lentamente, deixando o ar sair pela boca com uma leve resistência na garganta, como se fosse imitar um suspiro. É importante manter atenção no abdômen e contrair levando o umbigo para dentro (como se tentasse afinar a cintura). Ao mesmo tempo, deve-se concentrar em afundar as costelas e contrair os músculos do assoalho pélvico (como o períneo, por exemplo) usando a força que implicamos ao tentar prender o xixi. Isso tudo é importante para fortalecer o centro de força que tem como principal músculo o transverso do abdome, o qual possui o formato de um cinturão que envolve o baixo ventre e, como comprovado através de exames, tem a função de estabilizar e proteger as articulações lombares durante as infinitas possibilidades de movimento que nosso corpo possui.
Durante a prática, a inspiração e a expiração são utilizadas para facilitar ou estabilizar movimentos do tronco, por isso é importante seguir as recomendações de seu instrutor.
Lembre-se de nunca bloquear a respiração. Ela deve ser fluida e ditar o ritmo do movimento.
25-12-14 - A Energia do Natal
Por Hellen e Monique
Independente de nossas crenças, temos que admitir que o dia de hoje explode em energia positiva. No mundo inteiro as pessoas estão celebrando, trocando votos de amor e paz, abraços, beijos... Há generosidade e felicidade no ar. Toda essa vibração nos renova e nos prepara para o ano que está por vir. Nós gostaríamos de desejar que somente bondade, gratidão, gentileza e delicadeza invada o seu dia, a sua casa, a sua vida. Bom Dia.
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