Por Hellen e Monique

24 de nov de 2014

Pilates Para Mobilidade Articular da Coluna

As vértebras possuem pequenos graus de movimento entre si, que somados nos permitem grandes amplitudes de movimento na coluna como um todo. O que ocorre é um trabalho de equipe, onde cada um colabora um pouquinho para se ter um belo resultado no final. O problema é que se um membro da equipe decide não trabalhar, sobrecarrega os outros. Quanto mais unidades sobrecarregadas, mais difícil fica para manter a organização e alcançar os resultados e aí podem surgir diversos problemas.

Os movimentos entre duas vértebras que se articulam são feitos por pequenos músculos profundos (multifidus), que são responsáveis por proporcionar estabilidade à coluna. Eles preparam a estrutura para receber as cargas geradas tanto por movimentos simples quanto por sobrecarga quando executamos os exercícios. Esse preparo é importante para que os discos intervertebrais (estrutura presente entre cada par de vértebras), ligamentos e articulações estejam na melhor posição para amortecer a carga. Os músculos grandes e mais superficiais (quadrado lombar, por exemplo) querem todo o trabalho para eles e acabam contraindo e inibindo a ação dos menores. Sem essa mão de obra especializada dos multífidus, os segmentos mais móveis irão mobilizar exageradamente, enquanto os menos móveis irão ficar cada vez mais estáticos.

Por isso, o grande ditador alemão Pilates entra em cena para forçar a reforma trabalhista e aplicar uma melhor distribuição da carga de trabalho para todos. Desta maneira os músculos pequenos e escondidos não serão oprimidos pelos músculos grandes e superficiais. Além disso, todas as vértebras devem articular entre si em angulações corretas, sem que haja segmentos com hipo ou hipermobilidade.

Queremos mobilidade para todos! É importante esclarecer para o aluno que ele deve ter a coluna estável sim, mas com mobilidade. Mobilidade não significa instabilidade. É comum as pessoas terem medo de fazer essa mobilização, o que acaba fazendo com que os instrutores também tenham medo de lesionar os alunos ao trabalharem esses movimentos. Com as dicas de Joseph, estudo e prática é possível orientar bem o aluno e acabar de vez com esse tabu.